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SUBINDO A BETEL Página 1 Textos: Gênesis 35:1-15; 28:10-12 I. A VISÃO DE BETEL – A CASA DE DEUS (Gn.28:10-22) Quando Jacó estava fugindo da casa do seu pai, ele passou por um lugar em que ele mesmo chamaria de Betel, porque ali ele teve uma experiência extraordinária com Deus. “Na verdade, Deus está neste lugar, e eu não o sabia... Quão temível é este lugar! É a casa de Deus, a porta dos céus” (28:17). Betel – Casa de Deus – lugar da presença de Deus – a porta dos céus. Em Betel Jacó recebeu de Deus, a garantia de que não estaria sozinho na sua jornada. Em Betel, Jacó entendeu que Deus não era limitado como os demais ídolos dos povos. Ele não estava somente na casa de Isaque seu pai. Ele era onipresente. Estava também junto dele para sustentá-lo naquela jornada. Temos a promessa da multiplicação e da conquista É o lugar da promessa da conquista e da multiplicação. Foi ali que Deus prometeu a Jacó que ele seria pai de multidões, e que a terra na qual ele estava seria da sua descendência; Em Betel, Deus fez a Jacó promessas incondicionais e mostrou que ele era um escolhido seu desde o ventre da sua mãe para ser herdeiro das bênçãos prometidas a Abraão e a Isaque (Gn.25:23; 28:13b-14). Betel, por ser a Casa de Deus é também o lugar do sobrenatural, do assombroso, do maravilhoso. Jacó tem este deslumbramento. “Quão temível é este lugar...”. Ele faz um voto ao Senhor. A pedra que Jacó tinha usado como travesseiro, ele fez uma coluna, e entornou azeite sobre ela, e fez um voto a Deus: A. O que Jacó queria de Deus: - Que fosse com ele; - Que o guardasse em sua jornada; - Que lhe desse alimento e vestuário; - Que voltasse em paz para a sua casa; B. O que Jacó faria: - Jacó o reconheceria como o seu Deus pessoal; - Ele estaria edificando um local de culto a Deus no lugar da coluna sobre a qual ele derramara azeite; - Daria o dízimo de tudo quando o Senhor lhe desse; II. PERDENDO A VISÃO DE BETEL (Gn. 34) Depois da visão de Betel, Jacó foi para Harã, e lá ficou por mais de quatorze anos morando com o seu tio Labão. Após esses anos, Deus mandou que Jacó regressasse a Canaã. Ele obedeceu e, juntando a sua família e os bens que adquirira em Harã, voltou para Canaã. É nessa ocasião que ele luta com um anjo em Peniel para conseguir a bênção da reconciliação com o irmão Esaú. Após conseguir mais esta bênção, Jacó e a sua família passaram o Jordão e entraram em Canaã. Deus havia cumprido tudo o que Jacó tinha lhe pedido no voto em Betel: 1) Esteve sempre com Jacó; 2) Guardou-o em toda a sua jornada; 3) Deu-lhe riquezas; 4) Trouxe-o em paz para a terra do seu pai, livrando-o do ódio do seu irmão Esaú. Jacó, no caminho para Betel, passa em Siquém, e lá permanece Siquém era uma cidade de Canaã habitada por heveus, um dos muitos povos que habitavam em Canaã. Esses povos eram descendentes de Cam, filho de Noé. Cam foi o personagem que desrespeitou a Noé, seu pai, vendo a sua nudez. Por isso, Noé amaldiçoou a Canaã, filho de Cam. Portanto, os heveus que habitavam em Siquém eram uma descendência de amaldiçoados, de pessoas irreverentes e imorais, que não souberam respeitar o próprio pai. Siquém ficava entre Peniel e Betel, na metade do caminho. Jacó acomodou-se naquele lugar, e perdeu a visão de Betel, a casa de Deus, e da necessidade de ali cumprir o voto que lhe fizera. A falta de perseverança de Jacó, colocou a sua família em sério risco; Quando perdemos a visão de Betel, nós perdemos também a identidade de povo de Deus Em Siquém, a filha de Jacó, Dinah, é desonrada. SUBINDO A BETEL

Subindo a betel

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SUBINDO A BETEL Página 1

Textos: Gênesis 35:1-15; 28:10-12

I. A VISÃO DE BETEL – A CASA DE DEUS (Gn.28:10-22)

Quando Jacó estava fugindo da casa do seu pai, ele passou por um lugar em que ele mesmo chamaria de Betel, porque ali ele teve uma experiência extraordinária com Deus.

