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Ano I - nº 2 - Fevereiro de 2011 Publicação para a Internet do Jornal da Mocidade do Centro Espírita Auta de Souza . Sempre nos perguntamos se fizemos tudo que podéríamos... Será que não deve- ríamos ter agido deste ou daquele modo? Perguntas como estas nos assal- tam todos os dias quan-do meditamos sobre nossas vidas. Às vezes constatamos que fomos displicentes e que poderíamos ter tido uma postura diferente, mais condizente com a Doutrina que abraçamos. Tudo isso é resultado de nosso processo evolutivo. Estamos longe da per- feição... Mas se pensarmos bem veremos que somos capazes de refletir sobre nossos erros, nossos deslizes,sejam eles pequenos ou não. Admitir o erro é o primeiro passo para corrigí-los. É aí que entra a importância de nossa presença em grupos como o CEAS,pois é em Centros como o nosso que estudamos a Doutrina, conseguimos as expli- cações que desejamos, estudamos, ouvimos as experiências de nossos com- panheiros, somos orientados e, acima de tudo, temos a chance de botar em prática os ensinamentos adquiridos. Agradeçamos sempre por termos a oportunidade de participar deste grupo. Você que ainda não faz parte, junte-se a nós!!! A Mocidade Campanhas em andamento: Primeiro Enxoval: Responsável: Marly M. Dion Dá a primeira ajuda à mãe, tão necessária no primeiro momento de vida da criança. Distribuição de quentinhas: Responsável: Tia Rose Proporciona refeição a moradores de rua. Famílias Assistidas: Responsável: Lúcia Bernardes Orienta e dá assistência à famílias cadastradas, distribuindo cestas básicas e roupas. Quer ajudar? Procure os responsáveis quando fõr ao CEAS ou escreva para [email protected] A Mocidade

Horto EXPRESS fevereiro

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Jornal elaborado pela Mocidade do Centro Espírita Auta de Souza - Maria da Graça / Rio de Janeiro

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Page 1: Horto EXPRESS fevereiro

Ano I - nº 2 - Fevereiro de 2011

Publicação para a Internet do Jornal da Mocidade do Centro Espírita Auta de Souza .

Sempre nos perguntamos se fizemos tudo que podéríamos... Será que não deve-ríamos ter agido deste ou daquele modo? Perguntas como estas nos assal-tam todos os dias quan-do meditamos sobre nossas vidas. Às vezes constatamos que fomos displicentes e que poderíamos ter tido uma postura diferente, mais condizente com a Doutrina que abraçamos. Tudo isso é resultado de nosso processo evolutivo. Estamos longe da per-feição... Mas se pensarmos bem veremos que somos capazes de refletir sobre nossos erros, nossos deslizes,sejam eles pequenos ou não. Admitir o erro é o primeiro passo para corrigí-los. É aí que entra a importância de nossa presença em grupos como o CEAS,pois é em Centros como o nosso que estudamos a Doutrina, conseguimos as expli-cações que desejamos, estudamos, ouvimos as experiências de nossos com-panheiros, somos orientados e, acima de tudo, temos a chance de botar em prática os ensinamentos adquiridos. Agradeçamos sempre por termos a oportunidade de participar deste grupo. Você que ainda não faz parte, junte-se a nós!!! A Mocidade

Campanhas em andamento:

Primeiro Enxoval: Responsável: Marly M. Dion

Dá a primeira ajuda à mãe, tão

necessária no primeiro momento de

vida da criança.

Distribuição de quentinhas: Responsável: Tia Rose

Proporciona refeição a moradores de

rua.

Famílias Assistidas: Responsável: Lúcia Bernardes

Orienta e dá assistência à famílias

cadastradas, distribuindo cestas básicas

e roupas.

Quer ajudar?

Procure os responsáveis quando

fõr ao CEAS ou escreva para [email protected]

A Mocidade

Page 2: Horto EXPRESS fevereiro

Um estudo indica que muitos cientistas acreditam em Deus conforme o conceito mais comum e usual. Repetindo com exatidão uma famosa pesquisa realizada em 1916, Edward Larson, da Universidade da Geórgia, constatou que a profundidade da fé religiosa entre os cientistas não diminuiu apesar dos avanços científicos e tecnológicos deste século.

