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Mobile Site – http://m.wix.com/solodeogratia/solodeogratia Igreja Pentecostal Chama do Espírito ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL LOCAL Prof. Roberto de Carvalho - Fone: 61 8415 1255 1 – Introdução: Para Jonas, pastor de uma igreja muito ativa e crescente, o dia começou como tantos outros. Ele só não se preparara para a notícia que receberia ainda naquelas primeiras horas do dia. "Marta, sua filha mais velha", relatou-lhe sua esposa, "cortou o cabelo". Totalmente descontrolado, Jonas perguntou rispidamente, mas sem esperar resposta: "O que você quer comigo? Está querendo envergonhar-me, acabar com o meu ministério?". Movido por uma ira descomedida, desafivelou o cinto, dobrou em duas voltas e bateu em Marta até que os vergões se desenhassem em suas costas e pernas. Deixando-a caída, saiu! Duas horas depois, recebeu a notícia mais devastadora de sua vida: Marta havia derramado álcool sobre todo o corpo e ateado fogo. Jonas correu mais uma vez, agora desesperado, e encontrou no mesmo quarto sua filha agonizando com queimaduras profundas. Naquele mesmo dia, à tarde, Marta morreu no ambulatório de um hospital. Embora os nomes e alguns detalhes da história acima sejam fictícios, ela é verdadeira. E pior, ela se repete, claro que sem os mesmos extremos, quase todos os dias em alguma família evangélica brasileira. 33% dos casos registrados de agressão física contra menores ocorreram em razão do "fanatismo religioso". A violência contra jovens e crianças por motivos e com justificativas “bíblico-religiosas” é sumamente complexa, porém mais comum do que imaginamos, na intimidade dos lares cristãos. A autoridade, que por ser bíblica não pode ser contestada, endossa por vezes a falta de equilíbrio em atos e a medida ponderada que deve levar em conta o valor do seu peso versus consequências, norteiam enfim... Uma questão de "temperança". Assim, na relação vertical entre pais e filhos, muitos lançam mão da violência, que descamba para atos de privação, cárcere, agressão física, maus tratos, podendo, até mesmo, provocar o abandono do lar. Muitas vezes, a criança foge e vai somar-se a muitos "meninos de rua”. Precisamos tornar o cristianismo brasileiro menos antipático aos nossos filhos e família. Ao longo dos anos, e ainda nos dias de hoje, diversas irmãs de todas as idades, estão sendo oprimidas por causa da questão do cabelo. Durante muito tempo vem sendo ensinado que elas não podem cortar os cabelos, pois se fizerem isso, certamente perderão a salvação! É sobre o ensino errado de que as mulheres cristãs não podem cortar o cabelo que vamos nos deter nesta primeira aula do ano. 2 - Distorcendo I Co 11:1-16: Toda distorção precisa de um suposto argumento e, no caso que estamos estudando, os fariseus modernos conseguiram achá-lo na Bíblia. Obs. Existem pessoas que acham respaldo para qualquer besteira na Bíblia, basta distorcer o seu texto e tirá-lo do contexto. O texto predileto (aliás, o único), usado para argumentar que as mulheres não podem cortar o cabelo, supostamente encontra-se na Primeira Epístola de Paulo aos Coríntios, capítulo 11, do versículo 1 ao 16. Segundo afirmam, este texto ensina que a mulher não deve cortar o cabelo. Dizem que o cabelo crescido é sinal de poder (I Co 11.10), ou seja, quanto maior o cabelo, mais fogo! Vemos que o argumento é pobre e desconsidera todas as regras de interpretação bíblica e despreza o contexto da Palavra. Vejamos a seguir o que realmente o texto acima descrito quer ensinar. 3 - A submissão da mulher em I Co 11:1-16: Para que possamos interpretar corretamente um texto bíblico devemos levar em conta todas as regras da hermenêutica bíblica. O que Paulo queria ensinar? Ele mesmo afirma no versículo três, o que vai tratar a partir de agora. Santo Antônio do Descoberto - GO Tema: Farisaísmo / Legalismo Assunto: Distorções doutrinárias parte III - O cabelo das mulheres Home Page - http://solodeogratia.wix.com/solodeogratia Domingos das 09:00 hs às 10:00 hs Quadra 13 "A" Lote 15 - Vila Paraíso III Data: 06 / 01 / 13

Ebd - 06.01.13 - Distorções doutrinárias parte III - O cabelo das mulheres

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Igreja Pentecostal Chama do Espírito ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL

LOCAL

Prof. Roberto de Carvalho - Fone: 61 8415 1255

1 – Introdução: Para Jonas, pastor de uma igreja muito ativa e crescente, o dia começou como tantos outros. Ele só não se preparara para a notícia que receberia ainda naquelas primeiras horas do dia.

