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Poe mas Poemas de Amor 30

30 Poemas De Amor Slide

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Page 1: 30 Poemas De Amor Slide

PoemasPoemas de

Amor30

Page 2: 30 Poemas De Amor Slide

Amor é fogo que arde sem se ver;

É ferida que dói e não se sente;

É um contentamento descontente;

É dor que desatina sem doer.

É um não querer mais que bem

querer;

É um andar solitário entre a gente;

É nunca contentar-se de contente;

É um cuidar que se ganha em se

perder.

É querer estar preso por vontade

É servir a quem vence o vencedor,

É ter com quem nos mata lealdade.

Mas como causar pode seu favor

Nos corações humanos amizade;

Se tão contrário a si é o mesmo

amor?

Am

or

é f

og

o q

ue a

rde s

em

se

ve

r

Luís de

Camões

Page 3: 30 Poemas De Amor Slide

Eu quero amar, amar perdidamente!

Amar só por amar: Aqui... além...

Mais Este e Aquele, o Outro e toda a

gente…

Amar! Amar! E não amar ninguém!

Recordar? Esquecer? Indiferente!...

Prender ou desprender? É mal? É bem?

Quem disser que se pode amar alguém

Durante a vida inteira é porque mente!

Há uma Primavera em cada vida:

É preciso cantá-la assim florida,

Pois se Deus nos deu voz, foi pra cantar!

E se um dia hei-de ser pó, cinza e nada

Que seja a minha noite uma alvorada,

Que me saiba perder... pra me

encontrar...

Am

ar

Florbela

Espanca

Page 4: 30 Poemas De Amor Slide

É urgente o amor.

É urgente um barco no mar.

É urgente destruir certas palavras,

ódio, solidão e crueldade,

alguns lamentos,

muitas espadas.

É urgente inventar alegria,

multiplicar os beijos, as searas,

é urgente descobrir rosas e rios

e manhãs claras.

Cai o silêncio nos ombros e a luz

impura, até doer.

É urgente o amor, é urgente

permanecer.

Urg

en

tem

en

te

Eugénio de

Andrade

Page 5: 30 Poemas De Amor Slide

Meu amor meu amor

meu corpo em movimento

minha voz à procura

do seu próprio lamento.

Meu limão de amargura meu punhal a escrever

nós parámos o tempo não sabemos morrer

e nascemos nascemos

do nosso entristecer.

Meu amor meu amor

meu nó e sofrimento

minha mó de ternura

minha nau de tormento

este mar não tem cura este céu não tem ar

nós parámos o vento não sabemos nadar

e morremos morremos

devagar devagar.

Me

u a

mo

r, m

eu

am

or

Ary dos Santos

Page 6: 30 Poemas De Amor Slide

Senhor, eu vivo coitada

vida, des quando vos non vi:

mais, pois vós queredes assi,

por Deus, senhor ben talhada,

querede-vos de mim doer

ou ar leixade-mir morrer.

Vós sodes tan poderosa

de min que meu mal e meu ben

en vós é todo; [e] por en,

por Deus, mha senhor fremosa,

querede-vos de mim doer

ou ar leixade-mir morrer.

Eu vivo por vós tal vida

que nunca estes olhos meus

dormen, mnha senhor; e, por Deus,

que vos fez de ben comprida,

querede-vos de mim doer

ou ar leixade-mir morrer.

Ca, senhor, todo m é prazer

quant i vós quiserdes fazer.

Se

nh

or,

eu

viv

o c

oit

ad

a

Rei D. Dinis

Page 7: 30 Poemas De Amor Slide

Amar dentro do peito uma donzela;

Jurar-lhe pelos céus a fé mais pura;

Falar-lhe, conseguindo alta ventura,

Depois da meia-noite na janela:

Fazê-la vir abaixo, e com cautela

Sentir abrir a porta, que murmura;

Entrar pé ante pé, e com ternura

Apertá-la nos braços casta e bela:

Beijar-lhe os vergonhosos, lindos

olhos,

E a boca, com prazer o mais jucundo,

Apalpar-lhe de leve os dois

pimpolhos:

Vê-la rendida enfim a Amor fecundo;

Ditoso levantar-lhe os brancos folhos;

É este o maior gosto que há no mundo.

