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Criatividade: um caminho para a excelência criativa
Michael Conrad – Alemanha (Berlin School)
• Mesmo a empresa bem sucedida no mundo digital está usando mídia tradicional (anúncio do I-Phone em jornal)
• Não olhar mais as pessoas como “consumidoras” e, sim, como pessoas
Para medir a qualidade do trabalho
10 - Mais inspiradoras do mundo9 - novo padrão na comunicação (Dove)8 – novo padrão na categoria7 – excelência na confecção6 – ideias novas, frescas5 – estratégia inovadora4 – clichê3 – não competitiva2 – destrutivo1 – detestável
(peça notas à equipe, e veja onde ele se encaixa)
• Hoje não é caro fazer experiências: você lança a ideia e aprende com ela (O Melhor Emprego do Mundo)
• Necessidade de briefings mais completos, que vão além dos números
• Ex: Air Jordan, Pepsi (arqueólogo), Apple (Big Brother), Coca Cola (ursinhos)
Dereck Lockwood - Nova Zelândia (Saatchi&Saatchi/EUA)
• The Edge (a “extremidade”, “periferia”)• Os mercados mais distantes estão desafiando os
mercados de centro• Os mercados das “extremidades” tem sido mais criativos• O que está acontecendo no centro?
– Foram bom demais por muito tempo; ficaram complacentes ou perderam o interesse
– O centro é mais atingido por crises econômicas– O centro perdeu contato com o consumidor, está mais “distante”– O centro tornou-se um “mar de clones”; os clientes estão
inseguros e repetem fórmulas para se sentirem seguros
6 razões pelas quais a periferia faz a diferença
– Está plugada, não precisa estar no centro para se informar
– Tem a atitude de confiar em suas capacidades
– Gosta de explorar o lado emocional; ama o poder da emoção
– The Edge celebra a cor e a sua cultura; tem a disposição de expressar suas características (xixi no banho)
– Está aberta à colaboração; sabe que não tem todas as respostas e procura a colaboração; o centro se sente proprietário da informação
– Tem a atitude de realizar
5 coisas para se manter na “periferia”
– Siga a arte contemporânea; tentar não parecer anúncio
– Aja depressa; coloque a ideia na mesa rapidamente
– Se livrar da estrutura, reduzir a hierarquia; é preciso abrir os ouvidos, ouvir o outro
– Combinar diferentes tipos de talentos (mix up talent); procurar pessoas não disciplinadas ao processo (artistas esquisitos)
– Celebrar a diversidade
Luciana Feres – Coca-Cola
• A Coca-Cola quer influenciar a cultura• Foi a primeira a materializar Papai Noel (anos 30); usou
Papai Feliz, ao invés da imagem tradicional religiosa (São Nicolau)
• Foi a primeira a trazer a mulher para a comunicação• Década de 60: primeira presença de negros na
comunicação• Durante a Guerra Fria, comercial com jovens de todo o
mundo cantando juntos• Anos 80 – ursinhos• Andy Warhol usou a Coca-Cola como ícone para a Pop-
Art• Anos 2000: Coke Way of Life – Big Splash
Profissionais de Criação: o que você sabia antes não serve mais.
Alejandro Cardoso (Publicis México), Gaston Biggio (Ogilvy Buenos Aires), Sérgio Gordilho (África-Brasil)
• As mudanças não estão apenas na tecnologia disponível, mas no consumidor; não é questão de tecnologia, mas de “humanologia”: o ser humano mudou
• O consumidor quer partilhar
• A comunicação precisa gerar conversa(Filmes BMW, que os jurados não permitiram concorrer em
Cannes por não saberem onde eles se enquadravam)
- I-PAD: o que será dos criadores daqui a 10 anos?
- Existe uma nova linguagem no mundo
- Somos parte de um grupo, não apenas indivíduos
- Prestar atenção a 3 desafios: pensamento multiponto de contato, existe um pensamento interdisciplinar (mais que multidisciplinar), espírito de cooperação
- É preciso um briefing novo: na agência (Publicis) usam sociólogos, antropólogos, artistas, planejadores, todos juntos
- “crazy idea”: o pub que viajava pelo mundo; não foi pensada para ser veiculada na TV mas, sim, para ser notícia na tv (Speight´s)
• Não existem fórmulas para o novo; se há uma fórmula, já não é novo
• COMO É O NOVO CRIATIVO?
