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Doutrina espírita para principiantes (luis hu rivas)

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Doutrina espirita para iniciantes

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121

ISBN

B.N.

1a edição - Do 1o ao 5o milheiro

Capa e projeto gráfico: LUIS HU RIVAS

Copyright 2005 byCONSELHO ESPÍRITA INTERNACIONAL - CEIAv. L-2 Norte - Q. 603 - Conjunto F70830-030 - Brasília, DF - Brasil.

Todos os direitos de reprodução, cópia, comunicação ao público e exploração econômicadesta obra estão reservados única e exclusivamente para o Conselho EspíritaInternacional (CEI). Proibida a reprodução parcial ou total da mesma, através decualquer forma, meio ou processo eletrônico, digital, fotocópia, microfilme, internet,cd-rom, sem a prévia e expressa autorização da Editora, nos termos da lei 9.610/98que regulamenta os direitos de autor e conexos.

Edição do Conselho Espírita InternacionalAv. L-2 Norte - Q. 603 - Conjunto F70830-030 - Brasília, DF - Brasil.

Pedidos de livros ao CEI - Secretaría GeralTel.: 0055 61 3322-3024, Fax: 0055 61 3321-8760www.conselhoespirita.com [email protected]

Agradeço aos amigos espirituais queincentivaram e acompanharam aelaboração deste trabalho; em especial aosEspíritos Antônio Carlos e Ana Celeste,quem me estimularam durante diversasnoites a prosseguir e perseverar sem cairno desânimo.

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POR QUE CONHECERPOR QUE CONHECERPOR QUE CONHECERPOR QUE CONHECERPOR QUE CONHECERO ESPIRITISMO?O ESPIRITISMO?O ESPIRITISMO?O ESPIRITISMO?O ESPIRITISMO?

maioria das pessoas, vivendo a vidaatribulada de hoje, não está interessada nosproblemas fundamentais da existência.Antes se preocupar com seus negócios,com seus prazeres, com seus problemas

materiais. Acham que questões como «a existênciade Deus» e «a imortalidade da alma» são dacompetência de sacerdotes, de ministros religiosos,de filósofos e teólogos. Quando tudo vai bem emsuas vidas, estas pessoas nem se lembram de Deuse, quando lembram, é apenas para fazer umaoração, ir a igreja, como se tais atitudes fossemsimples obrigações das quais todos têm que sedesincumbir de uma maneira ou de outra. A religiãopara essas pessoas é mera formalidade social,alguma coisa que as pessoas devem ter, e nada mais;no máximo, será um desencargo de consciência,para estar bem com o Criador. Tanto assim, quemuitos nem sequer alimentam firme convicçãodaquilo que professam, carregando sérias dúvidasa respeito de Deus e da continuidade da vida apósa morte.

Quando, porém, tais pessoas são surpreendidaspor um grande problema, uma queda financeiradesastrosa, a perda de um ente querido, uma doençaincurável - fatos que acontecem na vida de todomundo - não encontram em si mesmas a fénecessária, nem a compreensão para enfrentar oproblema com coragem e resignação, caindo,invariavelmente, no desespero.

O conhecimento espírita abre-nos uma visãoampla e racional da vida, explicando-a de maneiraconvincente e permitindo-nos iniciar umatransformação interior, aproximando-nos deDeus.

AAAAA

Colaboradores e RevisoresColaboradores e RevisoresColaboradores e RevisoresColaboradores e RevisoresColaboradores e Revisores

Evandro Noleto BezerraBrasília - Brasil

Nina FernandezBrasília - Brasil

Juliana PinheiroBrasília - Brasil

Rosilene Pereira da Silva OliveiraBrasília - Brasil

Allan Kardec (1804-1869)Codificador do Espiritismo

A cepa é o emblema do trabalho do Criador;aí se acham reunidos todos os princípios

materiais que melhor podem representar ocorpo e o espírito.

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APRESENTAÇÃOAPRESENTAÇÃOAPRESENTAÇÃOAPRESENTAÇÃOAPRESENTAÇÃO

CCCCCMesmo entre as pessoas que se

dizem espíritas, poucas conhecemrealmente o Espiritismo. A grande parteprefere ouvir de outros, a ler asinformações em fontes seguras. E, em setratando de Doutrina Espírita, a fontereconhecidamente segura é aCodificação Espírita composta pelasobras de Allan Kardec:

• 1) O LIVRO DOS ESPÍRITOS (1857)• 2) O LIVRO DOS MÉDIUNS (1861)• 3) O EVANGELHO SEGUNDO O

ESPIRITISMO (1864)• 4) O CÉU E O INFERNO (1865)• 5) A GÊNESE (1868)

Talvez para muitos, a leitura deKardec, logo de início, ofereçadificuldade, razão pela qual elaboramosesta obra auxiliar para aqueles queestiverem decididos a estudar oEspiritismo. No entanto, as orientaçõesaqui contidas NÃO DISPENSAM ALEITURA E O ESTUDO DAS OBRASBÁSICAS DE ALLAN KARDEC, e se oleitor quiser realmente conhecer aDoutrina, terá que estudá-las.

«As instruções dadas pelos Espíritos de categoria elevadasobre todos os assuntos que interessam à humanidade, asrespostas que eles deram às questões que lhes forampropostas, foram recolhidas e coordenadas com cuidado,constituindo toda uma ciência, toda uma doutrina moral efilosófica, sob o nome de Espiritismo. O Espiritismo é, pois, adoutrina fundada na existência, nas manifestações e no ensinamentodos Espíritos. Esta doutrina acha-se exposta de modocompleto em O Livro dos Espíritos, quanto à sua partefilosófica; em O Livro dos Médiuns, quanto à parte prática eexperimental; e em O Evangelho segundo o Espiritismo, quantoà parte moral». (1)

Allan Kardec

ientes das inumeráveis inquietudes e necessidadesque enfrentam os seres humanos, sobretudo naatualidade devido a vida acelerada que levamos,decidimos elaborar o seguinte material didático,com o uso de recursos visuais e ilustrativos, para

mostrar de forma simples e direta as noções básicas doEspiritismo.

Trata-se de um trabalho que espera oferecer às pessoasque estejam interessadas na Doutrina Espírita umaoportunidade de entrar em contato com os seus princípios,podendo também servir aos companheiros espíritasdispostos a reler os ensinamentos básicos de forma maisilustrativa, apoiando-se no uso de mais de 300 elementosgráficos, fotos, gravuras, tabelas, quadros e desenhosdiversos para fixar alguns conceitos por associação.

Os oito capítulos que compõem esta obra forampreparados de forma seqüencial, em similitude com «OLivro dos Espíritos». Como sugestão, incluímos no fimseis anexos e textos de apoio ao Centro e ao MovimentoEspírita, para que o leitor tenha um panorama real sobre aformação de uma Instituição Espírita e o seu papel nasociedade.

Com esta publicação não se pretende substituir o EstudoSistematizado da Doutrina Espírita - ESDE. Seuobjetivo é dar uma visão sucinta e geral doEspiritismo, recomendando aos que desejamconhecer-lo a fundo, realizar um estudo pausado,metódico e contínuo.

Auguramos ao leitor amigo uma boa leiturae que receba a paz proporcionada pela Doutrinaque ilumina consciências e consola corações.

Luis Hu Rivas

Conselho Espírita InternacionalSecretaria GeralSGAN - Q. 603 - Conj. F70830-030 - Brasilia - [email protected]

Doutrina Espírita para [email protected]

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A Doutrina EspíritaAntecedentes

Os Fenômenos de HydesvilleAs Mesas Girantes

Allan KardecOs Continuadores

At iv idadesAt iv idadesAt iv idadesAt iv idadesAt iv idadesMensagem EspiritualMensagem EspiritualMensagem EspiritualMensagem EspiritualMensagem Espiritual

O Espírito de Verdade

A CodificaçãoObras Básicas

De que trata o Espiritismo?O que é o Espiritismo?

Princípios FundamentaisA Revelação Espírita

O Consolador PrometidoAt iv idadesAt iv idadesAt iv idadesAt iv idadesAt iv idades

Mensagem EspiritualMensagem EspiritualMensagem EspiritualMensagem EspiritualMensagem Espiritual O Espírito de Verdade

DeusIdéia de Deus

O que é Deus?Deus e as Provas da sua Existência

Atributos da DivindadeElementos Gerais do Universo

CriaçãoPrincípio Vital

Princípio EspiritualAt iv idadesAt iv idadesAt iv idadesAt iv idadesAt iv idades

Mensagem EspiritualMensagem EspiritualMensagem EspiritualMensagem EspiritualMensagem EspiritualJoanna de Ângelis / Divaldo Pereira Franco

Imortalidade da AlmaOs Espíritos

A AlmaEscala Espírita

Progressão dos EspíritosPerispírito

Propriedades e FunçõesDepois da Morte

Perturbação e PercepçõesAt iv idadesAt iv idadesAt iv idadesAt iv idadesAt iv idades

Mensagem EspiritualMensagem EspiritualMensagem EspiritualMensagem EspiritualMensagem EspiritualAmélia Rodrigues / Divaldo Pereira Franco

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Sum

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Sum

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120 Anexo 1

122 Anexo 2

124 Anexo 3

128 Anexo 4

130 Anexo 5

132 Anexo 6

Conheça o Espiritismo

Evangelho no Lar

Credo Espírita

Projeto 1868

Conhecimento de si mesmo

Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita

11111

33333

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22222

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24

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SUMARIOSUMARIOSUMARIOSUMARIOSUMARIO

ReencarnaçãoPluralidade de ExistênciasJustiça DivinaAntecedentesNo EvangelhoEvoluçãoAspectos GeraisVidas PassadasExortaçãoAt iv idadesAt iv idadesAt iv idadesAt iv idadesAt iv idadesMensagem EspiritualMensagem EspiritualMensagem EspiritualMensagem EspiritualMensagem EspiritualEmmanuel / Francisco Cândido Xavier

Leis Morais eAspectos DiversosO Dormir e os SonhosVisitas EspirituaisAs Leis MoraisA Lei Divina ou NaturalMundos HabitadosA TerraAt iv idadesAt iv idadesAt iv idadesAt iv idadesAt iv idadesMensagem EspiritualMensagem EspiritualMensagem EspiritualMensagem EspiritualMensagem EspiritualEmmanuel / Francisco Cândido Xavier

MediunidadeInfluência EspiritualAnjo da GuardaA MediunidadeOs MédiunsClasses de MédiunsA Proibição de MoisésConseqüênciasAt iv idadesAt iv idadesAt iv idadesAt iv idadesAt iv idadesMensagem EspiritualMensagem EspiritualMensagem EspiritualMensagem EspiritualMensagem EspiritualScheilla / Francisco Cândido Xavier

Obsessão e PassesNoções ElementaresO que é a Obsessão?Causas da ObsessãoO que é o Passe?Tipos de PassesProcedimentosÁgua FluidificadaAt iv idadesAt iv idadesAt iv idadesAt iv idadesAt iv idadesMensagem EspiritualMensagem EspiritualMensagem EspiritualMensagem EspiritualMensagem EspiritualBezerra de Menezes / Divaldo Pereira Franco

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90

104

134 Centro Espírita

140 Movimento Espírita

146 Vocabulário, Doutrina e PáginasEletrônicas

148 Livros e Autores Espirituais

150 Membros do CEI

55555

77777

66666

88888O que é o Centro Espírita?O Dirigente EspíritaO que é ser Espírita?

Trabalho FederativoConselho Espírita InternacionalCampanhas Espíritas

CAPÍTULO 1CAPÍTULO 1CAPÍTULO 1CAPÍTULO 1CAPÍTULO 1

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s fatos atinentes às revelaçõesdos Espíritos ou fenômenosmediúnicos remontam à maisrecuada Antigüidade, sendotão velhos quanto o nosso

mundo; e sempre ocorreram em todosos tempos e entre todos os povos.

A História, a este propósito, estápontilhada desses fenômenos deintercomunicação espiritual.

O homem primitivo mantinhacontato com o mundo invisível, colocavao crânio do defunto fora da caverna nadireção do leste, pensando que dessemodo a alma do falecido não voltaria;na antigüidade, na Índia, China e Egito,se recebiam mensagens do outro ladoda vida através de sacerdotes, hierofantes epitonisas.

Sócrates, desde a infância, era inspirado pordaemon, seu Espírito guia.

Os historiadores confirmaram que aimortalidade da alma e a comunicação espiritualtêm estado presentes nas culturas antigas, comofaculdade natural, sexto sentido ou faculdade Psi.

