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Créditos de Carbono Conceito Sequestro de Carbono Adicionalidade Linha de Base IPCC UNFCCC MDL Gases de Efeito Estufa Projetos em MDL Metodologia Abordagem de Referencia Autoridades que gerenciam o andamento dos projetos Conselho executivo do MDL AND Brasil EODs (Entidades Operacionais Designadas) Conferencia das Partes Etapas dos Projetos de MDL Estudos de Viabilidade Elaboração DCP – PDD Aprovação Validação AND Registro Comitê Executivo Monitoramento & Verificação Emissão de CERs Metodologias no categoria de Energia Custos

Créditos de carbono

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Page 1: Créditos de carbono

Créditos de Carbono

ConceitoSequestro de CarbonoAdicionalidadeLinha de BaseIPCCUNFCCCMDLGases de Efeito EstufaProjetos em MDLMetodologiaAbordagem de ReferenciaAutoridades que gerenciam o andamento dos projetosConselho executivo do MDLAND BrasilEODs (Entidades Operacionais Designadas)Conferencia das PartesEtapas dos Projetos de MDLEstudos de ViabilidadeElaboração DCP – PDDAprovaçãoValidação ANDRegistro Comitê ExecutivoMonitoramento & VerificaçãoEmissão de CERsMetodologias no categoria de EnergiaCustos

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Curso Créditos de Carbono 2

Relatório SternMercado de CO2Protocolo de Quioto (Kyoto)

Créditos de Carbono

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Curso Créditos de Carbono 3

Um pouco de história...

A observação de variação nos níveis de CO2 presentes na atmosfera, ocorreu no século XIX;

A relação entre o aumento das concentrações de CO2 e a intensificação do uso de energia pelo homem, começou em 1953, quando Dave Keeling buscava elementos para sua tese

de doutoramento em mineração de elementos radioativos em Mauna Loa e acabou criando

seufamoso gráfico:

Créditos de Carbono

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Curso Créditos de Carbono 4

Um pouco de história...

Em 1973, o petróleo passou de US$3/b para US$12/b. Na época, a indústria de petróleo era muito mais importante para a economia mundial do que é hoje. Assim, o mundo ficou refém da OPEP e a Europa entrou em pânico;Em 1979, Margareth Tatcher assumiu o posto de primeira-ministra do Reino Unido e, a única solução viável encontrada pela equipe dela, para suprir as necessidades de energia, de modo a permitir o crescimento econômico, era a energia nuclear;Como citado anteriormente, na ocasião, a corrente científica cujo ponto de vista predominava, acreditava na proximidade de uma nova idade do gelo. Já havia um discreto movimento relacionado ao aquecimento global, onde a causaJá havia um discreto movimento relacionado ao aquecimento global, cuja causa seriam as explosões decorrentes do surgimento de manchas solares. O aumento da concentração do CO2 na atmosfera, seria conseqüência destas explosões e, conforme demonstrado nos mesmos gráficos (intervalo de 600 mil anos) que Al Gore utiliza-se em suas apresentações, estas concentrações ocorreriam 800 anos após tais explosões.Se colocarmos em uma mesma equação a necessidade que o mundo tinha de livrar-se do poder da OPEP, a necessidade de produzir energia para garantir o crescimento econômico e a péssima imagem que a energia nuclear despertava nos eleitores, voltamos a Margareth Tatcher, que “pinçou” a teoria de um excêntrico e obscuro cientista, transformando-o no guru do aquecimento global antrópico.

Créditos de Carbono

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Curso Créditos de Carbono 5

Filmes...

