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ESTUDO 2 - Sacrifícios

Os Sacrifícios

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ESTUDO 2 - Sacrifícios

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SACRIFÍCIOSAs leis sacrificiais e as instruções dadas

no Sinai não implicam a ausência de oferendas antes desse tempo (Gn 4:4; Gn 8:20; Gn 22:13). Fazer ofertas era quase uma prática universal dos povos antigos. Contudo, na ocasião do Pacto com Deus no Sinai, foram-lhe entregues instruções específicas concernentes a vários tipos de oferendas (Lv 1-7).

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Aspectos envolvidos nos sacrifícios: As ofertas eram dadas conforme as posses do individuo

(Lv 14:21, 22); Eram distintos pelo tipo de oferta (ex: sacrifício pacífico,

sacrifício pelos pecados por ignorância), pelo ofertante (ex: sacerdotes, toda a congregação) e pela maneira de dispor a vítima (que era inteiramente queimada, ou comida pelos sacerdotes). Os sacrifícios tornavam possível o acesso a comunhão com o seu Deus.

Havia várias ocasiões em que se apresentavam sacrifícios: Voto (1Sm 1:21), expiação (Lv 1-6), purificação do leproso (Lv 14), purificação pós parto (Lv 12), consagração de um sacerdote (Lv 8), consagração de um levita (Lv 8), finalização do voto de nazireu (Nm 6)... etc.

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Sabemos que em outras religiões também havia sacrifícios, mas por que Deus requeria que seu povo os fizesse? Qual o sentido dos sacrifícios para Israel? Para entendermos os sacrifícios precisamos voltar para o Pacto das Obras, para então entender o Pacto da Graça.

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Quando falamos sobre o Pacto das Obras dissemos que a desobediência às suas leis resultaria em morte (Gn 2:17; Rm 6:23). Sendo assim, ao pecar, Adão trouxe para si (e para sua descendência, visto que era seu representante) a morte como consequência. Deste modo, para que o homem pudesse ser salvo desta condição ele precisaria pagar esta “dívida de sangue”, ou seja, morrer para pagar seus pecados a fim de obter novamente a comunhão com Deus.

Como não poderia pagar esta dívida, Deus paga por ele, conseguindo a restauração da comunhão entre Criador e criatura. Mas como Deus fez isto? Deus envia Seu Filho para que Ele, encarnado como homem, pudesse morrer e conseguir a expiação. Resumindo, a expiação requeria vida por vida, ou dizendo de outra forma, requeria o sangue de uma vítima sacrificada. É por isto que existia o sistema de sacrifícios em Israel:

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“O motivo básico dos sacrifícios é a substituição e seu fim é a expiação... O homem que peca merece a morte. Em seu lugar, morre o animal inocente e esta morte cancela ou retira o pecado. Levítico 17:11 é o texto-chave quanto à expiação: “A alma da carne está no sangue, pelo que vo-lo tenho dado sobre o altar, para fazer expiação pelas vossas almas.”... Que significa o sangue? Ele é considerado o princípio vital. Não tem significado em si mesmo senão como símbolo e demonstração de que se tirou a vida de um animal inocente para pagar pelos pecados do culpado. Portanto, o sangue usado na expiação simboliza uma vida oferecida na morte. Ao espargir sangue sobre pessoas ou coisas, mostra-se que a elas se aplicam os méritos dessa morte.”

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Realizando os sacrifícios o povo deveria entender que o pecado era expiado por meio de uma vítima sacrificada, que os substituía. E assim, sua fé na salvação prometida por Deus há tantos anos atrás estava sendo alimentada dia-a-dia por eles.

Contudo, apesar de o sistema sacrificial ter um aspecto didático e tipológico, capaz de manter viva a fé na salvação providenciada por Deus, muitos não a entenderam assim, e realizavam os sacrifícios somente como ritualismo vazio e sem significado ético e existencial. Os sacrifícios desacompanhados de uma vida de comunhão com Deus, de nada servia a eles ou a Deus:

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“Com o transcorrer do tempo, os israelitas chegaram a atuar como se o que importasse para Deus fossem os próprios sacrifícios em lugar do coração do ofertante. O salmista Davi e os profetas procuraram inculcar no povo a verdade de que Deus não se contenta com as vítimas oferecidas quando faltam o arrependimento, a fé, a justiça e a piedade naqueles que as oferecem. (1Samuel 15:22; Salmo 51:16, 17; Isaías 1:11-17; Miquéias 6:6-8)”

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Apesar de útil para o povo de Deus no período de administração do Antigo Testamento, para nós, o sistema sacrificial só nos serve para iluminar o entendimento da obra de Cristo.

