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A despedida de Fidel A despedida de Fidel

A Despedida De Fidel

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O fim de um líder ou de uma ditatura?

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Fidel renuncia após 49 anos e abre caminho para irmão

Fidel renuncia após 49 anos e abre caminho para irmão

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Fidel Castro renunciou à Presidência de Cuba após 49 anos no poder, em uma mensagem publicada nesta terça-feira (19) pela imprensa oficial. A saída definitiva dele do cargo ocorre cinco dias antes de o Parlamento definir a nova cúpula do governo.

Fidel Castro renunciou à Presidência de Cuba após 49 anos no poder, em uma mensagem publicada nesta terça-feira (19) pela imprensa oficial. A saída definitiva dele do cargo ocorre cinco dias antes de o Parlamento definir a nova cúpula do governo.

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"Não aspirarei nem aceitarei - repito - não aspirarei nem aceitarei o cargo de Presidente do Conselho de Estado e Comandante-em-Chefe", afirmou o cubano na carta, assinada de próprio punho às 17h30 locais.

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Último líder histórico do comunismo, Fidel, de 81 anos, anunciou a renúncia após quase 19 meses de convalescença de uma grave doença - de origem, que o levou a ceder o comando do país em caráter provisório ao irmão Raúl, de 76 anos, que hoje ocupa o Ministério da Defesa.

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Com sua renúncia, Fidel deixa o caminho livre para Raúl ser eleito presidente do Conselho de Estado, sem que se descarte uma eventual surpresa como o vice-presidente, Carlos Lage, de 56 anos, o que levaria ao poder uma nova geração.

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“Soldado das idéias”

Não me despeço de vocês. Desejo apenas combater como um soldado das idéias. Seguirei escrevendo sob o título 'Reflexões do companheiro Fidel'. Será uma arma a mais do arsenal com a qual se poderá contar. Talvez minha voz seja ouvida. Serei cuidadoso."

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A biografia de Fidel CastroA biografia de Fidel Castro

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Fidel Castro nasceu no dia 13 de agosto de 1926, em Birán, atual Província de Holguín (leste de Cuba). Filho de Ángel Castro, imigrante espanhol e latifundiário, e Lina Ruz, que conheceu a Ángel trabalhando em sua fazenda. Quando Fidel tinha quatro anos, seu pai o enviou à Província de Santiago de Cuba. Aos oito anos, foi batizado como Fidel Hipólito, e apenas aos 17 anos foi reconhecido pelo pai e registrado com seu nome definitivo: Fidel Alejandro Castro Ruz. Claudia Daut/Reuters O ditador cubano Fidel Castro renunciou ao cargo após 49 anos à frente do poder; seu irmão Raúl deve ser novo presidente O pai de Fidel teve dois filhos com sua primeira mulher e cinco com a mãe de Fidel, entre eles Raúl Castro.

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Fidel freqüentou escolas católicas nas Províncias de Santiago de Cuba e Havana, onde estudou também em uma escola jesuíta, o Colégio de Belen. Desde pequeno chamava a atenção por sua grande capacidade de memorizar dados. Há informações de que podia memorizar livros inteiros. Em 1945 entrou na Universidade de Havana, onde se graduou em Direito em 1945 e atuou como líder estudantil. Sempre gostou de esportes, principalmente beisebol, o esporte nacional cubano.

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Fidel se casou com Mirta Diaz-Balart em 1948 e divorciou-se em 1954. Seu filho, Fidel Castro Diaz-Balart (Fidelito), que nasceu em 1949, trabalhou como chefe da comissão de energia atômica cubana. É físico nuclear e assessor científico do governo cubano. Na década de 50 nasceu Alina Fernandez. Fruto de um caso extraconjugal que Fidel teve na década de 50 com Natalia Revuelta, Alina nasceu em 1956 e só aos 10 anos soube ser sua filha. Vive como exilada nos EUA desde 1993. Juanita Castro Ruiz, 73, irmã de Fidel, também é exilada política e vive em Miami, onde tem uma farmácia.

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Carisma Um dos motivos pelos quais Fidel se manteve durante tanto tempo no poder é a sua figura profundamente carismática. Desde o início da revolução, ele se preocupou em estar sempre presente em atividades populares, desde seus longos discursos em tribunas abertas até a participação em debates sobre temas variados na televisão. Fidel costumava freqüentar também eventos esportivos e culturais, sempre protegido por um forte esquema de segurança. Membro do Partido Ortodoxo (social-democrata) nos anos 1940 e no começo dos anos 1950, Fidel foi um grande opositor do então ditador Fulgêncio Batista (1933-59).

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No dia 26 de julho de 1953 Fidel liderou um ataque ao quartel Moncada. O ataque fracassou, mas deu a Fidel reputação nacional. Na época, suas idéias políticas eram nacionalistas, antiimperialistas e reformista. Ainda não era membro do Partido Comunista. Após o ataque a Moncada, Fidel foi julgado e condenado a 15 anos de prisão. Na ocasião proferiu seu famoso discurso conhecido como "A história me absolverá". Em 1955 saiu da prisão devido a uma anistia. Partiu para um exílio no México, onde fundou o movimento 26 de Julho, prometendo voltar a Cuba e combater Batista.