An inconvenient TruthThe great global warming swindle

Principais problemas ambientais

A produção e o uso de energia figuram como as causas de maior impacto para o meio ambiente;

O consumo de energia pelo homem cresceu cerca de 116 vezes, comparando-se o homem primitivo com o norte-americano médio;

Créditos de Carbono

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Curso Créditos de Carbono 6

Créditos de Carbono

Alimentação Uso Doméstico

Indústria e Agricultura

Transporte TOTAL

Homem Primitivo ( 1.000.000 ac) 2.000 - - - 2.000

Homem Nômade( 100.000 ac) 3.000 2.000 - - 5.000

Agricultura Primitiva ( 6.000 ac) 4.000 4.000 4.000 - 12.000

Agricultura Avançada (1.400 dc) 6.000 12.000 7.000 1.000 26.000

Homem Industrial (1875 dc) 7.000 32.000 24.000 14.000 77.000

Atualidade (EUA) 10.000 68.000 91.000 63.000 232.000

Consumo de Energia per capita (Kcal/dia)

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Curso Créditos de Carbono 7

Créditos de Carbono

Desde a década de 70 tem se tornado mais aparente a realidade dadegradação ambiental

As evidências mostram que os problemas ambientais se devem à combinação

de vários fatores, a partir do crescimento das atividades humanas.

Em 1975 a Assembléia Geral das Nações Unidas no Relatório What Now ? postulou o conceito de ecodesenvolvimento;

A Conferência de Estocolmo resultou no estabelecimento do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente- PNUMA ( United Nations Enviroment Programme- UNEP);

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Curso Créditos de Carbono 8

Créditos de Carbono

Uma das categorias de avaliação de problemas ambientais divide estes de acordo com a amplitude de seu impacto em:

Problemas Ambientais Globais

Poluição de Impacto Local (poluição atmosférica, das águas, contaminação dos solos e subsolos, poluição térmica, contaminação radiotiva, poluição sonora etc) ;

Poluição de Impacto Regional (chuva ácida, problemas locais de amplitude maiores);

Poluição de Impacto Global (depleção da camada de ozônio, aquecimento global, efeito-estufa);

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Curso Créditos de Carbono 9

Créditos de Carbono

Créditos de Carbono: São certificados emitidos quando ocorre a redução de emissão de gases do efeito-estufa (GEE).

Por convenção, uma tonelada de dióxido de carbono (CO2) equivalente corresponde a um crédito de carbono.

Este crédito pode ser negociado no mercado internacional.

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Curso Créditos de Carbono 10

Créditos de Carbono

Efeito Estufa: O Efeito Estufa é a forma que a Terra tem para manter sua temperatura constante.

A atmosfera é altamente transparente à luz solar, porém cerca de 35% da radiação que recebemos

vai ser refletida de novo para o espaço, ficando os outros 65% retidos na Terra. Isto deve-se

principalmente ao efeito sobre os raios infravermelhos de gases como o Dióxido de Carbono, Metano,

Óxidos de Azoto e Ozônio presentes na atmosfera (totalizando menos de 1% desta), que vão reter

esta radiação na Terra, permitindo-nos assistir ao efeito calorífico dos mesmos.

Nos últimos anos, a concentração de dióxido de carbono na atmosfera tem aumentado cerca de 0,4% anualmente;

este aumento se deve à utilização de petróleo, gás e carvão e à destruição das florestas tropicais.

A concentração de outros gases que contribuem para o Efeito de Estufa, tais como o metano e os clorofluorcarbonetos

também aumentaram rapidamente. O efeito conjunto de tais substâncias pode vir a causar um aumento da temperatura global

(Aquecimento Global) estimado entre 2 e 6 ºC nos próximos 100 anos.

Um aquecimento desta ordem de grandeza não só irá alterar os climas em nível mundial como também irá aumentar o

nível médio das águas do mar em, pelo menos, 30 cm, o que poderá interferir na vida de milhões de pessoas

habitando as áreas costeiras mais baixas.

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Curso Créditos de Carbono 11

Créditos de Carbono

Efeito Estufa - Descrição:

49% da radiação solar incidente sobre a terra, a aquece

Depois que a energia solar é absorvida pela superfície terrestre, quase metade é calor latente de vaporização, transformando água em vapor

O calor latente de condensação é liberado novamente quando o vapor d’água se condensa, formando as nuvens

Outra parte significativa de energia da superfície terrestre, cerca de 7%, é devolvida para a atmosfera por convecção, turbulência e por absorção da radiação infra-vermelha emitida pela terra pelos gases de efeito-estufa.

Dos 49% da radiação solar inicialmente absorvidos pela superfície do planeta, somente 19% voltam para o espaço, o restante é retido eficientemente pelo CO2 , vapor d’água e outros GEE.