O «Novo Testamento» mostra uma amplagama desses fenômenos, chamando a mediunidadecomo carisma ou dom os médiuns como

«profetas». O livro «Atos dos Apostoles» ofereceum amplo conteúdo de fenomenologiaparanormal, praticadas pelos seguidores de Jesus.

Na Idade Média, destaca-se a figura admirávelde Joana D’Arc, grande médium, recusandosempre renegar «as vozes do céu». (02)

Nesta época moderna vamos ver a fase inicialdo Espiritismo, onde vamos encontrar algunsnotáveis antecessores, como o famoso videntesueco, Emmanuel Swedenborg, engenheiro deminas, insigne teólogo de valioso patrimônio

AntecedentesAntecedentesAntecedentesAntecedentesAntecedentes

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Saul e SamuelSaul e SamuelSaul e SamuelSaul e SamuelSaul e SamuelCom ajuda da pitonisade Endor, o rei Saul, oprimeiro rei de Israel,comunicou-se com oprofeta Samuel (Espírito)e este desvelou-lhe oseu futuro e o das suastropas ao enfrentar osFilisteus.(1 Samuel, cap. 28, v. 5al 29) (3)

Teresa de ÁvilaTeresa de ÁvilaTeresa de ÁvilaTeresa de ÁvilaTeresa de Ávila(1515-1582)

Conhecida como «amaior mística da igreja»,

mostrou diversosfenômenos como o

êxtase, umsonambulismo maisdepurado, o qual foi

representado pelo artistaLorenzo Bernini

(1647-52)

CAPÍTULO 1CAPÍTULO 1CAPÍTULO 1CAPÍTULO 1CAPÍTULO 1

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cultural e dotado de largo potencial de forçaspsíquicas.

Em 1775, Mesmer reconhece o poder da curamediante a aplicação das mãos, ou seja, atravésda fluidoterapia. Acredita que por nossos corpostransitam fluidos curadores, preparando o caminhopara o Hipnotismo do Marquês de Puységur.

Andrew Jackson Davis, sensitivo, clarividente evidente norte-americano. O surgimento doEspiritismo foi predito por Davis no livro«Princípio da Natureza».

Ele começou a preparar o terreno, antes que seiniciasse a revelação.

Sir Arthur Conan DoyleSir Arthur Conan DoyleSir Arthur Conan DoyleSir Arthur Conan DoyleSir Arthur Conan Doyle(1859 - 1930)

Célebre pelo seu personagem deficção «Sherlock Holmes»,

manifestou que os fenômenosespíritas tinham sido até o

momento esporádicos, mas agoraapresentavam uma seqüência

metódica. No seu livro «Históriado Espiritismo» asseverou:

«Possuem a característica deuma invasão organizada». (6)

Andrew Jackson DavisAndrew Jackson DavisAndrew Jackson DavisAndrew Jackson DavisAndrew Jackson Davis(1826 -1910) Sensitivo, considerado por Artur ConanDoyle como «o profeta da NovaRevelação.»Na tarde de 06 de março de 1884, Davisfoi tomado por uma força que o fez voar,em Espírito, da pequena cidade onderesidia, e fazer uma viagem até asMontanhas de Castskill, cerca de 40milhas de casa. Swendenborg foi umdos mentores espirituais.

Franz Antón MesmerFranz Antón MesmerFranz Antón MesmerFranz Antón MesmerFranz Antón Mesmer(1734 - 1815)

O famoso austríaco que abriu umespaço na saúde humana,

realizou experiências com omagnetismo e curas com as suas

mãos ou «fluidoterapia», entre elascurou Maria Antonieta que sofria de

terríveis dores de cabeça; os doutoresda Salpêtrière pedem a Luis XVI que

se eliminem os trabalhos de Mesmere que retorne a Viena, onde mais tarde

morreria no anonimato.

Joana D’ArcJoana D’ArcJoana D’ArcJoana D’ArcJoana D’Arc(1412-1430)Desde os 12 anos escutava asvozes do mundo espiritual.Defendeu o território francêsdurante «Guerra dos CemAnos» contra os ingleses. Foicondenada à fogueira com 19anos, num processo religiosoque a considerava feiticeira.Em 1920 foi canonizada peloPapa Bento XV.

Emmanuel SwedenborgEmmanuel SwedenborgEmmanuel SwedenborgEmmanuel SwedenborgEmmanuel SwedenborgUm dos mais extraordinários filhos daSuécia. Contribuiu notavelmente paraa ciência e a filosofia do seu país e daEuropa do setecentos.Desde a sua infância tiveram início assuas visões numa continuidade que seprolonga até sua morte, mas as suasforças latentes eclodiram com maisintensidade a partir de abril de 1744,em Londres.Desde então, afirma Swendenborg, «OSenhor abria os olhos de meu espíritopara ver, perfeitamente desperto, oque se passava no outro mundo e paraconversar em plena consciência com

os anjos e Espíritos».Informa-nos Immanuel Kant, na obra«Sonhos de um Vidente», que em1756 Swedenborg encontrava-se comuns amigos em Gothenborg a 400Km. de Estocolmo; às 18hs, o videnteanunciou que tinha iniciado umincêndio que avançava em direção desua própria casa. Às 20hs.,demonstrou grande perturbaçãopelos danos produzidos. Mas numdado momento acalmou-se eexclamou com alegria que o incêndiotinha cessado 3 portas antes da sua!Dois dias depois confirmou-se anotícia chegada de Estocolmo.

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HydesvilleHydesvilleHydesvilleHydesvilleHydesville

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As irmãsAs irmãsAs irmãsAs irmãsAs irmãsFoxFoxFoxFoxFoxLitografia de1850 deMargareth,Katherine eLeah Fox.

Os Fenômenos deOs Fenômenos deOs Fenômenos deOs Fenômenos deOs Fenômenos de

ano de 1848 constitui o ponto departida do Espiritismo.

Nos Estados Unidos da Américado Norte, na aldeia de Hydesville,condado de Wayne, Estado de Nova

York, começaram a produzir-se uma serie defenômenos que chamaram atenção dasociedade da época.

Foi a 31 de março de 1848 às 22 horasque esses ruídos insólitos surgiram de maneiramais ostensiva. A noite foi terrível, das paredesprovinham pancadas ou ruídos (rappings ounoises) que pareciam provir de uma inteligênciaoculta que desejava comunicar-se.

As irmãs Katherine e Margareth Fox, duasmeninas de 11 e 14 anos foram dormir no quartode seus pais, mas os ruídos aumentaram; a irmãmais nova começou a bater palmas e da paredeouviu-se o mesmo número de batidas. A meninafazia perguntas e a parede respondia com um golpepara dizer «SIM» e com dois golpes para dizer«NÃO».

Descobriu-se que as revelações ruidosaspartiam do Espírito de um mascate, de nomeCharles Rosma, que fora assassinado e sepultadono porão da casa, pelos antigos proprietários eque só agora podia comunicar-se com a famíliados Fox, adeptos da igreja Metodista.

Os acontecimentos comoveram a populaçãoda vila, aparecendo depois as primeirasdemonstrações públicas no salão maior deRochester, o Corinthian Hall, o que resultou naformação do primeiro núcleo de estudos.

Um dos freqüentadores, o Sr. Isaac Post,implementou um sistema de comunicação atravésde um alfabeto para formação de palavrasmediante convenção de que cada letracorresponderia a determinado número depancadas.

Foi somente em 1910 que uns meninosencontraram no porão da casa, cabelos e ossos doantigo mascate Charles Rosma, constatando o fato.

Ilustração daprimeira

comunicaçãoobtida emHydesville,

quando Kathe Foxrecebe resposta a

seus sinais,preparando oterreno para o

início doEspiritismo.

Casa da família Foxem Hydesville.

CAPÍTULO 1CAPÍTULO 1CAPÍTULO 1CAPÍTULO 1CAPÍTULO 1

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GirantesGirantesGirantesGirantesGirantesAs MesasAs MesasAs MesasAs MesasAs Mesas

EEEEEm 1850, os fenômenos setrasladaram para Europa e surgiramas chamadas tables parlantes ou mesasgirantes.

Tratava-se de uma mesaredonda com uma base de três pernas, ao lado daqual sentavam-se as pessoas, colocando as suasmãos sobre a superfície da mesa, a qual semovimentava, girava ou se mantinha sobre duaspernas para responder as perguntas. Por intermédiode um código alfabético semelhante ao usado pelasirmãs Fox, era possível conversar com o «invisível».A sociedade francesa se divertia ao fazer perguntasà mesa. Estas sessões se converteram numa espéciede febre em Paris.

A senhora Girardin desenhou uma sofisticadamesa, que tinha o alfabeto desenhado na sua partesuperior. Um ponteiro metálico formava partetambém do engenhoso instrumento. Conformegirava, ela anotava as letras escolhidas pelas forçasinvisíveis para fazer seus ditados.

A comunicação evoluiu, passando-se a utilizaruma cestinha, na qual se introduzia uma caneta esobre ela, os participantes colocavam as mãos.

Logo surgiu a escrita automática, onde se colocavaa caneta apoiada na mão do médium para receberas mensagens.

As mesas «girantes» ou«dançantes» semprerepresentaram o ponto de partidada Doutrina Espírita.Paris inteira assistia, atônita eestarrecida, a esse turbilhãofantástico de fenômenosimprevistos que, para a maioria,só alucinadas imaginaçõespoderiam criar, mas que arealidade impunha aos maiscéticos e frívolos.

Diversos tipos de objetos foramutilizados para a comunicação

mecânica com os Espíritos.Tal é o caso das tabelinhas e cestasusadas inicialmente na obtenção da

psicografia.

Grace RoserGrace RoserGrace RoserGrace RoserGrace RoserMédium dotadapara a « escrituraautomática »chegou areproduzir comexatidão acaligrafia doEspíritocomunicante.

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Yverdon, Suiça.Yverdon, Suiça.Yverdon, Suiça.Yverdon, Suiça.Yverdon, Suiça.O Instituto do célebreJohann HeinrichJohann HeinrichJohann HeinrichJohann HeinrichJohann HeinrichPestalozzi Pestalozzi Pestalozzi Pestalozzi Pestalozzi (1746 - 1827),conhecido como «oeducador da humanidade»,foi um dos mais famosos erespeitados em todaEuropa, conceituado comoescola modelo, por ondepassaram sábios eescritores do velhocontinente.

KardecKardecKardecKardecKardec

HHHHH

CAPÍTULO 1CAPÍTULO 1CAPÍTULO 1CAPÍTULO 1CAPÍTULO 1

AllanAllanAllanAllanAllan

ippolyte-Léon Denizard Rivail nasceu em3 de outubro de 1804, na cidade de Lyon,França; e chegou a ser célebre com opseudônimo de Allan Kardec.

Em Lyon fez os seus primeirosestudos, seguindo depois para Yverdun, na Suíça,a fim de estudar no Instituto do célebre professorJohann Heinrich Pestalozzi, que era a escola modeloda Europa.

Concluídos os seus estudos em Yverdun,regressou a Paris, onde se tornou conceituadoMestre não só em letras como em ciências. Conheciaalgumas línguas como o italiano, alemão, etc.Encontrando-se no mundo literário de Paris coma professora Amélie-Gabrielle Boudet, contrai comela matrimônio.

Rivail publica numerosos livros didáticos. Entreas obras publicadas, destacam-se: «Curso Teóricoe Prático de Aritmética», «Gramática FrancesaClássica», além de programas de cursos ordináriosde Física, Química, Astronomia e Fisiologia. (3)Ao término desta longa atividade e experiênciapedagógica, o professor Hippolyte estavapreparado para outra tarefa, a codificação doEspiritismo.

Começa então a missão de Allan Kardecquando em 1854 ouviu falar pela primeira vez dasmesas girantes, através do amigo senhor Fortier,que o convida para assistir a uma reunião de mesas

falantes.Pensando em descobrir novos fenômenos

ligados ao magnetismo, pelo qual se interessava,aceita o convite. Depois de algumas sessões,começou a questionar-se para achar uma respostalógica que podesse explicar o fato de objetos inertesemitirem mensagens inteligentes.

Rivail perguntava-se: como pode uma mesapensar sem ter cérebro e sentir sem ter nervos?Mais tarde chegaria à conclusão de que não era amesa quem respondia, e sim, as almas dos homensque já tinham vivido na Terra e que agora se valiamdelas para se comunicarem.

Allan Kardec(1804 - 1869)

1217

Hippolyte - LéonDenizard Rivailchegou a ser célebrecom o pseudônimode Allan Kardec.