So

ne

tod

o p

raze

rm

aio

r

Bocage

Page 8: 30 Poemas De Amor Slide

Dá-me a tua mão.

Deixa que a minha solidão

prolongue mais a tua

— para aqui os dois de mãos dadas

nas noites estreladas,

a ver os fantasmas a dançar na lua.

Dá-me a tua mão, companheira,

até o Abismo da Ternura Derradeira.Dá-m

e a

tu

a m

ão

José Gomes Ferreira

Page 9: 30 Poemas De Amor Slide

Se é sem dúvida Amor esta explosão

de tantas sensações contraditórias;

a sórdida mistura das memórias,

tão longe da verdade e da invenção;

o espelho deformante; a profusão

de frases insensatas, incensórias;

a cúmplice partilha nas histórias

do que os outros dirão ou não dirão;

se é sem dúvida Amor a cobardia

de buscar nos lençóis a mais sombria

razão de encantamento e de desprezo;

não há dúvida, Amor, que te não fujo

e que, por ti, tão cego, surdo e sujo,

tenho vivido eternamente preso!

So

ne

to d

o c

ati

vo

David Mourão-Ferreira

Page 10: 30 Poemas De Amor Slide

Eu amo tudo o que foi

Tudo o que já não é

A dor que já não me dói

A antiga e errónea fé

O ontem que a dor deixou

O que deixou alegria

Só porque foi, e voou

E hoje é já outro dia…

Porque quem ama nunca sabe o que ama

Nem sabe porque ama, nem o que é amar

Amar é a eterna inocência,

E a única inocência, não pensarEu

am

o t

ud

o o

qu

e f

oi

Fernando

Pessoa

Page 11: 30 Poemas De Amor Slide

Pudesse eu não ter laços nem limites

Ó vida de mil faces transbordantes

Para poder responder aos teus

convites

Suspensos na surpresa dos

instantes!

Pu

de

ss

e e

u

Sophia de Mello Breyner Andres

en

Page 12: 30 Poemas De Amor Slide

É o amor

O amor é o amor -e depois?!

Vamos ficar os dois

a imaginar, a imaginar?...

O meu peito contra o teu peito,

cortando o mar, cortando o ar.

Num leito

há todo o espaço para amar!

Na nossa carne estamos

sem destino, sem medo, sem pudor,

e trocamos -somos um? somos dois?

-

espírito e calor!

O amor é o amor -e depois?!

O a

mo

r

Alexandre O’Neill

Page 13: 30 Poemas De Amor Slide

Que bem que soam, como estão

cadentes!

Olha o Tejo a sorrir-se! Olha, não

sentes

Os Zéfiros brincar por entre as flores?

Vê como ali beijando-se os Amores

Incitam nossos ósculos ardentes!

Ei-las de planta em planta as

inocentes,

As vagas borboletas de mil cores.

Naquele arbusto o rouxinol suspira,

Ora nas folhas a abelhinha pára,

Ora nos ares sussurrando gira.

Que alegre campo! Que manhã tão

clara!

Mas ah! Tudo o que vês, se eu não te

vira,

Olh

a, M

arí

lia, as f

lau

tas d

os

pa

sto

res

Bocage

Page 14: 30 Poemas De Amor Slide

Deus fez a noite com o teu olhar,

Deus fez as ondas com os teus cabelos;

Com a tua coragem fez castelos

Que pôs, como defesa, à beira-mar.

Com um sorriso teu, fez o luar

(Que é sorriso de noite, ao viandante)

E eu que andava pelo mundo, errante,

Já não ando perdido em alto-mar!