“Na verdade, Deus está neste lugar, e eu não o sabia... Quão temível é este lugar! É a casa de Deus, a porta dos céus” (28:17).

Betel – Casa de Deus – lugar da presença de Deus – a porta dos céus.

Em Betel Jacó recebeu de Deus, a garantia de que não estaria sozinho na sua jornada.

Em Betel, Jacó entendeu que Deus não era limitado como os demais ídolos dos povos. Ele não estava somente na casa de Isaque seu pai. Ele era onipresente. Estava também junto dele para sustentá-lo naquela jornada.

Temos a promessa da multiplicação e da conquista

É o lugar da promessa da conquista e da multiplicação. Foi ali que Deus prometeu a Jacó que ele seria pai de multidões, e que a terra na qual ele estava seria da sua descendência;

Em Betel, Deus fez a Jacó promessas incondicionais e mostrou que ele era um escolhido seu desde o ventre da sua mãe para ser herdeiro das bênçãos prometidas a Abraão e a Isaque (Gn.25:23; 28:13b-14).

Betel, por ser a Casa de Deus é também o lugar do sobrenatural, do assombroso, do maravilhoso. Jacó tem este deslumbramento. “Quão temível é este lugar...”. Ele faz um voto ao Senhor.

A pedra que Jacó tinha usado como travesseiro, ele fez uma coluna, e entornou azeite sobre ela, e fez um voto a Deus:

A. O que Jacó queria de Deus:- Que fosse com ele;- Que o guardasse em sua jornada;- Que lhe desse alimento e vestuário;- Que voltasse em paz para a sua casa;

B. O que Jacó faria:- Jacó o reconheceria como o seu Deus

pessoal;- Ele estaria edificando um local de culto a

Deus no lugar da coluna sobre a qual ele derramara azeite;

- Daria o dízimo de tudo quando o Senhor lhe desse;

II. PERDENDO A VISÃO DE BETEL (Gn. 34)

Depois da visão de Betel, Jacó foi para Harã, e lá ficou por mais de quatorze anos morando com o seu tio Labão. Após esses anos, Deus mandou que Jacó regressasse a Canaã. Ele obedeceu e, juntando a sua família e os bens que adquirira em Harã, voltou para Canaã. É nessa ocasião que ele luta com um anjo em Peniel para conseguir a bênção da reconciliação com o irmão Esaú. Após conseguir mais esta bênção, Jacó e a sua família passaram o Jordão e entraram em Canaã. Deus havia cumprido tudo o que Jacó tinha lhe pedido no voto em Betel: 1) Esteve sempre com Jacó; 2) Guardou-o em toda a sua jornada; 3) Deu-lhe riquezas; 4) Trouxe-o em paz para a terra do seu pai, livrando-o do ódio do seu irmão Esaú.

Jacó, no caminho para Betel, passa em Siquém, e lá permanece

Siquém era uma cidade de Canaã habitada por heveus, um dos muitos povos que habitavam em Canaã. Esses povos eram descendentes de Cam, filho de Noé. Cam foi o personagem que desrespeitou a Noé, seu pai, vendo a sua nudez. Por isso, Noé amaldiçoou a Canaã, filho de Cam. Portanto, os heveus que habitavam em Siquém eram uma descendência de amaldiçoados, de pessoas irreverentes e imorais, que não souberam respeitar o próprio pai.

Siquém ficava entre Peniel e Betel, na metade do caminho. Jacó acomodou-se naquele lugar, e perdeu a visão de Betel, a casa de Deus, e da necessidade de ali cumprir o voto que lhe fizera.

A falta de perseverança de Jacó, colocou a sua família em sério risco;

Quando perdemos a visão de Betel, nós perdemos também a identidade de povo de Deus

Em Siquém, a filha de Jacó, Dinah, é desonrada.

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Dinah não estava informada a respeito dos maus costumes do povo no meio do qual estavam agora vivendo. Em Harã, de onde viera sua família, as mulheres desfrutavam de melhor segurança para sair a campo sozinhas, tanto que sua avó Rebeca, e sua tia Raquel eram pastoras de ovelhas em Harã. Ao querer sair sozinha para ver as amigas daquela terra, viu-a Siquém, que era príncipe naquele lugar, e a estrupou, e depois quis casar-se com ela.