"Marta, sua filha mais velha", relatou-lhe sua esposa, "cortou o cabelo". Totalmente descontrolado, Jonas perguntou rispidamente, mas sem esperar resposta: "O que você quer comigo? Está querendo envergonhar-me, acabar com o meu ministério?". Movido por uma ira descomedida, desafivelou o cinto, dobrou em duas voltas e bateu em Marta até que os vergões se desenhassem em suas costas e pernas. Deixando-a caída, saiu! Duas horas depois, recebeu a notícia mais devastadora de sua vida: Marta havia derramado álcool sobre todo o corpo e ateado fogo. Jonas correu mais uma vez, agora desesperado, e

encontrou no mesmo quarto sua filha agonizando com queimaduras profundas. Naquele mesmo dia, à tarde, Marta morreu no ambulatório de um hospital.

Embora os nomes e alguns detalhes da história acima sejam fictícios, ela é verdadeira. E pior, ela se repete, claro que sem os mesmos extremos, quase todos os dias em alguma família evangélica brasileira.

33% dos casos registrados de agressão física contra menores ocorreram em razão do "fanatismo religioso". A violência contra jovens e crianças por motivos e com justificativas “bíblico-religiosas” é sumamente complexa, porém mais comum do que imaginamos, na intimidade dos lares cristãos. A autoridade, que por ser bíblica não pode ser contestada, endossa por vezes a falta de equilíbrio em atos e a medida ponderada que deve levar em conta o valor do seu peso versus consequências, norteiam enfim... Uma questão de "temperança".

Assim, na relação vertical entre pais e filhos, muitos lançam mão da violência, que descamba para atos de privação, cárcere, agressão física, maus tratos, podendo, até mesmo, provocar o abandono do lar. Muitas vezes, a criança foge e vai somar-se a muitos "meninos de rua”. Precisamos tornar o cristianismo brasileiro menos antipático aos nossos filhos e família.

Ao longo dos anos, e ainda nos dias de hoje, diversas irmãs de todas as idades, estão sendo oprimidas por causa da questão do cabelo. Durante muito tempo vem sendo ensinado que elas não podem cortar os cabelos, pois se fizerem isso, certamente perderão a salvação! É sobre o ensino errado de que as mulheres cristãs não podem cortar o cabelo que vamos nos deter nesta primeira aula do ano.

2 - Distorcendo I Co 11:1-16:

Toda distorção precisa de um suposto argumento e, no caso que estamos estudando, os fariseus modernos conseguiram achá-lo na Bíblia. Obs. Existem pessoas que acham respaldo para qualquer besteira na Bíblia, basta distorcer o seu texto e tirá-lo do contexto. O texto predileto (aliás, o único), usado para argumentar que as mulheres não podem cortar o

cabelo, supostamente encontra-se na Primeira Epístola de Paulo aos Coríntios, capítulo 11, do versículo 1 ao 16. Segundo afirmam, este texto ensina que a mulher não deve cortar o cabelo. Dizem que o cabelo crescido é sinal de poder (I Co 11.10), ou seja, quanto maior o cabelo, mais fogo! Vemos que o argumento é pobre e desconsidera todas as regras de interpretação bíblica e despreza o contexto da Palavra. Vejamos a seguir o que realmente o texto acima descrito quer ensinar.

3 - A submissão da mulher em I Co 11:1-16: Para que possamos interpretar corretamente um texto bíblico devemos levar em conta todas as regras da hermenêutica bíblica. O que Paulo queria ensinar? Ele mesmo afirma no versículo três, o que vai tratar a partir de agora.

Santo Antônio do Descoberto - GO

Tema: Farisaísmo / Legalismo

Assunto: Distorções doutrinárias parte III - O cabelo das mulheres

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Domingos das 09:00 hs às 10:00 hs

Quadra 13 "A" Lote 15 - Vila Paraíso III

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Paulo neste texto quer ensinar sobre o princípio de autoridade e submissão, mas precisamente a submissão da mulher em relação ao seu marido. Paulo diz: “Quero, entretanto, que saibais...”; o que Paulo queria que os Coríntios soubessem? A hierarquia: Deus > Cristo > Homem > Mulher.