Do céu de Portugal fez a tua alma!

E ao ver-te sempre assim, tão pura e calma,

Da minha Noite, eu fiz a Claridade!

Ó meu anjo de luz e de esperança,

Será em ti afinal que descansa

O triste fim da minha mocidade!

O t

eu

retr

ato

António Nobre

Page 15: 30 Poemas De Amor Slide

Quatro letras nos matam quatro facas

que no corpo me gravam o teu nome.

Quatro facas amor com que me matas

sem que eu mate esta sede e esta fome.

Este amor é de guerra. (De arma branca).

Amando ataco amando contra-atacas

este amor é de sangue que não estanca.

Quatro letras nos matam quatro facas.

Armado estou de amor. E desarmado.

Morro assaltando morro se me assaltas.

E em cada assalto sou assassinado.

Quatro letras amor com que me matas.

E as facas ferem mais quando me faltas.

Quatro letras nos matam quatro facas.

As

fa

cas

Manuel Alegre

Page 16: 30 Poemas De Amor Slide

Ah, soubesse eu te contar

Toda amargura

De não poder te dar

Tanta ternura

Ah, soubesse eu nunca te contar

Ah, pudesse eu te dizer

Toda tristeza

De estar sempre esperando

Uma incerteza

E nada poder

Nem desesperar

Oh, triste caminho do coração

Que ama sozinho

Que coisa triste

Amar sozinho

Quanta solidão

Ah, pudesses entrever

Minha ansiedade

Depois de um dia de saudade

De uma noite inteira a soluçar

Vem! Não tardes mais

Amor, que eu vivo procurando

Quando vais chegar?

Eu sei que chegarás

Ah, pudesse eu pôr a teus pés

A minha vida

Amor, por quem tu és

Oh, vem

Não tarde mais

Sim, por favor

Façam silêncio

Meu amor vem em silêncio

Quando ele por mim passar

Can

çã

o d

o A

mo

r q

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ão

ve

m

Vinicius de

Moraes

Page 17: 30 Poemas De Amor Slide

Deixa dizer-te os lindos versos raros

Que a minha boca tem pra te dizer!

São talhados em mármore de Paros

Cinzelados por mim pra te oferecer.

Têm dolência de veludos caros,

São como sedas pálidas a arder...

Deixa dizer-te os lindos versos raros

Que foram feitos pra te endoidecer!

Mas, meu Amor, eu não tos digo

ainda...

Que a boca da mulher é sempre linda

Se dentro guarda um verso que não

diz!

Amo-te tanto! E nunca te beijei...

E nesse beijo, Amor, que eu te não

dei

Guardo os versos mais lindos que te

fiz!

Os

ve

rso

s q

ue

te

fiz

Florbela

Espanca

Page 18: 30 Poemas De Amor Slide

Dois amantes felizes não têm fim nem

morte,

nascem e morrem tanta vez enquanto

vivem,

são eternos como é a natureza.

Do

is a

ma

nte

s f

eli

ze

s

Pablo Neruda

Page 19: 30 Poemas De Amor Slide

Eu te amo porque te amo.

Não precisas ser amante,

e nem sempre sabes sê-lo.

Eu te amo porque te amo.

Amor é estado de graça

e com amor não se paga.

Amor é dado de graça,

é semeado no vento,

na cachoeira, no elipse.

Amor foge a dicionários

e a regulamentos vários.

Eu te amo porque não amo

bastante ou demais a mim.

Porque amor não se troca,

não se conjuga nem se ama.

Porque amor é amor a nada,

feliz e forte em si mesmo.

Amor é primo da morte,

e da morte vencedor,

por mais que o matem (e matam)

a cada instante de amor.

