7
José Saramago José Saramago Nasceu na aldeia de Azinhaga, concelho de Golegã, no dia 16 de Novembro de 1922 . Os seus pais emigraram para Lisboa quando ele ainda não perfizera 3 anos. Toda a sua vida tem decorrido na capital . Fez estudos secundários (liceal e técnico) que não pôde continuar por dificuldades económicas . No seu primeiro emprego foi serralheiro mecânico, tendo depois exercido diversas outras profissões: editor, tradutor, jornalista, etc. Publicou o seu primeiro livro, um romance ("Terra do Pecado"), em 1947 , tendo estado depois sem publicar até 1966. Trabalhou durante doze anos numa editora , onde exerceu funções de direcção literária e de produção. Colaborou como crítico literário na Revista "Seara Nova" . Em 1972 e 1973 fez parte da redacção do Jornal "Diário de Lisboa" onde foi comentador político, tendo também coordenado, durante alguns meses, o suplemento cultural daquele vespertino. Pertenceu à primeira Direcção da Associação Portuguesa de Escritores . Entre Abril e Novembro de 1975 foi director-adjunto do "Diário de Notícias". Desde 1976 vive exclusivamente do seu trabalho literário.

Ensaio Sobre a Cegueira

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Ensaio Sobre a Cegueira

José SaramagoJosé SaramagoNasceu na aldeia de Azinhaga, concelho de Golegã, no dia 16 de Novembro de 1922. Os seus pais emigraram para Lisboa quando ele ainda não perfizera 3 anos. Toda a sua vida tem decorrido na capital. Fez estudos secundários (liceal e técnico) que não pôde continuar por dificuldades económicas.

No seu primeiro emprego foi serralheiro mecânico, tendo depois exercido diversas outras profissões: editor, tradutor, jornalista, etc. Publicou o seu primeiro livro, um romance ("Terra do Pecado"), em 1947, tendo estado depois sem publicar até 1966. Trabalhou durante doze anos numa editora, onde exerceu funções de direcção literária e de produção. Colaborou como crítico literário na Revista "Seara Nova".

Em 1972 e 1973 fez parte da redacção do Jornal "Diário de Lisboa" onde foi comentador político, tendo também coordenado, durante alguns meses, o suplemento cultural daquele vespertino. Pertenceu à primeira Direcção da Associação Portuguesa de Escritores. Entre Abril e Novembro de 1975 foi director-adjunto do "Diário de Notícias". Desde 1976 vive exclusivamente do seu trabalho literário.

Nasceu na aldeia de Azinhaga, concelho de Golegã, no dia 16 de Novembro de 1922. Os seus pais emigraram para Lisboa quando ele ainda não perfizera 3 anos. Toda a sua vida tem decorrido na capital. Fez estudos secundários (liceal e técnico) que não pôde continuar por dificuldades económicas.

No seu primeiro emprego foi serralheiro mecânico, tendo depois exercido diversas outras profissões: editor, tradutor, jornalista, etc. Publicou o seu primeiro livro, um romance ("Terra do Pecado"), em 1947, tendo estado depois sem publicar até 1966. Trabalhou durante doze anos numa editora, onde exerceu funções de direcção literária e de produção. Colaborou como crítico literário na Revista "Seara Nova".

Em 1972 e 1973 fez parte da redacção do Jornal "Diário de Lisboa" onde foi comentador político, tendo também coordenado, durante alguns meses, o suplemento cultural daquele vespertino. Pertenceu à primeira Direcção da Associação Portuguesa de Escritores. Entre Abril e Novembro de 1975 foi director-adjunto do "Diário de Notícias". Desde 1976 vive exclusivamente do seu trabalho literário.

Page 2: Ensaio Sobre a Cegueira

Prémio Nobel da LiteraturaPrémio Nobel da Literatura19981998“A 9 de Outubro de 1998, a Academia Sueca comunicou a atribuição do Prémio Nobel da Literatura a José, o que nem causou reticências por parte da crítica de Saramago "que, com parábolas portadoras de imaginação, compaixão e ironia, torna constantemente compreensível uma realidade fugidia".Com esta justificação, a referida Academia destacava pela primeira vez, não só um escritor português, mas também a Língua Portuguesa. Ao contrário do que quase sempre acontece, esta escolha não foi alvo de contestação a, facto que fez salientar a "seriedade" literária do escritor cuja obra, foi louvada pelo humanismo dos temas e pela qualidade da prosa.”

Page 3: Ensaio Sobre a Cegueira

Ensaio sobre a CegueiraEnsaio sobre a CegueiraO “Ensaio sobre a Cegueira” conta a história de uma cegueira súbita, inexplicável e pelos vistos contagiosa. O que começa numa paragem de semáforos, onde um homem sai do carro aos gritos dizendo que está cego, torna-se numa cegueira progressiva em cadeia que acaba por afectar toda uma cidade imaginária. Entretanto, despejados num manicómio inactivo, os cegos aumentam cada vez mais e lutam contra tudo e todos, sem olhar a meios para atingir a fins, numa corrida pela sobrevivência que acaba no final do livro quando recuperam a visão.No meio de todo o desenrolar da história assistimos á rotina de um grupo de cegos que tem como líder uma mulher que, curiosamente, não cegou.

Page 4: Ensaio Sobre a Cegueira

A mulher do médicoA mulher do médico

Carinhosa e dedicada para com o marido

Sentia compaixão

Personalidade forte

Sofria em silêncio

corajosa

Justa

Page 5: Ensaio Sobre a Cegueira

Tese explicativa sobre a Tese explicativa sobre a imunidade da mulher do imunidade da mulher do médicomédico

o A mulher pode ser comparada ao anjo Serafim. Este anjo é considerado o mais próximo de Deus uma vez que desceu à Terra para purificar através do fogo.

o Toda a história pode ser considerada uma viagem que guia a desordem (cegueira) à ordem (visão). A mulher do médico poderá ser a mentora dessa viagem.

o O autor pode querer “vingar” a conotação negativa que sempre foi dada à mulher, pela descriminação que tem sofrido.

Page 6: Ensaio Sobre a Cegueira

Tese explicativa sobre Tese explicativa sobre a cegueiraa cegueira

o Castigo pela má conduta do Homem ao longo da sua vida;

o A cegueira pode ser vista como uma alegoria – “estamos cegos de tanto ver”

o Ao ficarem cegos, José Saramago avaliou o comportamento humano através das reacções adjacentes a isso;

o Obrigação da sociedade a uma reflexão árdua sobre a condição humana.

Page 7: Ensaio Sobre a Cegueira

Alvos da CríticaAlvos da Crítica

GovernoO governo mostra-se um órgão sem consciência que deixa de zelar pelos interesses de todos, mas sim apenas de alguns, a partir do momento em que despeja os cegos no manicómio em condições precárias.

Ser HumanoAquando confrontados com uma situação difícil, é possível assistirmos à corrida pela sobrevivência contra tudo e todos. O autor incentiva a uma reflexão intensiva sobre os valores da mente humana e a sua condição no mundo.