Amél ie-Gabr ie l leAmél ie-Gabr ie l leAmél ie-Gabr ie l leAmél ie-Gabr ie l leAmél ie-Gabr ie l leBoudetBoudetBoudetBoudetBoudet(1795-1883),Conhecida mais tardecomo «Madame AllanKardec», a professoraAmélie colaborou comseu esposo nas suasatividades didáticas,além de ser umadedicada companheiraque o apoiou em todosos momentos.

A MissãoCodificador intrigava-se dia apósdia. Em 30 de abril de 1856, umamensagem foi destinadaespecificamente para ele. UmEspírito chamado «Verdade»

revelou-lhe a missão a desenvolver.Daria vida a uma nova doutrina, que viria

para dar luz aos homens, esclarecer conciências,renovando e transformando o mundo inteiro.

Kardec afirmou que não se considerava umhomem digno para uma tarefa de talmagnitude, não obstante, faria todo o possível pordesempenhar as obrigações que lhe tinham sidoencomendadas. No que tange ao método, Kardecadota o intuitivo - racionalista Pestallozziano: teoria,teoria-prática e prática na aprendizagem.

Em 18 de abril de 1857 publica «O Livro dosEspíritos», 501 perguntas realizadas através dediferentes médiuns aos Espíritos Superiores. Porsugestão dos próprios Espíritos, assina com opseudônimo de Allan Kardec, nome que tinhanuma existência anterior quando foi sacerdotedruida.

No ano 1858 edita a «Revista Espírita», em 1de abril funda a primeira Sociedade Espírita –«Société Parisienne des Études Spirites»-sucessivamente publica «O Livro dos Médiuns»,«O Evangelho segundo o Espiritismo», «O Céu eo Inferno» e «A Gênese».

Trabalhador infatigável, chamado por CamilleFlammarion: o bom senso encarnado (8), Allan Kardec,desencarnou a 31 de março de 1869.

Cumprida estava a missão do expoentemáximo do Espiritismo, a coordenação ecodificação da Terceira Revelação.

Residência deAllan Kardec, naRue e PassageSainte-Anne N° 59,em Paris, ondeconcentrava assuas atividadesespíritas.

Ilustração da época com a cúpulade vidro da Galerie d’Orléans do

Palais Royal em Paris, França,local de lançamento de «O Livro

dos Espíritos».

Dólmen de Allan Kardeccom arquitetura de estilo

celta, encontra-se no Père-Lachaise. O ceminterio

mais importante de Paris; eum dos mais visitados do

mundo.Em 31 de março de 1870,

foi inaugurado o dólmen deKardec, que se converteuem ponto de atração para

os turistas que visitam anecrópole.

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ContinuadoresContinuadoresContinuadoresContinuadoresContinuadores

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OsOsOsOsOs

numeráveis pesquisadores somaram-se àcausa espírita assim como notáveismédiuns, entre eles: Daniel DunglasHome (levitação); Eusápia Palladino(materializações), estudada por Cesar

Lombroso, o grande criminalista italiano; FlorenceCook, estudada até a saciedade e levada aolaboratório por Sir William Crookes, que chegoua comprovar a realidade dos fenômenos dematerialização de Katie King (Espírito).

Outros estudiosos como: Léon Denis, GabrielDelanne, Camille Flammarion, Alexandre Aksakof,Gustave Geley, Sir William Barret, Sir Oliver Lodge,Ernesto Bozzano, Albert de Rochas e o destacadoPrêmio Nobel de Fisiologia Charles Richet deramcontinuidade às investigações.

CAPÍTULO 1CAPÍTULO 1CAPÍTULO 1CAPÍTULO 1CAPÍTULO 1

Léon DenisLéon DenisLéon DenisLéon DenisLéon Denis(1846 - 1927)Considerado como um dos principaisseguidores de Allan Kardec e difusor daDoutrina Espírita. Escreveu diversos livros como«Cristianismo e Espiritismo»; «Depois daMorte»; «O problema do Ser, do Destino e daDor», entre outros.Sua mensagem amplamente expressada era:«Sempre adiante; sempre mais longe; sempremais alto».

Amalia Domingo Soler Amalia Domingo Soler Amalia Domingo Soler Amalia Domingo Soler Amalia Domingo Soler (1835 -1909)Conhecida como a «Grande Dama doEspiritismo», Amalia é considerada umadas maiores médiuns e escritorasespíritas da Espanha. Fomentou oprimeiro Congresso Espírita Internacionalem 1888 e promoveu os movimentosespíritas nascentes em vários países daAmérica Latina. Escreveu diversos livros,entre eles «Memórias do PadreGermano»; «Ramos de Violeta»;«Perdôo-te! » e «A Luz da Verdade».

Camille FlammarionCamille FlammarionCamille FlammarionCamille FlammarionCamille Flammarion(1842 - 1925), famoso

astrônomo francêssoma-se às fileirasespíritas, amigo de

Allan Kardec, a quemdesignou «o bom

senso encarnado».

Gabriel DelanneGabriel DelanneGabriel DelanneGabriel DelanneGabriel Delanne(1857 - 1926),

Junto com Léon Denis, foio discípulo mais próximo

de Kardec. Fundou a«Revista Científica e

Moral do Espiritismo».Escreveu diversos livros,

entre eles «O Espiritismoperante a Ciência»; «O

Fenômeno Espírita» e «AEvolução Anímica».

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Daniel Dunglas Home Daniel Dunglas Home Daniel Dunglas Home Daniel Dunglas Home Daniel Dunglas Home (1833 - 1866)O maior médium de efeitos físicos.

Em 1868, Home, ao estar num dos quartos doterceiro andar do hotel Ashley House, diante

de várias pessoas, levitou saindo por umajanela e entrando por outra. Foi estudado por

Sir William Crookes e por Allan Kardec.

Eusápia PalladinoEusápia PalladinoEusápia PalladinoEusápia PalladinoEusápia Palladino(1854 - 1918)Estudada por

Lombroso, Richet ediversos

pesquisadores, afamosa médiumitaliana produziagolpes, levantava

objetos diversos, comosinos que soavamestrondosamente.

Pierre-GaetanPierre-GaetanPierre-GaetanPierre-GaetanPierre-GaetanLeymar ieLeymar ieLeymar ieLeymar ieLeymar ie

Pioneiro espírita,continuador da

«Revue Spirite» eeditor de «Obras

Póstumas».

Charles Richet Charles Richet Charles Richet Charles Richet Charles Richet (1850 - 1935)Prêmio Nobel de Fisiologia em

1913, descobridor daSoroterapia e pai da

Metapsíquica, teve um papelfundamental ao desvendar os

fenômenos anímicos.

Sir William Crookes Sir William Crookes Sir William Crookes Sir William Crookes Sir William Crookes (1832 - 1919)Sábio eminente, que aportou novosconhecimentos de Física, é consideradocomo a maior autoridade da Ciência naInglaterra em 1878, estudou a médiumFlorence Cook e o Espírito Katie King, aquem pesou, mediu, tomou a temperaturae o pulso, examinou as vestes, unhas, ecorpo, tomando-lhe 18 fotografias.

Com experiências repetidas emlaboratório, concluiu em 31 de maio de1875 e escreveu à Sociedade Dialéticade Londres: «Os senhores mesolicitaram observar se os fenômenoseram possíveis, mas eu lhes direi quenão só são possíveis como são reais».Foi condecorado pela rainha Vitóriacom o título de «Sir.»

César LombrosoCésar LombrosoCésar LombrosoCésar LombrosoCésar Lombroso (1835 - 1909)Cientista mundialmente conhecidopelos seus trabalhos no campo jurídico.Lombroso foi um dos maiores médicoscriminalistas do século XIX.Tornou-se espírita depois de realizarexperiências mediúnicas com EusápiaPalladino, quando numa sessãoparticipou da materialização do Espíritode sua própria mãe.Escreveu o livro «Hipnotismo eMediunidade.»

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Francisco Cândido Xavier Francisco Cândido Xavier Francisco Cândido Xavier Francisco Cândido Xavier Francisco Cândido Xavier (1910 - 2002)Com mais de 400 livros psicografados, o brasileiroChico Xavier é considerado o maior médiumpsicógrafo de todos os tempos.Em 1981, recebeu cerca de 10 milhões deassinaturas para receber o prêmio Nobel da Paz.Humildade e caridade são palavras que designamperfeitamente este grande missionário da luz.

Adolfo Bezerra de MenezesAdolfo Bezerra de MenezesAdolfo Bezerra de MenezesAdolfo Bezerra de MenezesAdolfo Bezerra de Menezes(1831 -1900)Respeitado político brasileiro,foi conhecido como «o médicodos pobres», ocupou apresidência da FederaçãoEspírita Brasileira os anos 1889e 1895-1900.Trabalhou pela unificação doMovimento Espírita no Brasil e éconsiderado como «o Apóstolodo Espiritismo Brasileiro.»

o Brasil, pelo ano de 1865 começa aaparecer os primeiros centros espíritas.Em 1869 é publicado o primeirojornal espírita Eco de além-túmulo, porLuis Olimpio Teles de Menezes. Surge

a figura do Dr. Adolfo Bezerra de Menezes quedará um grande impulso à difusão espíritabrasileira.

Posteriormente nascem no Brasil vários médiunscomo Francisco Peixoto Lins, conhecido pelasmaterializações luminosas, onde os Espíritosaparecem corporizados irradiando luz. EurípedesBarsanulfo, Yvonne Amaral Pereira, DivaldoPereira Franco e Francisco Cândido Xavier: ChicoXavier.

Cosme MariñoCosme MariñoCosme MariñoCosme MariñoCosme Mariño(1847 - 1927)Jornalista argentino,fundador daConfederaçãoEspiritista Argentina -CEA, dedicou a suavida à difusão doEspiritismo naArgentina.

Divaldo Pereira FrancoDivaldo Pereira FrancoDivaldo Pereira FrancoDivaldo Pereira FrancoDivaldo Pereira Franco(1927 - )

Médium psicógrafo epsicofônico, já publicou cerca

de 200 livros de temáticadiversa, sob a orientação de

Joânna de Ângelis, suamentora espiritual. Com 11mil conferências proferidas

em todo o mundo, Divaldo éconsiderado o maior orador

espírita na atualidade.

NNNNN

CAPÍTULO 1CAPÍTULO 1CAPÍTULO 1CAPÍTULO 1CAPÍTULO 1

1221

o ano de 1932, na Universidade de Duke,Carolina do Norte (USA) foi criada aprimeira faculdade de Parapsicologia,dirigida pelo casal Rhine junto aoprofessor Zenner Karl Zener, iniciando

uma nova ordem de experimentos, os chamadosPSI ou extra sensoriais.

A Parapsicologia sucedeu a Psychical Research(Inglaterra) e a Metapsíquica (França).

Em 1970, iniciam-se os primeiros estudos dePsicobiofísica, ciência que estuda os fenômenos Psi,fenômenos que interferem no corpo em nívelemocional e mental.

Finalmente surge a Psicotrônica, que estuda aparanormalidade registrada através de aparelhoseletrônicos, iniciada com os experimentos degravadoras, por Friedrich Jurgenson e peloprofessor Konstantin Raudive. Mais tarde aparecea Transcomunicação Instrumental - TCI (ainda naetapa experimental), permitindo contatos viatelefone, televisão e computador, criando-seaparelhos como o Spiricom e o Vidicom com osquais captam-se mensagens e imagens do além,confirmando o que tinha sido comunicado pelosEspíritos Superiores a Kardec.

Friedrich JurgensonFriedrich JurgensonFriedrich JurgensonFriedrich JurgensonFriedrich JurgensonEm 1959, o cineasta sueco gravou o cantode pássaros numa ilha; ao verificar a fitadetectou que haviam «vozes estranhas»,chamando-as «vozes paranormais».Jurgenson chegou a ter milhares demensagens do mundo espiritualgravadas, considerado um dos pioneirosda Transcomunicação Instrumental - TCI.Em 1969 foi condecorado pelo PapaPaulo VI, com a ordem de «San Gregorioo Grande» por este trabalho.

Joseph BanksJoseph BanksJoseph BanksJoseph BanksJoseph BanksR h i n eR h i n eR h i n eR h i n eR h i n e

O «pai daparapsicologia

moderna», levou em1934 esta ciência à

Universidade Duke, naCarolina do Norte,

onde criou umlaboratório para as

experiências usando ométodo científico.