Tanto em 1916 como agora, em torno de 40% dos biólogos, físicos e matemáticos que participaram da pesquisa disseram que acreditavam em

um Deus que, segundo a estrita definição do questionário, se comunica com a humanidade e a quem se pode orar "na expectativa de receber

uma resposta".

Cerca de 15% em ambas as pesquisas alegaram ser agnósticos ou de não ter "uma convicção definida" sobre a questão. Em torno de 42% em 1916 e aproximadamente 45% agora disseram que não criam em um Deus como o especificado no questionário, apesar

de que não se verificou se eles criam em alguma outra definição de divindade ou ser superior.

Mais revelador do que os próprios números, segundo disseram os especialistas, é a sua estabilidade. O fato das convicções pessoais dos

cientistas terem permanecido inalteradas durante quase um século caracterizado por mudanças sugere que a religiosidade ortodoxa não está desaparecendo em maior grau entre os que são considerados a elite intelectual e a população em geral. Os resultados também indicam que, enquanto a religião e a ciência são freqüentemente apontadas como irreconciliavelmente antagônicas, cada uma disputando para si o trono da

verdade, muitos cientistas não vêem contradição entre a busca para entender as leis da natureza e a fé em uma divindidade superior ( The

State, South Carolina`s Home Page, 4/4/97) .

- Nasceu em Ulm, Alemanha, em 1879. Foi um físico alemão radicado

nos Estados Unidos mais conhecido por desenvolver a teoria da relatividade. Ganhou o Prémio Nobel da Física de 1921 pela correta explicação do efeito fotoeléctrico; no entanto, o prémio só foi anunciado em 1922. O seu trabalho teórico possibilitou o desenvolvimento da energia atômica, apesar de não prever tal possibilidade :

"A opinião comum de que sou ateu repousa sobre grave erro. Quem a pretende deduzir de minhas teorias científicas não as entendeu. Creio em um Deus pessoal e posso dizer que, nunca, em minha vida, cedi a uma ideologia atéia. Não há oposição entre a ciência e a religião. Apenas há cientistas atrasados, que professam idéias que datam de 1880. Aos dezoito anos, eu já considerava as teorias sobre o evolucionismo mecanicista e casualista como irremediavelmente antiquadas. No interior do átomo não reinam a harmonia e a regularidade que estes cientistas costumam pressupor. Nele se depreendem apenas leis prováveis, formuladas na base de estatísticas reformáveis. Ora, essa indeterminação, no plano da matéria, abre lugar à intervenção de uma causa, que produza o equilíbrio e a harmonia dessas reações dessemelhantes e contraditórias da matéria. Há, porém, várias maneiras de se representar Deus. Alguns o representam como o Deus mecânico, que intervém no mundo para modificar as leis da natureza e o curso dos acontecimentos. Querem pô-lo a seu serviço, por meio de fórmulas mágicas. É o Deus de certos primitivos, antigos ou modernos. Outros o

representam como o Deus jurídico, legislador e agente policial da moralidade, que impõe o medo e estabelece distâncias. Outros, enfim, como o Deus interior, que dirige por dentro todas as coisas e que se revela aos homens no mais íntimo da consciência. A mais bela e profunda emoção que se pode experimentar é a sensação do misterioso. Este é o semeador da verdadeira ciência. Aquele a quem seja estranha tal sensação, aquele que não mais possa devanear e

ser empolgado pelo encantamento, não passa, em verdade, de um morto. Saber que realmente existe aquilo que é impenetrável a nós, e que se manifesta como a mais alta das sabedorias e a mais radiosa das belezas, que as nossas faculdades embotadas só podem entender em suas formas mais primitivas, esse conhecimento, esse sentimento está no centro mesmo da verdadeira religiosidade. A experiência cósmica religiosa é a mais forte e a mais nobre fonte de pesquisa científica. Minha religião consiste em humilde admiração do espírito superior e ilimitado que se revela nos menores

detalhes que podemos perceber em nossos espíritos frágeis e incertos. A religião do futuro será cósmica e transcenderá um Deus pessoal, evitando os dogmas e a teologia. Essa convicção, profundamente emocional na presença de um poder racionalmente superior, que se revela no incompreensível universo, é a idéia que faço de Deus".

