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Determinismo, Libertismo e Determinismo Moderado
Determinismo
Determinismo
• Tudo o que acontece não poderia deixar de acontecer porque está ligado a causas anteriores. Tudo se processa de um modo necessário e previsível.
As nossas escolhas são resultado de factores biológicos e ambientais. Há sempre causas que determinam as acções: estamos programados para agir de determinada forma.
Não há responsabilidade social.
Críticas ao Determinismo
Embora o determinismo negue a liberdade, o facto é que pensamos nela.
Existe sempre a responsabilização dos actos.
Existem estados mentais como a intencionalidade e consciência que não são causais. Sempre que alguém diz para fazer alguma coisa, posso muito bem não fazer essa coisa. Este tipo de opção não está à disposição dos glaciares (John Searle, MCC, p.107).
Libertismo
Distingue a Natureza da Humanidade, afirmando o determinismo no primeiro e negando-o no segundo.
Argumento da introspecção: Sabemos que poderíamos ter feito alguma coisa além daquilo que fizemos.
Argumento da Deliberação: Antes de agirmos ponderamos os prós e os contras.
Afirma a responsabilidade moral
Críticas ao libertismo
• Na acção humana também há causas.
Causas naturais (como a existência de um micronível neurológico) e sócio-culturais (valores, normas…).
O argumento da deliberação só por si não é forte. Para deliberar há um conjunto de causas que influenciam a deliberação.
Se fossemos completamente livres podíamos interferir no normal decurso dos acontecimentos microfísicos.
Determinismo Moderado (compatibilismo)
• Embora afirme a existência de causas na acção humana o compatibilismo também afirma a responsabilidade.
• Só não há liberdade e, portanto, responsabilidade se a liberdade for compelida por motivos internos ou externos.
Crítica ao Determinismo Moderado (compatibilismo)
• A questão não se deve colocar ao nível da existência ou inexistência de razões psicológicas ou físicas que nos levam a fazer coisas.
• Mesmo com a vontade coagida, podemos sempre fazer algo diferente.
Solução (ideias de John Searle, Mente Cérebro e Ciência)
• Agimos normalmente com base nos nossos estados mentais e, nesse sentido, os nossos estados mentais funcionam causalmente. Mas esta forma causa-efeito não é determinística.
Poderíamos ter tido exactamente esses estados
mentais e, apesar de tudo, não termos feito o que fizemos.
O comportamento pode ser determinado por processos volitivos, intencionais e conscientes.
Qualquer experiência que tenhamos mostra-nos que existem percursos alternativos ao que fizemos. Permanecendo idênticas todas as outrascondições, poderíamos fazer algo mais.