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Salmos adoração e louvor ao rei dos reis

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Salmos

Adoração e Louvor aoRei dos Reis

Matheus Gonçalves Lage

1ªEdição

2016

Todos os direitos reservados. Copyright © para a língua portuguesa doMinistério Evangelho Avivado. Aprovado pela Editoração de Blogs eEquipe de Revisão.

Preparação dos Originais: Leonardo Pereira

Capa: Sidney Muniz

Editoração e Projeto gráfico: Equipe de Revisão

As citações bíblicas foram extraídas da versão Almeida Revista eCorrigida, edição de 1995, da Sociedade Bíblica do Brasil, salvoindicação em contrário.

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1ª Edição: Outubro / 2016

Sumário

Apresentação 05

Prefácio 07

Introdução ao Livro dos Salmos 08

Capítulo 1: Salmos de Adoração 12

Capítulo 2: Salmos de Angústia e Arrependimento 14

Capítulo 3: Salmos de Confiança e Adoração 17

Capítulo 4: Salmos Messiânicos 19

ApresentaçãoTenho a honra de escrever a apresentação dessa importante obraque trata do livro de Salmos. Salmos é um livro poético do AntigoTestamento, escrito na forma de poesias hebraica com repetiçãopara ampliação. Esse é o maior livro do Antigo Testamento comcento e cinquenta Salmos, muitos deles contendo profeciasmessiânicas, como por exemplo o Salmo 22. O livro de Salmos éum livro de orações, um livro que trata da humanidade aflita embusca do Deus Todo-poderoso. Que Deus o abençoe na leituradessa importante obra literária que nos incentiva a buscarentendimento do livro de Salmos.

Marcos Rogério.

Adm. Da Página Evangelho Avivado

Comentarista de Estudos Bíblicos

Rio,27/09/2016

PrefácioÉ uma honra para mim em prefaciar um livro com um legado bíblicoe teológico tão abundante, tão maravilhoso e abençoado quanto àeste livro: Salmos - Adoração e Louvor ao Rei dos Reis. MatheusFernandes conseguiu reunir aquilo que Martyn Lloyd-Jones sempremencionava que devia ter que é: Ortodoxia e Piedade, Teologia eVida, Credo e Conduta. Estas característica quando se estuda umlivro, artigo e informações que se reúnem para o melhor da vidacristã, principalmente se tratando do maior livro da Bíblia: O Livro deSalmos. Este livro trata de assuntos de extrema importância comoarrependimento, saúde, segurança, confiança no Senhor, Exaltaçãoao Senhor, e o fundamental, saber quem é o nosso Deus.Infelizmente, muitos não conhecem o Senhor Deus, pois apenasouvem falar, mas o conhecer, não o conhecem. Eu louvo à Deuspor este livro preencher uma lacuna imensa que estava vazia hámuito tempo: Quem é o Senhor?. Vindo do Livro de Salmos, meuamigo Matheus extraiu do melhor deste livro, e com um conteúdobem elaborado, estudado e argumentado, eis o presente livro, queeu recomendo uma leitura bem tranquila, para pensar, raciocinar, ecompreender a realidade da importância de um dos livros que maismarca não só o povo de Israel, mas como também em todas asnações. O que dizer de pregações que incendiaram o mundo com oSalmo 23? Ou o descanso da alma abatida sendo aliviada pelopresença do Espírito Santo mediante à exposição do Salmo 90? E oque dizer da confiança ao Senhor sendo fortalecida ao meditar eencontrar as preciosidades espirituais para a vida em Salmo 46?.Eu de bom grado, me fico por mais e mais ainda alegre ementender que este livro nos inspira em prosseguir em conhecer oSenhor (Os 6.3) e faço da minha alegria em prefaciar o livro : ``O seunome permanecerá eternamente; o seu nome se irá propagando de pais afilhos enquanto o sol durar, e os homens serão abençoados nele; todas asnações lhe chamarão bem-aventurado.Bendito seja o Senhor Deus, o Deus de Israel, que só ele faz maravilhas.E bendito seja para sempre o seu nome glorioso; e encha-se toda a terra dasua glória. Amém e Amém (Sl 72:17-19)´´

Leonardo Morais PereiraAdm. Da Página Evangelho Avivado

Rio, 27/09/2016

Introdução ao Livro dos SalmosIntrodução

De todos os livros do Velho Testamento, nenhum tem mais significado para oscristãos do que os Salmos. Uma mistura de louvor, agradecimento elamentação, eles exprimem os mais profundos sentimentos do coraçãohumano.

Os cristãos primitivos cantavam estes salmos em seus cultos deadoração. Esta literatura tem sido considerada como tão necessária, quemuitas das nossas edições impressas do Novo Testamento também contêm osSalmos. Pessoas que nada sabem de Oséias, Ezequiel ou Levítico têmalguma familiaridade com os Salmos.