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Curso Créditos de Carbono 12

Créditos de Carbono

Efeito Estufa - Descrição:

Em 1988 foi estabelecido o IPCC ( Intergovernmental Panel on Climate Change) pela WMO- World Meteorological Organization;

Em 1990, o IPCC publicou o seu primeiro relatório chamado FAR- First Assessment Report, confirmando que a mudança climática era de fato uma ameaça e pedindo um tratado global que se dirigisse ao problema;

O resultado desta discussão levou 166 países mais a União Européia a assinarem a Convenção Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima, em 1992, na Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente, no Rio de Janeiro em 1992.

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Curso Créditos de Carbono 13

Créditos de Carbono

Efeito Estufa - Descrição:

O sistema climático é formado por cinco componentes que influem direta ou indiretamente na temperatura da terra:

A atmosfera

A hidrosfera

A criosfera

A biosfera

A geosfera

O vapor d’água é o grande responsável pelo efeito-estufa natural (cerca de 65%), o aumento na concentração dos gases de efeito-estufa (GEE), como o CO2 , o CH4 e o N20 são responsáveis pela ampliação do efeito-estufa natural já existente ( SAEFL, 1997)

A atmosfera é constituída por vários gases, entre eles o oxigênio e o nitrogênio com uma participação de cerca de 99%. O carbono na forma de CO2 está presente numa concentração de aproximadamente 0,036% (1994);

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Curso Créditos de Carbono 14

Créditos de Carbono

Efeito Estufa - Descrição:

Os processos a seguir são importantes para a determinação do componente atmosférico:

Transferências turbulentas de calor, quantidade de movimento, e umidade na superfície da terra

O tipo de superfície, correspondente ao albedo

Liberação de calor latente na condensação do vapor d’áqua

As nuvens

O resfriamento e aquecimento radiativo da atmosfera devido ao CO2 , o CH4 , o N20, o vapor d’áqua e outros GEE

Os aerossóis (como a poeira vulcânica), as cordilheiras e a distribuição terra-mar.

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Curso Créditos de Carbono 15

Créditos de Carbono

Efeito Estufa - Descrição:

Relativamente à hidrosfera, os oceanos possuem mecanismos fundamentais para o controle do CO2 no sistema climático. Quando o CO2 se dissolve nos oceanos, ele reage com a água e forma os carbonatos. Quanto mais frio o oceano mais CO2 ele pode absorver

Juntos, os oceanos contêm 50 vezes mais carbono, na forma de carbono inorgânico dissolvido, que o presente no ar

Outra forma de fixação do carbono nos oceanos é feita pelos fitoplânctons

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Curso Créditos de Carbono 16

Créditos de Carbono

Efeito Estufa - Descrição:

As quatro reservas mais importantes de carbono da terra, onde acontecem as trocas, são: a atmosfera, a biosfera terrestre, os oceanos e os sedimentos (incluindo os combustíveis fósseis)

O CO2 possui uma pequena participação percentual na atmosfera, 0,036%, mas, em quantidades absolutas este valor significa 750 bilhões de toneladas de carbono (GtC)

A concentração atmosférica de carbono aumentou de cerca de 208 ppmv, em 1800, para 315 ppmv, em 1957, chegando a 358 ppmv em 1994 ( IPCC, 1996b)

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Curso Créditos de Carbono 17

Os sedimentos marinhos e rochas sedimentares detêm de 66.000.000 a 100.000.000 GtC

O efeito-estufa e o Carbono

Ciclo do Carbono

As reservas de petróleo e gás natural - 300 GtC

Depósitos de carvão – 3.000 GtC

Vegetação terrestre 540 a 610 GtC

Atmosfera 750 GtC

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Curso Créditos de Carbono 18

Ciclo do Carbono

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Curso Créditos de Carbono 19

Vapor d’água –positiva

Gelo e neve – positiva

Nuvens – positiva e negativa

Temperatura oceânica – positiva

Temperatura, respiração e distribuição da vegetação terrestre – positiva;

Fertilização por dióxido de carbono – positiva;