Albert Einstein

Texto indicado por Thiago Tergolino

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Itália, 1745. Volta mostrou que a origem da corrente eléctrica, descoberta por Luigi Galvani, não estava nos seres vivos mas sim

no contacto entre dois metais diferentes num meio ionizado. Construiu as primeiras pilhas químicas no final do século XVIII. Estes estudos foram as bases do rápido desenvolvimento da teoria electromagnética nas décadas seguintes. Foi director da Faculdade de Filosofia da Universidade de Pádua :

"Submeti a um estudo profundo as verdades fundamentais da fé, e […] desse modo encontrei eloqüentes testemunhos que tornam a religião acreditável a quem use apenas a sua razão".

André Marie Ampere - França, em 1775. Foi professor de física, química

e matemática em Lyon e em Bourg. Ampère desenvolveu trabalhos muito importantes nos campos da física, química e da matemática. Entre 1807 e 1816, estabeleceu a diferença entre átomos e moléculas, enunciou o chamado “princípio de Avogadro”, publicou uma tese sobre a refracção da luz e concebeu uma classificação de elementos, precursora da tabela periódica de elementos. Descobridor da lei

fundamental da eletrodinâmica, cujo nome deu origem ao termo “amperagem” :

"A mais persuasiva demonstração da existência de Deus depreende-se da evidente harmonia daqueles meios que asseguram a ordem do universo e pelos quais os seres vivos encontram no seu organismo tudo aquilo de que precisam para a sua subsistência, a sua reprodução e o desenvolvimento das suas virtualidades físicas e espirituais". use apenas a sua razão".

Ernst Werner Von Siemens - Alemanha, em 1816. Foi um inventor e

industrial alemão. Siemens inventou um telégrafo que usava uma agulha para apontar para a letra correcta, em vez de usar o código Morse. Baseado na sua invenção, fundou a companhia Siemens AG em 12 de Outubro de 1847. Foi ainda o construtor das primeiras linhas subterrâneas de telégrafo na Europa : "Quanto mais fundo penetramos na harmoniosa dinâmica da natureza, tanto mais nos sentimos inspirados a uma atitude de modéstia e humildade […] e tanto mais se eleva a nossa admiração pela infinita Sabedoria, que penetra todas as criaturas".

Guglielmo Marconi - Itália, em 1874. Foi um físico inventor do rádio, primeiro sistema práctico

de telegrafia sem fios, em 1896. Inventor do telégrafo sem fio, prêmio Nobel em 1909 : "Declaro com ufania que sou homem de fé. Creio no poder da oração. Creio nisto não só como fiel cristão, mas também como Cientista".

Isaac Newton - Inglaterra, em 1642. Fundador da física clássica e descobridor da lei da gravidade.

Cientista inglês, mais reconhecido como físico e matemático, embora tenha sido também astrônomo, alquimista e filósofo natural. "A maravilhosa disposição e harmonia do universo só pode ter tido origem segundo o plano de um Ser que tudo sabe e tudo pode. Isso fica sendo a minha última e mais elevada descoberta".

John Ambrose Fleming - Inglaterra, em 1849. Foi um engenheiro eletrônico e físico britânico.

Descobridor da válvula e do diodo : "A grande quantidade de descobertas modernas destruiu por completo o antigo materialismo. O universo apresenta-se hoje ao nosso olhar como um pensamento. Ora, o pensamento supõe a existência de um Pensador".

Thomas Alva Edison - Estados Unidos, em 1847. Foi um inventor e empresário. Edison é um

dos precursores da tecnologia do século XX. É um dos maiores inventores que o mundo já viu. "Tenho […] enorme respeito e a mais elevada admiração por todos os engenheiros, especialmente pelo maior deles : Deus".

Alessandro Volta

Texto editado . Publicado em http://www.usinadeletras.com.br/exibelotexto.php?

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05/03/1815 Desencarna Mesmer, Franz Anton, médico e magnetizador, pai do Mesmerismo.

05/03/1939 Fundação do Centro Espírita Bezerra de Menezes, no Rio de Janeiro, RJ, tendo como

fundador e 1º Presidente o Prof. Arnaldo Claro de S. Thiago.

09/03/1979 Data do desencarne de José Herculano Pires, autor de vários livros e tradutor das obras

de Kardec.

09/03/1984 Desencarna no Rio de Janeiro Yvone do Amaral Pereira.

10/03/1986 Desencarna no Rio de Janeiro Francisco Klors Werneck, escritor espírita.

14/03/1874 O pesquisador naturalista inglês Alfred Russel Wallace torna-se o primeiro cientista a

obter uma fotografia de um Espírito materializado.

