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OsElEmEntais
Nenhuma religio superior Verdade.
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Dados Internacionais de Catalogao na Publicao (CIP)(Cmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
Hartmann, Franz, 1838-1912.Os Elementais: sua natureza e diversas catego-
rias, grupos, gneros e classes / Franz Hartmann; traduo de Karin Thies Vieira Romero. 1.ed. So Paulo: cone, 2013.
Ttulo original: Elementargeister: ihre Natur und verschiedene Charaktere, Gruppen, Arten und Klassen.
Bibliografia ISBN 978-85-274-1231-5
1. Elementais. 2. Esoterismo. 3. Espiritismo. 4. Teosofia. I. Ttulo.
13-01973 CDU 133
ndices para catlogo sistemtico:
1. Elementais e suas distintas manifestaes: Parapsicologia 133
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Dr. Franz Hartmann
OsElEmEntaisSua natureza e diversas categorias,
grupos, gneros e classes
Traduo de Karin Thies Vieira Romero do original em alemo
1 edioSo Paulo
2013
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Copyright 2013 cone Editora Ltda.
Ttulo original em alemoHARTMANN, Franz. Elementargeister: Ihre Natur und verschiedene Charaktere, Gruppen, Arten und Klassen. Ano 1894. Alemanha: Editora Schatzkammerverlag Hans Fndrich, 1988.
Pintura da capaPATON, Joseph Noel. A discusso de Oberon e Titania. leo sobre tela. Esccia, 1846.
Projeto grfico, arte de capa e diagramaoRichard Veiga
RevisoJuliana Biggi
Proibida a reproduo total ou parcial desta obra, de qualquer forma ou meio eletrnico, mecnico, inclusive por meio de processos xerogrficos, sem permisso expressa do editor. (Lei n9.610/98)
Todos os direitos reservados para:CONE EDITORA LTDA.Rua Anhanguera, 56 Barra FundaCEP: 01135-000 So Paulo/SPFone/Fax.: (11) 3392-7771www.iconeeditora.com.briconevendas@iconeeditora.com.br
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T ndice
Prefcio da tradutora, 7
Prefcio do editor, 9
I. MuNDOS INvISvEIS (TRANSCENDENTES)
E SuAS CRIATuRAS, 13
Devas, 24
Anjos, 28
Os quatro mundos, 30
Pitris, 38
Formas kama-rupa, 41
Larvas, 43
Mara-rupas. Demnios, 50
Sementes humanas, 52
II. OS hABITANTES DOS quATRO ELEMENTOS:
Gnomos, Salamandras, Silfos, Ondinas, Ninfas,
Inteligncias da Natureza Elfos, Duendes, Stiros,
Faunos, 61
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6
III. OS DIvERSOS TIPOS DE ESSNCIAS huMANAS, 81
Elementais humanos, 83
Espectros humanos, 86
Adeptos, 90
Os irmos das Sombras, 92
APNDICE. Os espiritualmente mortos, 105
Observao: Todas as notas de rodap do presente trabalho esto a cargo do prprio autor.
A tradutora
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E Prefcio da tradutora
Muito nos falta acerca do conhecimento de ns mesmos e do mundo que nos rodeia. Sefizermos uma anlise sincera, percebe-
remos que pouco nos conhecemos, pouco sabemos de nossas rea-
es e que nos sucedem coisas sobre as quais no temos controle.
Tambm pelo mundo afora ocorrem movimentos, tanto de natureza
fsica quanto social, escassamente explicados pela cincia e pelo
raciocnio lgico.
Neste precioso pequeno trabalho, Dr. Franz Hartmann logra
lanar luzes ao tema, apresentando-nos uma ampla viso acerca dos
elementais em suas distintas manifestaes, quer seja como seres
malvolos, aspectos densos existentes tanto em nosso interior quanto
vagando no mundo exterior, quer seja como resduos das personali-
dades de pessoas que j se foram, quer seja, ainda, como diligentes e
zelosas, porm por vezes perigosas, inteligncias da Natureza, mais
conhecidas como gnomos, silfos, salamandras e ondinas.
Franz Hartmann (1838-1912) foi um mdico de viso abrangente.
Sua sensibilidade f-lo perceber como a medicina moderna tem-se
tornado progressivamente superficial e pouco eficiente, perdida em
mincias e aspectos secundrios, sem conseguir detectar as causas
mais profundas dos males humanos. Graas a sua dedicao e entu-
siasmo, pde adquirir um grande conhecimento sobre o ocultismo.