-Eutrofização e envenenamento – negativa;

O efeito-estufa e o Carbono

Principais retroalimentações do efeito-estufa

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Curso Créditos de Carbono 20

Seqüestro de Carbono: O seqüestro de carbono consiste na captura e fixação do gás carbônico (CO²) pelas plantas,que associado com outros elementos, resulta em substâncias complexas, dentre as quais a própria madeira. Normalmente, as florestas maduras vivem em equilíbrio, absorvendo gás Carbônico e emitindo oxigênio por meio da fotossíntese, já as florestas em crescimento, aumentam a massa incorporando mais gás carbônico, que é transformado em celulose. Mas o seqüestro de carbono também possui pontos fracos. Novas florestas servem como sumidouros naturais de gás carbônico, porém, o processo pode ser temporário, pois se essas florestas forem derrubadas o apodrecimento e/ou a queima, voltarão a liberar o gás carbônico para a atmosfera. Um estudo feito na Inglaterra pelo Hadley Center, adverte que o simples plantio de florestas pode não levar a um balanço positivo no seqüestro de carbono da atmosfera, se houver alterações no clima da região do plantio (por causa de desmatamento, mudanças no uso da terra, etc.), o seqüestro do carbono pode não ocorrer ou ser inferior ao nível liberado

Créditos de Carbono

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Curso Créditos de Carbono 21

A causa principal é a intensificação do efeito-estufa, que, por sua vez, está relacionada ao aumento da concentração de determinados gases na Atmosfera - dióxido de carbono (CO2), metano (CH4), óxido nitroso (N20),

hidrofluorcarbonos (HCFs), perfluorocarbonos (PFCs) e hexafluoreto de enxofre (SF6)

Nos últimos 100 anos, registrou-se um aumento de 10C temperatura média da Terra

Fonte: Fonte: Intergovernmental Panel on Climate Change Intergovernmental Panel on Climate Change

O efeito-estufa e o Carbono

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Curso Créditos de Carbono 22

Créditos de Carbono

IS92:

As projeções da mudança do clima antrópica no futuro dependem, entre outras coisas, do cenário usado para forçar

o modelo climático. Os cenários de emissões IS92 são utilizados nos relatórios do IPCC para projetar as mudanças na

temperatura média global e no nível do mar. Os cenários IS92 incluem emissões tanto de gases de efeito estufa como

de precursores de aerossóis e, pela primeira vez, no 40 relatório, ambos os fatores foram levados em conta nas projeções

da temperatura média global e do nível do mar

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Curso Créditos de Carbono 23

Créditos de Carbono

Gases Efeito-Estufa: Dióxido de carbono (CO2), metano (CH4), dióxido de nitrogênio (N20),

hexafluoreto de enxofre (SF6) e as famílias dos perfluorcarbonos

(compostos completamente fluorados, em especial perfluormetano CF4 e perfluoretano C2F6) e hidrofluorcarbonos (HFCs).

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Curso Créditos de Carbono 24

Créditos de Carbono

IPCC: Reunir o maior número possível de cientistas de diferentes países com o objetivo de coletar

e analisar a literatura disponível sobre o aquecimento global e consolidar relatórios sobre a ciência,

possíveis impactos e políticas de resposta às mudanças climáticas.

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Curso Créditos de Carbono 25

Para cada um destes temas foram criados grupos de trabalho independentes com as seguintes tarefas:

IPCC

WG I- Base Científica: obter projeções de concentrações futuras de Gases de efeito-estufa (GEE) na atmosfera e padrões de mudança regional e global da temperatura, de precipitação, do nível do mar e de eventos climáticos extremos

WG II- Impactos, Adaptação e Vulnerabilidade: avaliação dos impactos sócio-econômicos e biofísicos da mudança do clima com relação a riscos a sistemas únicos e ameaçados, riscos associados a eventos climáticos extremos e riscos de eventos de alto impacto e/ou larga escala

WG III- Mitigação: avaliação do potencial de atingir uma vasta gama de níveis de concentração de GEEs na atmosfera através da mitigação e informação sobre como a adaptação pode reduzir a vulnerabilidade