O pai de Siquém, Hamor, pede Dinah em casamento para o seu filho, e se dispõe a pagar qualquer preço pelo dote da noiva (v.12). Porém, a proposta total que Hamor, pai de Siquém fez, ameaçou a família de Jacó de ser assimilada pelos cananeus. O pensamento era que eles se tornassem um só povo: “Aparentai-vos conosco, dai-nos as vossas filhas e tomai as nossas; habitareis conosco, a terra estará ao vosso dispor; habitai e negociai nela e nela tendes possessões” (vv.9-10).

Se aquela união acontecesse, poderia significar o início de um aparentamento geral entre os israelitas e os heveus de Siquém, e a integração dos bens e das terras dos dois povos.

O inimigo aqui tinha criado uma verdadeira armadilha: provocou o estupro à filha de Jacó, e agora acena com uma reconciliação através de uma indenização e um casamento. Se aceitasse o casamento, correr-se-ia o risco de um aparentamento com um povo amaldiçoado. Se não aceitasse o casamento, Jacó teria que arcar com as consequências de ver a sua única filha desonrada em sua casa e marcada para sempre por uma tragédia. Humanamente falando, talvez fosse melhor Jacó consentir no casamento. Poderia dizer que estava pensando na família.

A proposta de Hamor, era um total desvio do propósito que Deus tinha em relação aos israelitas. Ao invés de ser bênção para todas as famílias da terra, eles seriam influenciados a tal ponto de não mais existir como povo.

Quando perdemos visão de Betel, a casa de Deus, deixaremos de ser cabeça, e seremos cauda. Deixaremos de influenciar, e seremos influenciados. Perderemos o nosso sabor, e brilho de nossa luz. Nos acomodaremos, nos acovardaremos e deixaremos de ser povo do Senhor;

Nós não nos deixaremos enganar ou seduzir pelas propostas do inimigo. Subiremos a Betel. Seremos fiéis ao chamado do nosso Deus para sermos cabeça das nações;

Quando perdemos a visão de Betel, nos veremos também nos mesmos apertos que pensávamos já estar superados

Os filhos de Jacó, a princípio, fingiram concordar com a união com a condição de que os homens de Siquém se submetessem à circuncisão. Porém, estavam usando de ardil e engano para vingar-se do ato cometido contra a sua irmã Dinah. Não desconfiando de nada, Siquém e Hamor convenceram os homens da sua cidade a se circuncidar. Porém, quando fizeram isso, Simeão e Levi aproveitaram a oportunidade e, durante a noite, entraram na cidade e mataram todos os homens, inclusive Siquém e Hamor, e tiram a sua irmã de lá.

Os filhos de Jacó usam de engano, semelhante ao pai no passado. Da mesma forma como o pai procedeu no passado, eles procederam agora.

Colhemos aquilo que semeamos, cedo ou tarde. Esta lei espiritual não falha.

Após matar os homens que eram aptos para a guerra, os filhos de Jacó eles se entregaram ao saque e à pilhagem;

Diante daqueles acontecimentos, Jacó expressa o seu temor aos seus filhos Simeão e Levi: “Vós me afligistes e me fizeste odioso aos moradores da terra, entre os cananeus e os ferezeus; sendo nós pouca gente, reunir-se-ão contra mim, e serei destruído, eu e a minha casa” (v.30).

Jacó se vê num aperto semelhante ao que passara quando esteve em Peniel: A ameaça de destruição tanto dele quanto de toda a sua família.

Era de se esperar que Jacó não mais passasse por esse tipo de problema após a sua experiência em Peniel. No entanto, ele volta a Ter o mesmo tormento, a mesma situação de angústia.

Quantos, depois que passaram por Peniel, onde tiveram um encontro com Deus, voltaram às mesmas dificuldades e problemas de antes dessa experiência. Se vêem envolvidos nas mesmas dificuldades, ameaçados pelo inimigo, impotentes diante das suas pressões.

Quando perdemos a visão de Betel, o pecado começa a ser tolerado e não mais odiado

Jacó deixou de exercer a sua autoridade espiritual, e permitiu que os próprios filhos assumissem o controle das situações. Nas negociações com Hamor, Jacó é uma figura

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apagada. Ele permite que seus filhos coloquem as suas próprias condições sem questionar.

