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Apostila do Treinamento Noções de Aplicação de Profibus DP/PA em Projetos de Automação - Instalação Versão 1.0 Outubro 2008 Autoria: Dennis Brandão Centro de Competência Profibus Laboratório de Automação Industrial – EESC/USP Av. Trabalhador Sancarlense, 400 São Carlos, SP Fone: (16) 3373-9357 [email protected]

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Apostila do Treinamento Noções de Aplicação de Profibus DP/PA em Projetos de Automação - Instalação

Versão 1.0 Outubro 2008

Autoria: Dennis Brandão Centro de Competência Profibus Laboratório de Automação Industrial – EESC/USP Av. Trabalhador Sancarlense, 400 São Carlos, SP Fone: (16) 3373-9357 [email protected]

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Introdução

1.1. 1 - Protocolos de Comunicação

Protocolos de comunicação definem a forma como duas ou mais

estações ou dispositivos trocam dados usando mensagens ou “frames”

em uma rede de computadores ou de campo. Um frame de dados

contém diferentes campos para informações de controle e para dados. O

campo de dados é precedido por um cabeçalho que contém, em geral,

os endereços fonte e destino e detalhes da mensagem, e é seguido por

campos de segurança e de verificação de dados destinados à verificação

e ao reconhecimento de falhas de transmissão.

Uma característica das redes de campo é que elas possibilitam uma

transmissão eficiente de pequenos volumes de dados em tempos críticos

de forma sincronizada com a aplicação ou com o sistema controlado.

Alguns dos requisitos mais importantes de projeto de redes de

campo estão relacionados aos seguintes fatores:

a) Acesso ao barramento

Controle de acesso de barramento (MAC, Medium Access Control) é

o procedimento específico que determina quando uma estação pode

transmitir dados. Enquanto estações ativas podem iniciar a troca de

informações, estações passivas podem somente iniciar a comunicação

quando solicitadas por uma estação ativa.

Uma distinção é feita entre procedimentos controlados de acesso

determinístico com capacidade de tempo real (ex. mestre-escravo no

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PROFIBUS) e procedimentos de acesso randômico e não determinísticos

(ex. CSMA/CD na Ethernet).

b) Endereçamento

Endereçamento é necessário para seletivamente identificar uma

estação. Para este propósito, o endereçamento das estações pode ser

realizado por uma chave de endereço (endereçamento por hardware) ou

através de parametrização durante o comissionamento (endereçamento

por software).

c) Serviços de comunicação

Os Serviços de Comunicação cumprem as tarefas de comunicação

de dados das estações cíclica ou aciclicamente. O número e tipo destes

serviços são critérios para a seleção de um protocolo de comunicação.

Uma distinção é feita entre serviços de conexão orientada (com

procedimentos de handshake e monitoração) e serviços sem conexão. O

segundo grupo inclui mensagens de multicast e broadcast que são

enviadas para um grupo específico ou para todas as estações

respectivamente.

d) Perfis

Perfis ou “Profiles” são utilizados na tecnologia de automação para

definir propriedades específicas e comportamento para os dispositivos,

famílias de dispositivos ou o sistema inteiro. Somente dispositivos e

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sistemas que utilizam perfis, independentemente do fabricante, provem

interoperabilidade e explorando, assim, completamente as vantagens de

uma rede de campo.

Perfis de aplicação (application profiles) referem-se principalmente

a dispositivos (dispositivos de campo, de controle e ferramentas de

integração) e incluem uma seleção de comunicação de rede e de

aplicações específicas nos dispositivos.

Este tipo de perfil prove a fabricantes uma especificação para o

desenvolvimento de dispositivos interoperáveis em conformidade com

seu perfil de aplicação.

Perfis de sistema (system profiles) descrevem classes de sistemas

que incluem funcionalidade, interfaces de programa e ferramentas de

integração.

1.2. 2 – O modelo de referência ISO/OSI

Um modelo de referência descreve uma estrutura para protocolos

de comunicação entre as estações de um sistema. Para que um modelo

funcione efetivamente, são utilizadas regras, operações e interfaces de

transferência de dados e serviços dentro do protocolo.

De 1978 a 1983, o International Organization for Standardization

(ISO) desenvolveu o modelo de referência OSI (Open Systems

Interconnection Reference Model) para este propósito. Este protocolo

define os elementos, estruturas e tarefas requeridas para comunicação e

as organiza em sete camadas.

Cada camada deve cumprir uma função específica dentro do

processo de comunicação. Se um sistema de comunicação não requerer

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alguma destas funções específicas, a camada correspondente não tem

propósito e não é utilizada. O PROFIBUS utiliza as camadas 1, 2 e 7.

Figura 1 – Modelo de Referência ISO/OSI

1.3. 3 - Padronização internacional e normas utilizadas

A padronização internacional para sistemas de rede de campo

torna-se importante em um mercado com diversidade de protocolos e

sistemas, de forma a se ampliar a aceitação e o estabelecimento de

dispositivos interoperáveis. O PROFIBUS obteve padronização nacional

em 1991/1993 sob a DIN 19245, partes 1 a 3 e alcançou a padronização

européia em 1996 com a EN 50170.