Versículo 3 – “Mas quero que saibais que Cristo é a cabeça de todo o homem, e o homem a cabeça da mulher; e

Deus a cabeça de Cristo.”

A Palavra cabeça aqui é símbolo de autoridade e primazia, portanto: Deus é o Cabeça de Cristo; Cristo o cabeça do homem e o homem o cabeça da mulher! Precisamos estar atentos com o uso da palavra “cabeça”, pois ela poderá estar se referindo em alguns momentos a autoridade ou em outros a cabeça (parte do corpo humano). Para continuarmos a meditar no texto precisamos nos firmar no princípio descrito acima; logo, grave bem: Paulo deseja ensinar sobre a submissão da mulher em relação ao seu próprio marido. É necessário ainda conhecermos o contexto que envolve este texto. Continuemos então... A questão é que a insubmissão em Corinto a prostituição feminina e a insubmissão tinham um grande incentivo na influência do culto pagão no templo de Afrodite.

3.1) - O contexto histórico, geográfico e cultural que envolvem o texto:

Corinto era uma cidade portuária muito movimentada e localizada em um ponto bastante estratégico. Recebia gente de todos os lugares do império romano que iam até lá por causa do esporte; comércio e do culto à deusa da fertilidade. Toda cidade grande e portuária, por si só, já é movimentada e tende a libertinagem, entretanto, Corinto tinha um ponto a mais para propagar a promiscuidade: O templo da deusa da fertilidade. Neste templo existiam prostitutas; servas da deusa que trabalhavam dentro do templo.

Os povos antigos cultuavam vários deuses e dentre estes, um dos cultos mais famosos eram em honra aos deuses da fertilidade. A boa colheita, a reprodução dos rebanhos ou a fertilidade de um casal; tudo isso e muito mais, era atribuído à deusa da fertilidade. Quando a semente era semeada no solo, ou quando se desejava o sucesso na criação, por exemplo, trazia-se uma oferta de animal ao templo de Afrodite; o que sobrava do sacrifício era vendido no açougue do templo; daí o ensino de Paulo em I Co 8.1-13; 10.14-33 . Entretanto, o culto não ficava somente nisso, os homens tinham relação sexual dentro do templo com as prostitutas

(sacerdotisas de Afrodite) acreditando que isto traria “bênçãos” sobre a lavoura ou rebanho. As prostitutas do templo eram marcadas e separadas diante das demais mulheres da sociedade; estas prostitutas andavam com a cabeça rapada! (Ver os monges budistas orientais e as mulheres que rapam a cabeça nos terreiros, por exemplo). Vale lembrar ainda que na sociedade oriental da época, o uso do véu marcava a submissão da mulher em relação ao marido, ou da mulher solteira em relação ao seu pai, etc... Tal como em algumas culturas islâmicas e orientais de hoje em dia.

De posse dessas informações, agora poderemos interpretar corretamente o texto.

3.2) - Analisando I Co 11. 1-16

Após mostrar o assunto no versiculo 3 o apóstolo Paulo, vai discorrer sobre o tema e colocá-lo dentro do contexto da sua época.

Versículo 4 – “Todo o homem que ora ou profetiza, tendo a cabeça coberta, desonra a sua própria cabeça.”

A primeira palavra traduzida por cabeça neste versículo, se refere a parte do corpo; a segunda palavra traduzida por cabeça neste versículo é símbolo de autoridade superior e submissão, logo, se naquela sociedade um homem orasse com a cabeça coberta era um desrespeito para com o Senhor por causa do costume da época. Versículo 5 – “Mas toda a mulher que ora ou profetiza com a cabeça descoberta, desonra a sua própria cabeça,

porque é como se estivesse rapada.” Do mesmo modo, uma mulher que orasse com a cabeça descoberta desonrava a sua cabeça, ou seja, o seu marido. Imagine um visitante na igreja; o que ele poderia pensar da família cristã? Qual o julgamento que ele teria sobre a reverência e a ordem no culto cristão? Nos dias de hoje, o véu na sociedade ocidental cristã, não é símbolo de submissão da mulher, mas temos outros costumes sociais, como, por exemplo, ser falta de respeito um homem entrar na igreja de boné ou chapéu, pois até mesmo diante de um juiz ímpio, este não seria aceito.

