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PR. ANDRÉ NASCIMENTO PIB ARARUAMA EBD DE JOVENS – 24/11/2013 O Reino Unido de Israel

EBD PIB Araruama - O Reino Unido de Israel

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Aula ministrada na EBD de Jovens da PIB Araruama no 4T2013 sobre Geografia e História Bíblica. Esta aula apresenta a cronologia dos eventos do Reino Unido de Israel, da unção de Saul até a divisão sob Roboão.

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PR. ANDRÉ NASCIMENTOPIB ARARUAMA

EBD DE JOVENS – 24 /11 /2013

O Reino Unido de Israel

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Período anterior a Saul

Conquista da terraNovas gerações não conhecem as conquistas de Josué,

entregando-se à adoração aos deuses locais.Seis ciclos de queda, dominação, humilhação e libertação:

Otoniel (Jz. 3.9), do domínio mesopotâmico. Eúde (Jz. 3.15), dos moabitas, amonitas e amalequitas. Débora e Baraque (Jz. 4.6), dos cananeus. Gideão (Jz. 6.12), dos midianitas. Jefté (Jz. 11.29), dos filisteus. Sansão (Jz. 13.5,24), dos filisteus.

Período sem liderança (Jz. 17-21)

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A estruturação do Reino Unido de Israel

Doze tribos: Chefes tribais (juízes menores), chefes de clãs e famílias. Organização local.

Saul: Reina a partir de Gibeá, em Benjamim, com ajuda de territórios limítrofes ao norte e a leste.

Duas possíveis razões para o povo pedir um rei conforme os costumes dos povos da região: Pressão militar sobre a região do Levante (1 Sm. 4-7, 11) Falta de liderança justa (Jz.17-21, 1 Sm.2.11-17,22-25; 1 Sm.

8.1-3) Solução: Um rei que “fale o direito e conduza a guerra” (1 Sm.

8.20b)

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A estruturação do Reino Unido de Israel

Possibilidade de apoio inicial dos filisteus para o estabelecimento de Israel, como forma de fortalecimento do Levante para impedimento de invasões de povos do leste (1 Sm. 10.5; 13.3,23; 14.1). A primeira campanha dele é contra os amonitas (1 Sm.11.1, a leste de Gade) e passa a ter problemas quando batalha justamente contra os filisteus (1 Sm. 13.1)

Apesar de alguns crerem que Saul era apenas um líder tribal melhorado, é de se ressaltar que, quando ele morre, seu filho Isbosete é ascendido ao posto de Rei de Israel, algo que só é possível em uma visão dinástica de liderança.

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Israel como Estado Primitivo incompleto

No governo de Saul só há um especialista em tempo integral que é parente do rei (1 Sm.14.50s).

A tribo do rei é a base de seu domínio (22.7s)Tributos são entregas ad hoc e sua sonegação

não acarreta sanções (10.27)O próprio rei participa na produção agrícola

(11.5)

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Israel como Estado Primitivo completo

No governo de Davi já aparece uma situação de domínio do rei sobre outras tribos e regiões (2 Sm. 2.4 e 5.1-5 sobre Judá e Israel, e 8.1-15 em conquista de territórios não israelitas).

No governo de Davi, os parentes do rei passam para segundo plano, não aparecendo nas listas de oficiais.

A estratificação se desenvolve e rei e corte não participam mais da produção.

Grupo de guerreiros e generais profissionais comandam o exército.

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Oposição e apoio à monarquia

Existem traços bíblicos de que havia um conflito de interesses sobre a formação do Reinado: Jz. 9.7-15 e 1 Sm. 8.10-17 dão a entender que a monarquia

terá mais efeito sobre os abastados, e que os pobres seriam os mais interessados em um governo central que ordenasse as coisas. 1 Sm. 10.27 também aponta para um grupo de abastados que não teme a negação de oferta ao rei.

O relato de Nabal, em 1 Sm. 25, seria um protótipo da relação de descaso dos abastados com o rei.

Nota-se que a milícia que apoia Davi é formada por pessoas endividadas, que tinham interesse em fugir de pessoas como Nabal.

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Oposição e apoio à monarquia

Com a utilização de bandos interessados em sair da posição de dominados, uma instabilidade é gerada, causando várias revoltas durante os reinados de Saul, Davi, Salomão e Roboão: Davi, levantando-se contra Saul. Absalão e Seba, levantando-se contra Davi. Jeroboão, levantando-se contra Salomão. Jeroboão, novamente levantando-se, desta vez contra Roboão, na

divisão do Reino de Israel em Reino do Norte e Reino do Sul.A história de Nabal também revela uma associação dos

dominantes ao governo central, conforme o tempo, com o casamento da esposa dele com Davi.

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Sociedade e Estado sob domínio monárquico

Sociedade baseada em parentesco (monarquia com economia de produção que não se mete com economia popular ou nacional)

Estrutura governamental com rei, corte (mulheres são influentes, em especial a rainha mãe), funcionários, prefeitos, anciãos.

Rei comanda o exército, dividido em exército profissional, que vai à frente, e milícias, que fica com a retaguarda (1 Rs.20.15, 2 Sm. 11.11, 14-17; 12.26-29)

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Sociedade e Estado sob domínio monárquico

Rei também tem a função de construção de cidades, fortalezas e muros. Recrutamento do povo do Norte por Salomão para trabalhos forçados gera crise

que leva à divisão de Israel (1 Rs. 12). Vários reis posteriormente adotam a mesma prática, sendo condenados pelos

profetas (Mq. 3.10, Jr. 22.13-19, Hc. 2.12) As construções exigem tributos

1 Rs. 4.7-19: Administradores locais responsáveis por abastecimento da corte. 1 Sm. 8.15, 17^: Dízimo real sobre produções agrícolas. Tributos especiais para cumprir exigências tributárias de povos dominadores

(Egito e Assíria). Há também terras reais a serem cultivadas pelo povo (1 Sm. 27.6 –

Ziclague, 2 Sm. 5.9 - Jerusalém) Por fim, há a obrigação do ordenamento jurídico por parte do rei.

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O templo no período monárquico

Durante o período do Reino Unido, o tabernáculo fica montado na cidade de Siló até a construção do Templo por parte de Salomão. A arca é brevemente roubada no episódio da primeira batalha contra os filisteus, em 1 Sm. 4, porém é devolvida aos hebreus tempos depois, por conta de chagas que causa aos filisteus.

O Templo ainda não tinha uma função centralizadora do culto. Muitos clãs e cidades possuíam altares e pequenos templos em honra a Iavé e a outros deuses dos povos vizinhos.

Apesar disso, o sacerdócio levítico era exercido no Templo, que recebia dízimos e ofertas para formação de um “tesouro do templo”, responsável pela manutenção dos serviços e como reserva de recursos a serem usados pelo rei em caso de crise.

O comércio no templo surge com a troca de ofertas animais e alimentícias por prata, para posterior aquisição destes itens em Jerusalém (condenação a “dois pesos, duas medidas” em Dt. 25.13-14)