I. O Significado do Nome Salmos

O título hebreu para Salmos (sepher tehillim) significa "livro de louvores". Esteé um título apropriado, uma vez que quase 20 dos salmos da coleção sãopuros salmos de louvor, e partes dos muitos outros são dedicadas à adoraçãode Deus. As versões gregas levam os títulos Psalmoi e Psalterios, de ondetiramos nossos títulos Salmos e Saltério. A nação judaica usava os Salmostanto como um livro de orações como um livro de cânticos.

Os Salmos são de caráter tanto histórico como devocional. Muitosacontecimentos da História são apresentados; a criação do homem (8:5), aaliança estabelecida com Abraão e seus descendentes (105:9-11), osacerdócio de Melquisedeque (110:4), Isaque, Jacó, José, Moisés e Arão(105:9-45), a libertação do Egito e a herança cananéia (78:13; 105:44). Muitosoutros exemplos poderiam ser citados. Sem dúvida, contudo, o valorpermanente dos Salmos, através dos séculos, tem sido suas idéias religiosas edevotas.

II. O Objetivo do Livro dos Salmos

Os Salmos são um templo e o Senhor Jeová reina supremo. Tudo neles élouvor a Deus. O Senhor quer que vivamos com ele, e os Salmos salientamnossa devoção a ele. "O Senhor, tenho-o sempre à minha presença; estandoele à minha direita, não serei abalado" (Salmo 16:8). O homem devoto meditaráem sua vontade, pois "seu prazer está na lei do Senhor, e na sua lei medita dedia e de noite" (Salmo 1:2). Deus quer nosso louvor. Ele se manifesta do céu edá grandes bênçãos. Tudo o que temos que fazer é recebê-las com braçosabertos e corações agradecidos.

Vamos dar maior atenção aos Salmos. Neles, nos esperam ricos tesouros dogrande depósito de Deus. Leia os artigos que se seguem e veja se você nãoestá estimulado a uma maior apreciação desta parte da revelação inspirada de

Deus, e as várias mensagens nela contidas.

Creio firmemente que, quando lermos os Salmos, cada um de nós fará adescoberta que Davi fez (e que, por sua vez, instou outros) quandoescreveu: "Provai e vede que o SENHOR é bom" (Salmo 34:8).

III. Quem escreveu o Livro dos Salmos

livro de Salmos é uma coleção de 150 poemas dividida em 5 livros. Váriaspessoas foram usadas pelo Espírito Santo para nos revelar essa rica literaturade adoração.

A metade dos salmos foi escrita por Davi. Os títulos o identificam como autorde 73 salmos. Atos 4:25 e Hebreus 4:7 atribuem mais dois ao segundo rei deIsrael. Salomão, o filho de Davi, acrescentou mais dois (72 e 127), e Moisésescreveu um (90). Vários homens que conduziam o louvor em Jerusalém(Asafe, Etã e os descendentes de Corá) escreveram 25 dos salmos. Osautores de quase um terço dos salmos não se identificam.

As datas dos salmos abrangem, pelo menos, nove séculos. Moisés escreveuno 15º século a.C., e alguns dos salmos foram escritos depois da volta docativeiro (veja, por exemplo, Salmo 147:2), que aconteceu no 6º século a.C. Agrande maioria vem da época do reino unido, quando a arca da aliança foilevada a Jerusalém, e o templo foi construído naquela cidade.

A diversidade dos salmos traz uma riqueza especial à sua qualidade comoexemplos de adoração. Eles tratam de toda espécie de experiência humana.Falam de vitória e alegria, e de medo e perseguição. Refletem as emoções dehomens espirituais gozando comunhão com o Criador, e de pecadoressentindo falta dele. Pedem bênçãos sobre os justos e punição dos ímpios.Podemos aprender muito das diversas experiências de Davi, Asafe e outrossalmistas de Israel. Considere alguns exemplos.

Quando fugia de Absalão, seu filho rebelde, Davi escreveu: “São muitos osque dizem de mim: Não há em Deus salvação para ele. Porém tu, Senhor,és o meu escudo....Com a minha voz clamo ao Senhor, e ele do seu santomonte me responde. Deito-me e pego no sono; acordo, porque o Senhorme sustenta” (3:2-5).

Depois de cometer adultério com Bate-Seba, Davi abriu o seu coraçãopenitente para Deus: “Compadece-te de mim, ó Deus, segundo a tuabenignidade; e, segundo a multidão das tuas misericórdias, apaga asminhas transgressões. Lava-me completamente da minha iniqüidade epurifica-me do meu pecado. Pois eu conheço as minhas transgressões, eo meu pecado está sempre diante de mim” (51:1-3).

IV. A Divisão do Livro dos Salmos

Divisões do livro: O nosso livro de Salmos contém cinco partes ou livros:

Livro I – Salmos 1- 41 Livro IV – Salmos 90 - 106

Livro II – Salmos 42 - 72 Livro V – Salmos 107-150

Livro III – Salmos 73 - 89

Autores dos salmos: Os títulos identificam os autores da maioria dos salmos.

