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Universo planadores Parte 2 Os melhores planadores do planeta também estão nos céus do Brasil Texto Cláudia Terra #cmdterra Esta matéria está disponível na edição 3 da Revista Aviação & Mercado. Acesse grátis e confira essa e outras matérias exclusivas. www.yumpu.com/pt/document/view/56255178/aviacao-e-mercado-revista-3 O voo à vela é o voo puro, levado pelas correntes de ar ascendentes, as térmicas. É um voo livre de interferências de motores, exceto nas decolagens, quando o planador precisa de uma ajudinhapara elevar-se, que na grande maioria dos casos vem de um avião rebocador. Mas alguns planadores já têm o seu próprio meio de propulsão para se lançarem em voo; esses são os motoplanadores, o top da evolução dessas majestosas máquinas de asas gigantescas e elegantes. Alem disso, a evolução tecnológica e de designer dos planadores atuais são mudanças marcantes nessas aeronaves. Os melhores planadores, tanto de competição quanto de recreio, são europeus, onde há milhares de praticantes e centenas de grandes empresas fabricantes. Países como a Alemanha, Polônia, têm os melhores. Apesar de ainda o velovelismo ser pouco difundido no Brasil, o voo à vela já pousou por aqui há muitos anos. Um dos pioneiros do voo à vela no país é o alemão Hendrich Kurt. Em 1942, Hendrich Kurt construiu nas oficinas do Aeroclube de Bauru o Zoegling, um planador de desenho alemão, batizado de “Arildo Soares”, em homenagem a um entusiasta bauruense da aviação e tesoureiro do Aeroclube de Bauru na época. Idêntico em forma e dimensão ao modelo original, Kurt utilizou apenas material nacional na sua confecção. Esse planador tinha asa alta e não possuía cabine fechada, e o piloto ia ao ar livre. O planador era rebocado por camioneta, decolava entre 50 e 60 km/h e conseguia atingir velocidade de 80 km/hora. Seu primeiro voo foi realizado em 5 de setembro de 1942. O planador recebeu o apelido de “canguru” e fez sucesso

Universo planadores – Parte 2 – Os melhores planadores do planeta também estão nos céus do Brasil

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Universo planadores – Parte 2 – Os melhores planadores do planeta

também estão nos céus do Brasil

Texto Cláudia Terra #cmdterra

Esta matéria está disponível na edição 3 da Revista Aviação & Mercado.

Acesse grátis e confira essa e outras matérias exclusivas.

www.yumpu.com/pt/document/view/56255178/aviacao-e-mercado-revista-3

O voo à vela é o voo puro, levado pelas correntes de ar ascendentes, as térmicas. É um

voo livre de interferências de motores, exceto nas decolagens, quando o planador

precisa de uma “ajudinha” para elevar-se, que na grande maioria dos casos vem de

um avião rebocador. Mas alguns planadores já têm o seu próprio meio de propulsão

para se lançarem em voo; esses são os motoplanadores, o top da evolução dessas

majestosas máquinas de asas gigantescas e elegantes. Alem disso, a evolução

tecnológica e de designer dos planadores atuais são mudanças marcantes nessas

aeronaves. Os melhores planadores, tanto de competição quanto de recreio, são

europeus, onde há milhares de praticantes e centenas de grandes empresas

fabricantes. Países como a Alemanha, Polônia, têm os melhores.

Apesar de ainda o velovelismo ser pouco difundido no Brasil, o voo à vela já pousou

por aqui há muitos anos. Um dos pioneiros do voo à vela no país é o alemão Hendrich

Kurt. Em 1942, Hendrich Kurt construiu nas oficinas do Aeroclube de Bauru o Zoegling,

um planador de desenho alemão, batizado de “Arildo Soares”, em homenagem a um

entusiasta bauruense da aviação e tesoureiro do Aeroclube de Bauru na época.

Idêntico em forma e dimensão ao modelo original, Kurt utilizou apenas material

nacional na sua confecção. Esse planador tinha asa alta e não possuía cabine fechada,

e o piloto ia ao ar livre. O planador era rebocado por camioneta, decolava entre 50 e

60 km/h e conseguia atingir velocidade de 80 km/hora. Seu primeiro voo foi realizado

em 5 de setembro de 1942. O planador recebeu o apelido de “canguru” e fez sucesso

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nos céus de Bauru-SP. Com a fábrica montada nas oficinas do Aeroclube de Bauru, logo

teve o aprendizado da modalidade. Hendrich. Kurt era um homem simples, duro e de

compleição robusta, forte, com seu coração maior do que o próprio corpo. Ele criou

um dos mais competentes centros de formação de pilotos volovelistas do país,

atraindo legiões de jovens que, mais tarde, participaram e viveram verdadeiras

histórias na aviação brasileira, seja no ar, no espaço ou na indústria aeronáutica. Para

manter viva a memória de Kurt, o Aeroclube de Bauru realiza, anualmente, a Prova

Kurt, uma competição de voo à vela que reúne dezenas de competidores, todo início

de temporada, na cidade de Bauru. Dos primórdios do voo à vela, aos tempos atuais,

ainda há alguns clássicos planadores, como o Quero Quero e Nhapecan, fabricados

pelo IPE Aeronaves, que ainda estão entre os mais usados no Brasil; dentre os

planadores de aeroclube, e os planadores particulares, o Jantar Standart, de fabricação

polonesa, está entre os mais usados nas competições por aqui.