Junto com outros sistemas de rede campo, PROFIBUS foi

padronizado na IEC 61158 em 1999 e recebeu atualizações em 2002, tal

norma é denominada “Digital data communication for measurement and

control – Fieldbus for use in industrial control systems” ou Comunicação

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digital de dados para medição e controle – Redes de campo para uso em

sistemas de controle industrial.

Atualmente, os mais modernos desenvolvimentos em PROFIBUS e

PROFInet estão incorporados nesta norma.

A IEC 61158 divide-se em 6 partes que são nomeadas como

61158-1, 61158-2, etc. O conteúdo da parte 1 é a sua introdução

enquanto as partes seguintes são orientadas ao modelo de referencia

OSI, camadas 1, 2 e 7, conforme a tabela a seguir.

Documento IEC 61158

Conteúdo Camada OSI

IEC 61158-1 Introdução

IEC 61158-2 Physical layer specification and service definition 1

IEC 61158-3 Data-Link service definition 2

IEC 61158-4 Data-Link protocol specification 2

IEC 61158-5 Application layer service definition 7

IEC 61158-6 Application layer protocol specification 7

Tabela 1 -Divisões da IEC 61158

As várias partes da IEC 61158 definem os numerosos serviços e

protocolos para comunicação entre estações que são considerados como

o conjunto total disponível, do qual uma seleção específica

(subconjunto) compreende redes de campo específicas.

O fato que uma grande gama de diferentes sistemas de rede de

campo estar disponível no mercado é reconhecida na IEC 61158 pela

definição de 10 tipos de protocolos de redes de campo, nomeadas de

Tipo 1 a Tipo 10. PROFIBUS é tipo 3 e PROFInet tipo 10.

Na IEC 61158 nota-se que a comunicação de rede, por definição, é

possível somente entre dispositivos que pertençam ao mesmo tipo de

protocolo.

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A IEC 61784, norma complementar, tem o título “Profile sets for

continuous and discrete manufacturing relative to fieldbus use in

industrial control systems” ou Conjunto de perfis para fabricação

contínua e discreta relativo ao uso de redes de campo em sistemas de

controle industrial.

É apresentada uma declaração sobre a IEC 61158 através do

seguinte comentário introdutório: “Este padrão internacional (IEC

61784) especifica um conjunto de perfis de protocolos de comunicação

baseados na IEC 61158, para serem utilizados no desenvolvimento de

dispositivos envolvidos na comunicação de controle de processos e

fabricação de manufaturas”.

A IEC 61784 descreve qual subconjunto, do conjunto total

disponível de serviços e protocolos especificados na IEC 61158 (e outros

padrões), é utilizado por um sistema específico de comunicação de rede

de campo. Os perfis específicos de comunicação de rede de campo

determinados desta maneira são resumidos nas Famílias de Perfis de

Comunicação (CPF – Communication Profile Families) de acordo com sua

implementação no sistema individual de rede de campo.

O conjunto de perfis implementado com PROFIBUS é resumido sob

a designação de Família 3, com subdivisões 3/1, 3/2 e 3/3. A tabela 2

mostra sua declaração para PROFIBUS e PROFInet.

Conjunto de Perfis

Link de Dados Camada Física

Implementação

Perfil 3/1 Subconjuntos da IEC 61158 Transmissão assíncrona

RS485 Plastic fiber Glass fiber PCF fiber

PROFIBUS

Perfil 3/2 Subconjuntos da IEC 61158 Transmissão síncrona

MBP PROFIBUS

Perfil 3/3 ISO/IEC8802-3 TCP/UDP/IP/Ethernet

ISO/IEC 8802-3

PROFInet

Tabela 2 – Propriedades da Família do Perfil de Comunicação CPF3 (PROFIBUS)

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Tecnologia PROFIBUS

PROFIBUS é um sistema de comunicação digital aberto, com uma

extensa gama de aplicações, particularmente nos campos de fabricação

de manufatura e automação de processo. PROFIBUS atende aplicações

rápidas com tempos críticos, bem como tarefas complexas de

comunicação.

A comunicação de PROFIBUS é baseada nos padrões internacionais

IEC 61158 e IEC 61784. Os aspectos de engenharia e aplicação são

especificados nas diretrizes gerais e documentos técnicos disponíveis

aos associado da Organização PROFIBUS. Isto cumpre a demanda do

usuário para independência de fabricante e assegura comunicação entre

dispositivos de vários fabricantes.

1.4. 1 - Estrutura PROFIBUS

Os sistemas PROFIBUS têm estrutura modular e oferecem uma

gama de tecnologias de comunicação, numerosas aplicações e perfis de

sistema, bem como ferramentas de administração de dispositivo. Assim,

cobrem as diversas demandas e aplicações específicas no campo de

fabricação de manufatura e automação de processos.

Do ponto de vista tecnológico, o mais baixo nível (comunicações)

da estrutura do sistema PROFIBUS está baseado no modelo de

referencia ISO/OSI antes mencionado. A figura a seguir contém a

implementação do modelo OSI (camadas 1, 2 e 7) no PROFIBUS com

detalhes em como as camadas são implementadas e especificadas

individualmente.

Page 11: Apostila do treinamento profibus 2  instalação

Figura 2 – Estrutura técnica do sistema PROFIBUS

Especificações combinadas entre os fabricantes e usuários sobre

aplicações específicas de dispositivo são organizado sobre a camada 7

em perfis de aplicação I e II.