As

s

em

ra

es

d

o

am

or

Carlos Drummond de Andrade

Page 20: 30 Poemas De Amor Slide

Amo-te muito, meu amor, e tanto

que, ao ter-te, amo-te mais, e mais ainda

depois de ter-te, meu amor. Não finda

com o próprio amor o amor do teu encanto.

Que encanto é o teu? Se continua enquanto

sofro a traição dos que, viscosos, prendem,

por uma paz da guerra a que se vendem,

a pura liberdade do meu canto,

um cântico da terra e do seu povo,

nesta invenção da humanidade inteira

que a cada instante há que inventar de novo,

tão quase é coisa ou sucessão que passa...

Que encanto é o teu? Deitado à tua beira,

sei que se rasga, eterno, o véu da Graça.

Am

o-t

e m

uit

o,

me

u a

mo

r, e

tan

to

Jorge de Sena

Page 21: 30 Poemas De Amor Slide

Nada a fazer amor, eu sou do bando

Impermanente das aves friorentas;

E nos galhos dos anos desbotando

Já as folhas me ofuscam macilentas;

E vou com as andorinhas. Até quando?

A vida breve não perguntes: cruentas

Rugas me humilham. Não mais em estilo

brando

Ave estroina serei em mãos sedentas.

Pensa-me eterna que o eterno gera

Quem na amada o conjura. Além, mais alto,

Em ileso beiral, aí espera:

Andorinha indemne ao sobressalto

Do tempo, núncia de perene primavera.

Confia. Eu sou romântica. Não falto.

O e

sp

írit

o

Natália Correia

Page 22: 30 Poemas De Amor Slide

Ó meu amor, não te atrases

vou agora pôr-te à prova

esta noite é lua nova

e tu não sabes de fases se chegas tarde te acuso

de que andarás a enganar-me:

vindo de ti, cada abuso

me soa a sinal de alarme

teus olhos arregalados

não são desculpa melhor

sabes cá chegar de cor

e mesmo de olhos fechados

nem um cego se perdia

lá fora agitam-se os ramos

nas brenhas da ventania

é tarde, porém jurámos

que enquanto este amor se guarde

e seja o nosso segredo

virias cedo, bem cedo,

e havias de partir tarde

sendo a lua nova ou cheia

ou crescente ou minguante

o que a nós nos incendeia

é fogo de outro quadrante

é clarão de uma outra luz

que ao pressentir os teus passos

acendi quando dispus

quatro quartos nos meus braços

Ó m

eu

am

or,

o t

e

atr

ases

Vasco Graça

Moura

Page 23: 30 Poemas De Amor Slide

De tudo, ao meu amor serei atento.

Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto

Que mesmo em face do maior encanto

Dele se encante mais meu pensamento.

Quero vivê-lo em cada vão momento

E em seu louvor hei de espalhar meu canto

E rir meu riso e derramar meu pranto

Ao seu pesar ou seu contentamento.

E assim, quando mais tarde me procure

Quem sabe a morte, angústia de quem vive

Quem sabe a solidão, fim de quem ama

Eu possa dizer do amor (que tive)

Que não seja imortal, posto que é chama

Mas que seja infinito enquanto dure.

So

neto

da f

ideli

dad

e

Vinicius de

Moraes

Page 24: 30 Poemas De Amor Slide

Quando o amor acenar,

siga-o ainda que por caminhos

ásperos e íngremes.

Debulha-o até deixá-lo nu.

Transforma-o,

livrando-o de sua palha.

Tritura-o,

até torná-lo branco.

Amassa-o,

até deixá-lo macio;

e, então, submete ao fogo

para que se transforma em pão

para alimentar o corpo e o coração!

Qu

an

do

o a

mo

r a

ce

na

r,

Khalil Gibran

Page 25: 30 Poemas De Amor Slide

Contar-te longamente as perigosas

coisas do mar. Contar-te o amor ardente

e as ilhas que só há no verbo amar.

Contar-te longamente longamente.

Amor ardente. Amor ardente. E mar.