20/03/1833 Nasce na Inglaterra aquele que foi considerado o maior médium de efeitos físicos,

Daniel Dunglas Home.

22/03/1882 Publicação pela primeira vez na língua portuguesa o livro “A Gênese”, de Allan Kardec.

23/03/1857 Nasce Gabriel Delanne. “o cientista da Codificação Espírita”. A Federação Espírita

Brasileira publica seus livros: “A Alma é Imortal”, “O Espiritismo Perante a Ciência”,

“A Evolução Anímica”, “O Fenômeno Espírita”, “A Reencarnação”.

25/03/1856 Allan Kardec toma conhecimento através de uma comunicação mediúnica da existência

do Espírito "A Verdade", esteio da codificação.

31/03/1848 O Fenômeno espírita em Hydesville - EUA

31/03/1869 Desencarna em Paris, vitima de um aneurisma, Allan Kardec, “O Codificador da Doutrina

Espírita””.

31/03/1897 Fundação da Livraria da Federação Espírita Brasileira.

Se você já pode dominar a intemperança mental... Se esquece os próprios constrangimentos, a fim de cultivar o prazer de servir... Se sabe cultivar o comentário infeliz, sem passá-lo adiante... Se vence a indisposição contra o estudo e continua, tanto quanto possível, em

contato com a leitura construtiva... Se olvida mágoas sinceramente, mantendo um espírito compreensivo e cordial, à

frente dos ofensores... Se você se aceita como é, com as dificuldades e conflitos que tem, trabalhando com

tudo aquilo que não pode modificar... Se persevera na execução dos seus propósitos enobrecedores, apesar de tudo que

se faça ou fale contra você... Se compreende que os outros têm o direito de experimentar o tipo de felicidade a

que se inclinem, como nos acontece... Se crê e pratica o princípio de que somente auxiliando o próximo, é que seremos

auxiliados... Se é capaz de sofrer e lutar na seara do bem, sem trazer o coração amargoso e

intolerante... Então, você estará dando passos largos para libertar-se da sombra, entrando, em

definitivo, no trabalho da autodesobsessão.

Psicografado pelo médium Francisco Cândido Xavier, extraído da obra “Passos da Vida”

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O artigo do físico Marcelo Gleiser do dia 2

de março de 2009 no caderno Mais do jornal

Folha de São Paulo aborda um tema que vem

ao encontro da questão 743 do O Livro dos

Espíritos, quando Kardec pergunta aos

Espíritos: “ A guerra desaparecerá um dia

da face da Terra?” “ Sim” , respondem os

Espíritos “ quando os homens compreenderem

a justiça e praticarem a Lei de Deus. Então

todos os povos serão irmãos.”

Gleiser demonstra mediante esta matéria que

a ciência sempre colaborou com suas

pesquisas nas guerras. “ A ciência, muitas

vezes, acaba sendo vista como a culpada de

tudo. São os cientistas os responsáveis por

essas armas, são eles os monstros,

manipulados pelos políticos, como

marionetes” , dizem os descontentes.

Marcelo Gleiser argumenta: “ Em primeiro

lugar, a ciência em si não cria ou destrói.

Somos nós os criadores e destruidores.

Somos nós que decidimos o que fazer com as

nossas invenções. Esquecemos também que

somos nós que elegemos os políticos que

fazem uso de armas de destruição.”

Acompanhemos a história e vamos verificar

que desde a mais remota Antigüidade é

sempre o Homem – usando sua inteligência e

sua avidez de poder – quem coloca a ciência

para a destruição e posse.

Principia o seu artigo falando do grande

inventor Arquimedes, que ajudou o rei Hiero

de Siracusa a criar máquinas de guerra e

com isso conseguiu deter o poderoso exercito

romano. Também poderá ser encontrada uma

citação do livro de Jared Diamond , Armas,

Germes e Aço, em que o autor argumenta que

além de mosquetes e canhões o expansionismo

europeu deve-se, também, as doenças

contagiosas que dizimaram cidades e vilas,

porque as populações não tinham anticorpos

necessários para combatê-las.

Continua de forma bem clara sua magnífica

matéria, lembrando-nos de Hiroshima e

Nagasaki, populações civis na Etiópia e

muito mais.