Do ponto de vista do usuário PROFIBUS apresenta-se na forma de

diferentes aplicações típicas com suas ênfases principais que não são

definidas especificamente, mas tem se comprovado útil como resultado

de aplicações freqüentes.

Cada aplicação típica resulta de uma combinação de elementos

modulares dos grupos "tecnologia de transmissão", "protocolo de

comunicação" e "perfil de aplicação". Os seguintes exemplos, vistos na

figura 3, ilustram este princípio:

• PROFIBUS DP é a ênfase principal para automação de

fabricação de manufatura. Ele utiliza a tecnologia de

transmissão rápida RS485, uma das versões (V0, V1 ou V2)

do protocolo de comunicação DP e um ou mais perfis de

Page 12: Apostila do treinamento profibus 2  instalação

aplicação típicos de automação de fabricação como sistemas

de identificação ou robôs e comandos numéricos.

• PROFIBUS PA é a ênfase principal para automação de

processos, tipicamente com tecnologia de transmissão MBP-

IS com segurança intrínseca e alimentação dos dispositivos

pelo barramento de dados, protocolo de comunicação DP-V1

e o perfil de aplicação de dispositivos PA.

Figura 3 – Exemplos típicos de aplicações orientadas de PROFIBUS

a) Tecnologias de transmissão

RS485 é a tecnologia de transmissão geralmente utilizada no

Profibus DP. Utiliza um cabo de par trançado blindado e alcança taxas

de transmissão de até 12 Mbits por segundo.

A versão especificada recentemente RS485-IS, foi concebida como

um meio de transmissão com um cabo de quatro fios com tipo de

proteção EEx-i para utilização em áreas potencialmente explosivas. Os

níveis especificados de tensão e de corrente referem-se aos valores

máximos relativos à segurança e não devem ser excedidos nos seus

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dispositivos individuais ou durante a conexão no sistema. Ao contrário

do modelo FISCO, no qual o sistema tem somente uma fonte

intrinsicamente segura, neste caso todas estações representam fontes

ativas.

A tecnologia de transmissão MBP (Manchester Coded, Bus Powered,

designação prévia "IEC 1158-2 - Physics") está disponível para

aplicações em automação de processos com uma demanda para redes

de campo energizadas e com equipamentos intrinsecamente seguros.

Comparados aos procedimentos anteriormente utilizados, o

“Fieldbus Intrinsically Safe Concept” (FISCO) tem desenvolvimento

especial para interconexão de dispositivos de rede de campo

intrinsecamente seguros, consideravelmente simplifica o planejamento e

a instalação.

Transmissão em Fibra Óptica é utilizada para uso em áreas com

alta interferência eletromagnética ou onde são requeridas maiores

distâncias de rede.

b) Protocolos de comunicação

No nível de protocolo, PROFIBUS DP com suas versões o DP-V0 a

DP-V2 oferece um grande espectro de opções de comunicação entre

aplicações diferentes. Historicamente, o FMS foi o primeiro protocolo de

comunicação PROFIBUS, sua aplicação foi descontinuada e substituída

pelo protocolo DP, após a especificação de troca assíncrona de dados no

DP.

DP (Decentralized Periphery) é um meio de troca de dados de

processo simples, rápido, cíclico e determinístico entre o mestre de rede

e os seus declarados dispositivos escravos. A versão original, declarada

como DP-V0, foi expandida para incluir a troca de dados acíclica entre

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mestres e escravos, o que resultou na versão DP-V1. Uma posterior

versão, DP-V2 também está disponível o qual também prove

comunicação direta de escravo para escravo com ciclo de rede isócrono.

O protocolo de acesso ao barramento, camada 2 ou camada de

enlace (data link), define os procedimentos entre mestres e escravos e

os procedimentos de passagem de token para coordenação de vários

mestres na rede (figura 4). As funções da camada 2 também incluem

segurança dos dados e manuseamento dos frames de dados.

Muitas companhias oferecem chips ASIC que implementam

totalmente ou parcialmente o protocolo DP, tais chips são encontrados

em grande parte dos produtos PROFIBUS disponíveis no mercado.

A camada de aplicação, camada 7, define a forma e a interface para

o programa de aplicação. Ela oferece vários serviços para troca de

dados cíclica e acíclica.

Figura 4 – Configuração PROFIBUS com mestres ativos e escravos

Page 15: Apostila do treinamento profibus 2  instalação

c) Perfis

Perfis são as especificações definidas pelos fabricantes e usuários.

Especificações de Perfis definem os parâmetros e comportamento de

dispositivos e sistemas que pertencem a uma família de perfil construída

nos moldes de desenvolvimento e de conformidade, o qual facilita a

interoperabilidade de dispositivos, e em algumas instâncias,

intercambeabilidade de dispositivos na rede. Perfis levam em conta a

aplicação e as características especiais específicas do tipo dos

dispositivos de campo, controles e métodos de integração (engenharia).

O termo Perfil varia de somente algumas especificações para uma classe

específica de dispositivos até abrangentes especificações para

aplicações em uma indústria específica. O termo genérico utilizado para

todos os perfis é Perfis de Aplicação.