– Visão, honestidade, energia, otimismo, humildade, ambição, habilidade: tudo isso não é mais suficiente
– Hoje é preciso ser um “creative hacker”; saber como entrar nos sistemas, se infiltrar, gerar ideias “abaixo do radar”
– Os “creative hackers” são um pouco de tudo: comunicadores, psicólogos, planejadores, artistas, e hackers
– Se estamos diante de algo que não conhecemos e não sabemos como fazer, é porque é algo muito bom
– Em uma agência é preciso integrar todas as pessoas,e não apenas o departamento de criação; mas não se trata apenas de “reunir” todo mundo: as pessoas devem ter o que trocar
• Se as pessoas estão mudando, os profissionais de comunicação não tem outra escolha
• Filme “9 Meses”; campanha Google (Search)
• O conteúdo vem da experiência; o meio vem dos jovens; é importante encontrar esse equilíbrio
• Uma marca não consegue esconder mais nada; a verdade não vem mais da marca: a verdade está saindo do consumidor
Ideias x Custos• Sloan Schroeder (Crispin Porter & Bogusky – EUA) / Joshua S. Reynolds –
Goodby, Siverstein and Partners (EUA) / Kira Carstensen (Supply+Demand – EUA) / João Daniel Thikhomirof (Mixer – Brasil)
• Preço, qualidade, velocidade: você precisa desses 3 elementos
• Trabalham com equipes terceirizadas no mundo todo
• A crise financeira gerou a Nouvelle Vague, no cinema; a crise atual tem gerado uma propaganda mais documental
• 50% da produção hoje em dia tem aspecto documental: pessoas de verdade (formato Internet?)
• A produção precisa ser parte criativa no processo
• Mais qualidade na execução (discussão, produção, finalização) significa mais tempo para realizar, mas menos dinheiro
• 50% da comunicação será digital em 3 anos
• Digital não é só internet
Tudo ao mesmo tempo agora, mascom um objetivo comum (Diego Luque – Nike)
• Muitas marcas se constroem a partir da “consistência”; a Nike se construiu em cima de suas contradições
• O pedido de “consistência” geralmente vem do Marketing; a Nike não é marketing
• A Nike comunica inovação; esse é o cerne, a alma da empresa
• A Nike se contradiz permanentemente; ao se contradizer, contradiz também o mercado
• A Nike fala dos heróis individuais, dos heróis do dia a dia; não deixou Tiger Woods, Ronaldo, Lance Armstrong
• Ao mesmo tempo, Nike fala de equipe, e assim se aproxima das comunidades esportivas
• Anos 80: a época do “ter”: a ideia era a de que ao comprar o produto você seria feliz; formato videoclipe; na época já contradisse o mercado, fazendo um filme que brincava com o formato (André Agassi)
• Anos 90: a época do “ser”: Nike fez filmes com atletas caindo, se machucando, etc
• Anos 00: a época do Share (participar, estar presente, parceria): a ideia é participar das comunidades esportivas, das redes sociais, compartilhando e ajudando os participantes a compartilharem entre eles.
• Nike com chip que mede frequências, passadas, distâncias; se uniu à Apple para usar o IPod; a ideia não é vender um produto, mas oferecer também “experiências” com a marca
• Para a Nike, a Copa do Mundo é digital
• Uma explosão de canais: de alguns “broadcasters” para milhões de canais
• O ambiente da mídia é fragmentado
• As pessoas produzem conteúdo espontaneamente; as próprias celebridades usam as redes sociais
• As pessoas podem acessar qualquer conteúdo, de qualquer lugar, a qualquer hora; nunca as pessoas tiveram tanto poder individual na comunicação
• Nenhuma mídia mata a outra: elas se integram
• Parte do sucesso da Nike está na “desordem” dentro da própria empresa
• Ainda não obtém sucesso em tudo que tenta na internet; às vezes algo dá errado; mas sabe que deve estar lá; se errarem, mudam a ideia
• Fazem muitas campanhas que não vendem mais tênis; falhar é tentar inovar; mas falhar mesmo é permanecer na zona confortável e não fazer nada
Case Unilever – Simon Clift(EUA)
• O papel das marcas está mudando com as midias digitais
• É uma tecnologia que usamos sem esforço
• Contou o caso do filho adotivo, e do gol do neto: em uma hora usando as mídias digitais, aprendeu mais sobre elas que em várias palestras
• O neto faz parte de uma geração que nunca vai usar uma enciclopédia, não usa relógio, acha cd coisa ultrapassada, nunca vai ler jornal, nunca vai mandar uma carta, e vai escolher o que vai assistir na Tv/web (Google anuncia plataforma nova)
• Como o 2º anunciante do mundo vai falar com essa geração?
• “Nós fazíamos anúncios lindíssimos, porque entendíamos o velho mundo”.
• Se não entendermos as mudanças seremos engolidos por elas
• Marcas e negócios tradicionais globais estão desaparecendo (Kodak, Blockbuster, etc)
• Nossos gerentes não usam as novas mídias; como lidar com isso?