Davi escreveu 38 ou 39 de 41 salmos no Livro I

Davi – 3-9,11-32,34-41 2*

Autor não identificado – 1,10,33 (Alguns atribuem Salmo 10 a Davi, pois pareceuma continuação do 9 em estilo e mensagem. Estes doisaparecem como um só Salmo na LXX e em algumastraduçõesmodernas da Bíblia)

Ele escreveu 18 de 31 salmos no Livro II

Davi – 51-65,68-70

Filhos de Corá – 42,44-49

Asafe – 50

Salomão – 72

Autor não identificado – 43,66,67,71 (Salmo 43 é uma continuação do 42, eassimprovavelmente fosse escrito pelos Filhos de Corá, também)

Asafe e os Filhos de Corá, cantores em Jerusalém, escreveram quasetodos os salmos no Livro III

Davi – 86

Asafe – 73-83

Filhos de Corá – 84-85,87-88

Etã, ezraíta – 89

O autor não se identifica na maioria dos salmos no Livro IV:

Davi – 101,103 95*, 96*, 105*, 106*

Moisés – 90

Autor não identificado – 91-94, 97-100, 102,104

Davi escreveu 15 dos salmos no Livro V. A maioria não tem autor identificado:

Davi – 108-110,122,124,131,133,138-145

Salomão – 127

Autor não identificado – 107,111-121,123,125-126, 128-130,132,134-137,146-149(150 é a doxologia final do livro)

*Obs.: Ao todo, Davi é identificado pelos títulos como autor de 73 dos Salmos. 1 Crônicas 16contém porçõesde Salmos 96 e 105 e a doxologia no final do 106, os atribuindo a Davi. Segundo comentáriosno Novo Testamento,podemos lhe atribuir mais dois (Atos 4:25 – Salmo 2; Hebreus 4:7 – Salmo 95). SeacrescentarmosSalmo 10 à lista (veja comentário acima), teríamos 79 Salmos escritos total ou parcialmente porDavi.Ainda é provável que ele tenha contribuído com mais alguns, sem se identificar.

Datas dos salmos: Alguns se referem a seu contexto histórico (51,52,54, etc.). Em geral,abrangem 900 anos,de Moisés (90) até o cativeiro na Babilônia (veja 137:1), e continuando até a volta do cativeiro(veja 147:2).

ParalelismoNos livros de sabedoria do Velho Testamento

Ritmo, uma das características de muita poesia, geralmente se perde no processo de traduçãode um idiomapara outro. Por isso, conseguimos cantar os salmos somente com alguma adaptação métrica.

Mas há uma outra característica de poesia muito evidente em livros como Salmos e Provérbios.Paralelismo éuma colocação de idéias, normalmente duas, numa estrutura que enfatiza a semelhança ou ocontraste entre elas.Diversos estudiosos identificam vários tipos de paralelismo nesses livros. Entre os exemplosmais comuns são:

1. Paralelismo sinonímico: Repete idéias idênticas ou semelhantes usando palavrasdiferentes.

Salmo 15:1 – Quem, Senhor, habitará no teu tabernáculo?Quem há de morar no teu santo monte?

Salmo 19:2 – Um dia discursa a outro dia,e uma noite revela conhecimento a outra noite.

2. Paralelismo antitético: Apresenta um contraste entre idéias ou imagens.

Salmo 1:6 – Pois o Senhor conhece o caminho dos justos,mas o caminho dos ímpios perecerá.

Provérbios 14:28 – Na multidão do povo, está a glória do rei,mas, na falta de povo, a ruína do príncipe.

Provérbios 14:34 – A justiça exalta as nações,mas o pecado é o opróbrio dos povos.

3. Paralelismo sintético ou construtivo: A segunda parte completa ou acrescenta à primeiraparte. Às vezes,repete uma parte da primeira frase e continua com maior desenvolvimento da mesma idéia.

Salmo 29:1 – Tributai ao Senhor, filhos de Deus,tributai ao Senhor glória e força.

Salmo 145:18 – Perto está o Senhor de todos os que o invocam,de todos os que o invocam em verdade.

4. Paralelismo emblemático ou simbólico: Uma linha serve como ilustração paralela aoensinamento realda outra. Os tradutores, freqüentemente, simplificam a expressão usando palavras decomparação: “como....assim”.

Provérbios 11:22 – Como jóia de ouro em focinho de porco,assim é a mulher formosa que não tem discrição.

Provérbios 25:25 – Como água fria para o sedento,tais são as boas-novas vindas de um país remoto.

Conclusão

Muitos salmos louvam as qualidades de Deus, como o Salmo 93, que fala empoucos versículos da soberana majestade, do poder, da fidelidade, dasantidade e da eternidade do Senhor. Vários salmos destacam característicasespecíficas de Deus – a sua justiça (96:13; 98:8-9), a sua santidade (99), a suamisericórdia (136), etc.

A leitura dos salmos nos impressiona com a profunda espiritualidade do louvor.Temos o privilégio, através dos salmos, de ver de perto os corações dehomens que realmente exultavam na presença de Deus. “Aleluia! Louvai onome do Senhor; louvai-o, servos do Senhor” (135:1).