NNNNN

Dr. Raymond MoodyDr. Raymond MoodyDr. Raymond MoodyDr. Raymond MoodyDr. Raymond Moody Jr.Jr.Jr.Jr.Jr.O famoso psiquiatra norte-americano, autor do bestseller «Life after Life» (Vidadepois da Vida) e a Dra.Elizabeth Kübler-Ross sãopesquisadores dasExperiências de Quase -Morte.

Konstantin RaudiveKonstantin RaudiveKonstantin RaudiveKonstantin RaudiveKonstantin Raudive(1906 - 1974)

Filósofo e psicólogonascido em Latvia, foi

pioneiro da TCI naEuropa.

A partir de 1964dedicou-se à

investigação das«vozes», deixandoarquivados 72 mil

mensagens gravadas.

Vid icomVid icomVid icomVid icomVid icomAparelho de televisão quepermite capturar imagensdo outro lado da vida.Nas fotos aparecemKonstantin Raudive(superior) e FriedrichJurgenson (inferior). Aolado esquerdo quandoestavam encarnados e aolado direito suas imagensdepois de desencarnados.

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2. Relacionea) Léon Denis ..... Sábio vidente sueco.b) Emmanuel Swedenborg ..... Famoso médium de efeitos físicos.c) Johann H. Pestalozzi ..... Autor do livro «Cristianismo e Espiritismo».d) Daniel D. Home ..... Professor de Allan Kardec na Suiça.e) Sir William Crookes ..... Pesquisador do Espírito Katie King.

1. Complete as frasesa) Os fatos atinentes às revelações dos Espíritos ou ..................................................................... remontam amais recuada antigüidade.

b) Em 1850, os fenômenos se trasladaram para Europa e surgiram as chamadas ..............................................

c) A missão de Allan Kardec começa no ano .............................................................................................

d) No Brasil, em 1865 começam a aparecer os ....................................................................................................

e) Em 1o de abril de 1858, Allan Kardec fundou ........................................................................................................

3. Responda

a) Qual foi a missão de Allan Kardec?...........................................................................................................

b) O que foi predito por Andrew Jackson Davis?...........................................................................................................

c) Qual foi o fenômeno que ocorreu em 31 de marçode 1848?...........................................................................................................

d) Que livro publicou Kardec em 18 de abril de 1857?...........................................................................................................

e) Qual foi a médium pesquisada por William Crookes?...........................................................................................................

4. Verdadeiro ou Falsoa) ..... Allan Kardec nasceu em 3 de

outubro de 1804.

b) ..... Camille Flammarion designoua Kardec «o bom sensoencarnado».

c) ..... Charles Richet foi o descobridordo magnetismo curador.

d) ..... Eusapia Palladino foi esposade Allan Kardec.

e) .... Chico Xavier é considerado omaior médium psicógrafo detodos os tempos.

CAPÍTULO 1CAPÍTULO 1CAPÍTULO 1CAPÍTULO 1CAPÍTULO 1

AtividadesAtividadesAtividadesAtividadesAtividades

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Nota de Allan Kardec –A instrução acima, transmitidapor via mediúnica, resume aum tempo o verdadeiro caráterdo Espiritismo e a finalidadede O Evangelho segundo oEspiritismo; por isso foicolocada aqui como prefáciodesta obra.

EspiritualEspiritualEspiritualEspiritualEspiritualMensagemMensagemMensagemMensagemMensagem

s Espíritos do Senhor, que são as virtudes dos Céus, qual imensoexército que se movimenta ao receber as ordens do seucomando, espalham-se por toda a superfície da Terra e,semelhantes a estrelas cadentes, vêm iluminar os caminhos eabrir os olhos aos cegos.

Eu vos digo, em verdade, que são chegados os tempos em que todas ascoisas hão de ser restabelecidas no seu verdadeiro sentido, para dissipar as trevas,confundir os orgulhosos e glorificar os justos.

As grandes vozes do Céu ressoam como sons de trombetas, e os cânticosdos anjos se lhes associam. Nós vos convidamos, a vós homens, para o divinoconcerto. Tomai da lira, fazei uníssonas vossas vozes, e que, num hino sagrado,elas se estendam e repercutam de um extremo a outro do Universo.

Homens, irmãos a quem amamos, aqui estamos junto de vós. Amai-vos,também, uns aos outros e dizei do fundo do coração, fazendo as vontades doPai, que está no Céu: Senhor!

Senhor!... e podereis entrar no reino dos Céus.(9)

O ESPÍRITO DE VERDADE

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CAPÍTULO 2CAPÍTULO 2CAPÍTULO 2CAPÍTULO 2CAPÍTULO 2

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BásicasBásicasBásicasBásicasBásicas

O Livro os EspíritosO Livro os EspíritosO Livro os EspíritosO Livro os EspíritosO Livro os Espíritos(original em francês)

Em 18 de abril de 1857 foipublicado e com ele veio à

luz a Doutrina Espírita.

ObrasObrasObrasObrasObras

desenvolvimento da Codificação Espírita,basicamente, teve início na residência dafamília Baudin, no ano de 1855. A casatinha duas jovens que eram médiuns.Tratava-se de Julie e Caroline

Baudin, de 14 e 16 anos respectivamente.Todo o trabalho da nova revelação

era revisado várias vezes, para evitar errosou interpretações duvidosas. As questõesmais graves, relativas à Doutrina, eramrevisadas com o auxílio de até dezmédiuns.

Das perguntas elaboradas aosEspíritos nasceu «O Livro dos Espíritos»,publicado em 18 de abril de 1857.

Allan Kardec, na etapa de sua vidaespírita, dedicou-se intensivamente aotrabalho da expansão e divulgação daDoutrina Espírita. Viajou 693 léguas, visitou20 cidades e assistiu a mais de 50 reuniõesdoutrinárias de Espiritismo, na sua viagem pelointerior da França no ano de 1862.

Fundou a Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas,que se destinaria a estudar, divulgar e explicar anova doutrina.

Em 10 de janeiro de 1858, o Codificadorabraçou uma nova atividade. Inaugura a «RevistaEspírita», de publicação mensal, cujo objetivo era

Ilustração da época daLivraria Dentu, na Galeried’Orléans do Palais Royal,Paris. Lugar onde foilançado «O Livro dosEspíritos».

OOOOO

informar aos adeptos do Espiritismo sobre seucrescimento e debater questões vinculadas àspráticas doutrinárias; assim, teve início a imprensaespírita.

As 5Obras

Básicas

O objetivo essencial doEspiritismo é o melhoramento

dos homens. (10)

CAPÍTULO 2CAPÍTULO 2CAPÍTULO 2CAPÍTULO 2CAPÍTULO 2

1857

1861 1864

1865 1868

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Obras Básicas da Codificação Espírita para aObras Básicas da Codificação Espírita para aObras Básicas da Codificação Espírita para aObras Básicas da Codificação Espírita para aObras Básicas da Codificação Espírita para aorientação dos seguidores do Espiritismo.orientação dos seguidores do Espiritismo.orientação dos seguidores do Espiritismo.orientação dos seguidores do Espiritismo.orientação dos seguidores do Espiritismo.Os cinco livros básicos de Allan Kardec queconstituem a Codificação Espírita, tambémconhecidos como «Pentateuco Kardequiano», são:O Livro dos EspíritosO Livro dos MédiunsO Evangelho segundo o EspiritismoO Céu e o InfernoA GêneseNeles, Allan Kardec reuniu os ensinamentos daEspiritualidade Superior, organizando e analisando,de forma que ficassem claros e interessantes.

O Professor Rivail,adotou o pseudônimode Allan Kardec, emreferência a umaexistência anteriorcomo sacerdote druida,para diferenciar a obraespírita das produçõespedagógicasanteriormentepublicadas.

1) O Livro dos Espíritos (1857):Contém os princípios da Doutrina Espírita.

Trata sobre a imortalidade da alma, a natureza dosEspíritos e suas relações com os homens, as leismorais, a vida presente, a vida futura e o porvirda humanidade – segundo os ensinos dados porEspíritos superiores com o concurso de diversosmédiuns – recebidos e coordenados por AllanKardec. Divide-se em quatro tópicos: «As causasprimárias»; «Mundo espírita ou dos Espíritos»; «Asleis morais»; e «Esperanças e consolações».

2) O Livro dos Médiuns (1861):Orienta a conduta prática das pessoas que

exercem a função de intermediar o mundoespiritual com o material. Mostra aos médiuns osinconvenientes da mediunidade, suas virtudes e osperigos provindos de uma faculdadedescontrolada. Ensina a forma de se obter contatosproveitosos e edificantes junto à Espiritualidade.A obra demonstra ainda as conseqüências moraise filosóficas decorrentes das relações entre oinvisível e o visível. É o maior tratado deparanormalidade ja escrito.

Em 9 de outubro de1861, em Barcelona,Espanha, o bispoAntônio Palau eTermens, determinouque os livros de AllanKardec fossemqueimados em praçapública, por seremofensivos e contráriosà fé católica.

Revue SpiriteRevue SpiriteRevue SpiriteRevue SpiriteRevue Spirite(Revista Espírita, Jornal de EstudosPsicológicos)Publicada em janeiro de 1858, a«Revista Espírita» constitui umaimportantíssima contribuiçãodoutrinária; nela se pode apreciarcomo Kardec apresentava as idéiasespíritas; esclarecendo as dúvidas dosleitores; estudava outras correntes depensamento e contestava os ataquescontra a doutrina.

La Revista EspíritaLa Revista EspíritaLa Revista EspíritaLa Revista EspíritaLa Revista Espírita(edição em(edição em(edição em(edição em(edição em

espanhol )espanhol )espanhol )espanhol )espanhol )Editada desde o 40

trimestre de 2003, apartir da seleção de

artigos já publicados naedição francesa, com a

introdução de algunsartigos e notícias de

interesse para os paísesde fala hispânica.

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3) O Evangelho segundo o Espiritismo(1864):

Trata-se da parte moral e religiosa da DoutrinaEspírita. Ensina a teoria e a prática do Cristianismo,através de comentários sobre as principaispassagens da vida de Jesus, feitos por Allan Kardece pelos Espíritos superiores. Mostra que asparábolas existentes no Evangelho, que aos olhoshumanos parecem fantasias, na verdade exprimemo mais profundo código de conduta moral de quese tem notícia.

4) O Céu e o Inferno (1865):Neste livro, através da evocação dos

Espíritos, Allan Kardec apresenta averdadeira face do desejado «céu», dotemido «inferno», como também dochamado «purgatório». Põe fim às penaseternas, demonstrando que tudo noUniverso evolui e que as teorias sobre osofrimento no fogo do inferno nada maissão do que uma ilusão. Comunicações deEspíritos desencarnados, de cultura ehábitos diversos, são analisadas ecomentadas pelo Codificador,mostrando a situação de felicidade, dearrependimento ou sofrimento dos quehabitam o mundo espiritual.

5) A Gênese (1868):Este livro é um estudo a respeito de como foi

criado o mundo, como apareceram as criaturas ecomo é o Universo em suas faces material eespiritual. É a parte científica da Doutrina Espírita.Explica a Criação, colocando Ciência e Religiãoface a face. A Gênesis bíblica é estudada e vistacomo uma realidade científica, disfarçada poralegorias e lendas.

Os seis dias narrados nas Escrituras Sagradassão mostrados como o tempo que o Criador teriagasto com a formação do Universo e da Terra;eras geológicas, que seguem a ordem cronológicacomprovada pela Ciência em suas pesquisas.Os «milagres», realizados por Jesus, são explicadoscomo sendo produto da modificação doselementos da natureza, sob a ação de sua poderosamediunidade.

No livro «O Evangelho segundo oEspiritismo» o Espírito de Verdadeafirma:«Aproxima-se o tempo em que secumprirão as coisas anunciadaspara a transformação daHumanidade. Ditosos serão os quehouverem trabalhado no campo doSenhor, com desinteresse e semoutro móvel, senão a caridade! Seusdias de trabalho serão pagos pelocêntuplo do que tiverem esperado».

Ditosos os que hajam dito a seusirmãos: “Trabalhemos juntos eunamos os nossos esforços, a fimde que o Senhor, ao chegar,encontre acabada a obra”,porquanto o Senhor lhes dirá:«Vinde a mim, vós que sois bonsservidores, vós que soubestesimpor silêncio aos vossos ciúmes eàs vossas discórdias, a fim de quedaí não viesse dano para a obra!».(11)

Obras PóstumasObras PóstumasObras PóstumasObras PóstumasObras PóstumasPublicado em 1890, 21 anos depois dadesencarnação de Allan Kardec, o livro foicompilado pelos seus sucessores e nos oferece abiografia do Codificador, assim como comentáriosreferentes às suas preocupações em relação àorganização das sociedades espíritas e o futuro doEspiritismo.