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Curso Créditos de Carbono 26

Até hoje, foram publicados quatro relatórios:

- IPCC-FAR em 1990;

- IPCC-SAR em 1995;

- IPCC-TAR em 2001

- IPCC-Fourth Assessment Report em maio de 2007

IPCC

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Curso Créditos de Carbono 27

PRINCIPAIS CONCLUSÕES (WG I+ WGII)

As mudanças na quantidade de gases de efeito estufa e aerossóis da atmosfera, na radiação solar e nas propriedades da superfície terrestre alteram o equilíbrio energético do sistema climático. Essas mudanças são expressas em termos do forçamento radiativo, que é usado para comparar a forma como os fatores humanos e naturais provocam o aquecimento ou o esfriamento do clima global. Desde a publicação do TRA, novas observações e a respectiva modelagem dos gases de efeito estufa, atividade solar, propriedades da superfície terrestre e alguns aspectos dos aerossóis promoveram melhorias nas estimativas quantitativas do forçamento radiativo.

Desde a publicação do TRA, foram feitos avanços na compreensão de como o clima está mudando em termos espaciais e temporais, por meio da melhoria e da ampliação dos numerosos conjuntos de dados e das análises dos dados, de uma cobertura geográfica mais ampla, de uma melhor compreensão das incertezas e de uma maior variedade de medições. Há observações cada vez mais abrangentes para as geleiras e a cobertura de neve desde a década de 60, e para o nível do mar e os mantos de gelo, desde aproximadamente a última década. Contudo, a cobertura dos dados ainda é limitada em algumas regiões.

Estudos globais atuais de modelagem projetam que o manto de gelo da Antártica continuará muito frio para que ocorra um derretimento generalizado da superfície e deve ganhar massa em razão do aumento da precipitação de neve. Contudo, poderia ocorrer uma perda líquida de massa de gelo se a descarga dinâmica de gelo dominar o balanço de massa do manto de gelo.

IPCC – Fourth Assessment Report

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Curso Créditos de Carbono 28

PRINCIPAIS CONCLUSÕES (WG I+ WGII)Estudos globais atuais de modelagem projetam que o manto de gelo da Antártica continuará

muito frio para que ocorra um derretimento generalizado da superfície e deve ganhar massa em razão do aumento da precipitação de neve. Contudo, poderia ocorrer uma perda líquida de massa de gelo se a descarga dinâmica de gelo dominar o balanço de massa do manto de gelo.

Outros efeitos das mudanças climáticas regionais no meio ambiente natural e humano estão surgindo, embora seja difícil identificar muitos deles em razão da adaptação e dos fatores não-climáticos que os influenciam.

Existem agora informações mais específicas de uma ampla gama de sistemas e setores acerca da natureza dos impactos futuros, inclusive para alguns campos que não foram tratados nas avaliações anteriores.

As magnitudes dos impactos agora podem ser estimadas de forma mais sistemática para uma série de aumentos possíveis da temperatura global média.

Os impactos da mudança do clima irão variar entre as regiões, mas se o seu valor for agregado e descontado para o presente, é muito provável que imponham custos anuais líquidos que aumentem ao longo do tempo na proporção do aumento das temperaturas globais.

O desenvolvimento sustentável pode reduzir a vulnerabilidade à mudança do clima, e a mudança do clima poderia interferir na capacidade das nações de alcançar trajetórias de desenvolvimento sustentável.

IPCC – Fourth Assessment Report

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Curso Créditos de Carbono 29

PRINCIPAIS CONCLUSÕES (WG III)Com as atuais políticas de mitigação da mudança do clima e práticas relacionadas de

desenvolvimento sustentável, as emissões globais de gases de efeito estufa continuarão aumentando nas próximas décadas (ampla concordância, muitas evidências).

Mudanças no estilo de vida e nos padrões de comportamento podem contribuir para a mitigação da mudança do clima em todos os setores. As práticas de manejo também podem desempenhar um papel positivo. (ampla concordância, evidências médias)

IPCC – Fourth Assessment Report

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Curso Créditos de Carbono 30

PRINCIPAIS CONCLUSÕES (WG III)As publicações desde o Terceiro Relatório de Avaliação confirmam que as ações dos países do

Anexo I podem afetar a economia global e as emissões globais, embora a escala das fugas de carbono ainda seja incerta (ampla concordância, muitas evidências).