Capítulo 1

Salmos de AdoraçãoIntrodução

As duas categorias principais dos Salmos são os de louvor e os de lamento, eos de aleluia representam a forma mais pura do primeiro grupo. Aleluia é umatransliteração de uma frase em hebraico que significa "louve o Senhor(Iá)". Nos Salmos 146-150, cada Salmo começa e termina com esta frase,marcando claramente o grupo como Salmos de aleluia. O Salmo 115 se ajustaa este padrão; contudo, as linhas de demarcação nos Salmos 114 e 118 nãoincluem a expressão "louve o Senhor", e os Salmos 115-117 colocam-na no fim.Na tradução grega (LXX) do Velho Testamento, a frase final "louve o Senhor"(113:9; 115:18; 116:19; 117:2) está mudada para o princípio de cada salmo quese segue, fazendo com que todos, exceto o Salmo 115 comecem com"aleluia". Por isso, o grupo é chamado "salmos de Aleluia".

I. Salmos de Aleluia

Podemos ler os salmos de louvor, especialmente os salmos de aleluia, commais compreensão, se conhecermos as coisas que devemos observar.Primeiro, um padrão básico em três partes geralmente emerge: um chamado alouvar, razões porque Deus deverá ser louvado, e mais outros chamados alouvar. Por exemplo, note como o Salmo 117, o menor salmo (capítulo) naBíblia, se ajusta a este padrão. Contudo, se o padrão, em parte ou no total,não é óbvio, não há razão para classificar um salmo como um salmo delouvor. É melhor, portanto, chamar o Salmo 114 de salmo histórico e classificaro Salmo 118 como um salmo de agradecimento.

II. Razões para Louvar ao Senhor

Segundo, quando se lê salmos de louvor, notam-se duas razões para louvar aDeus: por quem ele é (descrição), e pelo que ele faz ou tem feito(declaração). Na primeira categoria, ele está "acima de todas as nações, e asua glória, acima dos céus" (113:4). Na segunda categoria: "Ele ergue do pó odesvalido e do monturo, o necessitado; para o assentar ao lado dospríncipes . . . do seu povo" (113:7-8). Ele "faz que a mulher estéril viva emfamília e seja alegre mãe de filhos" (113:9); ele "converteu a rocha em lençolde água" (114:8); ele "fez os céus e a terra" e deu a terra "aos filhos doshomens" (115:15-16); "em meio à tribulação, invoquei o Senhor, e o Senhor meouviu e me deu folga" (118:5); "O Senhor é a minha força e o meu cântico,porque ele me salvou" (118:14). Observe como a descrição de Deus e adeclaração do que ele tem feito dá o ponto central do Salmo 113: "Quem há

semelhante ao Senhor, nosso Deus, cujo trono está nas alturas, que se inclinapara ver o que se passa no céu e sobre a terra?" (113:5-6).

III. A Linguagem Bíblica da Adoração

Terceiro, a linguagem figurada abunda nos salmos de louvor. O exemplo maisóbvio disso no grupo que estamos estudando é a personificação, uma figura naqual as coisas inanimadas são dadas características de seres vivos. "O marviu isso e fugiu; o Jordão tornou atrás. Os montes saltaram como carneiros, eas colinas, como cordeiros do rebanho" (Salmo 114:3-4).

Os Salmos 113-118 são salmos "órfãos;" eles não têm autor indicado. Muitossalmos têm cabeçalhos que dão informações sobre autoria, ambiente histórico,melodia, função, etc., mas estes não. Portanto, quando não há cabeçalho,deve-se depender do contexto do salmo para revelar tais assuntos. Para citarum exemplo, o ambiente histórico do Salmo 114 é o êxodo: "quando saiu Israeldo Egito, e a casa de Jacó, do meio de um povo de língua estranha, Judá setornou o seu santuário, e Israel, o seu domínio" (114:1-2).

A tradição judaica sugere que os Salmos 113-118 eram cantados naPáscoa. Os Salmos 113 e 114 eram cantados antes da refeição da Páscoa; osSalmos 115-118, depois. O Salmo 136, o Grande Hallel, era cantado no pontomais alto da festa. Esta prática pode ser refletida na ação de Jesus e de seusdiscípulos: "E, tendo cantado um hino, saíram para o monte das Oliveiras"(Mateus 26:30).

Conclusão

Certamente, nossa prática de cantar um hino antes da Ceia do Senhor érecomendável. Acrescentar um hino depois seria ainda melhor. Talvez seiscânticos de Aleluia não fossem demais.

Capítulo 2

Salmos de Angústia e Arrependimento

Introdução

Os Salmos Penitenciais

(Salmos 6, 37, 38, 51, 143)

Lendo (para esta tarefa) os escritos no diário de Davi, que descrevem suaslutas com o pecado, descobri duas coisas. Primeiro, senti uma atitude diante dopecado que não me é familiar. Segundo, vi um padrão de pensamento emergirdos vários textos (Salmos 6, 37, 38, 51, 143).