E encerra com a seguinte colocação: “ Esses

argumentos não exoneram os cientistas de

sua cumplicidade histórica. Seu dever civil

é, a meu ver, melhorar as condições de vida

da humanidade. Desse pacto, inevitavelmente,

nascem novas tecnologias e novas armas. Não

é com a ciência que devemos nos preocupar,

mas com a imaturidade do homem, cientista ou

não, que não sabe como lidar com o poder

que vem roubando dos deuses.”

Da nossa parte gostaríamos de lembrar ao

grande físico, que não roubamos “ o poder

dos deuses” , mas, sim, utilizamos a

inteligência que adquirimos nas sucessivas

reencarnações. Infelizmente, ainda não

aprendemos que somos todos irmãos e só

alcançaremos a felicidade e a paz quando

colaborarmos para que essa paz permaneça em

nós e em toda a humanidade. Aí, sim, a

felicidade reinará no nosso “ Planeta

Azul” .

Ana Gaspar

http://entendendooespiritismo.blogspot.com/2009/05/atualidades.html

CENTRO ESPÍ RÍTA AUTA DE SOUZA

Ano I - Edição nº 2 - Fevereiro de 2011

Rua Domingos Magalhães, 201 - Maria da Graça - Rio de Janeiro - RJ - próximo à estação do metrô.

Page 6: Horto EXPRESS fevereiro

Editada por Allan Kardec durante doze anos, a Revista Espírita – Jornal de Estudos Psicológicos – é um clássico, fundamental para entender o pensamento kardequiano. Foi lançada em 10 de janeiro de 1858 e serviu como laboratório experimental para as obras e projetos futuros do Codificador do Espi-ritismo. Muitos textos que aparecem em suas páginas depois fizeram parte das obras de Kardec que se seguiram à publicação de O Livro dos Espíritos. Sabedores da importância do estudo desta obra, passaremos a publicar em nossas edições trechos que esperamos possam servir de estudo, ou pelo menos, nos obriguem a meditar sobre assuntos variados e importantes para a compreensão e vivência na Doutrina Espírita.

SENHORITA CLARY D... – EVOCAÇÃO

Nota: A senhorita Clary D..., interessante mocinha, morta em 1850, aos 13 anos de idade, desde então ficou como o gênio dafamília, onde é evocada com freqüência e à qual deu um grande número de comu-nicações do mais alto interesse. A conversa que relataremos a seguir ocorreu entre nós no dia 12 de janei-ro de 1857, por intermédio de seu irmão, médium.

1. Tendes uma lembrança precisa de vossa existência

corporal?

Resp. – O Espírito vê o presente, o passado e um pouco do

futuro, conforme sua perfeição e sua proximidade de Deus.

2. Essa condição de perfeição é relativa apenas ao futuro,

ou se refere igualmente ao presente e ao passado?

Resp. – O Espírito vê o futuro mais claramente à medida

que se aproxima de Deus. Depois da morte a alma vê e abarca de relance todas as suas passadas migrações, mas não

pode ver o que Deus lhe prepara; para isso, é preciso que

esteja inteiramente em Deus, desde muitas existências.

3. Sabeis em que época reencarnareis?

Resp. – Em 10 ou 100 anos.

4. Será na Terra ou em outro mundo?

Resp. – Num outro.

5. Em relação à Terra, o mundo para onde ireis terá

condições melhores, iguais ou inferiores?

Resp. – Muito melhores que as da Terra; lá se é feliz.

6. Visto que estais aqui entre nós, ocupais um lugar

determinado; qual é?

Resp. – Estou com aparência etérea; posso dizer que meu Espírito, propriamente dito, estende-se muito mais longe;

vejo muitas coisas e me transporto para bem longe daqui

com a rapidez do pensamento; minha aparência está à direita

de meu irmão e guia-lhe o braço.

7. O corpo etéreo de que estais revestida vos permite

experimentar sensações físicas, como o calor e o frio, por

exemplo? Resp. – Quando me lembro muito de meu corpo, sinto uma

espécie de impressão, como quando se tira um manto e se

fica com a sensação de ainda estar com ele por algum

tempo.

8. Acabais de dizer que podeis transportar-vos com a

rapidez do pensamento; o pensamento não é a própria

alma que se desprende de seu envoltório? Resp. – Sim.

9. Quando vosso pensamento se transporta para algum

lugar, como se dá a separação de vossa alma? Resp. – A aparência se desvanece; o pensamento segue

sozinho.

