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Maria, discípula e missionária A mãe de Jesus no Documento de Aparecida Organização: Afonso Murad www.maenossa.blogspot.com Curso de Mariologia

Maria no documento de aparecida

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Apresentação sobre Maria no Documento de Aparecida, da Conferência Latino-americana dos Bispos.

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Maria, discípula e missionária

A mãe de Jesus no Documento de Aparecida Organização: Afonso Murad

www.maenossa.blogspot.com

Curso de Mariologia

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Introdução • (1) Maria , Mãe de Jesus Cristo e de seus

discípulos, tem estado muito perto de nós, nos

acolhido, cuidado de nós e de nossos trabalhos,

amparando-nos na dobra de seu manto, sob sua

maternal proteção.

• Temos pedido a ela, como mãe, perfeita discípula e

pedagoga da evangelização, que nos ensine a ser

filhos em seu Filho e a fazer o que Ele nos disser

(Jo 2,5).

• (141) Maria é a imagem da conformação ao projeto

trinitário que se cumpre em Cristo. Ela nos recorda

que:

- a beleza do ser humano está no vínculo do amor

com a Trindade,

- a plenitude da liberdade está na resposta positiva

que damos a Deus.

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Leitura de cenário: a religiosidade popular

• (18) Conhecemos o papel que a religiosidade popular desempenha, especialmente a devoção mariana: contribuiu para nos tornar mais conscientes de nossa comum condição de filhos de Deus e de nossa dignidade perante seus olhos.

• (43) Valor incomparável do ânimo mariano de nossa religiosidade popular: fundir as histórias latino-americanas diversas na mesma história compartilhada, que conduz a Cristo, Senhor da vida, em quem se realiza a plenitude da vocação humana.

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Devoção Popular e Maria

• (261) A piedade popular penetra a existência pessoal de cada fiel. Nos diferentes momentos da luta cotidiana, muitos recorrem a algum pequeno sinal do amor de Deus: (..) um rosário, (..) um olhar a uma imagem querida de Maria...

• (262) A fé encarnada na cultura pode penetrar cada vez mais nos nossos povos, se valorizarmos positivamente o que o Espírito Santo já semeou ali.

• (262b) A piedade popular é um ponto de partida para conseguir que a fé do povo amadureça e se faça mais fecunda. É preciso ser sensível a ela, saber perceber suas dimensões interiores e seus valores inegáveis. É necessário evangelizá-la ou purificá-la, assumindo sua riqueza evangélica.

• (262c) Desejamos que todos, reconhecendo o testemunho de Maria e dos santos, procurem imitá-los. Trata-se intensificar o contato com a Bíblia, a participação nos sacramentos e o serviço do amor solidário. Assim se aproveitará o rico potencial de santidade e de justiça social que há na mística popular.

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Maria e a devoção popular

• (265) … Nossos povos também encontram a

ternura e o amor de Deus no rosto de Maria.

Nela vem refletida a mensagem essencial do

Evangelho.

• Nossa Mãe querida, desde o santuário de

Guadalupe, faz sentir a seus filhos menores

que eles estão na dobra de seu manto.

• Agora, desde Aparecida, convida-os a lançar

as redes ao mundo, para tirar do anonimato

aqueles que estão submersos no

esquecimento e aproximá-los da luz da fé.

• Ela, reunindo os filhos, integra nossos povos

ao redor de Jesus Cristo.

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Evangelizar: caminhos possíveis

• (300) Dar uma catequese apropriada, que

acompanhe a fé já presente na religiosidade

popular.

• Como: oferecer um processo de iniciação

cristã em visitas às famílias, que as conduza à

prática da oração familiar, à leitura orante da

Palavra de Deus e ao desenvolvimento das

virtudes evangélicas.

• (300b) É conveniente aproveitar

pedagogicamente o potencial educativo da

piedade popular mariana. Um caminho

educativo que, cultivando o amor pessoal à

Maria, educadora na fé, nos leva a nos

assemelhar cada vez mais a Jesus Cristo, e

provoque a apropriação progressiva de suas

atitudes.