I. A atitude de Davi diante do pecado

Ironicamente, é como pecador que vejo claramente Davi como um "homemsegundo o próprio coração de Deus." Se o coração de Deus é a purasantidade, então essa mesma santidade dirige Davi. Quando, em suainiqüidade, a repugnância de Davi ao que ele se tornou salta aos olhos. Nemdesculpas, nem justificativas, nem incriminações; só um absolutoesmagamento pela tristeza e a culpa. Davi sabe que sua rebelião afastou-o deDeus. Ele admite que está perecendo e não pode fazer nada pessoalmentepara reverter seu perigo. Não fale a Davi sobre uma "pequena impiedade";este conceito lhe é estranho, como o é a seu Deus! Se um verdadeiroentendimento de santidade e pecado define o coração divino, vejo Davirepousando nos aposentos interiores do coração de Deus.

II. O Padrão da Penitência

Ainda que todos os passos que eu discuto aqui não sejam encontrados emcada salmo examinado, vejo repetição suficiente para chamar a isto um padrão.

Confissão. Confissão significa "falar a mesma coisa". Ao confessar o pecado,dizemos sobre ele a mesma coisa que Deus diz dele. Daví é enfático em suasconfissões: seu pecado é sua morte. Ele se refere a debilitar-se fisicamente, aausência de paz de espírito, a proliferação dos inimigos externos, o isolamentototal da presença de Deus. Ele não tem ilusão de que Deus possa talvez terdeixado de ver sua desobediência, ou que ele possa utilizar um padrão de

julgamento sem rigor e aprovê-lo mesmo assim. Ele decepcionou ao Senhor eestá arrasado por isso.

Quando releio a descrição de seu pecado, por Davi, dou-me conta querealmente não conheço esta profundidade de sentimento. Não me recordo deser tão esmagado em espírito como foi Davi, quando ele pecou. Não possodesculpar isso baseado em que não fiz nada para merecer um esmagamentosemelhante. Pecado é pecado, e meus pecados são tão mortais para minhaalma como os dele foram para ele. Ah, se eu pudesse ver o pecado como Davie Deus o vêem! Se Deus me ajudar, verei.

III. A Confissão que produz Arrependimento

Não somente Davi confessa sua pecaminosidade, mas confessa também doisfatos sobre Deus. Primeiro, ele admite que Deus é justo. Ainda que Daviesteja sofrendo tremendamente nas mãos deste Deus, ele reconhece que issoé merecido. Deus, como Juiz e Carcereiro, é justo, e Davi não é alguémencarcerado indevidamente, como ele o vê. Quando o salmista roga pelalibertação da punição e da dor, é na base da justiça de Deus; ele pagou opreço, aprendeu suas lições e pede absolvição. Ele até se vale da justiça deDeus como o apoio de que precisa para recuperar seu favor.

Segundo, Davi confessa a amorosa bondade de Deus. Parece estranho queum homem, sendo assim esmagado por Deus, esteja elogiando seu amor.Ainda que pais freqüentemente falem de amor e punição na mesma frase("Porque eu te amo, estou te batendo"), nenhuma criança sob o castigoassociaria estas palavras uma a outra como Davi o faz. Davi sabe que Deus oama. Este é o único raio de esperança em toda sua escuridão. Como o Salmo130:3 o mostra, se Deus não amar, quem permanecerá?

Petição. Depois de confessar seu pecado, a justiça de Deus e o amor de Deus,Davi faz os seguintes pedidos:

"Limpa-me do pecado." Obviamente, se o pecado é o que o separa de Deus,ele quer que ele seja removido. Este desejo vem somente depois que eleconfessa claramente e tristemente o que fez de errado. O perdão não éconseguido onde não tenha sido buscado.

"Purifica-me para o serviço." Davi quer ser servo de Deus novamente. Em51:13 ele espera pelo tempo quando puder ajudar outros a se converterem aoseu Deus. Se Deus precisar de motivação para libertar Davi do seu castigo,aqui está ela. O penitente deseja voltar ao serviço do seu Mestre.

Davi também deseja a pureza que o capacitará a adorar efetivamente (51:14-15). Estou admirado com santos que honrarão Jeová publicamente duranteanos e então são expostos em algum pecado que o acompanha há muitotempo. Davi respeita e conhece Deus bem demais para tentar um tal jogo.Deus não pode ser enganado!

Conclusão

Estes salmos penitenciais mostram-me mais sobre meu pecado do que àsvezes quero saber. Mais do que isso, revelam um Deus digno de queabandonemos tudo que este velho mundo tem para oferecer, só paraaquecermo-nos em seu amor.

Capítulo 3

Salmos de Confiança eAdoraçãoIntrodução

Você, provavelmente, ouviu a história (talvez verdadeira, talvez não) do sujeitoque visitou uma igreja e, durante o sermão, continuava dizendo "Louva oSenhor!" sempre que um ponto especialmente bom era dito. Mais tarde, umirmão carrancudo apareceu e repreendeu-o, dizendo: "Olhe, não louvamos oSenhor por aqui!"