10. É, pois, uma faculdade que se destaca; onde fica o ser

restante? Resp. – A forma não é o ser.

11. Mas, como age esse pensamento? Não agirá sempre

por intermédio da matéria? Resp. – Não.

12. Quando vossa faculdade de pensar se destaca, não

agis, então, por intermédio da matéria? Resp. – A sombra se dissipa; reproduz-se onde o

pensamento a guia.

13. Visto que só tínheis 13 anos quando morrestes, como

se explica que podeis nos dar, sobre perguntas tão

abstratas, respostas que estão fora do alcance de uma

criança de vossa idade?

Resp. – Minha alma é tão antiga!

14. Podeis citar-nos, entre vossas existências anteriores,

uma das que mais elevaram os vossos conhecimentos?

Resp. – Estive no corpo de um homem, que tornei virtuoso; após sua morte estive no corpo de uma menina cujo

semblante retratava a própria alma; Deus me recompensa.

15. A nós poderia ser concedido vos ver aqui, tal qual

estais atualmente? Resp. – A vós poderia.

16. Como o poderíamos? Depende de nós, de vós ou de

pessoas mais íntimas? Resp. – De vós.

17. Que condições deveríamos satisfazer para isso?

Resp. – Recolher-vos algum tempo, com fé e fervor; serdes

menos numerosos, isolar-vos um pouco e providenciardes um médium do gênero de Home.

Obs: Daniel Douglas Home, médium notável, nascido em

Edimburgo, Escócia em 15 de março de 1833.

Page 7: Horto EXPRESS fevereiro

Expediente: Redação: Mocidade do CEAS e colaboradores diversos

CEAS - Centro Espírita Auta de Souza Colégio Diretor:

1ª Sandra Abreu Vasconcellos; 2ª Núria M. Sanchez

3ª Maria José Macedo; 4ª Sonia Rios Alves

Secretária: Marly Mendes Dion

1º Tesoureiro: Hamilton Alves; 2º Tesoureiro: Fábio Tergolino

Departamentos Temporários:

Infância e Juventude: Tania Laino e Promoção e Ass. Social: Maria Lucia Bernardes

O CEAS segue o modêlo de administração preconizado por Allan Kardek em Óbras Póstumas, quando nos orienta

que “Em vez de um chefe único, a direção será confiada auma comissão central permanente, cuja organização e

atribuições se definam de maneira a não dar azo ao arbítrio.”

Edição da FEB em 13.04.2005, pág. 429

Você sabia que o CEAS dispõe de uma equipe de trabalhadores com ação na área de artesanato? Isso mesmo. A Lucia Dantas, a Miriam Pinheiro, a Marly M.Dion e outras pessoas dedicam parte do seu tempo a ensinar costura, pintura e outras técnicas aos frequentadores e interessados. Os trabalhos são sempre apresentados nos nossos bazares, com venda dos produtos a preços excelentes que, boa parte das vezes, não cobre o custo do material gasto na peça. Tudo isso para ajudar às obras sociais dao CEAS.

Lembre-se de procurar o Bazar, certamente ele será mais do que uma alternativa de qualidade quando você precisar presentear alguém ou deixar a sua casa mais bonita e alegre. Ia esquecendo...roupas??? É inacreditável a qualidade do material apresentado, apesar do preço convidativo. Não esqueça nunca de procurar o Bazar do CEAS. Ele sempre é montado antes das palestras públicas das quintas-feiras, ou quando algum evento é realizado.

Quer ver seu artigo publicado em nosso jornal? Poderemos fazê-lo sem qualquer problema. Para isso mande seu artigo, ou sua idéia para o Carlos Eduardo através do e-mail [email protected] . Lembre-se o HORTO EXPRESS não tem qualquer finalidade comercial. Não publicamos anúncios, nem outros artigos com a finalidade de aferirmos vantagens financeiras. Os artigos publicados servem para integrar e informar os frequentadores e trabalhadores do Centro Espírita Auta de Souza difundindo as obras da Casa e da Doutrina que abraçamos.