Novos investimentos em infra-estrutura na área de energia nos países em desenvolvimento, modernização da infra-estrutura de energia nos países industrializados e políticas que promovam a segurança energética podem, em muitos casos, criar oportunidades para que se alcancem reduções de emissões de gases de efeito estufa em relação aos cenários da linha de base. Os co-benefícios adicionais são específicos de cada país, mas envolvem, com freqüência, a redução da poluição do ar, melhoria da balança comercial, fornecimento de serviços modernos de energia nas áreas rurais e geração de empregos (ampla concordância, muitas evidências).

Há múltiplas opções de mitigação no setor de transporte28, mas o efeito delas pode ser anulado pelo crescimento do setor. As opções de mitigação enfrentam muitas barreiras, como as preferências do consumidor e a falta de quadros políticos (concordância média, evidências médias).

O potencial econômico do setor industrial está localizado predominantemente nas indústrias que fazem uso intensivo de energia. O uso pleno das opções de mitigação disponíveis não está sendo feito nas nações industrializadas nem nas em desenvolvimento (ampla concordância, muitas evidências).

As atividades de mitigação relacionadas com as florestas podem reduzir de forma considerável as emissões por fontes e aumentar as remoções de CO2 por sumidouros com custos baixos e

podem ser planejadas para criar sinergias com a adaptação e o desenvolvimento sustentável (ampla concordância, muitas evidências)

IPCC – Fourth Assessment Report

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Curso Créditos de Carbono 31

ANO 1990 2100 (Limites min. - máx.)

População (bilhões) 5,3 7,0 – 15,1

PIB mundial (1012) US$/ano

21 235-550

Razão entre renda per capita de países desenvolvidos e em desenvolvimento

16,1 1,5- 4,2

Intensidade de energia final (106J/US$)

16,7 1,4 – 5,9

Energia primária (1018J/US$)

351 514-2226

Participação do carvão na energia primária (%)

24 1-53

Participação de “ carbono-zero” na energia primária (%)

18 28-35

CENÁRIOS

Tabela 2- Cenarios para simulação da evolução do clima- Fonte : IPCC

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Curso Créditos de Carbono 32

Créditos de Carbono

MDL (Mecanismo de Desenvolvimento Limpo): Assistir as partes não incluídas no Anexo I ( caso do Brasil),

para que atinjam o desenvolvimento sustentável, contribuindo assim para o objetivo final da Convenção do Clima.

O Mecanismo de Desenvolvimento Limpo – MDL é muito similar à implementação conjunta, com a diferença dos

projetos ocorrerem entre países com objetivos de redução (Partes do Anexo I) e países sem

esses objetivos (não-Partes do Anexo I). O objetivo primeiro do MDL é assegurar um desenvolvimento sustentável

nos países em desenvolvimento, de forma a evitar que esses também venham a ser grandes emissores.

Page 33: Créditos de carbono

Curso Créditos de Carbono 33

Créditos de Carbono

Linha de Base (Baseline):Cenário de referência para a medida do potencial de redução de emissões,

servindo de base de cálculo para o potencial de geração de créditos de carbono do projeto.

Permitir aos países do Anexo I o cumprimento de redução e limitação quantificadas de emissões através

de um mecanismo de compensação.

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Curso Créditos de Carbono 34

Créditos de Carbono

Exemplos de Projetos em Créditos de Carbono:

Energia Eólica substuindo geração elétrica com base em óleo Diesel;

Usina de Biomassa de Bagaço de Cana-de-Acúcar substituindo geração elétrica com base em Gás natural;

Projeto de Usina de Biomassa de Óleo de Palma substituindo geração elétrica com base em Gás Natural

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Curso Créditos de Carbono 35

Créditos de Carbono

O que são as siglas UNFCC? AND? IPCCC? :

UNFCCC – United Nations Frame on Climate Change - É o orgão executivo vinculado as Nações Unidas que aprova os

projetos de MDl submetidos plas ANDs do Países do anexo I.