Ou, você alguma vez leu o relato de Davi dançando quando a arca era levadapara Jerusalém, e instintivamente teve a mesma reação que Mical? (Veja 2Samuel 6).

I. A Verdadeira Adoração

Os Salmos 95-100 (e talvez 103) compreendem um pequeno grupo de salmosde adoração. Eles parecem ter sido escritos especialmente para serem usadosna adoração pública no Templo. E que esplêndidos cânticos eles são! Elesoferecem louvor ao poder, glória, justiça e misericórdia de Deus, Dominadordas nações e Protetor de Israel.

Os Salmos 100 e 103 oferecem ambos supremo louvor a Jeová, mas dediferentes perspectivas. O Salmo 100, o mais curto destes cânticos deadoração, é um premente chamado para todas as nações da terra louvaremJeová. Eles deveriam vir diante dele com júbilo ruidoso deagradecimento. Este é, certamente, um forte contraste com muitos salmos nosquais o julgamento é dado às nações, mas ele ilustra claramente que Deus nãodeseja "que nenhum pereça, senão que todos cheguem ao arrependimento" (2Pedro 3:9).

II. O Supremo Louvor

O Salmo 100 é verdadeiramente universal em seu apelo ao homem todo opovo pertence a Jeová, como "rebanho do seu pastoreio". Ele guia e alimentatodos eles (Mateus 5:45). Antes de abençoar o nome dos ídolos vãos, elesdeveriam entrar nos pátios de Jeová com louvor e agradecimento.

A este respeito, note especialmente que o versículo 5 exalta a "misericórdia" deDeus. Misericórdia tem referência especial à bondade de Deus mantendo suasalianças. Ele na verdade manteve sua promessa de abençoar todas as naçõesatravés da semente de Abraão (Gênesis 12:1-3), e: "Reconheço, por verdade,que Deus não faz acepção de pessoas; pelo contrário, em qualquer naçãoaquele que o teme e faz o que é justo lhe é aceitável" (Atos 10:34).

Em contraste com o estilo formal e o apelo a todos os homens para adorarem,encontrados no Salmo 100, o Salmo 103 é pessoal e emocional. Escrito porDavi, é um dos mais belos de todo o livro.

O coração de Davi se comoveu quando ele contemplou o Senhor. ebradou: "Bendize, ó minha alma, ao Senhor, e tudo que há em mim bendiga aoseu santo nome." Se sua alma jamais foi estimulada pela meditação a proferirestas palavras, seu conhecimento de Deus e seu trabalho em sua vida estãoverdadeiramente empobrecidos. Talvez você precise gastar mais tempomeditando sobre a palavra de Deus e suas dádivas a você, e menos tempo emqueixar-se, discutindo com outros sobre suas faltas, ou procurando alcançarsatisfação material.

III. Bênçãos de Louvor ao Senhor

Neste Salmo, quatro grandes bênçãos são enumeradas para vocêconsiderar: Deus perdoa nossas iniqüidades, redime nossa vida da ruína,coroa-nos com misericórdia e benevolência, e satisfaz nossos desejos comboas coisas enquanto passamos pela vida. Que mais você quer? Como Tiagodiz: "toda boa dádiva e todo dom perfeito são lá do alto" (Tiago 1:17).

O quadro freqüentemente pintado em sermões sobre um Deus despeitado, queestá ansioso por destruir os homens pelo mais insignificante erro, é umamentira! Esteja certo de que Deus o julgará (18), mas ele está predisposto àmisericórdia, não à condenação (2 Pedro 3:9).

Enquanto encerramos, retornemos aonde começamos. Por que achamos difícilou pouco natural louvar a Deus? De todas as coisas erradas com as igrejas eos indivíduos hoje, a falta de louvor entusiástico e sincero pode ser a maisnotável. Ela afronta a Deus e nos danifica espiritualmente de váriosmodos. (Em si mesma, é um sintoma manifesto de fraqueza espiritual ou demorte.) Estou lembrado das palavras de abertura da profecia de Isaías: "O boiconhece o seu possuidor, e o jumento, o dono da sua manjedoura; mas Israelnão tem conhecimento, o meu povo não entende" (Isaías 1:3). Até mesmo seucão conhece quem cuida dele, e o lambe por isso. E você? Considera quemcuida de você?

Conclusão

Caia de joelhos e diga: "Bendize, ó minha alma, ao Senhor, e tudo o que háem mim bendiga ao seu santo nome!"

Capítulo 4SalmosMessiânicos

Introdução

Os Salmos Messiânicos

Os poetas hebreus incluíam os salmistas que compuseram cânticos de Israel,contendo gritos de adversidade e tragédia, hinos de triunfo e vitória, econfissões de pecado e arrependimento. Eles cantaram louvores a Jeová,exaltaram a História da nação, invocaram a vingança de Deus contra osmalfeitores, e clamaram pelo socorro do Senhor em tempos de angústia.

