Upload
orlando-simoes
View
191
Download
1
Embed Size (px)
DESCRIPTION
O termo Cyberpunk ou Ciberpunk foi cunhado por Bruce Bethke, amigo de Gibson cujo computador havia sido alvo de ataques de hackers a quem ele chamou de cyberpunks, numa analogia entre o ato cibernética e o ato punk de detonar com tudo. Não poderia ter sido melhor. A premissa geral do subgênero ganhou força em outras mídias como as Hqs e o cinema, nos quais houve muitos desdobramentos além da Literatura, bem como a criação de novos conceitos até o surgimento de pós-Cyberpunk nos últimos anos do século XX com obras como a trilogia Matrix que copia na cara dura o termo utilizado por Gibson para se referir ao Cyberespaço, o mundo Virtual de Neuromancer.
Citation preview
Cibercultura:
Do Cyberpunk de William Gibson
até a Web
Contexto prévio
“Muito antes da internet se firmar, Gibson já delatava uma rede
interplanetária de planetas Terra, uma espécie de deslado das
utopias sociais surgidas no século XIX”
Sérgio Bairon
“Não se deve confundir cibercultura com uma subcultura
particular, a cultura de uma ou algumas tribos. Ao contrário, a
cibercultura é a nova forma da cultura”
Pierre Lévy
Contexto prévio
-Ficção científica tradicional
-Utopias futuristas
-Mega-cidades
-Tecnologias extrapolativas (teletransporte)
-Viagens espaciais
-Robôs
-Vida alienígena
Distanciamento da realidade, pouco reconhecimento, temas complexos,
narrativas com carga psicológica, base nas metanarrativas.
Autores de referência • Isaac Asimov (Eu, robô; Saga da Fundação; Os próprios deuses; o Fim da Eternidade)
• Arthur C. Clarke (Tetralogia Rama; O fim da Infância; A cidade e as estrelas; 2001: uma odisseia no espaço)
• H. G. Wells (A ilha do Dr. Moreu; A guerra dos Mundos; A máquina do tempo)
• Philip K. Dick (O caçador de androides; Valis; O home do Castelo alto)
• Stanislaw Lem (Solaris)
• Ursula K. Leguin (A mão esquerda da escuridão)
• Frank Herbert (saga Duna)
• Aldous Huxley (Admirável Mundo Novo),
• Ray Bradburry (Fahrenheit 451),
• George Orwell (1984)
Panorama do movimento punk inglês na década de 70:
-Atitude, revolta, faça você mesmo, agressividade visual e postura de não
aceitar o “sistema”.
-Ser punk era ter atitude, acreditar na anarquia política, simplicade musical,
ideologia do Do it yorself.
-Surgimento de bandas emblemáticas do movimento punk como The Clash e
principalmente os Sex Pistols (Johnny Rotten como representante perfeito da
atitude e visual punk).
Contexto do surgimento:
Autores do Ciberpunk:
-William Gibson
-Bruce Sterling
-Rudy Rucker
-Lewis Shiner
-John Shirley
Cyberpunk/ Ciberpunk
-Termo cunhado por Bruce Bethke.
-Neologismo que exprime atitude punk intimamente ligada a alta
tecnologia.
-Lançamento da coletânea Mirrorshades no ano de 1986.
-Não há necessariamente um cenário fechado nem um conjunto de
características específicas demais em torno das quais os autores precisem
se pautar.
Os primeiros passos:
Blade Runner, uma influência Ano de lançamento: 1982 (dois anos antes de Neuromancer)
Levemente inspirado no romance no romance Do Androids Dream of Electric
Sheep?, de Philip K. Dick
Futuro distópico, andróides, corporações, viagens espaciais, cidades caóticas e
clima inconstante
Contexto do surgimento:
O Sprawl, área metropolitana que vai de Boston até Atlanta, coberta por imensas
construções na forma de cúpulas, similares a tendas, inclusive simulante até
ecossistemas com chuva e ventos artificiais.