- Wikipedia- Twitter- Rss reader- Perfil em redes sociais- Wii- Apps- SMS- Kindle- Blog- P2P service
(Quais desses você já utilizou)
- A Unilever tenta fazer a todo custo que seus gerentes utilizem essas ferramentas/serviços; faz imersão com os funcionários; se eles não sabem do que se trata, como vão conversar com consumidores e fornecedores?
- A mídia social obriga o profissional de Marketing a ouvir, ao invés de passar “sermão”
• Não procuramos mais as notícias: elas nos encontram; no futuro os produtos também irão nos encontrar, não ser procurados
• As novas tecnologias nivelam os orçamentos de mídia
• Dove tem o segundo vídeo de marca mais visto no mundo: 140 milhões de page views
• O vídeo mais visto é do Jib Jab: pessoa paga 5 dólares para por as carinhas nos vídeos (190 milhões de page views)
• Antes das novas mídias, se o consumidor estivesse insatisfeito escreveria para a empresa e talvez recebesse uma resposta; hoje ele tem mais poder e a empresa precisa ser transparente
• As marcas talvez não tenham interesse nos novos formatos; mas os consumidores tem interesse
• Algumas marcas vão desaparecer, outras vão crescer; depende do quanto estiverem dispostas a entender o novo consumidor
• As marcas precisam se importar com o que importa ao consumidor: sustentabilidade, causas sociais, desmatamento
• Não podem se interessar superficialmente; todas as empresas precisam repensar suas abordagens
• No passado Unilever usou pinturas clássicas para colocar marcas, fez com que pastores falassem que a limpeza é semelhante à divindade; foram armas da época
• Hoje as pessoas confiam muito menos nas empresas; o mundo digital é uma oportunidade de resgatar essa credibilidade
• Não é só fazer filantropia: o importante é que a marca pode ser um agente de mudança
• No Brasil e na Argentina as marcas tem mais credibilidade que os governos
• Sabão Lifebuoy – África: fizeram os filmes, veicularam na tv; em seguida veicularam nos celulares, percebendo que atingiriam mais pessoas
• Dove Onslaught: recebeu uma paródia do Greenpeace que foi visto por mais que o dobro das pessoas
• O “poder do consumidor” vai deixar de ser um clichê para se tornar realidade
• (video moça violino)
• Empresas se acham proprietárias das marcas, mas na verdade as marcas são dos consumidores
• TV ainda está viva e passa bem; mas está mudando radicalmente
• Canadá: 28% digital
• Alemanha: 2%
• Não é pelo desinteresse das pessoas e, sim, pela incompetência dos gestores
• Na Unilever colocaram metas para ampliar a participação digital
• A “geração perdida” dos marqueteiros: os que não compreenderam a importância e a grandeza das mudanças
• As agências brasileiras são otimistas, mas ingênuas; se comportam como se quisessem se tornar estrelas de rock dos anos 80
Robert Mckee (Eua)
• Toda mensagem fala sempre para duas pessoas: um ser pensante e um ser que sente
• A mensagem ideal apela aos dois• 3 modos de persuasão:
– Retórica: apelo à mente, à inteligência• Indutivo (isso existe, portanto...); cria provas
baseado em fatos• Dedutivo (parte do geral para o específico)• Causal (buscando causa e efeito)
– Emocional: apelo aos sentimentos• Coerção (apelo às emoções negativas, intimidação,
ameaças apela para o medo, a inveja; a política, por exemplo, usa muito)
• Sedução (apelo emocional positivo associações com lazer, família, natureza, pertencimento a um grupo; prazer físico – riso, comida, diversão; poder social; imagens de vitória; prazeres estéticos – arte, música; conhecimento; saúde; sexo; espiritual (pouco usado/valores morais) ex.: Bichinhos Parmalat, Apple Think Different
– Estória: apela para o emocional e o intelectual ao mesmo tempo
• Apela para a empatia, faz com que a pessoa viva aquela emoção; ex. Sukita
• Como as estórias funcionam– Personagem: centro da empatia, com o qual você
quer que a platéia se identifique– Tem uma vida + ou – dentro de uma normalidade;
acontece um incidente inicial, que tira a vida do “equilíbrio”
– Esse incidente pode ser positivo ou negativo– Personagem procura o objeto do desejo, que vai
restaurar o equilíbrio; o objeto do desejo deve estar associado ao produto
– O personagem encontra forças antagônicas, mas empreende uma ação suficiente para conseguir
– Dar ao espectador o prazer da compreensão intelectual
• As pessoas pensam na própria vida como se fosse uma história; a mente pensa no formato de histórias
• Quando os homens foram desbravar o mundo, criaram histórias:”vou atravessar o oceano, depois vou..., depois vou...”