Não podemos, em momento algum, abrir mão da nossa autoridade espiritual. O inimigo saberá tirar proveito dessa situação para nos envergonhar

Jacó também tolerou a idolatria dentro da sua casa. Ele abriu as portas da sua casa para que a maldição entrasse por elas. Veja o que diz a Bíblia:

Deuteronômio 7:26: “Não meterás, pois, coisa abominável (condenada ou proibida) em tua casa, para que sejas amaldiçoado, semelhante a ela; de todo, a detestarás e, de todo, a abominarás, pois é amaldiçoada”.

Quando nos consagramos somente pela metade, a outra metade estará comprometido com o diabo, e é tudo o que ele quer: uma brecha para poder destruir-nos e trazer-nos a derrota. O diabo começa com as coisas pequenas. Porém, são estas coisas que nos trarão prejuízo espiritual.

III. DEUS NOS DÁ A DIREÇÃO PARA QUE SUBAMOS A BETEL (Gn. 35:1-5)

No profundo do seu agudo sofrimento espiritual, devido, em primeiro lugar, à desonra de Dinah e aos crimes de seus filhos contra Siquém, Deus fala novamente a Jacó: “Disse Deus a Jacó: Levanta-te, sobe a Betel e habita ali; faze ali um altar ao Deus que te apareceu quando fugias da presença de Esaú, teu irmão” (35:1)

Nos momentos de crises, quando perdemos os nossos referenciais e a nossa direção, poderemos contar com a direção de Deus – Ele sempre nos dará a direção correta A ordem era incisiva e simples. Jacó deveria subir a Betel e adorar a Deus cuja única expressão exterior seria um altar. A visita a Betel seria muito importante porque ali foi o lugar em que Deus aparecera a Jacó pela primeira vez.

”Habita ali...” Em Betel é o lugar onde Deus quer que habitemos;

“Faze ali um altar...” Em Betel é o lugar onde Deus quer que o adoremos;

Habitar em Betel para ali adorar ao Senhor que nos salva e nos liberta da perseguição do nosso inimigo, deve ser o nosso anseio mais profundo.

Para subir a Betel é necessário a santificação

Betel é a casa de Deus. Para habitar na casa de Deus e permanecer na sua presença para adorá-lo, precisamos estar com a vida santificada e consagrada a Ele. O salmista perguntou: Salmos 24: 3-4 “Quem subirá ao monte do

Senhor? Quem há de permanecer no seu lugar santo lugar?” Ele mesmo respondeu: “O que é limpo de mãos e puro de coração, que não entrega a sua alma à falsidade, nem jura dolosamente”.

Jacó teve que preparar a ele e à sua família para que subissem a Betel.

Assumiu o controle da situação e a sua liderança espiritual sobre a sua casa;

Procurou fechar as legalidades abertas: “Lançai fora os deuses estranhos que há no meio de vós...”

Que tipo de “deuses estranhos” ainda permanecem em sua vida? São coisas que ocupam o lugar da verdadeira adoração que deve ser dada somente a Deus. Tudo o que impede a sua total consagração ao Deus único e verdadeiro, torna-se um ídolo. Tudo aquilo que rouba a atenção e a devoção que devem ser dadas ao nosso único Deus, torna-se um “deus estranho”.

Exigiu a purificação: “purificai-vos...”: É a separação daquilo que é impuro e que contamina. No caso aqui, dos ídolos:

O contato prolongado com a imundície do pecado traz uma contaminação espiritual. E, ao se eliminar a prática do pecado, é necessário uma luta pessoal para vencer a inclinação da carne que nos tentará a que voltemos às práticas antigas de pecados já abandonados. “Purificai-vos...” – demanda uma iniciativa pessoal. Deus conta com a nossa vontade para que derrotemos as contaminações que o pecado deixou em nós.

Exigiu também a mudança das vestes: “mudai as vossas vestes...” : uma nova postura diante de Deus:

É preciso estar determinado em andar em novidade de vida. Não podemos mais nos vestir com os farrapos da nossa antiga vida e nem ter os mesmos procedimentos de outrora.

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Tomou o propósito de levantar: “...Levantemo-nos...” É preciso disposição para levantar do lugar

no qual nos acomodamos e nos resignamos. Antes de subir de a Betel, é necessário Ter ânimo de se levantar. Não podemos ficar sentados lamentando a sorte. Somente os que se levantam poderão triunfar sobre os inimigos.

Mostrou um firme propósito de subir a Betel para ali adorar ao Senhor: “Subamos a Betel. Farei ali um altar ao Deus que me respondeu no dia da minha angústia e me acompanhou no caminho por onde andei...”