O desenvolvimento do SZD-41 Jantar Standart foi relativamente rápido. Isso se deveu

ao uso da unidade de fuselagem e cauda do SZD-38 Jantar 1 e montagem de 15m asas

de extensão, de acordo com a especificação de classe padrão. O protótipo SZD-41,

limitado a 235 km/h, sem lançamento guincho ou acrobacias, voou pela primeira vez

em outubro de 1973, pilotado por Adam Zientek. Os dois protótipos, – (número de

construção X-110) / SZD-41-1 SP-2685 e SZD-41-2 SP-2686 (c / n X-111) – foram

inseridos nos 1974 campeonatos do mundo de deslizamento em Waikerie, na

Austrália, tomando lugares 3 e 7 na classe padrão. Em 1976, a Reyskale, na Finlândia,

SZD-41As levou lugares 4, 6 e 18 do deslizamento Campeonato Classe padrão mundial.

Resultados da competição e testes de voo aferidos mostraram que o SZD-41A era mais

ou menos igual aos concorrentes diretos, como o Padrão Cirrus Schempp-Hirth e

Schleicher ASW 19. O SZD-41A Jantar Standard foi construído principalmente de resina

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composta com fibra de vidro Epoxy, com o fortalecimento local com tubo de aço

soldado no centro da fuselagem, espuma nas asas e compensado pelo equipamento de

pontos de montagem. Depois das modificações para resolver alguns problemas nos

protótipos e da aplicação de melhorias necessárias e após os testes de voos, a

produção do SZD-41A e 41B SZD-Jantar Standard finalmente começou, continuando

até 1978, quando 159 aeronaves foram construídas, muitos das quais foram

exportadas. Em comum com muitos produtos SZD, a aeronave foi entregue com uma

gama completa de instrumentos básicos de fornecedores polacos.

Esse planador foi construído nas versões: SZD-41-1 / SZD-41-2. Os dois protótipos do

Jantar Standard foram produzidos com limitações de manipulação para garantir que as

aeronaves estivessem disponíveis para os campeonatos de 1974. O SZD-41A, Jantar

Standard, teve produção inicial com inclusão de várias melhorias. As características

gerais do modelo SZ41A são: Tripulação: 1; Comprimento: 7,11 m (23 ft 4 in);

Wingspan: 15 m (49 ft 2 ½ in); Altura: 1,51 m (4 pés 11 pol); Área da asa: 10,66 m 2

(114,75 pés 2 ); Proporção: 21.1; Perfil de asa: NN 8; Peso vazio: 244 kg (538 lb); Peso

bruto: 360 kg (794 libras), com lastro de 460 kg (1.014 lb). Performances: Velocidade

máxima: 250 km / h (155 mph); Velocidade de estol: com balastro 80 kmh (50 mph),

sem lastro, 68 km / h (42,25 mph); Limites G: sem balastro 5.3 / -2,65; com lastro 4,14

/ -2.5 e final 7,95 / -3,98; Planeio máxima: 38 @ 92 km / h (57 mph) sem lastro, 38 @

105,2 km / h (65 mph), com lastro; Taxa de pia: com lastro 0,69 m / s (136 pés / min),

sem balastro 0,6 m / s (118 ft / min). Este planador ainda é bastante usado também

nas competições pela Europa.

Entre as equipes, incluindo a do Brasil, que foram para o Mundial de Planadores na

Lituânia este ano, várias competiram em um Jantar. Nossa equipe foi composta pelos

pilotos Cláudio Schmidt, do aeroclube de Rio Claro-SP. Cláudio participou pela segunda

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vez no mundial, sendo três vezes campeão Brasileiro: em 2006, em Palmeira das

Missões-RS, na Classe Aberta; em 2008 Classe Aberta, em Bebedouro-SP; em 2015, na

Classe Racing, em Bebedouro. “Tive meu primeiro contato com o voo à vela em Rio

Claro quando começou a primeira turma de pilotos de planador; meu pai, Vilson

Schmidt, foi um dos formandos. O voo à vela hoje é o meu hobby e esporte preferido!