Uma distinção é feita então entre:

Perfis Gerais de Aplicação com opções de implantação em

diferentes aplicações (isto inclui, por exemplo, PROFIsafe, Redundância

e Time Stamp);

Perfis Específicos de Aplicação, o qual são desenvolvidos para

aplicações específicas como PROFIdrive, SEMI ou dispositivos PA e

Perfis de Sistema o qual descreve o desempenho específico do

sistema que está disponível para os dispositivos de campo.

1.5.

Page 16: Apostila do treinamento profibus 2  instalação

Transmissão de dados - camada física PROFIBUS

a) RS485

O padrão RS485 é a tecnologia de transmissão mais

freqüentemente encontrada no PROFIBUS. Sua aplicação inclui todas as

áreas nas quais uma alta taxa de transmissão aliada à uma instalação

simples são necessárias. Um par trançado de cobre blindado com um

único par condutor é o suficiente neste caso.

O uso de par trançado não requer nenhum conhecimento ou

habilidade especial. A topologia, por sua vez, permite a adição e

remoção de estações, bem como uma colocação em funcionamento do

tipo passo-a-passo, sem afetar outras estações. Expansões futuras,

portanto, podem ser implementadas sem afetar as estações já em

operação.

Uma nova opção é a habilidade de RS485 também operar em áreas

intrinsecamente seguras.

Taxas de transmissão entre 9.6 kbit/sec e 12 Mbit/sec podem ser

selecionadas, porém uma única taxa de transmissão é selecionada para

todos dispositivos no barramento, quando o sistema é inicializado.

Até 32 estações podem ser conectadas diretamente. O máximo

comprimento de linha permitido depende da taxa de transmissão. Estas

e outras propriedades estão resumidas na tabela 5.

Todos os dispositivos são ligados a uma estrutura de tipo

barramento linear. O barramento contém um circuito terminador ativo

no início e no fim de cada segmento. Para assegurar uma operação livre

de erros, ambas as terminações do barramento devem estar sempre

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energizadas, garantindo-se assim potencial pré-determinado de circuito

aberto no barramento. Normalmente estes terminadores encontram-se

nos próprios conectores de barramento ou nos dispositivos de campo,

acessíveis através de uma dip-switch. No caso em que mais que 32

estações necessitem ser conectadas ou no caso em que a distância total

entre as estações ultrapasse o limite estabelecido, devem ser utilizados

repetidores (repeaters) para se interconectar diferentes segmentos do

barramento.

Figura 5 – Fiação e terminação de rede para tecnologia de transmissão RS485

A tabela 4 indica a pinagem completa em conectores PROFIBUS DP

do tipo DB de 9 pinos:

Pino Sinal Significado 1 Shield Blindagem 2 M24 Referência para 24V 3 RxD/TxD-P * Receive/Transmission + (vermelho) 4 CNTR-P Sinal de controle para repetidores (direção) 5 DGND * Referência para 5V

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6 VP * +5V 7 P24 +24V 8 RxD/TxD-N * Receive/Transmission – (verde) 9 CNTR-N Sinal de controle para repetidores (direção)

* Sinais obrigatórios

Tabela 3 – Pinagem em conectores SUB D de 9 pinos

A blindagem do cabo deve ser conectada à blindagem do conector

para prevenir o acoplamento de ruídos eletromagnéticos no sinal. Cada

estação escrava deve ter, portanto, um conector fêmea DB de 9 pinos e

fornecer para a linha os potenciais de 5V (VP) e DGND através dos pinos

6 e 5 de forma a ser adequada a operação dos terminadores de linha.

O sinal 5V (VP) deve ser capaz de entregar no mínimo 10mA para

alimentar os terminadores de linha, que podem estar fisicamente

localizados no conector (usualmente) ou no próprio transmissor.

Figura 6 – Exemplo de conector PROFIBUS DP tipo DB de 9 pinos

Page 19: Apostila do treinamento profibus 2  instalação

No caso de redes com taxas de comunicação superiores a 1.5

Mbits/s, a seguinte configuração de terminação deve ser utilizada para

se compensar reflexões de sinal causadas pela carga capacitiva das

estações:

Figura 7 – Conector e pinagem para altas taxas de transmissão

Diferentes tipos de cabos (designados de tipos A – D) para

diferentes aplicações estão disponíveis no mercado para conectar

dispositivos e elementos de rede (acopladores de segmento, links e

repetidores). Quando se utiliza o RS485, a PROFIBUS Internacional (PI)

recomenda o uso de cabo tipo A.

B A B A

390Ω 220Ω 390ΩVp DGND

L = 110nH cada

TxR N

TxR P

Page 20: Apostila do treinamento profibus 2  instalação

Taxa de transmissão (Kbit/s) Alcance do seguimento (m)

9.6; 19.2; 45.45 1200 93.75; 187.5 1000

500 400 1500 200

3000; 6000; 12000 100 Estes valores referem-se à utilização de cabo tipo A, com as seguintes características: Impedância: 150 Ohm (3 a 20 MHz) Capacitância: < 30 pF/m Resistência de Loop: < 110 Ohm/Km Diâmetro do condutor: > 0,64 mm Área do condutor: > 0,32 mm2

Tabela 4 – Tipos de cabos e taxas de transmissão e alcance para cabo tipo A

A capacitância típica de um transmissor conectado (conector, driver

RS485, componentes, etc.) é de 15 a 25 pF. Se um conector alternativo

ao DB9 fêmea for utilizado, o fabricante deve garantir que os níveis de

reflexão não extrapolem os limites definidos por norma.