Comumente o Sprawl é chamado de BAMA, sigla em inglês para Boston-Atlanta-
Metropolitan-Axis, em tradução livre: Eixo Metropolitano Boston-Atlanta
Neuromancer e a trilogia do Sprawl:
Neuromancer é lançado no ano de 1984 (dois anos antes de Mirrorshades):
“Cenários futuristas velhos e sujos, caindo aos pedaços; onde computadores
modernos se misturam a tradições orientais e hackers são os mocinhos, lutando
contra mega-corporações transnacionais corruptas”
-Um futuro indefinido, situado em algum momento do século XXI, grandes cidades
interligadas por mega-estruturas, domos e cúpulas, pontes-cidades, prédios-floresta
(conceito de arcologia), tecnologia de ponta contrastando com sucateamento.
Neuromancer e a trilogia do Sprawl:
-Empresas reais existindo ao lado de empresas fictícias
criadas por Gibson.
Surgimento termo Cyberespaço, também chamado de Matrix,
termo que mais tarde foi apropriado pelos irmãos Wachowski
para sua trilogia.
Personagens:
• Case, um cowboy de console (hacker)
• Molly Millions (samurai das ruas, ciborgue)
• Armitage (militar de identidade desconhecida)
• O Irlandês (traficante de informação do submundo)
• Wintermute (inteligência artificial)
Conceitos, previsões e extrapolações
• Grupos de guerrilha e protesto midiático – Modernos panteras. (ação de
mobilização através do cyberespaço)
• Reality Shows através da Sense/Net. (google glass, live cams)
• Medidas de proteção anti-invasão virtual denominado de ICE (Intrusion
Countermeasures Eletronics). (Paralelo dos firewall)
• Modificações corporais – Body modification. (ciborguização, aperfeiçoamento,
próteses e implantes, utilização de dispositivos)
• Utilização em tempo real e quase integral de dispositivos móveis de
comunicação e acesso ao ciberespaço.
• Implantes de conexão no crânio e inserção de chips de informação chamados
de Microsoft.
As I.As buscando independência e liberdade
*Neuromancer, Count Zero e Mona Lisa Overdrive
Neuromancer e a trilogia do Sprawl*:
O livro de Gibson descrevia pela primeira vez – na ficção
científica ou fora dela – a possibilidade de um mundo
completamente interconectado;
A comunicação universal, sem fronteiras, propiciada pelo
ambiente virtual e surreal que Gibson chamou de Ciberespaço –
Uma realidade consensual, ou, mais adequadamente, em suas
palavras:
“Uma alucinação consensual vivida diariamente por bilhões de
operadores autorizados (...) Uma representação gráfica de dados
abstraídos dos bancos de todos os computadores do sistema
humano.”
William Gibson realizou trabalho de pesquisa cultural, antecipou
comportamentos, tendências e atitudes (Coolhunting).
Neuromancer e a trilogia do Sprawl:
Neuromancer e a trilogia do Sprawl:
O que veio antes - Cinema: Blade Runner, o filme
O que veio depois - Cinema: Robocop
O que veio depois: Johnny Mnemonic
O que veio depois - Cinema: Trilogia Matrix
O que veio depois - Anime: Serial Experiments LAIN
O que veio depois - Anime: Akira
O que veio depois - Anime: Ghost in the Shell
O que veio depois - Game: Deus Ex Human
Evolution
O que veio depois - Game: Shadowrun
O que veio depois - Quadrinhos: Ghost Rider 2099
O que veio depois: Influência para a moda
“As modas varriam a juventude do Sprawl à
velocidade da luz; subculturas inteiras
podiam surgir de um dia para o outro,
florescer por algumas semanas e
desaparecer sem deixar rastro”
William Gibson
O que veio depois: A Web...
Mídias sociais
Compartilhamento de arquivos via P2P
Stream de vídeo praticamente em tempo real
Banda larga
Sujeitos de múltiplas personalidades e fragmentado
Realidades virtuais simplificadas nos games on line
Comércio eletrônico
Dependência direta de equipamentos portáteis (revisão do
conceito de cyborg – cyber organism
Seres híbridos num mundo híbrido
Realidades virtuais e redes de contato diversificadas
Inteligências artificiais (bots)
Tráfego de informação infinito
Acesse: www.pontozero.net.br
Email: [email protected].