Vivo me programando e conciliando com o trabalho e família para voar, por isso me

dedico aos treinamentos quando posso, - aos finais de semana e quando o tempo

permite,” explica Cláudio. Atualmente ele tem um planador Jantar Standard3 e um

motoplanador modelo Arcus M, fabricado na Alemanha, pela Schempp-Hirth; este

Claudio tem em sociedade com um amigo, Henrique Navarro, do aeroclube de Bauru-

SP. Navarro é piloto pentacampeão nacional de voo à vela, com 26 recordes brasileiros

de velocidade e distância, sendo três desses conquistados recentemente no Brasileiro

de Planador, Classe Open, velocidades em triângulos FAI, de 500km, 300km e 100km,

com um voo em Bebedouro feito a 161km/h. Ele é instrutor privado de avião e de

acrobacia em planador, além de ser o representante oficial dos planadores da

Schempp-Hirth no Brasil ; escreveu o Manual de Acrobacia em Planador – Rodas Para

Cima–, que disponibiliza gratuitamente em PDF.

A Schempp-Hirth foi fundada por Martin Schempp em Göppingen, na Alemanha, em

1935, com o nome de "Sportflugzeugbau Göppingen Martin Schempp". Em 1938, Wolf

Hirth, o principal responsável pelo trabalho de design, tornou-se oficialmente um

parceiro na empresa, que depois se tornou "Sportflugzeugbau Schempp-Hirth". A

empresa mudou-se para Kirchheim unter Teck no mesmo ano. O primeiro produto da

empresa foi planador Göppingen Gö 1 Wolf, concebido como um rival para o Grunau

Baby, mas o verdadeiro sucesso veio com o Göppingen Go 3 Minimoa no mesmo ano.

Durante a Segunda Guerra Mundial, a empresa construiu os DFS Habicht , planadores

de instrução, bem como conjuntos de tailplane para o Messerschmitt Bf 109 . A

empresa também construiu um avião de pesquisa, o Göppingen Gö 9. Após a guerra, a

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construção de aeronaves foi proibida, por isso a empresa passou fabricar camas,

carrinhos de mão, armários de rádio e outros móveis. Em 1951, as proibições foram

suspensas, e a empresa voltou à fabricação de planador.

Em 1964 Martin Schempp encontrou um novo designer: Klaus Holighaus, que tinha

acabado de se formar. Holighaus também foi um excelente piloto e tornou-se um

membro regular da equipe alemã. Holighaus tornou-se presidente executivo da

empresa em 1972. Em 1977, Holighaus era o único proprietário do negócio. Após a

morte de Holighaus, em um acidente de asa delta, em 1994, o controle da empresa

passou para a viúva e os filhos, os quais são dedicados pilotos de planador. A empresa

emprega cerca de 100 pessoas. É atualmente administrada por Tilo Holighaus e Brigitte

Holighaus. A Schempp-Hirth ao longo dos anos emitiu licenças para outras empresas

construírem seus projetos. Hoje conta com mais de 20 modelos em fabricação,

incluindo planador e motoplanador, entre eles os: Cirro, Cirro Standard, Disco, Disco

Standadrd, Ventus 1, 2 e 3 Ventus Standard, Nimbos 1, 2, e 4, Nini-Nimbos, Jano, Duo

Discus, Arcus, Arcus T, E e M ( sendo esses 3 motoplanadores), Halo 3, Quintus.

Motoplanador é um planador de asas fixas dotado de um grupo motopropulsor que

permite decolar autonomamente, tal qual um avião, mas que durante o voo pode ser

desligado, circunstância em que essa aeronave assume as mesmas características

naturais de um planador. Iniciado o voo planado, o grupo motopropulsor é recolhido

para dentro de um compartimento no interior da fuselagem e é isolado do ambiente

externo pela carenagem, de modo que não crie arrasto desnecessário, prejudicial à

eficiência aerodinâmica do voo. O motoplanador apresenta algumas em relação ao

planador. Ele não necessita de ser rebocado ou impulsionado por um agente externo

para poder decolar. O vento relativo, necessário para o surgimento da força

aerodinâmica de sustentação, pode ser obtido não apenas via planeio, mas também

via grupo motopropulsor; reduz-se o risco de pouso fora da pista e quando não há

condições para prosseguir com o voo planado, o grupo motopropulsor pode ser

novamente ser acionado. O piloto pode então conduzir o motoplanador a uma pista e

pousá-lo com segurança. O motoplanador Arcus M, da Schempp-Hirth, envergadura de

20m, asa com 15,59 m², comprimento da fuselagem de 8,73 m, tem velocidade

máxima permitida de 280 km/h; possui motor solo 2625-02i com 67 hp, 2 blade hélice

e capacidade de 17, 5 litros de combustível.