Mas, além das letras, da composição e execuções musicais, os salmistasrecebiam discernimento da natureza, da vida e do papel do Messias quehaveria de vir. Estes poetas eram, às vezes, profetas que, sendo dirigidos peloEspírito de Deus, contemplavam uma época ideal de domínio messiânico (Atos1:16; 2:30).

"Messias" corresponde ao hebraico ou aramaico para "Cristo", que por sua vezse traduz do grego como "o ungido". Alguma forma da palavra é usada váriasvezes nos Salmos para descrever a natureza do futuro guia de Israel. Ossalmistas, no papel de profetas, retratam o futuro Messias tão vividamentecomo quaisquer outros escritores do Velho Testamento, com a possívelexceção de Isaías. Eles cantam sua eterna existência, linhagem e humanidade,vida de adversidade, e morte, ressurreição, coroação e domínio à direita deDeus.

Pré-existência

Dois salmistas aludem à eterna existência e divindade do futuro rei. Davi abreo Salmo 110: "Disse o Senhor ao meu senhor: Assenta-te à minha direita"(110:1). Em confronto com os fariseus, Jesus, o próprio Messias, apela paraeste salmo para provar sua natureza eterna. Ele é mais do que umdescendente de Davi, porque neste Salmo Davi o chamou: "Senhor". ComoJesus argumenta: "Se Davi, pois, lhe chama Senhor, como é ele seu filho?"(Mateus 22:42-46). Muito antes que ele se tornasse filho de Davi na carne, oMessias, como Deus, era o Senhor de Davi. Ele é especialmente identificado

como Deus pelos filhos de Coré, que cantam sobre sua unção por Jeová: "Oteu trono, ó Deus, é para todo o sempre" (Salmo 45:6; Hebreus 1:8).

Encarnação

Entretanto o Ungido se tornou carne. Jeová, que ungiu e exaltou o príncipe queviria, tinha feito uma aliança com Davi: "Para sempre estabelecerei a tuaposteridade e firmarei o teu trono de geração em geração" e "um rebento datua carne farei subir para o teu trono" (Salmo 89:3-4; 132:11; Atos 2:30).

"O Senhor", "Ó Deus" - o Messias - seria também o filho de Davi; Ele habitariatemporariamente na carne, seria nascido de uma mulher, tornaria-se umparticipante de carne e sangue com os cidadãos do reino (veja João 1:14;Gálatas 4:4; Hebreus 2:14).

O Senhor de Davi iria tornar-se filho de Davi, nascido da tribo de Judá e dacasa de Davi. Quando ungiu Jesus para ser o Messias, Jeová cumpriu suaaliança com Davi para estabelecer sua semente e trono para sempre (vejaSalmo 89:20, 29, 34-37; Mateus 1:1-17; Lucas 1:31-33).

Vida

Os salmistas também cantam a vida do Messias, uma vida de adversidade. Asnações se enfureceriam contra ele, uma descrição das provações diante deHerodes e Pilatos na qual o povo clamava por sua morte (Salmo 2:1-3; Atos4:25-28).

Mesmo esta tragédia é excedida pela traição de um discípulo, um que oMessias tinha escolhido para ser um conservo, um que ele tinha trazido paraseu seio, um que se reclinava à sua mesa. Anos antes, um salmista afirma atraição nas palavras do próprio Ungido: "Até o meu amigo íntimo, em quem euconfiava, que comia do meu pão, levantou contra mim o calcanhar" (Salmo41:9). Jesus declara o cumprimento disto na "última ceia", quando ele ensopaum bocado com Judas, e o filho de Iscariotes se afasta da mesa e sai depressano escuro, para vender seu Senhor por trinta peças de prata (veja João13:18,26,27).

Morte

A máxima tragédia da vida, retratada pelo salmista, é o grito angustiado doMessias, quando abandonado por Deus: "Deus meu, Deus meu, por que medesamparaste?" O Ungido de Deus vê-se como um verme e não homem; ele é

ridicularizado quando o povo estende os beiços e balança suas cabeças; aangústia está próxima e ele não encontra ninguém para o socorrer (Salmo22:1,6,7,11; veja Mateus 27:46). Abandonado e entregue aos homensperversos pela determinada resolução e presciência de Deus, o Messias élevado para o "pó da morte". Ele é cercado por fortes touros que abriram paraele suas bocas, como leão voraz; sua vida é derramada como água, seusossos estão desconjuntados, seu coração derrete dentro dele, sua força sesecou como um caco e sua língua adere a sua boca. Seus inimigos furaramsuas mãos e pés, repartiram suas vestes e lançaram sortes sobre sua túnica(veja Salmo 22:12-18; veja Mateus 27:35).

Entretanto, o Messias tem a visão do Deus que o abandonou sempre à suadireita; nele encontra segurança e se regozija porque sua alma não é deixadana morte e sua carne não vê corrupção. Além do sofrimento e morte o ungidode Deus vive, reina, intercede pelo homem; retratos a serem vistos no próximoartigo.