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Maria, peregrina na fé • (266) Maria é a máxima realização da

existência cristã. Através de sua fé (Lc 1,45) e obediência à vontade de Deus (Lc 1,38), assim como por sua constante meditação da Palavra e das ações de Jesus (Lc 2,19.51), é a discípula mais perfeita do Senhor.

• Interlocutora do Pai no projeto de enviar o verbo ao mundo para a salvação humana, com sua fé, Maria é o primeiro membro da comunidade dos crentes em Cristo e também a colaboradora no renascimento espiritual dos discípulos.

• Sua figura de mulher livre e forte emerge do Evangelho, conscientemente orientada para o verdadeiro seguimento de Cristo.

• Ela viveu toda a peregrinação da fé como mãe de Cristo e dos discípulos, na incompreensão e na busca constante do projeto do Pai.

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Maria, mãe da Igreja • (267) Com Maria, chega o cumprimento da esperança dos

pobres e do desejo de salvação.

• A Virgem de Nazaré teve uma missão única na história da salvação: concebeu, educou e acompanhou seu filho até a cruz.

• Desde a cruz Jesus Cristo confiou a seus discípulos, representados por João, o dom da maternidade de Maria, que nasce diretamente da hora pascal de Cristo (Jo 19,27).

• Perseverando junto aos apóstolos à espera do Espírito (cf. At 1,13-14), ela cooperou com o nascimento da Igreja missionária, imprimindo-lhe um selo mariano que a identifica profundamente.

• Como mãe, fortalece os vínculos fraternos entre todos, estimula a reconciliação e o perdão e ajuda os discípulos de Jesus Cristo a experimentarem como uma família, a família de Deus.

• Em Maria, encontramo-nos com Cristo, o Pai, o Espírito Santo, e os irmãos.

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Maria e a Igreja-mãe

• (268) Como na família humana, a Igreja-família é gerada ao redor de uma mãe, que confere “alma” e ternura à convivência familiar.

• Maria , Mãe da Igreja, além de modelo e paradigma da humanidade, é artífice de comunhão.

• Um dos eventos fundamentais da Igreja é quando o “sim” brotou de Maria.

• Ela atrai multidões à comunhão com Jesus e sua Igreja, como nos santuários marianos.

• Como Maria, a Igreja é mãe. Esta visão mariana da Igreja é o melhor remédio para uma Igreja meramente funcional ou burocrática.

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Maria: missionária e irmã nossa

• (269) Maria é a grande missionária, continuadora da missão de seu Filho e formadora de missionários.

• Ela, da mesma forma como deu à luz ao Salvador do mundo, trouxe o Evangelho a nossa América.

• Em Guadalupe, presidiu com João Diego o Pentecostes que nos abriu aos dons do Espírito. São incontáveis as comunidades que encontraram nela a inspiração para aprender a serem discípulos e missionários de Jesus.

• Ela tem feito parte do caminhar de nossos povos, entrando no tecido de sua história e acolhendo as ações mais significativas de sua gente.

• Os diversos nomes e os santuários espalhados por todo o Continente testemunham a presença de Maria próxima às pessoas e, ao mesmo tempo, manifestam a fé e a confiança que os devotos sentem por ela. Maria pertence a eles, que a sentem como mãe e irmã.

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Maria: imagem do seguidor/a de Jesus

• (270) Quando se enfatiza em nosso

continente o discipulado e a missão,

Maria brilha diante de nossos olhos

como imagem acabada e fiel do

seguimento de Cristo.

• Esta é a hora da seguidora mais

radical de Cristo, de seu magistério

discipular e missionário.

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Maria e a Palavra encarnada • (271) Maria, que “conservava todas estas

recordações e meditava em seu coração” (Lc 2,19.51), ensina-nos o primado da escuta da Palavra na vida do discípulo e missionário.

• O Magnificat está tecido pelos fios da Sagrada Escritura. Em Maria, a Palavra de Deus se encontra em sua casa, de onde sai e entra com naturalidade. Ela fala e pensa com a Palavra de Deus; a Palavra de Deus se faz a sua palavra e sua palavra nasce da Palavra de Deus.