CAPÍTULO 2CAPÍTULO 2CAPÍTULO 2CAPÍTULO 2CAPÍTULO 2

1229

OOOOOEspiritismo?Espiritismo?Espiritismo?Espiritismo?Espiritismo?

De que trata oDe que trata oDe que trata oDe que trata oDe que trata o

Espiritismo responde as questõesfundamentais de nossa vida, comoestas: Quem é você?; Antes de nascer,o que você era?; Depois da morte, oque você será?; Por que você está neste

mundo?; Por que umas pessoas sofrem mais queoutras?; Por que alguns nascem ricos e outrospobres?; Por que alguns cegos, aleijados, débeismentais, etc., enquanto outros nascem inteligentese saudáveis?; Por que Deus permitiria tamanhadesigualdade entre seus filhos?; Por que há tantadesgraça no mundo e a tristeza supera a alegria?;

Os cartazes do Bicentenário doNascimento de Allan Kardec, utilizaramas frases que foram a bandeira doCodificador: «Trabalho, Solidariedade,Tolerância»; «Fora da caridade não há

Allan Kardec manifestou em«Obras Póstumas»:«Apliquei a essa nova ciência,como o fizera até então, o métodoexperimental; nunca elaboreiteorias preconcebidas; observavacuidadosamente, comparava,deduzia conseqüências; dosefeitos procurava remontar àscausas, por dedução e peloencadeamento lógico dos fatos,não admitindo por válida umaexplicação, senão quando resolvíatodas as dificuldades da questão».(12)

Logo expresa:«Compreendi, antes de tudo, agravidade da exploração que iaempreender; percebi, naquelesfenômenos, a chave do problema tãoobscuro e tão controvertido dopassado e do futuro da Humanidade, asolução que eu procurara em toda aminha vida. Era, em suma, toda umarevolução nas idéias e nas crenças;fazia-se mister, portanto, andar com amaior circunspeção e nãolevianamente; ser positivista e nãoidealista, para não me deixar iludir.».(13)

De três pessoas que viajam num veículo - porexemplo - após pavoroso desastre, uma perde avida, outra fica gravemente ferida e a terceiraescapa sem ferimentos. Por que sortes tãodiferentes? Onde está nisso a Justiça de Deus?;Por que uns, que são maus, sofrem menos queoutros, que são bons?; Perguntas como estas aDoutrina Espírita responde, porque tais são asperguntas que todos fazemos para nós mesmos,ao contemplarmos tanta desigualdade e tantosdestinos diferentes na vida atribulada de nossoplaneta.

salvação»; «Nascer, morrer, renascer eprogredir sempre, tal é a lei» e « Féinquebrantável é aquela que pode olhara razão face a face em todas as épocasda Humanidade».

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Espiritismo?Espiritismo?Espiritismo?Espiritismo?Espiritismo?O que é oO que é oO que é oO que é oO que é o

llan Kardec criou o neologismoEspiritismo, palavra que até então nãoexistia, para designar a este novo conjuntode idéias, definindo assim: «O Espiritismoé uma ciência que trata da natureza, origem

e destino dos Espíritos, bem como de suas relaçõescom o mundo corporal.»(14)

«O Espiritismo é, ao mesmo tempo, umaciência de observação e uma doutrina filosófica.Como ciência prática, ele consiste nas relaçõesque se estabelecem entre nós e os Espíritos;como filosofia, compreende todas asconseqüências morais que dimanam dessasmesmas relações.» (15)

O Espiritismo é uma doutrina filosóficade efeitos religiosos, como qualquer filosofiaespiritualista, pelo que forçosamente vai ter àsbases fundamentais de todas as religiões: Deus, aalma e a vida futura. Mas, não é uma religiãoconstituída, visto que não tem culto, nem rituais,nem templos. (16)

«Sem ser uma religião, o Espiritismo se prende

«O Espiritismo (…) instituirá averdadeira religião, a religião

natural, a que parte docoração e vai diretamente a

Deus». (18)

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Principais objetivos doPrincipais objetivos doPrincipais objetivos doPrincipais objetivos doPrincipais objetivos doEspi r i t ismoEspi r i t ismoEspi r i t ismoEspi r i t ismoEspi r i t ismo1. Realizar o progresso

espiritual da humanidade.2. Transformar o homem num

ser de bem econseqüentemente àsociedade.

3. Reviver o Cristianismo purosob as bases dosensinamentos de Jesus.

4. Dar ao homem uma fé sólidabaseada na razão.

O ideal do Espiritismo, éconsequentemente, lograr estesobjetivos, independentemente

dos valores econômicos, dasformas exteriores ouconvencionalismos restritivos;pode ser cultivado tanto pelopobre como pelo rico, pelojovem como pelo velho, pelodoente como pelo sadio, poisestá inteiramente ligado aomundo subjetivo de cada ser,onde se opera a transformaçãodo espírito eterno.Chegou à Terra para ajudar ohomem a resolver seusproblemas, esclarecendo-osob sua realidade espiritual eencaminhando-o para umconhecimento superior da vida.

Os trêsOs trêsOs trêsOs trêsOs trêsaspectosaspectosaspectosaspectosaspectos

d od od od od oEspi r i t ismoEspi r i t ismoEspi r i t ismoEspi r i t ismoEspi r i t ismo

Cient í f icoCient í f icoCient í f icoCient í f icoCient í f ico

Fi losóf icoFi losóf icoFi losóf icoFi losóf icoFi losóf ico Rel ig iosoRel ig iosoRel ig iosoRel ig iosoRel ig ioso

CAPÍTULO 2CAPÍTULO 2CAPÍTULO 2CAPÍTULO 2CAPÍTULO 2

essencialmente às idéias religiosas, desenvolve-asnaqueles que não as têm incertas». (17)

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FundamentaisFundamentaisFundamentaisFundamentaisFundamentaisPrincípiosPrincípiosPrincípiosPrincípiosPrincípios

s ensinamentos dos Espíritossuperiores fundamentam-se em:

A EXISTÊNCIA DE DEUSInteligência Suprema, causa

primeira de todas as coisas.A IMORTALIDADE DA ALMASomos em essência Espíritos, seres

inteligentes da criação. O espírito é o princípiointeligente do Universo.

A REENCARNAÇÃOCriado simples e ignorante, o Espírito

decide e cria seu próprio destino usando o livrearbítrio. Seu progresso é conseqüência dasexperiências adquiridas em diversas existências,evoluindo constantemente, tanto eminteligência como em moralidade.

A PLURALIDADE DOS MUNDOSHABITADOS

Os diferentes orbes do Universoconstituem as diversas moradas dos Espíritos.

A COMUNICABILIDADE DOSESPÍRITOS

Os Espíritos são os seres humanosdesencarnados. Através dos médiuns podemcomunicar-se com o mundo material.

A MORAL ESPÍRITABaseada no Evangelho de Jesus, é a máxima

moral para a vida.

«Como moral, ele éessencialmente cristão,porque a doutrina que ensinaé tão-somente odesenvolvimento e a aplicaçãoda do Cristo, a mais pura detodas, cuja superioridade nãoé contestada por ninguém,prova evidente de que é a leide Deus; ora, a moral está aserviço de todo mundo.» (21)

OOOOO

Léon Denisafirmou:

«O Espiritismoserá científico

ou nãosobreviverá».

(22)

Os fundamentos do Espiritismo estãoexpostos na Introdução de «O Livro

dos Espíritos», item VI, quando Kardecresume os pontos principais da

Doutrina, (...) podemos desdobraralguns itens sem causar prejuízo ao

contexto». (20)

«O Espiritismo é, pois, adoutrina fundada na

existência, nas manifestaçõese nos ensinamentos dos

Espíritos». (19)

D e u sD e u sD e u sD e u sD e u s

Imortalidade da AlmaImortalidade da AlmaImortalidade da AlmaImortalidade da AlmaImortalidade da Alma

ReencarnaçãoReencarnaçãoReencarnaçãoReencarnaçãoReencarnação

Pluralidade dos MundosPluralidade dos MundosPluralidade dos MundosPluralidade dos MundosPluralidade dos MundosHabi tadosHabi tadosHabi tadosHabi tadosHabi tados

Comunicabilidade dosComunicabilidade dosComunicabilidade dosComunicabilidade dosComunicabilidade dosEspír i tosEspír i tosEspír i tosEspír i tosEspír i tos

A Moral EspíritaA Moral EspíritaA Moral EspíritaA Moral EspíritaA Moral EspíritaO Evangelho de Jesus

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«Nos últimos tempos,disse o Senhor,derramarei o meuespírito sobre toda acarne; os vossos filhose filhas profetizarão, osmancebos terão visõese os velhos sonhos.»(Atos, cap. II, v 17, 18).

EspíritaEspíritaEspíritaEspíritaEspíritaA RevelaçãoA RevelaçãoA RevelaçãoA RevelaçãoA Revelação

1a. RevelaçãoMo isésMo isésMo isésMo isésMo isésDDDDD

efinamos primeiro o sentido da palavrarevelação. Revelar, do latim revelare, cujaraiz, velum véu, significa literalmentedescobrir de sob o véu e, figuradamente,descobrir, dar a conhecer uma coisa.

A característica essencial de qualquer revelaçãotem que ser a verdade. Revelar um segredo é dara conhecer um fato; se este é falso já não é umfato e por conseqüência não existe revelação.

O Espiritismo, partindo das próprias palavrasdo Cristo , como este partiu das de Moisés, éconseqüência direta da sua doutrina.

A idéia vaga da vida futura, acrescenta arevelação da existência do mundo invisível que nosrodeia, povoa o espaço e levanta o véu queocultava aos homens os mistérios do nascimentoe da morte.

A primeira revelação teve a sua personificaçãoem Moisés, a segunda no Cristo, a terceira não atem em indivíduo algum. As duas primeiras foramindividuais, a terceira coletiva; aí está um caráteressencial de grande importância.

Ninguém, por conseqüência, pode inculcar-secomo seu profeta exclusivo; foi espalhadasimultaneamente, por sobre a Terra, a milhões depessoas, de todas as idades e condições, a fim deservir um dia a todos, de ponto de ligação.

Chegou numa época de emancipação ematuridade intelectual, na qual o homem não aceitanada às cegas.

A revelação espírita é progressiva. OEspiritismo não têm dito a última palavra, mastem aberto um campo amplo para o estudo e aobservação.

Pela sua natureza possui duplo caráter, é aomesmo tempo divina e humana. Divina porqueprovém da iniciativa dos Espíritos e humanaporque é fruto do trabalho do homem.

Os ensinamentos dos Espíritos, por toda parte,nos mostram a unidade da lei. Em virtude dessaunidade, reinam na obra eterna a ordem e aharmonia.

2a. RevelaçãoJesusJesusJesusJesusJesus

3a. RevelaçãoOs EspíritosOs EspíritosOs EspíritosOs EspíritosOs Espíritos

CAPÍTULO 2CAPÍTULO 2CAPÍTULO 2CAPÍTULO 2CAPÍTULO 2

1233

O ConsoladorO ConsoladorO ConsoladorO ConsoladorO Consolador

PrometidoPrometidoPrometidoPrometidoPrometidoConsolador prometido por Jesus,também designado pelo apóstolo Joãocomo o «Santo Espírito», seria enviadoà Terra com a missão de consolar elidar com a verdade. Sob o nome de

Consolador e de Espírito de Verdade, Jesusanunciou a vinda daquele que havia de ensinartodas as coisas e de lembrar o que ele dissera. Arelação entre o Espiritismo e o Consolador estáno fato de a Doutrina Espírita conter todas ascondições do Consolador que Jesus prometeu;

OOOOOou seja, o Espiritismo vem abrir os olhos e osouvidos, pois fala sem figuras, sem alegorias,levantando o véu intencionalmente lançado sobrecertos mistérios; vem, finalmente, trazer aconsolação suprema aos deserdados da Terra e atodos os que sofrem. Jesus sabia que seriainoportuna uma revelação mais ampla, já que ohomem da sua época não estava amadurecido ealém disso previa que a sua mensagem seriadistorcida com o correr do tempo; e por issoprometeu um Consolador.

Os Prolegômenos de «O Livro dosEspíritos», levam a assinatura dehomens veneráveis como São Luis, JoãoEvangelista, Vicente de Paul, Fénelon,Sócrates e Platão.

(Ver ilustrações da esquerda à direita).Existe também a menção de diversospersonagens importantes como SantoAgostinho, o Espírito de Verdade, Frankline Swedenborg, entre outros.

