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Estudo da obra “OBREIROS DA VIDA ETERNA” Autor André Luiz, espírito, psicografada por Francisco Cândido Xavier. Federação Espírita Brasileira - ano de 1946. Capítulo 18 DESPRENDIMENTO DIFÍCIL Quarta-feira, 12 de agosto de 2015 Rose Campos

Obreiros da vida eterna capítulo 18

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Page 1: Obreiros da vida eterna capítulo 18

Estudo da obra “OBREIROS DA VIDA ETERNA”Autor André Luiz, espírito,

psicografada por Francisco Cândido Xavier.

Federação Espírita Brasileira - ano de 1946.

Capítulo 18

DESPRENDIMENTO DIFÍCIL

Quarta-feira, 12 de agosto de 2015

Rose Campos

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“Agora, tínhamos sob os olhos o caso Cavalcante em processo final.”

O que já sabemos sobre Cavalcante?Encontra-se internado numa enfermaria gratuita num movimentado hospital, onde há tanta atividade por parte dos encarnados como por parte dos desencarnados.

A maioria dos leitos ocupados mostrava o doente e as entidades espirituais que o rodeavam (em assistência defensiva ou em acirrada perseguição).

Cavalcante havia sido abandonado pelos parentes.

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Cavalcante era um cavalheiro maduro, rosto profusamente enrugado e cabelos brancos. Virtuoso católico romano, espírito abnegado e valoroso nos serviços do bem ao próximo. Católico romano fervoroso.

Em sua cabeceira vigiava excelente companheiro espiritual, chamado Bonifácio.

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Gravíssimos problemas no corpo físico, já sem solução. Sobretudo na parte intestinal.Os médicos não compreendiam como o doente ainda conseguia estar vivo.

O gigantesco poder da mente, em admirável decreto da vontade, estabelecia todo odomínio possível nos órgãos e centros vitais em decadência franca.

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E por que tanta resistência por parte de Cavalcante?

- Angústia; medo de morrer; medo do purgatório.- Desejo de rever a ex-esposa, pois após repensar sua vida, chegou à conclusão que deveria lhe pedir perdão.

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Jerônimo determina que sejam desatados os nós fluídicos.

Cavalcante intui que o fim está próximo.

Pede para chamar o padre.

Após breve confissão queo sacerdote reduziu aomínimo de tempo possívelem virtude do mau cheiroemanado por Cavalcante...

O doente ainda insiste em prolongar a conversa e pede aopadre que continue a procurarpor sua ex-mulher.

Visivelmente impaciente, o sacerdote consegue finalmentese afastar do leito e comenta, quando encontra o médico: - “Afinal o que acontece ao Cavalcante? Morre ou não morre?”

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– Tem sido gigante na reação – informou o clínico, bem humoradoConsiderando-lhe, porém, os males sem cura, venho

examinando a possibilidade da eutanásia.

– Parece-me caridade – redargüiu o religioso –, porque o infeliz apodrece em vida...

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Cavalcante pede então que chamem determinada irmã de caridade que trabalhava ali no hospital.

Quem sabe um coração feminino pudesse lhe dar o consoloque o sacerdote não soube lhe oferecer?Porém, a “irmã de caridade” não trazia consigo melhor humor. Fez questão de escutá-lo, alçando desinfetanteenérgico ao nariz, a infundir-lhe surpresa ainda mais dolorosa.

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A cena chocava-me pelo desrespeito. Ambos os profissionais, os da Religiãoe o da Ciência, notavam situações meramente superficiais, incapazes de penetração nos sagrados mistérios da alma.

Entretanto, para compensar tão descaridosa incompreensão, Cavalcanteera objeto de nosso melhor carinho.

Jerônimo poderia aplicar-lhe recursos extremos, mas absteve-se.– Ninguém corte, onde possa desatar...

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A esposa já havia desencarnado há mais de ano.. Jerônimo pede a Bonifácio para trazê-la.. Cavalcante passa a perceber o plano espiritual.