• Seus pensamentos estão em sintonia com os pensamentos de Deus, seu querer é um querer junto com Deus. Estando intimamente penetrada pela Palavra de Deus, ela chega a ser mãe da Palavra encarnada (JP2).

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Maria e o Rosário

• (271b) A familiaridade com o

mistério de Jesus é facilitada pela

reza do Rosário, onde o povo

cristão aprende de Maria a

contemplar a beleza do rosto de

Cristo e a experimentar a

profundidade de seu amor.

• Mediante o Rosário, o cristão

obtém abundantes graças, como

recebendo-as das próprias mãos

da mãe do Redentor (JP2).

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Maria e a solidariedade com os pobres

• (272) Com os olhos em seus filhos, como em Caná da Galiléia, Maria ajuda a manter vivas as atitudes de atenção, de serviço, de entrega e de gratuidade nos discípulos de Jesus.

• Ela indica a pedagogia para que os pobres, em cada comunidade cristã, “sintam-se como em sua casa”. Cria comunhão e educa para um estilo de vida compartilhada e solidária, em fraternidade, em atenção e acolhida do outro, especialmente se é pobre ou necessitado.

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Maria e a solidariedade com os pobres

• (272c) Em nossas comunidades, sua forte presença enriquece a dimensão materna da Igreja e a atitude acolhedora, que a converte em “casa e escola da comunhão” e em espaço espiritual que prepara para a missão.

(524) A Igreja de Deus na América latina e no Caribe é sacramento de comunhão de seus povos, (..) é casa dos pobres de Deus. Maria é a presença materna indispensável e decisiva na gestação de um povo de filhos e irmãos, de discípulos e missionários de Jesus.

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Maria e as mulheres

• (451) A figura de Maria, discípula

por excelência entre discípulos, é

fundamental na recuperação da

identidade da mulher e de seu

valor na Igreja.

• O canto do Magnificat mostra

Maria como mulher capaz de se

comprometer com sua realidade e

de ter uma voz profética diante

dela.

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Maria na formação de consagrados(as) e presbíteros

• 320. Ao longo da formação, procurar-

se-á desenvolver um amor terno e

filial a Maria, de maneira que cada

formando chegue a ter com ela uma

espontânea familiaridade e a “acolha

em sua casa” como o discípulo

amado.

• Ela lhes oferecerá força e esperança

nos momentos difíceis e os

estimulará a ser incessantemente

discípulos missionários para o Povo

de Deus.

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Maria, imagem do discípulo-missionário de Jesus

• (364) Detemos o olhar em Maria e reconhecemos nela uma

imagem perfeita da discípula missionária. Ela nos exorta a fazer

o que Jesus nos diz (cf. Jo 2,5) para que Ele possa derramar

sua vida na América Latina e no Caribe.

• Junto com ela queremos estar atentos uma vez mais à escuta

do Mestre, e ao redor dela, voltarmos a receber com

estremecimento o mandado missionário de seu filho: “Vão e

façam, discípulos de todos os povos” (Mt 28,19).

• Escutamos Jesus como comunidade de discípulos missionários

que experimentaram o encontro vivo com Ele e queremos

compartilhar com os demais essa alegria incomparável todos os

dias.

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Orando com Maria

• (553) Ajude-nos a companhia de Maria sempre próxima, cheia de compreensão e ternura.

- Que ela nos mostre o fruto bendito de seu ventre e nos ensine a responder como ela fez, no mistério da anunciação e encarnação.

- Que nos ensine a sair de nós mesmos no caminho de sacrifício, de amor e serviço, como fez na visita a sua prima Isabel, para que, peregrinos no caminho, cantemos as maravilhas que Deus tem feito em nós, conforme a sua promessa.

• (554) Guiados por Maria, fixamos os olhos em Jesus Cristo, autor e consumador da fé e dizemos a Ele (..): “Fica conosco, pois cai a tarde e o dia já se declina” (Lc 24,29) (…) Fortalece a todos em sua fé para que sejam teus discípulos e missionários!

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Idealização: Afonso Murad

www.maenossa.blogspot.com

[email protected]

Desenhos: Frater Anderson, msc.