No período da Nova Aliança temos a revelação mais explícita de que este sistema de sacrifícios não eram realmente eficazes contra o pecado residente no coração dos indivíduos. Estes sacrifícios tinham uma função durante aquele período. Função esta que apontava para a realidade a qual nós conhecemos hoje.

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“O sistema sacrificial não tirava o pecado realmente, “Porque é impossível que o sangue dos touros e dos bodes tire os pecados” (Hebreus 10:4). Somente o sangue do Filho de Deus nos limpa de todo o mal. Não obstante, os sacrifícios tinham valor porque eram como uma promessa escrita de que Deus mesmo proveria o meio. Tinham valor simbólico até que Jesus oferecesse o verdadeiro sacrifício. Ao depositar sua fé em Deus e em sua provisão, simbolizada pelo sacrifício, o crente era considerado justo (justificado pela fé).”

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“A Epístola aos Hebreus contém o tratamento mais completo sobre os sacrifícios do Antigo Testamento... A sua grande preocupação era salientar o caráter inadequado dos sacrifícios, a não ser como tipos. O fato que os sacrifícios não podiam obter para os homens a entrada no Santo dos santos prova que não podem libertar a consciência da culpa mas eram simplesmente ordenanças carnais, impostas até um tempo de reforma (9:6-10). Sua incapacidade de fazer expiação é igualmente demonstrada pelo fato que meros animais eram oferecidos (10:4), bem como pelo próprio fato de sua repetição (10:1, 2). Não eram tanto remédios pelo pecado como lembretes do mesmo (10:3).”

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Como declara a Confissão de fé de Westminster Capítulo XIX - DA LEI DE DEUS, Seção III:

“Além dessa lei, geralmente chamada lei moral, quis Deus dar ao seu povo Israel, considerado uma igreja sob sua tutela, leis cerimoniais que contêm diversas ordenanças típicas. Essas leis - que em parte se referem ao culto e prefiguram Cristo, suas graças, seus atos, seus sofrimentos e seus benefícios, e em parte representam várias instruções de deveres morais - estão todas abolidas sob o Novo Testamento.” (Hb10:1; Gl 4:1-3; Cl 2:17; Ex 12:14; 1Co 5:7; 2Co 6:17; Cl 2:14, 16, 17; Ef 2:15,16)

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Além de iluminar a respeito do sacrifício de Cristo, os sacrifícios do Antigo Testamento nos ensinam diversos aspectos que devem estar presentes em nossa adoração no culto público a Deus na Nova Aliança. Vejamos o quadro a seguir.

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Resumindo, os crentes do Antigo Testamento criam na salvação prometida por Deus, e este sistema de sacrifícios apontava para o que Deus estava para fazer por eles futuramente.

Ainda que não compreendendo exaustivamente a obra que Cristo realizaria, os salvos daquele período foram ensinados que precisavam indispensavelmente de expiação para poder conseguir comunhão com Deus novamente.

Eles deveriam ter em mente que eram pecadores afastados do Senhor precisando de uma reconciliação que não poderiam alcançar por si mesmos.

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Importância das ofertas no AT:

Representavam a fé em ação (Hb 11:4 – “pela fé Abel ofereceu...”);

Reconheciam e confessavam o direito de Deus sobre a vida humana;

Tipificavam vários aspectos da oferta “definitiva” de Cristo.

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Aplicações:

O culto deve seguir estritamente as normas estabelecidas por Deus;

Tudo que fazemos como adoradores somente é aceito mediante nosso Mediador – Jesus;

Os aspectos cerimoniais devem ser abandonados, e os aspectos essenciais e espirituais devem permanecer no culto da Nova Aliança;

Nossa vida como um todo deve ser apresentada como um sacrifício a Deus (Rm 12:1), e nossas atitudes de adorador como sacrifícios (Hb 13:15, 16; 1Pe 2:5);

A absoluta necessidade do sacrifício de Cristo para a salvação; O culto deve seguir princípios bíblicos (encontrados também nos

cultos do AT) e não invenções humanas.

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