Durante a instalação, observe atentamente a polaridade dos sinais

positiva e negativa de dados (pinos 3 e 8). O uso da blindagem é

Page 21: Apostila do treinamento profibus 2  instalação

absolutamente essencial para se obter alta imunidade contra

interferências eletromagnéticas. A blindagem por sua vez deve ser

conectada ao sistema de aterramento em ambos os lados através de

bornes de aterramento adequados. Adicionalmente recomenda-se que

os cabos de comunicação sejam mantidos separados dos cabos de alta

voltagem, com uma distância mínima de 50cm. O uso de cabos de

derivação deve ser limitado a 500m nas taxas de comunicação até 18,2

Kbit/s, 100m em 93,75 Kbit/s, 20m a 500 Kbit/s e 6,6m a 1.5 Mbit/s e

evitado para taxas de transmissão acima de 1,5 Mbits/s, e, conforme

citado anteriormente, é necessário o uso de terminadores de

barramento. Os conectores disponíveis no mercado permitem que o

cabo do barramento entre e saia diretamente no conector, permitindo

assim que um dispositivo seja conectado e desconectado da rede sem

interromper a comunicação.

Para conexões em locais com grau de proteção IP20, utilizam-se

conectores tipo DB9, já no caso de grau de proteção IP65/67, existem

três alternativas para a conexão:

• Conector circular M12 (IEC 947-5-2);

• Conector HAN-BRID, conforme recomendação DESINA;

• Conector híbrido SIEMENS.

Nota-se que quando problemas ocorrem em uma rede PROFIBUS,

cerca de 90% dos casos são provocados por incorreta ligação e/ou

instalação. Estes problemas podem ser facilmente solucionados com o

uso de equipamentos de teste, os quais detectam falhas nas conexões.

É possível conectar até 126 estações em um sistema PROFIBUS.

Para ser capaz de operar com este número de estações, o sistema deve

ser dividido em segmentos individuais, conectados por repetidores. Em

cada segmento podem se conectar até 32 estações, inclusive o

Page 22: Apostila do treinamento profibus 2  instalação

repetidor. É possível a configuração de segmentos sem estações, de

forma a cobrir longas distâncias. Com o uso de fibras óticas, é possível

que estações escravos se distanciem alguns kilômetros.

Redes PROFIBUS DP trocam dados segundo a codificação NRZ (Non

Return to Zero), onde o nível de tensão na linha não se anula durante

transmissão de bits 0 ou 1 ou durante os períodos entre mensagens.

No PROFIBUS, um caractere é formado por 11 bits (1 start bit, 8

bits de dados, 1 bit de paridade e 1 stop bit).

Figura 8 – Codificação NRZ

b) Codificação MBP

O MBP (Manchester Coded Bus Powered) é o protocolo da camada

física utilizada em redes PROFIBUS PA. Apresenta os seguintes

atributos:

• Codificação “Manchester Coded” (M), e

• Barramento energizado (“Bus Powered”, BP) entre 9 e 32Vcc.

Page 23: Apostila do treinamento profibus 2  instalação

Esta codificação é adotada para a transmissão em sistemas

intrinsecamente seguros conforme as normas “IEC 61158-2”.

Figura 9 - Codificação Manchester

A MBP é uma transmissão síncrona com uma taxa de transmissão

definida em 31.25 Kbit/s e codificação Manchester modulada em

corrente (750mV a 1V sobre uma carga equivalente de 50Ω). Esta

tecnologia de transmissão é freqüentemente utilizada em automação de

processos por ser projetada para, e satisfazer, as demandas

fundamentais de indústrias desta natureza. As características desta

tecnologia de transmissão são resumidas na tabela 5. Isto significa que

PROFIBUS também é adequado para áreas potencialmente explosivas e

pode ser intrinsecamente seguro.

MBP RS485 RS485-IS Fibra Óptica Transmissão de dados

Digital, síncrona,

codificação Manchester

Digital, assíncrona,

sinais diferenciais,

NRZ

Digital, assíncrona,

sinais diferenciais, NRZ

Óptica, digital, NRZ

Taxa de Transmissão

31.25Kbits/s 9.6Kbits/s a 12Mbits/s

9.6Kbits/s a 1.5Mbits/s

9.6Kbits/s a 12Mbits/s

Segurança Preâmbulo, HD=4, bit de HD=4, bit de HD=4, bit de

Page 24: Apostila do treinamento profibus 2  instalação

dos dados proteção de erros,

delimitadores de início e fim

paridade, delimitadores

de início e fim,

checksum

paridade, delimitadores de

início e fim, checksum

paridade, delimitadores

de início e fim,

checksum Cabo Par trançado

blindado Par trançado blindado, tipo

A

Par trançado blindado, 4 fios,

tipo A

Fibra Óptica multímodo ou monomodo, PCF, plástica

Tipo de proteção

Intrinsecamente segura (Eex

ia/ib)

Nenhuma Intrinsecamente segura (Eex ib)

Nenhuma

Topologia Linha e árvore com

terminação, podem ser combinadas

Linha com terminação

Linha com terminação

Estrela, anel e em linha

Número de estações

Até 32 estações por segmento, máximo de 126

por rede

Até 32 estações por segmento

sem repetidores, máximo de

126 por rede com

repetidores

Até 32 estações por segmento

sem repetidores, máximo de 126 por rede com repetidores

Até 126 estações por

rede

Número de repetidores

Máximo de 4 repetidores

Máximo de 9 repetidores

Máximo de 9 repetidores

Ilimitado

Tabela 5 – Tecnologias de transmissão (camada física) em PROFIBUS

Estruturas em árvore ou linear (e combinação das duas) são

topologias de rede suportadas pelo PROFIBUS com transmissão MBP.