«Se me amais, guardai os meus mandamentos; e eu rogarei ameu Pai e ele vos enviará outro Consolador, a fim de que fiqueeternamente convosco: – O Espírito de Verdade, que o mundonão pode receber, porque não o vê e absolutamente não oconhece. Mas, quanto a vós, conhecê-lo-eis, porque ficaráconvosco e estará em vós.Porém, o Consolador, que é o Santo Espírito,que meu Pai enviaráem meu nome, vos ensinará todas as coisas e vos fará recordartudo o que vos tenho dito.» (S. João, 14:15 a 17 e 26.)

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1. Complete as frasesa) O desenvolvimento da Codificação Espírita, basicamente, teve inicio ......................................................................

b) .................................................................. responde as questões fundamentais de nossa vida.

c) O Espiritismo é, ao mesmo tempo, uma ....................................................... e uma .......................................................

d) O Espiritismo, parte das próprias palavras do .................................................. , como este partiu das de............................................. .

e) A moral espírita está baseada no ............................................................... , como máxima moral para a vida.

4. Verdadeiro ou Falsoa) ..... A primeira revelação esteve

personificada em Moisés e asegunda em Jesus.

b) ..... Léon Denis afirmou: «OEspiritismo será científico ou nãosobreviverá».

c) ..... Em 1868 o Codificadorfundou a «Revista Espírita».

d) ..... O Espiritismo oferece umafé sólida baseada na razão.

e) ..... A revelação espírita éprogressiva.

3. Respondaa) Por qual outro nome são conhecidas as obras básicas deKardec?

...................................................................................................................b) Explique o aspecto científico do Espiritismo.

...................................................................................................................c) Explique o aspecto filosófico do Espiritismo.

...................................................................................................................d) Explique o aspecto religioso do Espiritismo.

...................................................................................................................e) Por que o Espiritismo é o Consolador Prometido?

...................................................................................................................

2. Relacionea) O Livro dos Espíritos ..... Mostra inconvenientes e virtudes da mediunidade.b) O Livro dos Médiuns ..... Explica a criação, os aspetos de ciência e de religião.c) O Evangelho segundo o Espiritismo ..... Mostra as fases do céu, inferno e purgatório.d) O Céu e o Inferno ..... Contém os princípios básicos do Espiritismo.e) A Gênesis ..... Trata a parte moral e religiosa do Espiritismo.

CAPÍTULO 2CAPÍTULO 2CAPÍTULO 2CAPÍTULO 2CAPÍTULO 2

AtividadesAtividadesAtividadesAtividadesAtividades

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Advento do Espírito de VerdadeDo livro: O Evangelho segundo o Espiritismo.Allan Kardec

EspiritualEspiritualEspiritualEspiritualEspiritualMensagemMensagemMensagemMensagemMensagem

enho, como outrora aostransviados filhos deIsrael, trazer-vos averdade e dissipar astrevas. Escutai-me.

O Espiritismo, como o fez antigamentea minha palavra, tem de lembrar aosincrédulos que acima deles reina a imutávelverdade: o Deus bom, o Deus grande, quefaz germinem as plantas e se levantem asondas. Revelei a doutrina divinal. Como umceifeiro, reuni em feixes o bem esparso noseio da Humanidade e disse: «Vinde a mim,todos vós que sofreis.»

Mas, ingratos, os homens afastaram-sedo caminho reto e largo que conduz aoreino de meu Pai e enveredaram pelasásperas sendas da impiedade. Meu Pai nãoquer aniquilar a raça humana; quer que,ajudando-vos uns aos outros, mortos evivos, isto é, mortos segundo a carne,porquanto não existe a morte, vos socorraismutuamente, e que se faça ouvir não mais avoz dos profetas e dos apóstolos, mas ados que já não vivem na Terra, a clamar:Orai e crede! pois que a morte é aressurreição, sendo a vida a prova buscadae durante a qual as virtudes que houverdes

VVVVVcultivado crescerão e se desenvolverão como ocedro.

Homens fracos, que compreendeis as trevasdas vossas inteligências, não afasteis o facho quea clemência divina vos coloca nas mãos para vosclarear o caminho e reconduzir-vos, filhosperdidos, ao regaço de vosso Pai.

Sinto-me por demais tomado de compaixãopelas vossas misérias, pela vossa fraqueza imensa,para deixar de estender mão socorredora aosinfelizes transviados que, vendo o céu, caem nosabismos do erro. Crede, amai, meditai sobre ascoisas que vos são reveladas; não mistureis o joiocom a boa semente, as utopias com as verdades.

Espíritas! amai-vos, este o primeiroensinamento; instruí-vos, este o segundo. NoCristianismo encontram-se todas as verdades; sãode origem humana os erros que nele seenraizaram. Eis que do além-túmulo, quejulgáveis o nada, vozes vos clamam: «Irmãos!nada perece. Jesus-Cristo é o vencedor do mal,sede os vencedores da impiedade.» (25)

O ESPÍRITO DE VERDADE.Paris, 1860

CAPÍTULO 3CAPÍTULO 3CAPÍTULO 3CAPÍTULO 3CAPÍTULO 3

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DeusDeusDeusDeusDeusIdéia deIdéia deIdéia deIdéia deIdéia de

esde os tempos maisremotos, o ser humanosempre sentiu no íntimo dasua alma, a existência de um«Ser» superior: DEUS.

O homem primitivo demonstrouesse sentimento íntimo com respeitoe temor às forças da natureza,adorando o mar, a lua, o trovão, asestrelas, etc. Sentindo que taisfenômenos vibram em forma misteriosa dentrode seu ser, e seus reflexos positivos, não podereconhecer na sua consciência.

A medida que o homem evolui, esse «Deus» setorna mais real e positivo na sua consciência; maisadiante, o homem lhe atribuiu qualidades, emoções,desejos e personalidade como se tratasse de umacaracterística do homem – o Deus antropomorfo,susceptível de experimentar os ciúmes, cólera, anecessidade e a expectativa de oferendas, rituais esacrifícios. Progressivamente o vimos começaradorando pedras, estátuas; logo ervas e plantas,depois animais e feras, para passar logo apersonificá-lo em seres humanos.

Na verdade o homem sempre procurou aDeus, a idéia de Deus foi mudando de povo empovo, os homens primitivos adoravam as forçasda natureza, seguros de que existia um poder

«Deus é a inteligência suprema, causaprimeira de todas as coisas». (26)

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superior. Os astecas, incas e egípcios adoravam oSol, vendo através do astro rei, o centro da vida;os judeus louvaram a Jeová, um deus guerreiro evingativo que protegia uma única raça eleita; osantigos católicos eram devotos de um velhinho debarbas brancas que vivia no céu e distribuía graçaa seus fiéis jogando no inferno os hereges.

Não há duvida de que a idéia de Deus evoluiusempre conforme o progresso, o entendimento ea cultura da humanidade. Deus não é uma idéia oufruto das necessidades psicológicas de uma época,e, sim, uma realidade que se mostra ou revela maisnítida à medida que compreendemos as leis queregem a vida e que o nosso psiquismo vaipercebendo, com mais precisão a realidadeespiritual.

Desde a antiguidade,o homem já sentiaem si a existência deDeus, adorando anatureza à base derituais, cerimônias ecantos rudimentares.

CAPÍTULO 3CAPÍTULO 3CAPÍTULO 3CAPÍTULO 3CAPÍTULO 3

1239

Deus está por toda parte;porque irradia em todas as

partes e pode se dizer que estamergulhado na Divindade como

nós estamos na luz solar; nãoobstante, os Espíritos atrasadosestão cercados de uma espéciede nuvem que os oculta a seus

olhos e que somente se dissipaà medida que se purificam e se

desmaterializam.

Em realidade pouco sabemos sobre anatureza de Deus. Somente outro Deuspoderia defini-lo. Chamaram-no«Varuna» os arianos, «Elim» osegípcios, «Thien» os chineses,«Ahuramazda» os persas, «Brahma» osindianos, «Buda» os orientais, «Jeová»os hebreus, «Zeus» os gregos,«Júpiter» os latinos, «Eidos» Sócrates,«Natureza da Natureza» Espinoza; nãoobstante, nosso Deus é aindadesconhecido, «como o foi para osvedas e os sábios do Areópago de

llan Kardec colocou logo no início de«O Livro dos Espíritos» um capítulo quetrata exclusivamente de Deus. Com issopretendeu chegar a causa inicial de tudoo que existe. Perguntou, e os Espíritossuperiores definiram:

1. Que é Deus?«Deus é a inteligência suprema, causa primeira

de todas as coisas».2. Que se deve entender por infinito?«O que não tem começo nem fim: o

desconhecido; tudo o que é desconhecido éinfinito.»

3. Poder-se-ia dizer que Deus é o infinito?«Definição incompleta. Pobreza da linguagem

humana, insuficiente para definir o que está acimada linguagem dos homens.»

Deus é infinito em suas perfeições, maso infinito é uma abstração. Dizer que Deusé o infinito é tomar o atributo de uma coisapela coisa mesma, é definir uma coisa quenão está conhecida por uma outra que nãoo está mais do que a primeira.

Atenas...». (27)«Deus é um ser vivo, sensível econsciente. Deus é uma realidade ativa.Deus é nosso Pai, nosso guia, nossocondutor, nosso melhor amigo; infunde-nos ânimo, luz e vontade para atingir aperfeição.» (28)Tal é o conceito que a nossainteligência, na fase evolutiva em que seencontra, pode formar-se de quemJesus chamou “meu Pai”, designando-ocom o atributo da máxima virtude: Deusé amor.

Deus?Deus?Deus?Deus?Deus?Que éQue éQue éQue éQue é

(*) O texto colocado entre aspas, em seguida àsperguntas, é a resposta que os Espíritos deram.Para destacar as notas e explicações aditadas peloCodificador, quando haja possibilidade de seremconfundidas com o texto da resposta.

AAAAAA pintura no fresco do

renascentista Michelangeloretrata a imagem da idéia

de Deus na época.

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DeusDeusDeusDeusDeuse as Provas da sua Existênciae as Provas da sua Existênciae as Provas da sua Existênciae as Provas da sua Existênciae as Provas da sua Existência

llan Kardec perguntou aosguias da humanidade arespeito das provas daexistência de Deus e obteveas seguintes respostas:

Provas da Existência de Deus4. Onde se pode encontrar a

prova da existência de Deus?«Num axioma que aplicais às

vossas ciências. Não há efeito semcausa. Procurai a causa de tudo o quenão é obra do homem e a vossa razãoresponderá.»

Para crer-se em Deus, basta quese lance o olhar sobre as obras daCriação. O Universo existe, logotem uma causa. Duvidar daexistência de Deus é negar que todoefeito tem uma causa e acreditar que o nadapôde fazer alguma coisa.

5. Que dedução se pode tirar do sentimentoinstintivo, que todos os homens trazem em si,da existência de Deus?

«A de que Deus existe; pois, donde lhes viriaesse sentimento, se não tivesse uma base? É aindauma conseqüência do princípio — não há efeitosem causa.»

6. O sentimento íntimo que temos daexistência de Deus não poderia ser fruto da

A inferioridade das faculdades do homem não lhepermite compreender a natureza íntima de Deus.Na infância da Humanidade, o homem oconfunde muitas vezes com a criatura, cujasimperfeições lhe atribui; mas, à medida que nelese desenvolve o senso moral, seu pensamentopenetra melhor no âmago das coisas; então, fazidéia mais justa da Divindade e, ainda quesempre incompleta, mais conforme à sã razão.(29)

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educação, resultado de idéias adquiridas?«Se assim fosse, por que existiria nos vossos

selvagens esse sentimento?»Se o sentimento da existência de um ser

supremo fosse tão somente produto de umensino, não seria universal e não existiriasenão nos que houvessem podido receber esseensino, conforme se dá com as noçõescientíficas.

7. Poder-se-ia achar nas propriedadesíntimas da matéria a causa primeira daformação das coisas?

CAPÍTULO 3CAPÍTULO 3CAPÍTULO 3CAPÍTULO 3CAPÍTULO 3

1241

12. Embora não12. Embora não12. Embora não12. Embora não12. Embora nãopossamos compreenderpossamos compreenderpossamos compreenderpossamos compreenderpossamos compreender

a natureza íntima dea natureza íntima dea natureza íntima dea natureza íntima dea natureza íntima deDeus, podemos formarDeus, podemos formarDeus, podemos formarDeus, podemos formarDeus, podemos formar

idéia de algumas deidéia de algumas deidéia de algumas deidéia de algumas deidéia de algumas desuas perfeições?suas perfeições?suas perfeições?suas perfeições?suas perfeições?