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Além da Schempp-Hirth, há outros fabricantes de motoplanadores, como a também

alemã a Schleiche, com os ASH 26 e 26E (ASH 26, com variante de produção com 18

metros de envergadura, o ASH 26E variante de produção, auto lançamento utilizando a

37 kW (50 cv) e a Let Kunovice, da República Tcheca, com L-13M Blanik. Como já foi

dito, a Schempp-Hirth está presente com representante para vendas aqui no Brasil,

com o piloto e instrutor Henrique Navarro.

Mas, desde a aurora do início do voo à vela no Brasil, o país ainda não tem um grande

fabricante de planador. Alguns dizem que a burocracia é o grande empecilho; outros,

que aqui, o segundo maior país com frota aérea do planeta e com condições o ano

todo para a prática da modalidade, não há mercado. Seja qual ou quais forem os

motivos, o fato é que há um número expressivo de amantes praticantes de recreio e

competição do volovelismo nestas terras tropicais que, para conseguirem voar em

aeronaves novas, precisam importar ou recorrerem aos nossos criativos fabricantes

experimentais, como Ekkehard (Ekki) Shubert, o criador do planador P1: um planador

de dois lugares, usado para a instrução básica e avançada de pilotos. Esse planador foi

projetado pelo engenheiro aeronáutico brasileiro Ekkehard Schubert, aeronave que já

foi testada e aprovada como segura. A iniciativa de construir o P-1 surgiu em 1996, em

São José dos Campos quando o projetista de aviões conseguiu reunir 66 pessoas, que

se dispuseram a arcar com os custos da construção do protótipo e também participar

do desenvolvimento do projeto. Schubert, que há décadas voa em planadores e foi,

por 10 vezes, campeão brasileiro de planador, diz que o P-1 é extremamente dócil e

tem excelente performance para a sua categoria. "A ideia de construí-lo surgiu porque

no Brasil há uma carência de planadores", explica o piloto Schubert, que é engenheiro

aeronáutico formado pelo ITA, e professor nesse mesmo instituto. O P1 tem formas

aerodinâmicas mais convenientes, pois é feito totalmente de fibra de vidro, um

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material fácil de ser moldado. Esse planador é experimental e ainda não foi

homologado pela ANAC, mas de acordo com Ekki, essa aeronave pode se fabricada e

vendida como aeronave experimental, e ele já aceita pedidos. O prazo para entrega é

de um ano, e o pagamento do valor da aeronave pode ser feito mensalmente, o que

facilita tanto para ele, quanto para o cliente. Ele também fabrica a carretinha

específica para o transporte do planador. O seu contato é [email protected]

Os planadores estão em constante evolução; e além dos motoplanadores, outras

melhorias têm sido constantemente implantadas nessas elegantes aeronaves, como a

adaptação para que pilotos com certa deficiência física possam pilotar e sentirem-se

livres nos céus, como um kit especial desenvolvido pela alemã Schleicher, para o ASK

21 O ASK-21, um planador biplace de elevada performance e grande manobrabilidade.

Essa aeronave é indicada para instrução básica, mas é também usada para atividades

avançadas do voo à vela em competição. É um planador que deve ser essencialmente

utilizado para os voos mais altos e de longas distâncias, uso em acrobacia e voos de

recreio. O ASK-21 é usado o pelo Departamento de Atividades Aéreas para instrução

primária de alunos na da Academia da Força Aérea de Portugal. Ele é um planador

bastante presente nos céus brasileiros. Sua velocidade máxima é de 280 km/h e

velocidade mínima de 65km/h, comprimento de 8,35 m e envergadura 17 m.

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O voo à vela ainda tem muito que desenvolver por aqui; há muito a crescer, mas,

diante do sucesso dos planadores pela Europa, essa modalidade também está se

consolidando por aqui, com nossos pilotos de potencial internacional levando a

bandeira do Brasil a importantes eventos da modalidade, como o Mundial de

Planadores. Isso permite que mais pessoas descubram o prazer do voo planado e que

mais pilotos busquem evoluírem e conquistarem sempre melhores posições mas

competições, além é claro, que desperte atenção das pessoas que gostam do voo

planado, que gostem de voar!

Videos

Arcus M take-off

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https://www.youtube.com/watch?v=nHVz9jxt3TY

Cat and Mouse with an Arcus M

https://www.youtube.com/watch?v=4m-cK8gtHFc

Planador P1 (EkkyShubert)

https://www.youtube.com/watch?v=Z751P4mBwjc

Minha construção do planador de voo livre – Térmica

https://www.youtube.com/watch?v=399tN6VQxZQ

Ensaio empenagem horizontal do P1

https://www.youtube.com/watch?v=o0_MXH3Suzo

Voo Neivão e P1

https://www.youtube.com/watch?v=sLtYZFYtCzA