15
Antigo Egito Geografia, governo e religião do período do Êxodo Pr. André Nascimento

Geografia Bíblica - Antigo Egito

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Aula de Escola Bíblia Dominical sobre o Antigo Egito durante o período do Êxodo. Usa-se como base a teoria clássica de que o Êxodo aconteceu em 1440 a.c., segundo 1 Reis 6.1. A aula também cita as divindades atacadas por Deus nas Dez Pragas.

Citation preview

Page 1: Geografia Bíblica - Antigo Egito

Antigo EgitoGeografia, governo e religião do período do Êxodo

Pr. André Nascimento

Page 2: Geografia Bíblica - Antigo Egito

Antigo Egito - Geografia

O Antigo Egito foi um império formado em torno das margens alagáveis do Rio Nilo.

Até 3.100 a.c., era dividido em Alto e Baixo Egito, tendo sido unificado pelo primeiro faraó, o mítico Menés, que os estudiosos associam aos faraós Narmer ou Hórus Aha.

Page 3: Geografia Bíblica - Antigo Egito

Antigo Egito - Geografia

A região egípcia é um enorme deserto cortado pelo rio Nilo, que, quando alagado, forma uma vegetação de savana e gera um solo rico em minerais, propício para a agricultura.

Page 4: Geografia Bíblica - Antigo Egito

Antigo Egito - Governo

Desde 3.150 a.c. até 30 a.c., o antigo Egito foi regido por soberanos absolutistas chamados de Faraós. Foram 30 (ou 31) dinastias reais.

O faraó não era apenas um simples rei, mas também o administrador máximo, chefe do exército, primeiro magistrado e sacerdote supremo do Egito, além de ser considerado um deus vivo, recebendo o espírito de Hórus quando sentado no trono.

Page 5: Geografia Bíblica - Antigo Egito

Antigo Egito – Época bíblica

Há duas teorias sobre quem teria sido o faraó do Êxodo. A teoria conservadora entende que o Êxodo aconteceu em 1440 a.c., durante o reinado de Tutmoses III. Base: 1 Reis 6.1, Juízes 11.26.

Já a corrente crítica entende que apenas o faraó Ramessés II, que reinou em 1250 a.c., teria as características a se encaixarem no relato bíblico (Êx. 1.11, cp. Gn. 47.11).

Page 6: Geografia Bíblica - Antigo Egito

Antigo Egito – Época bíblica

Uma informação vital sobre a possibilidade de Tutmoses III ser o faraó do Êxodo é que, após o início de seu governo soberano (1457 a.c.), ele empreendeu 17 campanhas anuais no Levante, parando exatamente em 1440 a.c.

Confirmando-se o relato, a “mãe” de Moisés seria a rainha Hatchepsut, meia-irmã de Tutmoses II e mãe de Tutmoses III, co-reinante com este de 1479 a 1457 a.c.

Page 7: Geografia Bíblica - Antigo Egito

Antigo Egito – Época bíblica

Page 8: Geografia Bíblica - Antigo Egito

Antigo Egito – Época bíblica

Outro argumento que corrobora o período do Êxodo seria o fato de que José teria vivido perto do final do Império Médio, com a mudança de reinado para o período Hicso sendo caracterizada pela mudança de paradigma com os hebreus.

Os Hicsos eram governantes estrangeiros, povo que dominou o Egito entre 1785 e 1555 a.c., e possivelmente tinha raízes semitas, o que explica uma certa “benevolência” de seus líderes com o povo hebreu.

Com a queda dos hicsos, ascende uma nova dinastia, a XVIII dinastia, tipicamente egípcia, hostil a povos semitas, à qual os faraós Tutmoses pertencem.

Os críticos preferem colocar a vida de José no período hicso, por volta de 1670 a.c., empurrando o Êxodo para a época de Ramessés II.

Page 9: Geografia Bíblica - Antigo Egito

Antigo Egito – Religião

O Antigo Egito era politeísta, com deuses representando diversos elementos da natureza.

Acreditava-se que os faraós eram deuses vivos, descendentes do deus Ra na terra.

Houve apenas um breve período, por volta de 1350 a.c., em que um faraó do Império Novo, Amenotep IV, decidiu se converter ao monoteísmo, renomeando-se Akenáton e obrigando o povo a adorar ao deus Aton, representado pelo disco solar. Este culto foi extinto com sua morte e por seu descendente direto, Tutankamon.

Page 10: Geografia Bíblica - Antigo Egito

Antigo Egito – As Dez Pragas

As Dez Pragas foram a forma escolhida por Deus para atingir o povo egípcio antes de libertar o povo de Israel da escravidão.

Cada uma das pragas representa uma forma de Deus mostrar a sua superioridade sobre as divindades adoradas pelos egípcios. Esta chave de interpretação aparece no relato da serpente da vara de Moisés, que devora as serpentes criadas pelos magos do Egito, na primeira apresentação de Moisés perante Faraó.

Page 11: Geografia Bíblica - Antigo Egito

As divindades das 10 pragas

Primeira praga: Rio Nilo transformado em sangueEsta praga foi para abalar a crença do povo em Hapi, deus do Nilo, cultuado pela sua importância para a agricultura egípcia.

Segunda praga: SaposEsta praga, que os sábios e magos do Egito só conseguiram recriar fazendo os sapos aparecerem (mas não irem embora), foi uma afronta à deusa Heket, deusa da fertilidade, água e renovo.

Page 12: Geografia Bíblica - Antigo Egito

As divindades das 10 pragas

Terceira Praga: Piolhos do pó da terraEsta praga foi uma afronta ao deus Geb, deus da terra.

Quarta praga: Enxame de “moscas”Vale notar que o texto bíblico original não apresenta o termo “moscas”, mas somente “enxames. Isso pode denotar outro tipo de inseto, como o escaravelho, representando o deus Khepri, deus egípcio da criação, do movimento do sol e da ressurreição. Considerada a forma jovem de Amon-Rá.

Page 13: Geografia Bíblica - Antigo Egito

As divindades das 10 pragas

Quinta praga: Morte do gadoAtaque direto aos deuses Apis e Hathor, deuses representados por um touro e uma vaca.

Sexta praga: Feridas purulentasEsta praga afetou diretamente a saúde da população. Nem mesmo a avançada medicina egípcia pode ajudá-los. Esta praga foi um ataque à deusa Isis, deusa da medicina.

Page 14: Geografia Bíblica - Antigo Egito

As divindades das 10 pragas

Sétima praga: Saraiva (geada) do céuEsta praga teria sido uma afronta à deusa Nut, deusa do céu. É também uma afronta a Isis e Set, considerados protetores das plantações.

Oitava praga: GafanhotosUma segunda praga é enviada por Deus para arrasar de vez com as plantações egípcias. O deus Set novamente não pode proteger a devastação feita na agricultura da região.

Page 15: Geografia Bíblica - Antigo Egito

As divindades das 10 pragas

Nona praga: Três dias de completa escuridãoEclipse totalmente sobrenatural, esta praga é uma afronta direta à principal divindade egípcia, Ra, o deus Sol.

Décima praga: Morte dos primogênitosGolpe final de Deus sobre os egípcios, esta praga atinge a estrutura de governo, pois acreditava-se que os faraós eram deuses vivos, filhos diretos de Ra. Com a morte do primogênito do faraó, o Deus de Israel quebra o orgulho da família real e do povo egípcio, pois os primogênitos eram mais considerados.