Cânticos da Esperança

Cânticos de Sião, escritos e compostos por salmistas sobre o Messias, sãocânticos de esperança. Os cantores escreveram e cantaram a tragédia, arejeição e a morte do Ungido de Deus, porém não o desespero. Além do "póda morte" estão as expectativas de um rei triunfante que será um sacerdotesobre seu trono.

Esperança e Ressurreição

Os salmistas viram a alma do Messias partir para o reino invisível do Sheol esua carne descer à sepultura. Mas nem seu espírito, nem seu corpopermaneceriam entre os mortos (Salmo 16:10).

Os salmistas também viram o Ungido rejeitado por seus pares, como umapedra inadequada, rejeitada pelos construtores; entretanto, uma pedra que setornou a principal pedra angular - uma fundação para a casa espiritual de Deuse uma rocha de ofensa que esmaga até o pó os desobedientes (Salmo 118:22-23; Mateus 21:42, 44; 1 Pedro 2:4-7).

Enquanto as nações, com seus governantes, se enfurecem contra o Messias,bradando por sua morte, Jeová ri deles. Apesar da sentença de morte e daexecução do Ungido, Deus o assenta em seu santo monte de Sião

(Salmo 2:1-6).

A esperança dos salmistas encontra cumprimento na ressurreição do Santo deDeus. O apóstolo Pedro, no Pentecostes, apela para os Filhos de Coré, quecantaram a ressurreição, que nem foi deixado na morte, nem a sua carne viu acorrupção (Salmo 16:10; Atos 2:27-31). O apóstolo Paulo cita o mesmo salmoem Antioquia da Pisídia, para afirmar a ressurreição de Jesus, mas tambémchama Davi a testemunhar: "como também está escrito no Salmo segundo: Tués meu Filho, eu, hoje, te gerei" (Salmo 2:7; Atos 13:33-37).

Ascensão e Reinado

Além da ressurreição, os cantores de Israel têm a visão do reinado do Messias.Os salmistas, contudo, não o vêem como um domínio na terra, mas à mãodireita de Deus. Jeová fala ao Senhor de Davi, o Messias e o rei que viria,sobre seu domínio no céu: "Assenta-te à minha direita, até que eu ponha osteus inimigos debaixo dos teus pés" (Salmo 110:1)

Pedro emprega estas palavras de Davi para descrever a ascensão de Jesusaos céus, à direita de Jeová. Ali, o apóstolo conclui, ele foi feito "Senhor eCristo" (Atos 2:33-36). E Deus, do trono celestial, envia o cetro da sua força eo Senhor domina no meio de seus inimigos. Ali, à direita de Deus, o ungidofere os reis "no dia da sua ira" (Salmo 110:5).

As nações se tornam a herança do Messias e as mais distantes partes da terrasua possessão. Ele domina com o cetro de ferro e quebra as nações e asdespedaça como um vaso de oleiro (Salmo 2:7-9). O céu é o trono do Ungidoatravés das eras, um cumprimento da promessa e aliança com Davi, de queum descendente dele se sentaria em seu trono para sempre (Salmo 89:3-4;132:11).

No final, o Messias nasceu e ressuscitou dos mortos. O Filho do Altíssimo,proclamou Gabriel no seu nascimento, receberá o trono de seu pai Davi,reinará sobre a casa de Jacó para sempre, e seu reinado não terá fim (Lucas1:31-33). Isto Deus cumpriu, de acordo com Pedro, quando elevou-o à suadireita, muito acima dos principados, potestades e domínios (Atos 2:30-36; vejaEfésios 1:20-21).

Sacerdote e Intercessão

Davi, o doce cantor de Israel, prevê, como o faz o profeta Zacarias, o rei comoum sacerdote em seu trono: "O Senhor jurou e não se arrependerá: Tu éssacerdote para sempre, segundo a ordem de Melquisedeque" (Salmo 110:4;veja Zacarias 6:12-13)

Ele é um sacerdote que, primeiro de tudo, tinha a si mesmo para oferecer.Quando Jeová rejeitou os sacrifícios e não tinha mais prazer em oferendasqueimadas, o Messias foi o voluntário: "Eis aqui estou . . . agrada-me fazer atua vontade, ó Deus meu. . . ." (Salmo 40:7-8). Jeová preparou-lhe um corpono qual ele foi oferecido, de "uma vez por todas" pelos pecados do mundo (vejaHebreus 10:5-10; 9:23-26).

E, como um "sacerdote para sempre, segundo a ordem de Melquisedeque",seu sacerdócio é "imutável", baseado no poder de uma vida "indissolúvel"; elevive "sempre para interceder" pelos santos (Hebreus 7:17, 24-25).

Conclusão

Os salmos messiânicos abrangem as eras eternais, vendo o Ungido comoDeus que se tornou homem, como homem que foi tragicamente rejeitado emorto e como Senhor que foi exaltado aos céus de onde veio. Ali, como rei esacerdote, ele consuma o plano de Jeová para as eras. Que história! QueSalvador! E quão lindamente contada nos versos e composições dos antigoscantores em Israel.