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No um conhecimento terico, mas essencialmente prtico, pois
Hartmann foi, antes de tudo, um incansvel investigador. Fez longas
viagens, viveu em vrios pases e teve a oportunidade de investi-
gar inmeros fenmenos. Entre 1865 e 1883 viveu no Continente
Americano (Estados Unidos, Mxico e Chile), onde chegou como
mdico de bordo em um navio. Obteve a cidadania norte-americana
e, alm de atuar na medicina, estudou as crenas religiosas de vrias
tribos indgenas, travando tambm contato com o ento emergente
espiritismo. Investigou a fundo os fenmenos espritas durante
cerca de quinze anos. Oprprio Dr. Franz Hartmann escreve que
dificilmente seria possvel encontrar algum na Amrica ou na
Europa detendo mais experincia que ele mesmo na observao de
fenmenos espritas. Assim, com toda propriedade, pde chegar
concluso de que tais fenmenos possuem uma origem completa-
mente distinta da que usualmente lhes atribuda. Em1882, este
destacado mdico, nascido e formado academicamente na Bavria,
juntou-se Sociedade Teosfica. Viveu tambm na ndia, mantendo
um estreito contato com ocultistas, iogues e adeptos.
Assim, pois, de posse de uma vasta experincia investigativa,
Franz Hartmann deixa claro, num dos pontos mais marcantes do
presente trabalho, qual a diferena entre os espritos, levados em
to alta conta pelos mdiuns e espritas de modo geral, e o autn-
tico Esprito de cada homem, que vive em esferas superiores e est
tenuemente conectado essncia de cada um, alimentando-a e
buscando despertar-lhe anelos espirituais.
Mas, deixemos Franz Hartmann falar por si. Aquele que per-
correr as pginas deste pequeno livro certamente encontrar a
clareza e a profundidade advindas da experincia prpria, quesito
to imprescindvel quanto inestimvel para todo aquele que queira
tratar seriamente de assuntos de carter transcendente.
Karin Thies Vieira Romero
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U Prefcio do editor1
No decorrer dos ltimos cem anos surgiram o espiritismo, bem como o hipnotismo no mundo da cultura ocidental. Ambos foram
considerados de incio como algo muito inovador e encontraram
grande oposio e rejeio at que, por fim, o correr dos anos fez
aflorar incontestveis fatos que o conhecimento no podia mais
ignorar, mostrando que nem tudo estava baseado em mentira, como
em princpio parecia ser, embora, ao mesmo tempo, muita bobagem
tenha sido estimulada. Tambm numerosos fenmenos funestos,
por exemplo, loucura, obsesso, enfermidades, doenas nervosas
etc., atuavam, com toda razo, de maneira assustadora. Ashist-
rias de muitos mdiuns espritas e as manipulaes hipnticas
apresentaram provas irrefutveis disso, apresentando-as ainda hoje
continuamente, assim como revistas espritas informam de quando
em quando sobre estes assuntos.
No decorrer do desenvolvimento esprita, descobriu-se que essas
inovaes no eram nada novo eque na Antiguidade Clssica
1. Prefcio do editor da 1 edio, em alemo. [Nota da tradutora: Este prefcio est em desarmonia com a obra que se segue. Oeditor parece ser simpatizante do espiritismo ou, na melhor das hipteses, no compreendeu o texto do Dr. Hartmann, que vai em uma linha completamente distinta e, inclusive em vrios trechos, com bastante clareza, revela os aspectos nada positivos existentes por trs dos chamados fenmenos espritas.]
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j apareciam coisas desse tipo, ainda que com outros nomes. Hoje
surgiram tambm tendncias entre os espritas que se reportam
Bblia e divulgam o espiritismo cristo. Alm disso, com o passar
dos anos, tornaram-se cada vez mais conhecidas a vida e as prticas
dos povos hindus, com seus faquires, dervixes e seu Culto Tntrico
(trabalho com os daimones), em cujos moldes todas as manifestaes
espritas e hipnticas so representadas, at mesmo de maneira mais
minuciosa e mais impressionante.
O moderno espiritismo est, at o momento, em grande des-
vantagem em relao Antiguidade Clssica e ndia, uma vez
que seu desenvolvimento na Amrica e na Europa se deu em uma
poca em que a assim chamada viso de mundo materialista
experimentava seu ponto mais alto e era todo-poderosa no mundo
do conhecimento cientfico. Todo o espiritual era negado como fato,
somente a matria era considerada real e verdadeira; alm disso, a
alma era estimada apenas como uma manifestao do crebro. Por
isso, todos os trabalhos espritas, sem provas, foram considerados
simplesmente como mentira, autoengano, fantasia e no dignos de
exame por parte do mundo cientfico. Emconsequncia, apenas
ignorantes, pessoas sem conhecimento cientfico, indivduos sem
senso crtico e criadores de polmica se ocuparam dessas coisas
e, em acordo com sua natureza egosta, perceberam nos crdulos
tolos um objeto de explorao sem igual, enquanto, por outro lado,
os inocentes e relativamente honestos se alegraram em ter recebido
indcios de vida aps a morte, contentando-se com isso.
Na Antiguidade Clssica no havia um