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Curso Créditos de Carbono 36

Créditos de Carbono

Autoridades que gerenciam os projetos de créditos de carbono? :

1 Conselho Executivo do MDL Credencia as Entidades Operacionais Designadas, Fornece o Registro das atividades de projeto do MDL, Emite as RCEs, Estabelece e aperfeiçoa as metodologias para definição da linha de base, monitoramento e fugas

2 AND Brasil – GIMC A Autoridade Nacional Designada no Brasil é a Comissão Interministerial de Mudança Global do Clima – CIMGC; que é presidida pelo Ministério da Ciência e Tecnologia e vice-presidida pelo Ministério do Meio-Ambiente.

3 EODs São credenciadas pelo Conselho Executivo e ratificadas pela COP/MOP. São atribuições das EODs: Validar atividades dos projetos do MDL, Verificar e certificar reduções/remoções das emissões de GHG, Manter lista pública de atividades de projetos de MDL, Enviar relatórios anuais ao Conselho Executivo

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Curso Créditos de Carbono 37

Créditos de Carbono

Autoridades que gerenciam os projetos de créditos de carbono? :

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Curso Créditos de Carbono 38

Créditos de Carbono

Quais os trãmites a seguir em caso de submissão de um projeto de creditos de carbono? :

ETAPA TITULO DESCRIÇÃO

1 Estudos de Viabilidade Levantamento de Requisitos para Viabilidade do projeto – Linha de base, Adicionalidade...;

2 Elaboração DCP Escolha de Metodologia – publicada (<tempo) ou nova metodologia (>tempo e custo), Utilização de Tool (ferramenta) para calculo de redução de emissões, preenchimento de formulário DCP;

3 Aprovação EODs verificam DCP do projeto e aprovam para submissão a AND local;

4 Validação AND AND valida projeto (possibilidade de sugestão para correções no DCP);

5 Registro Comite Executivo Registro do projeto no UNFCCC Board. O Board certifica o recebimento do projeto e procede a análise para aprovação;

6 Monitoramento & Verificação Após aprovação do projeto UNFCCC efetua visita ao projeto e certifica os objetivos do projeto. Caso esteja Ok. CERs são emitidas;

7 Emissão de CERs Emissão dos créditos de carbono após aprovação do UNFCCC Board.

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Curso Créditos de Carbono 39

Créditos de Carbono

Identificação e classificação de projetos no setor de energia :

1 - Realizar um levantamento de GEE;

2 - Identificar as possibilidades de redução das emissões de GEE;

3 - Avaliar a elegibilidade do projeto em relação as regras do MDL;

4 - Desenvolver o projeto conforme o MDL.

Categorias – Energia – 43 Metodologias (7 Pequena Escala & 36 Grande escala)

1 - CoGeração;

2 - WasteEnergy;

3 - Geração de Energia Elétrica;

4 - Troca de Combustível;

5 - Biocombustiveis;

6 - Eficiência Energética.

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Curso Créditos de Carbono 40

Créditos de Carbono

Custo aproximado de elaboração de um DCP/PDD? Qual o tempo estimado para aprovação de um projeto de MDL? :

Estima-se em cerca de € 100.000,00 (cem mil euros) os custos para elaboração de um DCP, inclusos custos com EODs. O tempo aproximado para aprovação de um projeto junto UNFCCC Board varia de 8 a 14 meses, em caso de utilização de metodologia já aprovada em outros projetos de MDL. Caso a escolha recaia sobre a criação de uma nova metodologia este tempo varia entre 14 a 30 meses.

Page 41: Créditos de carbono

Curso Créditos de Carbono 41

Créditos de Carbono

O que é o Relatório Stern? :

Estima-se em cerca de € 100.000,00 (cem mil euros) os custos para elaboração de um DCP, inclusos custos com EODs. O tempo aproximado para aprovação de um projeto junto UNFCCC Board varia de 8 a 14 meses, em caso de utilização de metodologia já aprovada em outros projetos de MDL. Caso a escolha recaia sobre a criação de uma nova metodologia este tempo varia entre 14 a 30 meses.