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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA Computação Ubíqua Curso: Tecnologias da Informação e Comunicação Acadêmico: Diogo Librelon, 6º fase [email protected] 03/12/2012 “As tecnologias mais profundas e duradouras são aquelas que desaparecem, elas dissipam-se nas coisas do dia a dia até tornarem-se indistingüíveis”. Mark Weiser - 1952 a 1999 - Cientista Chefe do XEROX PARC - "O Computador do Século 21"

Computação ubíqua

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA

Computação Ubíqua Curso: Tecnologias da Informação e

Comunicação

Acadêmico: Diogo Librelon, 6º fase [email protected]

03/12/2012

“As tecnologias mais profundas e duradouras são aquelas que desaparecem, elas

dissipam-se nas coisas do dia a dia até tornarem-se indistingüíveis”. Mark Weiser -

1952 a 1999 - Cientista Chefe do XEROX PARC - "O Computador do Século 21"

1. Introdução

O conceito de computação ubíqua foi apresentando ao mundo por Mark Weiser cientista

chefe do Centro de Pesquisa Xerox PARC, em seu artigo “The Computer for the 21st

Century” publicado na Scientific American Magazine em setembro de 1991, ele

descreve e ilustra como computadores, dispositivos moveis e qualquer objeto que

obtenha capacidade computacional poderia realizar tarefas em um ambiente de trabalho

com auxilio de uma rede para mantê-los interconectados. A troca de informação

aconteceria com auxilio de alguma inteligência artificial implementada, oque

proporcionaria a adaptação por partes dos dispositivos com o ambiente ao redor

tornando a gestão dos dados e a tecnologia embarcada, imperceptível os usuários finais.

Segundo Araujo:

[...] Marc Weiser, considerado o pai da computação ubíqua,

vislumbrou há uma década atrás que, no futuro, computadores

habitariam os mais triviais objetos: etiquetas de roupas, xícaras de

café, interruptores de luz, canetas, etc, de forma invisível para o

usuário. Neste mundo de Weiser, devemos aprender a conviver com

computadores, e não apenas interagir com eles. (2003)

Figura 1 - Computação ubíqua

Fonte: “The Computer for the 21st Century”- Scientific American Magazine

2. A computação ubíqua, computação móvel e computação pervasiva.

Para construirmos o entendimento sobre a computação ubíqua, é necessário que outros

conceitos sejam introduzidos, oque compõem um cenário de pesquisa. Segundo Araujo

(2003), a computação ubíqua beneficia-se dos avanços da computação móvel e da

computação pervasiva.

A computação pervasiva propõe que de uma maneira imperceptível o ambiente que

envolver os dispositivos computacionais, tenha a capacidade de configurar e difundir os

dados que estarão sendo compartilhados e também possibilitar uma infraestrutura de

rede mais apropriada, criando uma modelagem computacional distinta para aquele

momento paras aqueles dispositivos, as aplicações seriam muito mais dinâmicas com o

mundo real e sua capacidade de conexão com outros dispositivos seria automática e

extremamente natural.(ARAUJO,2003)

A computação móvel traz o conceito de que dispositivos computacionais são capazes de

estarem presentes em qualquer lugar, pois sua transferência de um local para outro se

tornou fácil e assim podemos realizar tarefas computacionais a todo o momento, porém

com as limitações que o local ou a tecnologia empregada no seu dispositivo oferece

como acontece hoje com smartphones e notebooks.

Segundo Araujo:

[...] Uma importante limitação da computação móvel é que o modelo

computacional não muda enquanto nos movemos, isto é, o dispositivo

não é capaz de obter flexivelmente informação sobre o contexto no

qual a computação ocorre e ajustá-la corretamente. Numa solução para

acomodar a mudança de ambiente, os usuários poderiam manualmente

controlar e configurar a aplicação à medida que se movem o que seria

inviável e inaceitável pela maioria dos usuários. (2003)

Mais então oque realmente a computação ubíqua realiza quando aplicada sua

tecnologia, já que todo o trabalho de modelagem computacional em relação ao ambiente

em que os seres e os dispositivos estão envolvidos fica por conta da computação

pervasiva e móvel?

Como já frisa a citação feita a poucos, a computação ubíqua utiliza e gerencia as

vantagens dos conceitos de computação móvel e pervasiva, a junção das características

dos dois conceitos emerge o conceito de computação ubíqua. Segundo Araujo:

[...] computação ubíqua surge então da necessidade de se

integrar mobilidade com a funcionalidade da computação

pervasiva, ou seja, qualquer dispositivo computacional,

enquanto em movimento conosco, pode construir,

dinamicamente, modelos computacionais dos ambientes nos

quais nos movemos e configurar seus serviços dependendo da

necessidade. (2003)

Figura 2 - Computação Ubíqua

Fonte: Computação Ubíqua, Princípios, Tecnologias e Desafios – XXI Simpósio Brasileiro de Redes de Computadores. 2003.

Observando a tabela abaixo mostra as características de dimensão de cada conceito.

Figura 3 - Dimensões da Computação Ubíqua

Fonte: Computação Ubíqua por Fabiano L. Domingues (2008)

3. Computação ubíqua e seus princípios

Agora que contextualizamos os conceitos e criamos um entendimento dos mesmos,

indicarei os princípios da computação ubíqua, que caracterizam o seu funcionamento e

torna-se necessário apresenta-los.