«De algumas, sim. Ohomem as compreende

melhor à proporção que seeleva acima da matéria.

Entrevê-as pelopensamento.»

«Mas, então, qual seria a causa dessaspropriedades? É indispensável sempre uma causaprimária.»

Atribuir a formação primária das coisas àspropriedades íntimas da matéria seria tomaro efeito pela causa, porquanto essaspropriedades são, também elas, um efeito quehá de ter uma causa.

8. Que se deve pensar da opinião dos queatribuem a formação primeira a umacombinação fortuita da matéria, ou, por outra,ao acaso?

«Outro absurdo! Que homem de bom-sensopode considerar o acaso um ser inteligente? E,demais, que é o acaso? Nada.»

A harmonia existente no mecanismo doUniverso patenteia combinações e desígniosdeterminados e, por isso mesmo, revela umpoder inteligente. Atribuir a formaçãoprimeira ao acaso é insensatez, pois que oacaso é cego e não pode produzir os efeitosque a inteligência produz. Um acasointeligente já não seria acaso.

9. Em que é que, na causa primária, serevela uma inteligência suprema e superior atodas as inteligências?

«Tendes um provérbio que diz: Pela obra sereconhece o autor. Pois bem! Vede a obra e procuraio autor. O orgulho é que gera a incredulidade. Ohomem orgulhoso nada admite acima de si. Porisso é que ele se denomina a si mesmo de espíritoforte. Pobre ser, que um sopro de Deus podeabater!»

Do poder de uma inteligência se julga pelassuas obras. Não podendo nenhum ser humanocriar o que a Natureza produz, a causaprimeira é, conseguintemente, umainteligência superior à Humanidade.

10. Pode o10. Pode o10. Pode o10. Pode o10. Pode oh o m e mh o m e mh o m e mh o m e mh o m e mcompreender acompreender acompreender acompreender acompreender anatureza íntimanatureza íntimanatureza íntimanatureza íntimanatureza íntimade Deus?de Deus?de Deus?de Deus?de Deus?«Não; falta-lhepara isso osentido.»

11. Será dado um11. Será dado um11. Será dado um11. Será dado um11. Será dado umdia ao homemdia ao homemdia ao homemdia ao homemdia ao homemcompreender ocompreender ocompreender ocompreender ocompreender omistério damistério damistério damistério damistério daDiv indade?Div indade?Div indade?Div indade?Div indade?«Quando não mais tivero espírito obscurecidopela matéria. Quando,pela sua perfeição, sehouver aproximado deDeus, ele o verá ecompreenderá.»

Quaisquer que sejam os prodígios que ainteligência humana tenha operado, elaprópria tem uma causa e, quanto maior for oque opere, tanto maior há de ser a causaprimeira. Aquela inteligência superior é que éa causa primária de todas as coisas, seja qualfor o nome que lhe dêem.

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Pante ísmoPante ísmoPante ísmoPante ísmoPante ísmoA idéia de que todas as coisas são Deus, não é compatívelcom os ensinamentos espíritas; o panteísmo faz de Deusum ser material que, embora dotado de supremainteligência, seria em ponto grande o que somos em pontopequeno. Ora, transformando-se a matériaincessantemente, Deus, se fosse assim, nenhumaestabilidade teria; achar-se-ia sujeito a todas as vicissitudes.«(...) A inteligência de Deus se revela em suas obras comoa de um pintor no seu quadro; mas, as obras de Deus nãosão o próprio Deus, como o quadro não é o pintor que oconcebeu e executou.» (30)

PPPPP

DivinidadeDivinidadeDivinidadeDivinidadeDivinidadeAtributos daAtributos daAtributos daAtributos daAtributos da

or não poder abranger tudo, ohomem, pela sua carênciaperceptiva a todos os atributosdivinos da absoluta perfeição,pode, no entanto, formar uma

idéia de alguns, exatamente aqueles que nãopodem faltar a Deus.

Nesses atributos, que vamosseguidamente numerar, Deus deve possuirem grau supremo essas perfeições,porquanto, se uma lhe faltasse, ou não fosseinfinita, já ele não seria superior a tudo, nãoseria, por conseguinte, Deus.

Deus é eterno. Se tivesse tido princípio,teria saído do nada, ou, então, também teriasido criado, por um ser anterior. É assimque, de degrau em degrau, remontamosao infinito e à eternidade.

É imutável. Se estivesse sujeito a mudanças,as leis que regem o Universo nenhuma estabilidadeteriam.

É imaterial. Quer isto dizer que a sua naturezadifere de tudo o que chamamos matéria. De outromodo, ele não seria imutável, porque estaria sujeitoàs transformações da matéria.

É único. Se muitos Deuses houvesse, nãohaveria unidade de vistas, nem unidade de poder

na ordenação do Universo.É onipotente. Ele o é, porque é único. Se não

dispusesse do soberano poder, algo haveria maispoderoso ou tão poderoso quanto ele, que entãonão teria feito todas as coisas. As que não houvessefeito seriam obra de outro Deus.

É soberanamente justo e bom. A sabedoriaprovidencial das leis divinas se revela, nas maispequeninas coisas, assim como nas maiores, e essasabedoria não permite que se duvide nem da justiçanem da bondade de Deus.

EternoEternoEternoEternoEterno

ImutávelImutávelImutávelImutávelImutável

Imater ia lImater ia lImater ia lImater ia lImater ia l

Ún icoÚn icoÚn icoÚn icoÚn ico

OnipotenteOnipotenteOnipotenteOnipotenteOnipotente

Soberanamente justo e bomSoberanamente justo e bomSoberanamente justo e bomSoberanamente justo e bomSoberanamente justo e bom

CAPÍTULO 3CAPÍTULO 3CAPÍTULO 3CAPÍTULO 3CAPÍTULO 3

1243

QQQQQ

21. A matéria existe desde21. A matéria existe desde21. A matéria existe desde21. A matéria existe desde21. A matéria existe desdetoda a eternidade, comotoda a eternidade, comotoda a eternidade, comotoda a eternidade, comotoda a eternidade, comoDeus, ou foi criada por eleDeus, ou foi criada por eleDeus, ou foi criada por eleDeus, ou foi criada por eleDeus, ou foi criada por eleem dado momento?em dado momento?em dado momento?em dado momento?em dado momento?«Só Deus o sabe. Há uma coisa,todavia, que a razão vos deveindicar: é que Deus, modelo deamor e caridade, nunca esteveinativo. Por mais distante quelogreis figurar o início de suaação, podereis concebê-lo ocioso,um momento que seja?»

UniversoUniversoUniversoUniversoUniversoElementos Gerais doElementos Gerais doElementos Gerais doElementos Gerais doElementos Gerais do

uanto mais consegue o homem penetrarnesses mistérios, tanto maior admiraçãolhe devem causar o poder e a sabedoriado Criador. Entretanto, seja por orgulhoou seja por fraqueza, sua própria

inteligência o faz joguete da ilusão. Ele amontoasistemas sobre sistemas e cada dia que passa lhemostra quantos erros tomou por verdades equantas verdades rejeitou como erros. São outrastantas decepções para o seu orgulho.

Espírito: O princípio inteligente do Universo.A inteligência é um atributo essencial do espírito.Uma e outro, porém, se confundem num princípiocomum, de sorte que, para vós, são a mesma coisa.O espírito independe da matéria, mas, a união de ambosé necessária para dar inteligência à matéria.

Matéria: Variação de um elemento chamadofluido universal. A matéria é o agente, o intermediáriocom o auxílio do qual e sobre o qual atua o espírito.

Existe em diversos estados, inclusive tão etéreae sutil que escapa inteiramente ao alcance dosnossos sentidos.

Há dois elementos gerais do Universo: a matéria e oespírito. Acima de tudo Deus, o criador, o pai detodas as coisas. Deus, espírito e matéria constituemo princípio de tudo o que existe, a trindade universal.Mas, ao elemento material se tem que juntar o fluidouniversal, que desempenha o papel de intermediárioentre o espírito e a matéria propriamente dita, por

demais grosseira para que o espírito possa exerceração sobre ela.

Embora, de certo ponto de vista, seja lícitoclassificá-lo com o elemento material, ele se distinguedeste por propriedades especiais. Se o fluidouniversal fosse positivamente matéria, razão nãohaveria para que também o espírito não o fosse.Está colocado entre o espírito e a matéria; é fluido,como a matéria é matéria, e suscetível, pelas suasinumeráveis combinações com esta e sob a açãodo espírito, de produzir a infinita variedade dascoisas de que apenas conheceis uma parte mínima.Esse fluido universal, ou primitivo, ou elementar,sendo o agente de que o espírito se utiliza, é oprincípio sem o qual a matéria estaria em perpétuoestado de divisão e nunca adquiriria as qualidadesque a gravidade lhe dá.»

Elementosgerais doUniverso

Deus

Espírito Matéria

35. O Espaço universal é35. O Espaço universal é35. O Espaço universal é35. O Espaço universal é35. O Espaço universal éinfinito ou limitado?infinito ou limitado?infinito ou limitado?infinito ou limitado?infinito ou limitado?

«Infinito. Supõe-no limitado: quehaverá para lá de seus limites?Isto te confunde a razão, bem o

sei; no entanto, a razão te diz quenão pode ser de outro modo. Omesmo se dá com o infinito em

todas as coisas. Não é napequenina esfera em que vos

achais que podereiscompreendê-lo.»

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CriaCriaCriaCriaCriaçççççãoãoãoãoão

Universo abrange a infinidadedos mundos que vemos e dosque não vemos, todos os seresanimados e inanimados,todos os astros que se movem

no espaço, assim como os fluidos queo enchem.

39. Poderemos conhecer o modode formação dos mundos?

«Tudo o que a esse respeito se podedizer e podeis compreender é que osmundos se formam pela condensaçãoda matéria disseminada no Espaço.»

FORMAÇÃO DOS SERES VIVOS«No começo tudo era caos; os elementos

estavam em confusão. Pouco a pouco cada coisatomou o seu lugar.

Apareceram então os seres vivos apropriadosao estado do globo.

A Terra lhes continha os germens, queaguardavam momento favorável para sedesenvolverem. Os princípios orgânicos secongregaram, desde que cessou a atuação da forçaque os mantinha afastados, e formaram osgermens de todos os seres vivos. Estes germenspermaneceram em estado latente de inércia, comoa crisálida e as sementes das plantas, até o

momento propício ao surto de cada espécie.Os seres de cada uma destas se reuniram, então,

e se multiplicaram.»APARIÇÃO DO HOMEMO homem surgiu em muitos pontos do globo

e em épocas várias, o que também constitui umadas causas da diversidade das raças, pelo clima,vida e costumes.

PLURALIDADE DOS MUNDOSDeus povoou de seres vivos os mundos;

acreditar que só os haja no planeta que habitamosfora duvidar da sabedoria de Deus, que não fezcoisa alguma inútil e que a esses mundos há de eleter dado uma destinação mais séria do que a denos recrearem a vista.

621. Onde está621. Onde está621. Onde está621. Onde está621. Onde estáescrita a lei deescrita a lei deescrita a lei deescrita a lei deescrita a lei deDeus?Deus?Deus?Deus?Deus?«Na consciência.»

«As condições de existência dosseres que habitam os diferentesmundos hão de ser adequadas

ao meio em que lhes cumpreviver. Se jamais houvéramos visto

peixes, não compreenderíamosque pudesse haver seres que

vivessem dentro da água.Assim acontece com relação aosoutros mundos, que sem dúvida

contêm elementos quedesconhecemos.» (32)

CAPÍTULO 3CAPÍTULO 3CAPÍTULO 3CAPÍTULO 3CAPÍTULO 3

«Deus renova osmundos, como

renova os seresvivos.». (31)

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VitalVitalVitalVitalVitalPrincípioPrincípioPrincípioPrincípioPrincípio

s seres orgânicos são os que têm em siuma fonte de atividade íntima que lhesdá a vida. Nascem, crescem,reproduzem-se por si mesmos emorrem. São providos de órgãos

especiais para a execução dos diferentes atos davida, órgãos esses apropriados às necessidades quea conservação própria lhes impõe. Nessa classeestão compreendidos os homens, os animais e asplantas. Seres inorgânicos são todos os que carecemde vitalidade, de movimentos próprios e que seformam apenas pela agregação da matéria.

Tais são os minerais, a água, o ar, etc.

lº os sereslº os sereslº os sereslº os sereslº os seresinan imados,inan imados,inan imados,inan imados,inan imados,constituídos só dematéria, semvitalidade neminteligência: são oscorpos brutos.