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Versículo 6 – “Portanto, se a mulher não se cobre com véu, tosquie-se também. Mas, se para a mulher é coisa

indecente tosquiar-se ou rapar-se, que ponha o véu.”

Muitas pessoas têm dificuldade em entender que existe uma diferença entre "cortar" e "tosquiar" na língua portuguesa e também em qualquer outro idioma. Consultei dicionários e

eles mostram que tosquiar não está falando de cortar o cabelo, mas de rapar a cabeça.

Tosquiar: Aparar rente (a lã das ovelhas); cortar rente (o cabelo das pessoas).

Tosquiar: No grego a palavra é “Keirõ”, também usada para barbear-se, isto é, rapar-se com uma navalha.

Fonte: Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa, 3ª. Edição, Século XXI, ©2004

Se a mulher insistia em não colocar o véu; em não cobrir a sua cabeça em sinal de submissão, então por que não rapar de vez a cabeça como uma sacerdotisa? “é como se a tivesse

rapada”... Seria considerada uma prostituta; o culto cristão seria confundido com o culto pagão. Mas se isso era uma vergonha, então custava colocar o véu? Note que o problema não estava apenas em rapar de vez o cabelo, mas também em cortar o cabelo curto demais, pois, como iremos ver no versículo 15, o cabelo crescido a um ponto que pudesse cobrir a cabeça, substituiria o véu. Versículo 7-9 – “O homem, pois, não deve cobrir a cabeça, porque é a imagem e glória de Deus, mas a mulher é a

glória do homem. Porque o homem não provém da mulher, mas a mulher do homem. Porque também o homem não

foi criado por causa da mulher, mas a mulher por causa do homem.”

Nestes versículos o apóstolo mostra o porquê do homem não cobrir a cabeça; ele não estava sujeito a sua mulher e sim a mulher estava sujeita a ele; o homem estava sujeito ao seu Senhor que lhe subordinou toda a criação e, portanto, como cabeça, é o chefe da sua casa, tal como Adão era o representante da criação. Primeiro Deus criou o homem e depois, para que ele não estivesse só, lhe deu uma companheira e adjutora. Versículo 10 – “Portanto, a mulher deve ter sobre a cabeça sinal de poderio, por causa dos anjos.”

Por causa do exposto acima, a mulher deveria ser submissa ao marido, e, como sinal disso, deveria usar o véu. Paulo ainda cita o exemplo dos anjos como símbolo de submissão e ordem; se no reino espiritual existe ordem e decência, quanto mais na igreja; e vale lembrar que os anjos muitas vezes presenciam o nosso culto a Deus!

Versículo 11,12 – “Todavia, nem o homem é sem a mulher, nem a mulher sem o homem, no SENHOR. Porque,

como a mulher provém do homem, assim também o homem provém da mulher, mas tudo vem de Deus.” Pode parecer um tanto machista para algumas mentes carnais o ensino dos versículos anteriores, entretanto, para evitar distorções, Paulo diz que tanto homem como mulher são interdependentes! Todo homem, exceto Adão, é obvio, nasceu de uma mulher. Versículo 13,14 – “Julgai entre vós mesmos: é decente que a mulher ore a Deus descoberta? Ou não vos ensina a

mesma natureza que é desonra para o homem ter cabelo crescido?” O argumento agora parte para um apelo a consciência individual de cada um e a observação da sociedade em redor. Era estranho um homem com cabelo comprido! Isto para os Gregos, dentro daquele contexto cultural, porque para os Judeus, era normal cabelos longos. Versículo 15 – “Mas ter a mulher cabelo crescido lhe é honroso, porque o cabelo lhe foi dado em lugar de véu.” Ao contrário, era honroso para a mulher ter cabelo comprido, pois este substituía o uso do véu,

mostrando a humildade e submissão da mulher. Mais uma vez observamos a contextualização cultural entre as mulheres gregas e judias. Na antiguidade, uma mulher, através da maneira como cortava seus cabelos, podia transmitir lealdade ou insubmissão ao seu marido; hoje, contudo, a submissão de uma mulher é transmitida pela aliança que carrega no dedo da mão esquerda. Se o uso de cabelos longos naquela época simbolizava o mesmo pudor da utilização do véu, no mundo contemporâneo já não é assim.