E percebe também a

presença dos espíritos

vampirizadores.

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A FORÇA DO PERDÃOBonifácio entrou conduzindo verdadeiro fantasma. A ex-consorte, semelhava-se, em tudo, a sombra espectral. Não via os socorristas.

A esposa abeirou-se do leito, tentando ajoelhar-se.– Joaquim, perdoa-me, perdoa-me!...– Perdoar-te de quê? – replicou ele, buscando inutilmente afagá-la.– Eu, sim, fui injusto contigo, abandonando-te ao léu dasorte... Por favor, não me queiras mal.

Sua mente finalmente se tranquiliza.

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– Veja, doutor, minha esposa chegou, enfim!– Estou contente, conformado... Mas minha pobre Bela parece enferma, abatida... Ajude-a por amor de Deus!

– Por que motivo tantos loucos foram internados aqui? Olhem, olhem aquele! Parece sufocar o infeliz...

E Cavalcante fala com o médico:

Diante do “delírio” o médico tomauma decisão...

– Volta Bela! Volta!

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Jerônimo:– Beneficiemos o moribundo, por nossa vez, empregando medidas drásticas. O doutor pretende impor-lhe fatal anestésico.

O clínico, todavia, não se demorou muito e como o enfermolutava, desesperado, em oposição ao nosso auxílio, não nos foipossível aplicar-lhe golpe extremo.

Sem qualquer conhecimentodas dificuldades espirituais, o médico ministrou a chamada “injeção compassiva”, ante o

gesto de profunda desaprovação do meu orientador.

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A eutanásia trata, em sua origem etimológica, da boa morte, ou seja, aquela que não prolonga o sofrimento e a dor. Existem duas formas:

Eutanásia passiva: o indivíduo é cuidado em suas necessidades básicas, com o mínimo de drogas e com o controle da analgesia, muitas vezes permanecendo torporoso ou inconsciente;

Eutanásia ativa: na qual existe o desejo de se abreviar a vida, dispensando qualquer tratamento que favoreça as atividades metabólicas do indivíduo, como a suspensão de aparelhos respiradores ou marca-passo, dietas por acesso central, antibióticos e quimioterápicos.

Vamos aprender mais sobre esse tema?

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A distanásia busca manter a vida a qualquer custo, lançando mão de todos os recursos disponíveis, não levando em conta questões como qualidade de vida, desejo de escolha do paciente ou familiares.

Que tal um vídeo para ilustrar? https://www.youtube.com/watch?v=0rBYK8ekxKA

A ortotanásia é o ato de cessar o uso de recursos que possam prolongar a vida do paciente, quando não houver chance de sobrevivência, desde que autorizado pela família e anotado no prontuário. A ortotanásia tem a função de evitar a distanásia. Em vez de prolongar artificialmente o processo de morte (distanásia), deixa-se que este se desenvolva.

A mistanásia é um termo pouco utilizado, mas representa a morte miserável, antes da hora, conhecida como eutanásia social. Pode ocorrer em casos de omissão de socorro, erro médico, negligência, imprudência e imperícia.

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– A carga fulminante da medicação atinge tambémos centros do organismo perispiritual. Cavalcante permanece, agora, colado a trilhõesde células neutralizadas, dormentes, invadido, ele mesmo,de estranho torpor que o impossibilita de dar qualquerresposta ao nosso esforço.

Cavalcante, para o espectador comum, estava morto. Não para nós, entretanto. A personalidade desencarnante estava presa ao corpo inerte, em plena inconsciência e incapaz de qualquer reação.

E André Luiz continua...

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Somente nos foi possível a libertação quando já haviamtranscorrido vinte horas, após serviço muito laboriosopara nós. Ainda assim, Cavalcante não se retirou em condições favoráveis e animadoras.

Apático, sonolento, desmemoriado, foi por nós conduzidoao asilo de Fabiano, demonstrando necessitar maiores cuidados.

Fim do capítulo 18