A situação de aperto que Jacó estava vivendo naquele momento fez com que ele se recordasse de Betel – de que ali foi o lugar onde Deus se manifestara a ele em outra situação de angústia quando fugia do seu irmão Esaú. Agora, ele sentia necessidade de adorar ao Senhor em Betel e cumprir com o voto que lhe fizera;

Muitas vezes Deus permitirá que estejamos em aperto para que nos despertemos da nossa acomodação e venhamos a assumir a posição que Ele requer de nós.

A santificação restaura a nossa autoridade

As pessoas com as quais convivemos terão respeito por nós

A família de Jacó obedeceu prontamente ao seu apelo: “Então deram a Jacó todos os deuses estranhos que tinham em suas mãos, e as arrecadas que estavam em suas orelhas...” (35:4)

Quando buscamos a santificação em nossa vida, Deus será conosco e a nossas palavras terão autoridade.

Precisamos ter a coragem de tomar as decisões certas. A acomodação com o pecado e a frouxidão moral levará o inimigo a ter vantagens sobre nós e a nossa liderança será desqualificada;

Precisamos entender ainda que a nossa autoridade não virá em virtude dos nossos títulos, ou da nossa posição social e nem do papel que temos em nossa família. Virá do nosso compromisso com Deus e da nossa santificação

Os nossos inimigos irão temer-nos

Após a sua santificação, Jacó e sua família partiram de Siquém rumo a Betel, e os seus

inimigos tiveram medo deles: “E partiram, e o terror de Deus foi sobre as cidades que estavam ao redor deles, e não seguiram após os filhos de Jacó” (35:5)

Quando nos santificamos, Deus fará com que os nossos inimigos tremam diante de nós.

Nada poderá resistir-nos. Os nossos inimigos serão derrotados diante de nós;

Deus quer que subamos a Betel para que ali tenhamos um reencontro com ele

Neste reencontro em Betel nós edificaremos o altar da adoração ao nosso Deus:“Edificou ali um altar, e chamou aquele lugar El-Betel” (35:7):

É na adoração que cumprimos o propósito da nossa existência: “Edificou ali um altar”.

Adorar é beijar. É prostrar-se diante do belo, do glorioso, do assombroso e do majestoso. É admiração, é deslumbramento diante do podere da bondade de um Deus que nos ama.

O anseio mais profundo do ser humano é a adoração. Fomos criados com este propósito por Deus. Quando adoramos a Deus podemos apropriar-nos de tudo o que ele é.

Muitas vezes deixamos de cultuar e de adorar a Deus com todo o nosso coração. As preocupações da vida, a presença do pecado, cadeias de amarguras e ressentimentos, impedem o nosso culto e a nossa adoração ao nosso Deus. Porém, em Betel, o altar do culto e da adoração será restaurado. Desfrutaremos da presença de Deus através da adoração. É esta adoração que trará a presença de Deus.

A adoração envolve tudo o que temos e somos. O nosso corpo, alma e espírito são mergulhados inteiramente na grandeza do nosso Deus.

É nesta adoração a Deus que podemos voltar a desfrutar da intimidade da sua casa“...E chamou aquele lugar El-Betel” (35:7)

Betel – Casa de DeusEl-Betel – Deus da Casa de Deus

Quando adoramos a Deus, podemos desfrutar da sua presença na sua casa. Casa é lugar de habitação, de proteção, de abrigo, de aconchego. É também lugar da intimidade e da provisão. É o lugar do conforto e do consolo das lutas e das

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tribulações que muitas vezes enfrentamos nesta vida. Por isso, em Betel nós somos curados e restaurados para um tremendo propósito de Deus. Em Betel, todos os temores e dúvidas deixam de existir porque podemos ouvir claramente a voz de Deus.

Salmos 23:5-6 “Preparas uma mesa perante mim... habitarei em tua casa por longos dias”.

É na adoração que podemos ser levados à sala do banquete do nosso Deus:

Cantares 2:4 “Levou-me à sua sala de banquete. Sua bandeira sobre mim era o amor”.

Deus quer que estejamos em sua casa, o lugar do seu abrigo, do seu esconderijo para que sempre desfrutemos do seu cuidado e tenhamos a sua proteção.

É neste reencontro em Betel que Deus confirmará a transformação em nosso caráter:“Disse-lhe Deus: O teu nome é Jacó, mas não te chamarás mais Jacó. Israel será o teu nome. E lhe chamou Israel” (35:10)

Em Peniel, o nome de Jacó já tinha sido mudado para Israel. Aqui, Deus confirma essa nova realidade.