Em uma estrutura linear, as estações são conectadas ao cabo ou

barramento principal através de conectores do tipo T, ou caixas de

junção. A estrutura em árvore pode ser comparada à técnica clássica de

instalação em campo. O painel de distribuição continua a ser utilizado

para a conexão dos dispositivos de campo e para a instalação dos

terminadores de barramento. Quando uma estrutura em árvore é

utilizada, todos os dispositivos de campo conectados ao segmento de

rede são interligados em paralelo no distribuidor.

Page 25: Apostila do treinamento profibus 2  instalação

Independente da topologia utilizada, o comprimento da derivação

da ligação deverá ser considerado no cálculo do comprimento total do

segmento. Uma derivação não deve ultrapassar 120m em aplicações em

áreas seguras ou 30m em aplicações em áreas classificadas.

Exemplos de ligações em árvore, linha ou combinação delas são

mostrados nas figuras 10a a 10d.

Figura 10a – Topologia PROFIBUS PA em árvore ou estrela

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Figura 10b – Topologia PROFIBUS PA em linha ou tronco

Page 27: Apostila do treinamento profibus 2  instalação

Figura 10c – Topologia PROFIBUS PA em linha e árvore

Page 28: Apostila do treinamento profibus 2  instalação

Figura 10d – Topologia PROFIBUS PA com a utilização de repetidores

Um par de fios blindados é utilizado como meio de transmissão, de

acordo com as especificações apresentadas na tabela 6.b. Ambas as

terminações do cabo principal do barramento devem ser equipados com

um terminador passivo de linha que consiste em um elemento RC em

série com R=100 Ω e C=1 µF. Tanto os couplers quanto os links

possuem o terminador de barramento integrados. Uma ligação com a

polaridade invertida no barramento não afetará o correto funcionamento

do mesmo, somente se os dispositivos de campo forem equipados com

sistemas automáticos de detecção de polaridade.

Page 29: Apostila do treinamento profibus 2  instalação

Figura 11 – Terminador passivo MBP

O número de estações que pode ser conectado a um segmento é

limitado a 32. Este número pode ser ainda mais reduzido em função do

tipo de classe de proteção à explosão. Em redes intrinsecamente

seguras, tanto a tensão máxima quanto a corrente máxima de

alimentação são especificadas dentro de limites claramente definidos.

Observe na tabela 6.a que mesmo nos casos em que a segurança

intrínseca não é utilizada, a potência da fonte de alimentação é limitada.

Tipo Área de Aplicação

Alimentação Corrente Máxima

Potência Máxima

No. Típico de

Estações I Eex ia/ib IIC 13.5V 110mA 1.8W 8 II Eex ib IIC 13.5V 110mA 1.8W 8 III Eex ib IIB 13.5V 250mA 4.2W 22 IV Não

intrinsecamente seguro

24V 500mA 12W 32

Esta especificação é baseada em consumo de 10 mA por dispositivo (típico).

Tabela 6.a – Alimentação padrão

Especificação Valores Tipo de Cabo 0,8 mm2 (AWG 18) Impedância 100 Ohm +- 20% (a 31,25KHz) Resistência em Loop 44 Ohm/Km Diâmetro 0,8 mm

Page 30: Apostila do treinamento profibus 2  instalação

Capacitância Máx 2 nF/Km Atenuação Máx 3 dB/Km Comprimento máximo 1900 m Cobertura da blindagem Min. 90%

Tabela 6.b – Especificação de cabo PA

De modo geral, para determinar o comprimento máximo da linha,

calcula-se a corrente consumida pelos dispositivos de campo, seleciona-

se uma unidade de alimentação, conforme tabela 6, e determina-se o

comprimento de linha para o tipo de cabo selecionado conforme tabela

7. A corrente necessária é obtida da soma das correntes básicas dos

dispositivos de campo do segmento selecionado, somada a uma reserva

de corrente de 9 mA por segmento. Ressalta-se que a distância mínima

recomendável entre cabos de energia e cabos PROFIBUS PA deve ser de

50cm.

Tipo I Tipo II Tipo III

Tipo IV Tipo IV Tipo IV

Tensão (v) 13.5 13.5 13.5 24 24 24 Soma das Correntes necessárias (mA)

≤110 ≤110 ≤250 ≤110 ≤250 ≤500

Comprimento da linha para seção de 0.8mm2 (m)

≤900 ≤900 ≤400 ≤1900 ≤1300 ≤650

Comprimento da linha para seção de 1.5mm2 (m)

≤1000 ≤1500 ≤500 ≤1900 ≤1900 ≤1900

Tabela 7 - Comprimentos de Linha para IEC 61158-2

A conexão em um barramento intrinsecamente seguro de

dispositivos alimentados pelo barramento e de dispositivos alimentados

externamente é possível somente se os dispositivos alimentados

externamente forem equipados com isolamento apropriado de acordo

com EN 50020. Deve ser considerada, entretanto, no cálculo da corrente

Page 31: Apostila do treinamento profibus 2  instalação

total, a corrente que o dispositivo com alimentação externa consome do

barramento.