Contar-te longamente as misteriosas

maravilhas do verbo navegar.

E mar. Amar: as coisas perigosas.

Contar-te longamente que já foi

num tempo doce coisa amar. E mar.

Contar-te longamente como doi

desembarcar nas ilhas misteriosas.

Contar-te o mar ardente e o verbo amar.

E longamente as coisas perigosas.

Co

isa

Am

ar

Manuel Alegre

Page 26: 30 Poemas De Amor Slide

Não acabarão nunca com o

amor,

nem as rusgas,

nem a distância.

Está provado,

pensado,

verificado.

Aqui levanto solene

minha estrofe de mil dedos

e faço o juramento:

Amo

firme,

fiel

e verdadeiramente.

De

du

ção

Vladimir Maiakóvski

Page 27: 30 Poemas De Amor Slide

É difícil para os indecisos.

É assustador para os medrosos.

Avassalador para os apaixonados!

Mas, os vencedores no amor são os

fortes.

Os que sabem o que querem e querem o que

têm!

Sonhar um sonho a dois,

e nunca desistir da busca de ser feliz,

é para poucos!!"

O A

mo

r...

Cecília Meireles

Page 28: 30 Poemas De Amor Slide

Se a minha amada um longo olhar me desse

Dos seus olhos que ferem como espadas,

Eu domaria o mar que se enfurece

E escalaria as nuvens rendilhadas.

Se ela deixasse, extático e suspenso

Tomar-lhe as mãos "mignonnes" e aquecê-las,

Eu com um sopro enorme, um sopro imenso

Apagaria o lume das estrelas.

Se aquela que amo mais que a luz do dia,

Me aniquilasse os males taciturnos,

O brilho dos meus olhos venceria

O clarão dos relâmpagos nocturnos.

Se ela quisesse amar, no azul do espaço,

Casando as suas penas com as minhas,

Eu desfaria o Sol como desfaço

As bolas de sabão das criancinhas.

Se a Laura dos meus loucos desvarios

Fosse menos soberba e menos fria,

Eu pararia o curso aos grandes rios

E a terra sob os pés abalaria. (…)

Arr

ojo

s

Cesário Verde

Page 29: 30 Poemas De Amor Slide

Amo-te tanto, meu amor... não cante

O humano coração com mais verdade ...

Amo-te como amigo e como amante

Numa sempre diversa realidade.

Amo-te afim, de um calmo amor prestante

E te amo além, presente na saudade.

Amo-te, enfim, com grande liberdade

Dentro da eternidade e a cada instante.

Amo-te como um bicho, simplesmente

De um amor sem mistério e sem virtude

Com um desejo maciço e permanente.

E de te amar assim, muito e amiúde

É que um dia em teu corpo de repente

Hei de morrer de amar mais do que pude.

Dá-m

e a

tu

a m

ão

Vinicius de Moraes

Page 30: 30 Poemas De Amor Slide

Todas as cartas de amor sãoRidículas.Não seriam cartas de amor se não fossemRidículas.

Também escrevi em meu tempo cartas de amor,Como as outras,Ridículas.

As cartas de amor, se há amor,Têm de serRidículas.

Mas, afinal,Só as criaturas que nunca escreveramCartas de amorÉ que sãoRidículas.

Quem me dera no tempo em que escreviaSem dar por issoCartas de amorRidículas.

A verdade é que hojeAs minhas memóriasDessas cartas de amorÉ que sãoRidículas.

(Todas as palavras esdrúxulas,Como os sentimentos esdrúxulos,São naturalmenteRidículas.)T

od

as a

s C

art

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mo

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idíc

ula

s

Fernando

Pessoa

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Poema

sde amor

Fim

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Poema

sde amor

Trabalho elaborado a partir da recolha feita pelos alunos do

5ºB em

Área de Projecto e pelos seus Professores Conceição Silva e

Hugo Pereira.

Sintra – Fevereiro de 2010