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Em dezembro de 1956, Fidel e outros 81 rebeldes, incluindo o médico argentino Ernesto Che Guevara, entraram em Cuba e se estabeleceram na Serra Maestra, de onde lançaram uma guerrilha de sucesso. Fidel demonstrou ser um líder forte e carismático. Após o colapso do Exército de Batista, que fugiu de Cuba no dia 1º de janeiro de 1959, Fidel assumiu o poder na ilha. Foi primeiro-ministro de 1959 a 1976 e presidente do governo e primeiro secretário do Partido Comunista desde 1976.

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EUA

Em 1961, Fidel declara Cuba Estado socialista. No mesmo ano, os Estados Unidos cortaram relações diplomáticas com Cuba e iniciaram um embargo econômico ao país, que dura até hoje. Em abril daquele ano, milhares de exilados auxiliados pelos EUA tentaram derrubar o regime cubano; sua investida à baía dos Porcos, porém, foi derrotada pelas forças castristas.

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Em 1962 ocorreu aquela que ficou conhecida como a crise dos mísseis cubanos. Em outubro daquele ano, a União Soviética transferiu mísseis nucleares para Cuba, ao que se seguiu um cerco americano à ilha de Fidel. Desde a chegada de Fidel ao poder, Washington manteve a pressão sobre o regime comunista com um embargo econômico de 44 anos, fortalecido em 1996 pela lei Helms-Burton. Além disso, os Estados Unidos contam há um ano com uma pessoa encarregada especialmente de coordenar a transição em Cuba, Caleb McCarry. presidente americano, George W. Bush, nomeou McCarry como responsável pela coordenação do processo de transição em Cuba.

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Nos últimos anos, Washington acirrou sua política anticastrista. Fortaleceu o embargo à ilha em 2004 e aumentou, em julho deste ano, os fundos destinados a acelerar a transição política após a queda de Fidel Castro, que chegam agora a US$ 80 milhões para os anos fiscais 2007 e 2008. A iniciativa partiu da Comissão de Assistência para uma Cuba Livre. Por iniciativa dessa comissão, o presidente americano, George W. Bush, nomeou McCarry como responsável pela coordenação do processo de transição em Cuba.

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Ex-URSS

Desde o triunfo da revolução, Cuba manteve relações estreitas com o bloco socialista, principalmente com a ex- URSS. Durante a Guerra Fria e até os dias de hoje a ilha mantém uma relação conflitiva com os Estados Unidos. Marcelo Katsuki/Arte Folha Um exemplo dessa relação foi a reação de Fidel à posição tomada pela URSS em 1964. No fim do seu mandato como presidente da União Soviética, Nikita Krushev (1956-1964), cedeu às exigências do presidente americano John F. Kennedy (1961-63) evitando o início iminente de uma guerra nuclear. Fidel considerou a decisão do russo uma traição. Mais tarde, quando Mikhail Gorbachov (1985-91) assumiu o poder na URSS e instaurou a "perestroika" (reestruturação econômica), e a "glasnost" (abertura política), Cuba e Fidel enfrentaram um período difícil,pois o apoio financeiro à ilha foi suspenso. Até a queda da União Soviética, Cuba recebeu muita ajuda econômica e militar do país. Após o fim da URSS, nos anos 90, Cuba iniciou um período de dificuldades econômicas, do qual vem se recuperando lentamente.

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Críticas

Fidel chegou ao poder recebendo o apoio da maioria dos cidadãos cubanos, prometendo reinstaurar a Constituição de 1940, criar uma administração honesta, restabelecer liberdades civis e políticas e realizar reformas moderadas. Seu governo, porém, recebeu ao longo dos anos duras acusações de autoritarismo, radicalismo e violação aos direitos humanos, além de perseguição a religiosos e homossexuais. Uma vez estabelecido como líder cubano, Fidel nacionalizou comércio e indústria; realizou reforma agrária; negócios norte-americanos e grandes propriedades rurais foram expropriados.

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Fuga Milhares de cubanos deixaram o país, de maneira legal ou ilegal, por não estarem de acordo com o governo. Muitos escaparam pelo mar, arriscando suas vidas, e são conhecidos como balseiros. Um acordo entre EUA e Cuba dá cidadania norte-americana aos cubanos que chegam ao solo dos EUA. Existe uma massa de dissidentes cubanos e seus descendentes vivendo fora de Cuba, principalmente nos estados Unidos e na Espanha. Muitos deles estão organizados em movimentos anti-Fidel e defendem a queda de seu regime e reformas democráticas no país. O governo de Fidel sempre foi amplamente criticado pela comunidade internacional, que o acusa de violações aos direitos humanos em seu tratamento a presos políticos e dissidentes do regime. Muitas pessoas que atuaram contra o governo foram condenadas à morte.

Fuga Milhares de cubanos deixaram o país, de maneira legal ou ilegal, por não estarem de acordo com o governo. Muitos escaparam pelo mar, arriscando suas vidas, e são conhecidos como balseiros. Um acordo entre EUA e Cuba dá cidadania norte-americana aos cubanos que chegam ao solo dos EUA. Existe uma massa de dissidentes cubanos e seus descendentes vivendo fora de Cuba, principalmente nos estados Unidos e na Espanha. Muitos deles estão organizados em movimentos anti-Fidel e defendem a queda de seu regime e reformas democráticas no país. O governo de Fidel sempre foi amplamente criticado pela comunidade internacional, que o acusa de violações aos direitos humanos em seu tratamento a presos políticos e dissidentes do regime. Muitas pessoas que atuaram contra o governo foram condenadas à morte.

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Fonte: Folha de São Paulo e Globo.comFotos que circulam pela Internet.

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Apresentação por Renato Cardoso

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