O aterramento da malha de blindagem do cabo PROFIBUS PA deve

ser em um único ponto no terminal negativo da fonte de alimentação do

barramento, e não deve existir contato metálico entre a blindagem do

cabo e as carcaças dos instrumentos de campo, que por sua vez são

aterradas localmente.

O modelo FISCO consideravelmente simplifica o planejamento,

instalação e expansão de redes PROFIBUS em áreas potencialmente

explosivas.

c) Conexões entre redes RS485 e MBP

A tecnologia de transmissão intrinsecamente segura, MBP,

normalmente é limitada a um segmento específico (dispositivos de

campo em áreas classificadas) da planta, a qual é interligada ao

segmento RS485 (sistema de controle e dispositivos de engenharia na

sala de controle) por um acoplador de segmento ou por um link device.

Acopladores de segmento, ou Couplers, são conversores de sinais

que modulam os sinais de RS485 aos níveis de sinal MBP e vice-versa.

Do ponto de vista do protocolo os acopladores são transparentes e

passivos. Se acopladores de segmento são utilizados, a velocidade do

segmento RS485 ficará limitada à uma taxa máxima, como por exemplo

93.75 Kbit/s.

Links, ao contrário, têm sua própria inteligência. Eles mapeiam

todos os dispositivos de campo conectados ao segmento MBP e se

comportam como um simples escravo no segmento RS485. Neste caso

não existe limitação de velocidade no segmento RS485 o que significa

Page 32: Apostila do treinamento profibus 2  instalação

que é possível implementar redes rápidas, por exemplo, para funções de

controle, incluindo dispositivos de campo conectados em MBP.

Figura 12 – Topologia da planta com barramento de dispositivos de campo

energizados usando tecnologia de transmissão MBP

d) Fibra Óptica

Algumas condições de aplicações de rede de campo impõem

restrições à tecnologia de transmissão limitada por fios como as em

ambientes com alta interferência eletromagnética ou quando uma

grande distância necessita ser alcançada. A transmissão por fibra óptica

ou condutores ópticos (FOC ou Fibre-Optic Cable) é apropriada nesses

casos. A orientação PROFIBUS 2022 para a transmissão em fibra óptica

especifica a tecnologia disponível para esse propósito sem a necessidade

Page 33: Apostila do treinamento profibus 2  instalação

de alteração do comportamento do protocolo PROFIBUS, isto assegura a

compatibilidade retroativa com instalações existentes PROFIBUS.

Os tipos suportados de fibra óptica são apresenados na tabela 8. As

características de transmissão suportam estruturas do tipo estrela, anel

e linear.

Nos casos mais simples de redes sobre fibra óptica a

implementação é dada utilizando-se conversores elétrico-óptico (OLPs

ou Optical Link Plugs) conectados ao barramento RS485 e à fibra óptica.

Isso possibilita que se alterne entre RS485 e transmissão de fibra óptica

dentro de uma planta, dependendo das circunstâncias.

Existe no mercado existe um chip ASIC (Fiber Optical

Communication System Interface) com porta FOC, fornecido pela

Siemens, entretanto com esta tecnologia só é possível a configuração de

topologias do tipo em linha. Para a configuração de tipologias em anel, é

necessário o uso de repetidores que realizam a conversão do sinal.

Tipo da Fibra Diâmetro do núcleo (µm)

Alcance

Fibra de vidro multimodo 62.5/125 2 a 3 Km Fibra de vidro monomodo

9/125 > 15 Km

Fibra plástica 980/1000 < 80 m Fibra HCS 200/230 Até 500 m

Tabela 8 – Características das fibras ópticas

Page 34: Apostila do treinamento profibus 2  instalação

Anexo I1

1 - Tempos de operação da rede profibus

Segundo as normas PROFIBUS, para que a rede funcione de modo

adequado, sem colisões, atraso ou tempo ocioso, é definido um grupo

de parâmetros referente a tempo, que, obrigatoriamente, deve ser

obedecido por todas as estações-mestres e estações-escravas da rede.

Estes parâmetros de tempo são usados pelo FDL no gerenciamento

do tráfego de mensagens no barramento; alguns deles são calculados

pelo próprio FDL, enquanto outros são ajustados pelo usuário ou

calculados automaticamente através de ferramentas de configuração.

A unidade usada na medição desses parâmetros é a tBIT, o que

indica que qualquer outra unidade deve ser convertida para tBIT.

BIT TIME - tBIT

Bit Time é o tempo de transmissão de um bit, parâmetro

diretamente relacionado ao baud rate em bit/s

tBIT = 1 / baud rate (Baud rate in Bits/s)

SLOT TIME (TSL)

1 Valéria Paula Venturini. Desenvolvimento de um mestre PROFIBUS com a

finalidade de análise de desempenho. Dissertação (Mestrado) – Escola de Engenharia de São Carlos, Universidade de São Paulo, São Carlos, 2007.