Diversidade - Quando falamos de computação ubíqua devemos entender que a sua

proposta é que haja para cada tarefa realizada nos diferentes ambientes um dispositivo

computacional diferente, e que o gerenciamento nos requisitos de conexão e aplicação

desses dispositivos ocorra o mais rápido e fácil possível. Pode ser que dentro de uma

sala de aula aonde o principal objetivo é realizar anotações e acessar web, um tablet ou

um ultrabook possa atender melhor as necessidades dos alunos do quem um desktop,

mais se houver essa diversidade de hardware, como programar aplicações gerenciáveis e

interconectadas umas com as outras. ( WEISER,1991)

Descentralização – A computação ubíqua caracteriza-se como um modelo da

computação distribuída, e não era pra menos, pois pensar em toda essa tecnologia aonde

diferentes dispositivos funcionariam conectados é logico concluir que servidores

poderosos e altamente flexíveis atuariam para a persistência dos dados de usuários

conectados e estas redes. Modelos computacionais distribuídos carregam a característica

de dividir o processamento para obter ganho no desempenho, porem no caso da

computação ubíqua a todo o momento essa divisão acontece não só no processamento

mais também sobre uma rede dinâmica de conexão inteligente aonde cada dispositivo

pode auxiliar em decisões sobre tarefas autônomas, oque será uma grande desafio para

as aplicações em questão de gerenciamento de todas essas informações.

( WEISER,1991)

Conectividade – As conexões na computação ubíqua funcionam de maneira aberta e

livre aonde os softwares implementados nos dispositivos computacionais tem a

característica altamente móvel, o principio é que o usuário estará conectado a todos os

momentos, em qualquer rede que estiver disponível e é necessário que aconteça uma

padronização para comunicação destes dispositivos. ( WEISER,1991)

4. Conclusão

A computação ubíqua mostra-se uma área de grande expansão de pesquisa, sem duvidas

a computação distribuída que hoje é estudada será uma das características mais

explorada no desenvolvimento de novas aplicações e tecnologias para este segmento.

Como pudemos observar no estudo realizado a mobilidade e a pervasividade são as

bases da computação ubíqua aonde modelos computacionais distribuídos são claramente

inseridos em ambos os conceitos, o desenvolvimento de middlewares, tecnologia de

redes e computação distribuída, é o que podemos afirmar que terá uma grande atenção

nos centros de pesquisa, afinal integrar e criar ambientes ubíquos não será de baixa

complexidade. A alta complexidade é uma realidade no estudo e desenvolvimento de

ambientes distribuídos isso sempre é reforçado em sala de aula, para a computação

ubíqua não será diferente, novos desafios estão para ser superados, oque refletirá

diretamente na qualidade de vida das pessoas e sua convivência e relação com a

computação.

5. Cenário. Potencializando as atividades de um executivo

Um exemplo para refletirmos: Imagine que um usuário utilizando seu tablet dentro de

uma sala de reuniões, os arquivos da ultima campanha de marketing precisam ser

compartilhados com todos. Este usuário necessita deixar às pressas a reunião para pegar

sua filha na escola, assim que deixasse a sala de reunião, automaticamente a tecnologia

implementada na rede e sua aplicação hospedeira “entenderiam” que um dos

participantes da reunião está fora da sala, assim o áudio da discussão dentro da sala

começaria a ser transmitido em seu fone, já as fotos da campanha não poderiam ser

repassadas para ele no caminho do corredor, elevador, pois a largura de banda nestes

locais não é suficiente para trabalhar com imagens de alta definição. Assim que o

usuário entrar no carro o áudio da reunião transmitido pelo fone será agora sendo

transmitido pelas caixas de som de seu veículo. Somente quando o usuário estiver na

sala de espera do colégio de sua filha e que a aplicação do seu tablet automaticamente

fara a transferência e a renderização das imagens na tela do seu tablet, pois lá a banda de

internet seria suficiente, ou seja , quando digo automaticamente é sem nenhum tipo de

interação do usuário com qualquer configuração técnica no dispositivo, simples,

apareceria uma mensagem na tela informando que as imagens estão disponíveis, e se ele

deseja, ver quais foram os últimos pontos discutidos na reunião que ele deixou há

poucos minutos.

Referências:

Araújo, R. B. (2003). Computação Ubíqua: Princípios, Tecnologias e Desafios. In:

Simpósio Brasileiro de Redes de Computadores. (Org.). Computação Ubíqua:

Princípios, Tecnologias e Desafios. 1 ed. Natal - RN: SBRC2003, p. 45 - 115.

Weiser, M. (1991), “The Computer for the 21st Century”, Scientific American,

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http://wiki.daimi.au.dk/pca/_files/weiser-orig.pdf Acesso em 30/11/2012

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http://www.ceavi.udesc.br/arquivos/id_submenu/387/diogo_floriano_marcelo_kahl_co

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Internacional de Defesa Civil – DEFENCIL São Paulo 20, Novembro (2009).

Disponível em:

http://www.defesacivil.uff.br/defencil_5/Artigo_Anais_Eletronicos_Defencil_14.pdf.

Acesso em 30/11/2012.