2º os seres2º os seres2º os seres2º os seres2º os seresanimados queanimados queanimados queanimados queanimados quenão pensam,não pensam,não pensam,não pensam,não pensam,formados de matériae dotados devitalidade, porém,destituídos deinteligência.

3º os seres3º os seres3º os seres3º os seres3º os seresan imadosan imadosan imadosan imadosan imadospensantes,pensantes,pensantes,pensantes,pensantes,formados de matéria,dotados de vitalidadee tendo a mais umprincípio inteligenteque lhes outorga afaculdade de pensar.

68. Qual a68. Qual a68. Qual a68. Qual a68. Qual acausa da mortecausa da mortecausa da mortecausa da mortecausa da mortedos seresdos seresdos seresdos seresdos seresorgânicos?orgânicos?orgânicos?orgânicos?orgânicos?«Esgotamentodos órgãos.»

68. a) — Poder-se-68. a) — Poder-se-68. a) — Poder-se-68. a) — Poder-se-68. a) — Poder-se-ia comparar aia comparar aia comparar aia comparar aia comparar amorte à cessaçãomorte à cessaçãomorte à cessaçãomorte à cessaçãomorte à cessaçãodo movimento dedo movimento dedo movimento dedo movimento dedo movimento deuma máquinauma máquinauma máquinauma máquinauma máquinadesorganizada?desorganizada?desorganizada?desorganizada?desorganizada?«Sim; se a máquinaestá mal montada,cessa o movimento; seo corpo está enfermo,a vida se extingue.»

«A quantidade de fluido vital seesgota. Pode tornar-se

insuficiente para a conservaçãoda vida, se não for renovada pela

absorção e assimilação dassubstâncias que o contém.

O fluido vital se transmite de umindivíduo a outro. Aquele que o

tiver em maior porção pode dá-loa um que o tenha de menos e em

certos casos prolongar a vidaprestes a extinguir-se.» (34)

Classes de seres orgânicos (33)Classes de seres orgânicos (33)Classes de seres orgânicos (33)Classes de seres orgânicos (33)Classes de seres orgânicos (33)

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«A inteligência é umafaculdade especial, peculiar a

algumas classes de seresorgânicos e que lhes dá, como pensamento, a vontade deatuar, a consciência de que

existem e de que constituemuma individualidade cada

um, assim como os meios deestabelecerem relações com

o mundo exterior e deproverem às suas

necessidades.» (35)

61. Há diferença entre a matéria dos corposorgânicos e a dos inorgânicos?

«A matéria é sempre a mesma, porém noscorpos orgânicos está animalizada.»

62. Qual a causa da animalização damatéria?

«Sua união com o princípio vital.»O conjunto dos órgãos constitui uma

espécie de mecanismo que recebe impulsão daatividade íntima ou princípio vital que entreeles existe.

70. Que é feito da matéria e do princípiovital dos seres orgânicos, quando estes morrem?

«A matéria inerte se decompõe e vai formarnovos organismos. O princípio vital volta à massadonde saiu.»

Morto o ser orgânico, os elementos que ocompõem sofrem novas combinações, de queresultam novos seres, os quais haurem na fonteuniversal o princípio da vida e da atividade, oabsorvem e assimilam, para novamente orestituírem a essa fonte, quando deixarem deexistir.

71. A inteligência é atributo do princípiovital?

«Não, pois que as plantas vivem e não pensam:só têm vida orgânica. A inteligência e a matéria sãoindependentes, porquanto um corpo pode viversem a inteligência. Mas, a inteligência só por meiodos órgãos materiais pode manifestar-se.Necessário é que o espírito se una à matériaanimalizada para intelectualizá-la.»

74. Pode estabelecer-se uma linha deseparação entre instinto e a inteligência, istoé, precisar onde um acaba e começa a outra?

«Não, porque muitas vezes se confundem. Mas,muito bem se podem distinguir os atos quedecorrem do instinto dos que são da inteligência.»

«O instinto é umainteligência rudimentar,que difere da inteligênciapropriamente dita, emque suas manifestaçõessão quase sempreespontâneas, ao passoque as da inteligênciaresultam de umacombinação e de um atodeliberado.» (36)

75. É acertado dizer-se que75. É acertado dizer-se que75. É acertado dizer-se que75. É acertado dizer-se que75. É acertado dizer-se queas faculdades instintivasas faculdades instintivasas faculdades instintivasas faculdades instintivasas faculdades instintivasdiminuem à medida quediminuem à medida quediminuem à medida quediminuem à medida quediminuem à medida quecrescem as intelectuais?crescem as intelectuais?crescem as intelectuais?crescem as intelectuais?crescem as intelectuais?“Não; o instinto existe sempre,mas o homem o despreza.O instinto também podeconduzir ao bem. Ele quasesempre nos guia e algumasvezes com mais segurança doque a razão. Nunca setransvia.»

a) — Por que nema) — Por que nema) — Por que nema) — Por que nema) — Por que nemsempre é guiasempre é guiasempre é guiasempre é guiasempre é guia

infalível a razão?infalível a razão?infalível a razão?infalível a razão?infalível a razão?«Seria infalível, se não

fosse falseada pelamá-educação, pelo

orgulho e peloegoísmo. O instinto não

raciocina; a razãopermite a escolha e dá

ao homem o livre-arbítrio.»

«O instinto varia emsuas manifestações,

conforme àsespécies e às suasnecessidades. Nos

seres que têm aconsciência e apercepção das

coisas exteriores, elese alia à inteligência,

isto é, à vontade e àliberdade». (37)

CAPÍTULO 3CAPÍTULO 3CAPÍTULO 3CAPÍTULO 3CAPÍTULO 3

1247

OOOOOprincípio espiritual tem existência própria,individualizado, o elemento espiritualconstitui os seres chamados Espíritos.

Os Espíritos são criados por Deus esubmetidos a sua vontade. É indiscutível

que Deus é eterno, mas nada sabemos de quandoe como fomos criados; o que sabemos é que Deusnunca deixou de criar e que os Espíritos são aindividualização do princípio inteligente. A épocae o modo por que essa formação se operou é quesão desconhecidos.

Os Espíritos não são imateriais, pobreza denossa linguagem, o que é mais exato dizer éincorpóreo, porque sendo uma criação, o Espíritohá de ser alguma coisa. É a matéria quintessenciada,mas sem analogia para nós, e tão etérea que escapainteiramente ao alcance dos nossos sentidos.

EspiritualEspiritualEspiritualEspiritualEspiritualPrincípioPrincípioPrincípioPrincípioPrincípio

72. Qual a72. Qual a72. Qual a72. Qual a72. Qual afonte dafonte dafonte dafonte dafonte dainteligência?inteligência?inteligência?inteligência?inteligência?«Já odissemos; ainteligênciauniversal».

80. A criação dos80. A criação dos80. A criação dos80. A criação dos80. A criação dosEspíritos éEspíritos éEspíritos éEspíritos éEspíritos épermanente, ou sópermanente, ou sópermanente, ou sópermanente, ou sópermanente, ou sóse deu na origemse deu na origemse deu na origemse deu na origemse deu na origemdos tempos?dos tempos?dos tempos?dos tempos?dos tempos?«É permanente. Querdizer: Deus jamaisdeixou de criar.»

84. Os Espíritos84. Os Espíritos84. Os Espíritos84. Os Espíritos84. Os Espíritosconstituem um mundoconstituem um mundoconstituem um mundoconstituem um mundoconstituem um mundo

à parte, fora daqueleà parte, fora daqueleà parte, fora daqueleà parte, fora daqueleà parte, fora daqueleque vemos?que vemos?que vemos?que vemos?que vemos?

«Sim, o mundo dosEspíritos, ou das

inteligências incorpóreas.»

77. Os Espíritos são seres distintos77. Os Espíritos são seres distintos77. Os Espíritos são seres distintos77. Os Espíritos são seres distintos77. Os Espíritos são seres distintosda Divindade, ou serão simplesda Divindade, ou serão simplesda Divindade, ou serão simplesda Divindade, ou serão simplesda Divindade, ou serão simples

emanações ou porções desta e, poremanações ou porções desta e, poremanações ou porções desta e, poremanações ou porções desta e, poremanações ou porções desta e, poristo, denominados filhos de Deus?isto, denominados filhos de Deus?isto, denominados filhos de Deus?isto, denominados filhos de Deus?isto, denominados filhos de Deus?

«Meu Deus! São obra de Deus, exatamentequal a máquina o é do homem que a

fabrica. A máquina é obra do homem, não éo próprio homem. Sabes que, quando faz

alguma coisa bela, útil, o homem lhechama sua filha, criação sua. Pois bem! Omesmo se dá com relação a Deus: somos

seus filhos, pois que somos obra sua.»

Dou

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48

1. Complete as frasesa) Não há duvida de que a idéia de Deus evoluiu sempre .................................................................................. , entendimento e cultura da humanidade.

b) A prova da existência de Deus no axioma: ..............................................................................................

c) Há dois elementos gerais do Universo: ......................................... e a ...............................................

d) Os Espíritos são os seres ..........................................................................................................................................

e) Os Espíritos não são imateriais, o que é mais exato dizer é ....................................................................................

4. Verdadeiro ou Falsoa) ..... A razão é sempre guia

infalível.

b) ..... A inteligência é um atributodo principio vital.

c) ..... Podemos conhecer o modocomo foram formados osmundos.

d) ..... Deus é o infinito.

e) ..... A matéria é a variação deum elemento chamado fluidouniversal.

3. Respondaa) Que é Deus?

................................................................................................................

b) Que se deve pensar sobre a opinião que atribui a formaçãodos mundos ao acaso?

..............................................................................................................

c) Onde está escrita a lei de Deus?

..............................................................................................................

d) Qual é a causa da animalização da matéria?

..............................................................................................................

e) Quais são os principais atributos da divindade?

..............................................................................................................

2. Relacionea) Panteísmo ..... Nome dado por Espinoza a Deus.b) Espírito ..... Agente intermediário entre o espírito e a matéria.c) Matéria ..... Princípio inteligente do Universo.d) Natureza da Natureza ..... Méio pelo qual os Espíritos se desenvolvem.e) Fluido Universal ..... Idéia de que todas as coisas são Deus.

CAPÍTULO 3CAPÍTULO 3CAPÍTULO 3CAPÍTULO 3CAPÍTULO 3

AtividadesAtividadesAtividadesAtividadesAtividades

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1249

Convite à PerseverançaDo livro: Convites da Vida.Psicografado por Divaldo Pereira Franco. Editora Leal.5a edição. Salvador, BA: LEAL, 1991.

EspiritualEspiritualEspiritualEspiritualEspiritualMensagemMensagemMensagemMensagemMensagem

ão asseveres: «é-me impossívelfazer!»

Nem redarguas: «Nãoconsigo!»

Nunca informes: «sei que étotalmente inútil aceitar.»

Nem retruques: «é maior do que as minhasforças.»

Para aquele que crê, o impossível é tarefa quesomente demora um pouco para ser realizada,já que o possível se pode realizar imediatamente.

Instado a ajudar não te permitas condições,especialmente se fruis o tesouro da possibilidade.

Fácil ser delicado sem esforço, ser amigo semsacrifício, ser cristão sem auto-doação...

Perseverança nos objetivos elevados, comoferenda de amor, é materialização de fésuperior.

Para que seja atuante, a fé deve nutrir-se dopoder dos esforços caldeados para as finalidadesque parecem inatingíveis.

Todos podem iniciar ministérios...Tarefas começantes produzem entusiasmos

exaltados.Mede-se, porém, o verdadeiro cristão e,

particularmente, o espírita pelo investimento que

NNNNNcoloca na bolsa de valores imortalistas a renderjuros de paz...

Unge-se, portanto, de fé e deixa queresplandeça a tua fidelidade ao lado de quempadece.

Não fosse o sofrimento, ninguém suplicariasocorro.

Não fosse a angústia ninguém se encorajariaa romper os tecidos da alma para exibirexulcerações...

Ninguém se compraz carregando demoradacanga, não obstante, confiando em alívio,lenitivo...

Nas cogitações que te cheguem ao plano darazão, interroga como gostarias que fizessemcontigo se foras o outro, o sofredor, onecessitado que ora te roga ajuda.

Assim, envolve-te na lã do «Cordeiro deDeus» e persevera ajudando.

Não somente dando o que te sobra masaquela doação maior que te parece difícil, a quaseimpossível...

A perseverança dar-te-á paz e plenitude.Insiste na sua execução.

JOANNA DE ÂNGELIS