Page 35: Apostila do treinamento profibus 2  instalação

O Slot Time (TSL) define o tempo máximo aguardado por um

reconhecimento ou resposta, após transmissão da mensagem. Se esse

tempo se expirar antes do reconhecimento ou resposta, a estação que

fez a requisição deve repetir o pedido, respeitando o número de

retransmissões suportadas.

LARGEST STATION DELAY RESPONDER (maxTSDR)

Máximo tempo que um escravo necessita para responder a uma

mensagem. Deve ser menor que o TSL.

SMALLEST STATION DELAY RESPONDER (minTSDR)

Mínimo tempo que um escravo espera para responder a uma

mensagem, este parâmetro é configurado no escravo pelo mestre.

Tipicamente é de 11 tBIT.

QUIET TIME (TQUI)

Tempo que a eletrônica ou o software do emissor de uma

mensagem leva para ligar o modo de escuta ou de recepção após o

envio da mensagem. Este parâmetro deve ser configurado em situações

de reflexões de sinais. Tipicamente é de 0 tBIT.

SETUP TIME (TSET)

É um tempo de espera adicional que começa a ser contado antes

do envio de uma mensagem. Geralmente é configurado em redes com

couplers DP/PA ou outros conversores de mídia. Deve ser configurado

Page 36: Apostila do treinamento profibus 2  instalação

no dispositivo que necessita de um tempo de setup longo (de acordo

com o manual).

DELIVERY DELAY (TID)

Tempo que um dispositivo leva para envias dados de rede para seu

software de aplicação.

TARGET ROTATION TIME (TTR)

O parâmetro Target Rotation Time (TTR) define o tempo máximo

esperado para que o token circule entre todas as estações-mestres do

anel e retorne ao seu mestre inicial, no entanto, alguns fatores podem

influenciar no tempo de ciclo do token, como por exemplo, o baud rate,

número de mestres e de escravos com troca de dados cíclicos.

O ajuste do TTR deve ser feito pelo usuário ou automaticamente

pela ferramenta de configuração e deve assegurar que cada estação-

mestre do anel disponha de tempo suficiente para executar suas tarefas

de comunicação.

Tqui

min TSDR

max TSDR

Response Frame

Tid1

Request Frame

Page 37: Apostila do treinamento profibus 2  instalação

GAP UPDATE TIME (TGUD)

O parâmetro Gap Update Time (TGUD) determina o momento em

que se deve iniciar a atualização da GAPL. Se durante a rotação do

token não houver tempo suficiente para manutenção da rede, deve-se

atualizar o GAPL na próxima rotação do token.

TGUD = GAPFATOR * TTR.

O parâmetro GAPFATOR deve ser configurado pelo o usuário que

indicará o número de rotação do token, que deve ocorrer antes de se

expirar o tempo do TGUD.

HIGHEST STATION ADDRESS (HSA)

Este parâmetro refere-se ao máximo endereço na rede que um

mestre procurará por outros mestres. A diminuição deste endereço

torna o reconhecimento de mestres mais rápido. Um meste com

endereço maior que o HSA não será identificado na rede. O padrão é

126.

TIMEOUT TIME (TTO)

Se no decorrer do tempo definido por este parâmetro nenhuma

mensagem for transmitida no barramento, o temporarizador se expira e

um erro ocorre. Normalmente, um valor diferente para esse parâmetro

é definido para cada estação da rede, de acordo com o endereço das

mesmas.

Page 38: Apostila do treinamento profibus 2  instalação

MAXIMUM RETRIES (Max Retries Limit)

Ajusta o número de tentativas de envio quando um destinatário não

responde a mensagem. Deve ser aumentado pelo usuário em redes

expostas a altos níveis de distorção. O tempo de ciclo da rede é

prejudicado por repetições de mensagens.

WATCHDOG

Tempo de supervisão que o mestre envia para todos os escravos

que configura. Se dentro deste tempo o escravo configurado não for

solicitado pelo mestre, ele deixa o modo de troca de dados. Quando

calculado pela ferramenta de configuração, este tempo é de 6 x o pior

caso do tempo de ciclo.

2 - Estrutura das mensagens

O protocolo PROFIBUS disponibiliza cinco tipos de estruturas de

mensagens, todas elaboradas conforme o serviço.

Page 39: Apostila do treinamento profibus 2  instalação

Representação da estrutura das mensagens

A Figura a seguir mostra o significado de cada byte da mensagem.

Descrição dos bytes da mensagem

Page 40: Apostila do treinamento profibus 2  instalação

Bibliografia

Manfred Popp. The New Rapid Way to PROFIBUS DP. From DP-

V0 to DP-V2. PROFIBUS Nutzerorganisation e. V. 2003.

PROFIBUS Technology and Application. System Description. PROFIBUS International Support Center. 2002.

Valéria Paula Venturini. Desenvolvimento de um mestre PROFIBUS com a finalidade de análise de desempenho. Dissertação (Mestrado) – Escola de Engenharia de São Carlos, Universidade de São Paulo, São Carlos, 2007.

Roberto Pinelli e Dennis Brandão. Apostila do Treinamento Integradores Profibus. Associação Profibus do Brasil. 2007