Versículo 16 - “Mas, se alguém quiser ser contencioso, nós não temos tal costume, nem as igrejas de Deus.” O costume aqui condenado era o de ser contencioso (criar controvérsia, debate, contenda).

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3.3) - Aplicação do texto de I Co 11:1-16 para a igreja de hoje:

1º) O ensino é imutável, logo, a mulher deve ser submissa ao homem. É justamente isto que

está em foco!

2º) Se na sociedade na qual a igreja local estiver houver algum costume que seja sinal da

submissão da mulher ao homem; ele deverá ser respeitado. Se, ao contrário, houver alguma prática que seja sinal de prostituição ou insubmissão da mulher, ela deverá ser rejeitada pela igreja local. Lembre-se de que o costume é variável! Por exemplo: Se no Brasil, toda mulher que usasse blusa por dentro da calça ou saia fosse prostituta, os pastores deveriam aconselhar às irmãs a não colocarem a blusa por dentro da calça ou da saia para que as mesmas não fossem confundidas com prostitutas. O problema em

foco estaria na prostituição e não na blusa.

3º) Em nossa sociedade não há o costume das mulheres usarem véu na rua. Cortar o cabelo

para a sociedade ocidental, não significa insubmissão da mulher, logo, não é proibido às mulheres cristãs o cortar o cabelo. Uma irmã que corta o cabelo, não será confundida com uma prostituta na rua, ou com uma mulher desobediente ao seu marido.

4º) Na maior parte dos países do oriente médio e dos países islâmicos, é usado o véu pelas

mulheres, logo, se formos morar em um destes países, deveremos seguir os seus costumes.

5º) Algumas, não poucas, mulheres que se orgulham de seus cabelos, mais são rebeldes e

insubmissas aos seus maridos, além de “bater de frente” com os seus respectivos pastores, pais, etc...

6º) Se for para interpretar ao “pé-da-letra”, as mulheres que se orgulham dos seus cabelos

enormes, não deveriam prender os mesmos, pois... Cadê o véu? Em I Tm 2.9 está escrito: “...não com tranças”; quando olhamos para as irmãs que dizem não poder cortar o cabelo, observamos que 99% se envergonham dos seus cabelos e usam tranças, coques e tiaras para prender os cabelos, que, por sinal, deixam de servir como véu.

7º) Se, porventura, alguém disser: A Bíblia mudou? Você responderá: É claro que não! O

ensino continua, ou seja, a mulher deve ser submissa; a prática continua, ou seja, devemos

nos abster de todo costume que nos confunda com os ímpios; o que não podemos aceitar, porem, é que um costume da antiguidade seja colocado como se fosse de hoje; não podemos aceitar que um simples costume seja condição fundamental de salvação quando ele não significa nada para os dias de hoje; isto seria colocar as tradições em igualdade com a Bíblia!

8º) Quando Jesus veio ao mundo, as mulheres foram libertas do preconceito e do jugo

imposto pela sociedade; elas continuam submissas aos seus próprios maridos, entretanto, o machismo do farisaísmo deve ser colocado de lado.

4 - Conclusão:

Concluímos que a Bíblia não proíbe as mulheres de cortar o cabelo nos dias de hoje e que o texto de I Co 11:1-16 trata da submissão da mulher e não está em foco o cabelo. Vimos ainda que em nenhum outro texto está proibido o corte de cabelo para as mulheres e nem tão pouco

está escrito o contrário, ou seja, que as mulheres devam deixar o cabelo crescer.

Embora a Palavra seja clara quando diz que o cabelo é a glória da mulher e, portanto, ela deve deixa-lo comprido, não encontro nada que a proíba de cortá-lo. Entendo que a mulher não deve rapar a cabeça e nem cortar o cabelo curto, mas nunca vi nenhuma passagem que a proíba de aparar suas pontas. Querer afirmar isto é ir além do que está escrito.(I Co 4:6)

E por último, devemos considerar que ser evangélico não significa pertencer a uma cultura própria e separada. Cristo nunca intencionou isso. Tanto que na oração sacerdotal de João 17, ele pediu ao pai que não retirasse as pessoas do mundo, mas que as livrasse do mal, cito: Jo 17:15 – “Não peço que os tires do mundo, mas que os livres do mal.”