Peniel tinha sido uma preparação para que Jacó subisse a Betel. A sua permanência em Siquém foi um retrocesso para Jacó. Ele voltou a abrir legalidades em sua vida e em sua família. Será que ele tinha se esquecido de quem ele era? Ele não era mais Jacó, e sim Israel.

Muitos de nós, depois que passamos por Peniel, depois que tivemos o nosso nome mudado, voltamos com algumas das legalidades de antes. Porém, o propósito de Deus para conosco é firme. Deus não volta atrás, ainda que vacilemos muitas vezes. Ele nos deu um novo nome, e nos chama por esse novo nome. Agora, precisamos entender essa nova realidade e andar de acordo com ela. Deus já nos capacitou com uma nova vida. Devemos viver agora de acordo com ela. Ef.4:22-5:9 IICo.5:17: “Portanto, se alguém está em

Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram, tudo se fez novo”.

É neste reencontro em Betel que recebemos a unção para a multiplicação:

“Eu sou El-Shaddai. Frutifica-te e multiplica-te. Uma nação, sim, uma multidão de nações sairão de ti, e reis procederão dos teus lombos. A terra que eu dei a Abraão e a Isaque, a ti a darei; também à tua descendência depois de ti a darei” (35:11-12)

Uma das maneira pelas quais Deus se revelava ao seu povo, era através do seu nome. O nome fala da personalidade, daquilo que somos. Quando Deus se revela com um nome, ele está falando da sua personalidade, daquilo que ele é

El-Shaddai: “Deus Todo-Poderoso” – o que pode todas as coisas.

Deus ainda não tinha se revelado pessoalmente a Jacó com este nome. Somente a Abraão e a Isaque. E este nome sempre esteve ligado ao poder que Deus dá para a multiplicação e para a conquista: Gênesis 17:1-2 Gênesis 28:1-4 Gênesis 48:3-4

Aqui em Betel, Deus também diz à sua igreja: “Eu sou El-Shaddai, o Todo-Poderoso, o Deus que te dá poder para a multiplicação, para que sejas uma multidão de povos, e para que possuas a terra em que habitas”.

Deus é o Todo-Poderoso, aquele que transformará as nossas fraquezas em poder, que curará a nossa esterilidade espiritual e nos fará frutificar e multiplicar abundantemente

Neste reencontro entenderemos que Betel precisa estar sempre presente em nossas vidas: “Jacó erigiu uma coluna de pedra no lugar onde Deus lhe falara, e derramou sobre ela uma libação; deitou-lhe também azeite” (35:14);

A coluna levantada por Jacó mostra a importância de Betel em sua vida;

- A libação derramada por Jacó mostra a sua gratidão a Deus por aquilo que Betel significava em sua vida: Gênesis 48:3-4

As libações eram ofertas de vinho derramado perante Deus, e posteriormente, quando Deus deu as suas leis ao seu povo no deserto de Sinai, as libações foram designadas como ofertas de cheiro suave ao Senhor. As libações, portanto, eram as ofertas agradáveis a Deus, pois eram as ofertas de gratidão do seu povo.

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- O azeite testifica da importância da unção de Betel que agora estava sobre a sua vida. Betel é o lugar onde a unção está

presente, porque a casa de Deus é lugar de unção. Nesse lugar a sua vida é ungida por Deus, porque é a unção dele que fará diferença em sua vida, e que lhe dará sempre vitória.

CONCLUSÃO

Betel é a casa de Deus, é o lugar da sua presença, e onde ele habita. Deus quer que subamos à sua casa para que desfrutemos da comunhão e da vida que somente ele pode dar. Betel significa para nós não um lugar, mas uma posição na nossa vida com Deus.

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- O azeite testifica da importância da unção de Betel que agora estava sobre a sua vida. Betel é o lugar onde a unção está

presente, porque a casa de Deus é lugar de unção. Nesse lugar a sua vida é ungida por Deus, porque é a unção dele que fará diferença em sua vida, e que lhe dará sempre vitória.

CONCLUSÃO

Betel é a casa de Deus, é o lugar da sua presença, e onde ele habita. Deus quer que subamos à sua casa para que desfrutemos da comunhão e da vida que somente ele pode dar. Betel significa para nós não um lugar, mas uma posição na nossa vida com Deus.