O Horto Express

Lembrete

Page 8: Horto EXPRESS fevereiro

Para se entender o carnaval e outras festas populares, é necessário lembrar que a Terra ocupa o segundo lugar na escala evolutiva enquanto um planeta de provas e expiações. Aqui, e em mundos semelhantes, encarnam espíritos recém saídos da barbárie, dando os primeiros passos na sua história evolutiva e esses espíritos trazem consigo um grupo de sensações ou pulsões que precisam ser extravasadas para que não se voltem contra a sociedade em que encarnaram. Não foi a toa que Freud nos defendeu a tese de que a cultura nasce da repressão. Em verdade, estamos encarnados para reprimirmos as más tendências e adquirir elementos espirituais positivos como o amor, a solidariedade, o respeito ao próximo e as diferenças, em uma palavra, desenvolver as faculdades positivas do espírito. A festa é o momento em que o espírito tem a oportunidade de pôr para fora, não necessariamente, o que ele tem de pior mas as suas emoções mais profundas. Como somos espíritos altamente imperfeitos as nossas festas quase sempre explicitam emoções do tipo primário. Nos tempos da Grécia antiga, as bacanais, festas dedicadas ao deus Dioniso ou Baco tornaram-se tão perigosas para o equilíbrio da polis (cidade) que teve de ser transformada em teatro como uma forma de "domesticação" do conteúdo nocivo da alma humana. A Festa do deus Líber em Roma; a Festa dos Asnos que acontecia na igreja de Ruan no dia de Natal e na cidade de Beauvais no dia 14 de janeiro entre outras inúmeras festas populares em todo o mundo e em todos tempos, têm esta mesma função.

O carnaval é uma dessas festas que costuma ser chamada de folia que vem do francês folle que significa loucura ou extravagância sem que tenha existido perda da razão. No caso do carnaval a palavra significa desvio, anormalidade, fantasia descontração ou mesmo alegria. Assim, a festa carnavalesca é o momento em que o espírito humano pode extrojetar o que há de mais profundo de mais primitivo em si mesmo. O poeta Vinicius de Morais deixou isto muito claro ao dizer: " Tristeza não tem fim, felicidade sim / A felicidade parece a grande ilusão do carnaval/ ? a gente trabalha um ano inteiro / por um momento de sonho/ pra fazer a fantasia de rei ou de pirara ou jardineira / Pra tudo se acabar na quarta-feira." Qual a posição do espírita ante o carnaval? Sem querer ditar normas, apenas dando a minha opinião, o espírita, em primeiro lugar, deve compreender o carnaval; não ser muito severo, não ter medo dele por acreditá-lo uma expressão do mal e do diabólico da alma humana; não fugir dele por medo de sua sedução. Não deve, como fazem algumas religiões criar blocos ou escolas-de-samba para brincar um carnaval cristão. Pode ser um observador comedido, se gosta da festa, ir ao sambódromo ou às ruas para ver os foliões e, se não gosta, pode aproveitar o feriadão para descansar, meditar ou estudar espiritismo sozinho ou em conjunto; em resumo seguir o conselho de Paulo: "Viver no Mundo sem ser do mundo."

por José Carlos Leal

Artigo publicado no Correio Espírita, http://www.correioespirita.org.br/index.php?option=com_content&task=view&id=447&Itemid=47

O jornal Correio Espírita assim como seu mantenedor, o Centro Cultural Correio Espírita realiza uma divulgação comprometida

com a seriedade , com os estudos e aprendizados da Doutrina Espírita conforme Allan Kardec, dispondo de exemplares impres-

sos vendidos em bancas de jornais ou através de assinaturas, conforme instruções contidas no site supracitado.

Sobre o autor:

O professor José Carlos Leal nasceu no Rio de Janeiro em 20 de fevereiro de 1940.

É graduado em Letras pela Universidade Gama Filho (UGF), pós-graduado em Ciência da Literatura pela

Universidade Federal do Rio de Janeiro (mestrado) e livre-docente em Teoria da Literatura pela UGF.

É membro da Academia Duque Caxiense de Letras e Artes e da Academia de Letras de Matias Barbosa, Minas

Gerais, criador do Curso de Oratória Forense na UGF e professor do Instituto de Cultura Espírita do Brasil (ICEB).

Como espírita, o professor se sobressai também como escritor, palestrante e conferencista, dedicando-se a trabalhos

de seminários e workshops relacionados a assuntos da Doutrina Espírita.

CENTRO ESPÍ RÍTA AUTA DE SOUZA

Ano I - Edição nº 2 - Fevereiro de 2011

Rua Domingos Magalhães, 201 - Maria da Graça - Rio de Janeiro - RJ - próximo à estação do metrô.