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ACAMPADENTRO A Chácara da Inayá Ometto vai receber mais um Acampadentro. Nos dias 1º e 2 de julho, com início na sexta-feira à tardinha e indo até sábado, os habituais acam- pantes e quem mais quiser, poderão chegar para uma es- tada muito agradável. Anotem e não percam essa oportunidade de usufruir de um ambiente aprazível, juntamente com a sua família e seus irmãos na fé, cantando, orando e ouvindo as men- sagens do pastor Paulo Dias Nogueira e de outros convidados. AMAS PRESENTE NA “FESTA DAS NAÇÕES” A AMAS participará, mais uma vez, da 28ª. Festa da Na- ções, responsabilizando-se pela Barraca Espanhola, cuja em- baixatriz será a Fernanda Alvim Gava, da Catedral Metodista . Para quem aprecia uma boa “paella” e delicioso”puchero”, pratos principais dessa nacionalidade, a festa já começou. Mas não fica só nisso: tortilla, tapas variadas (tira gosto), jamon, almejaras à la marinera (vongoli) antecipam o jantar e prometem agradar. Para a aquisição de convites para o jantar reservado, nos dias 18 e 19, às 20h, entre em contato com Ana Maria e Cida Rossi, Ronald ou Priscila na Igreja ou na AMAS, pelos telefones: 3371-4882 e 3371-4879. Para o acesso ao local da barraca, você pagará apenas R$5,00. A AMAS aguarda você e sua família nesse evento, que tem fins beneficentes. III ENCONTRO NACIONAL DE MULHERES METODISTAS A DISTÂNCIA As sociedades do Distrito foram convidadas a acompa- nharem num encontro online, no dia 30 de abril, das 10h às 17h, duas palestras e um estudo bíblico, no salão social da Catedral, pois esse local estava equipado para ser um pólo de transmissão. Dessa vez, o grupo foi menor, pois além da SMM anfitriã, somente a SMM da Igreja da Paulista, com- pareceu. A palestra matutina foi proferida pela Bispa Marisa de Freitas que, competentemente, discorreu sobre “Saúde e Mulher”. Após, fez estudo bíblico sobre “A mulher encur- vada” que agradou bastante. Após o almoço, a Profa. Elaine Lima falou sobre “Auto-imagem, auto-estima, auto-aceita- ção”. Infelizmente, por problemas técnicos, a transmissão ficou prejudicada, tanto no som como nas imagens, impos- sibilitando a completa compreensão. TÉRMINO DA CAMPANHA DOS TALENTOS Em reunião mensal do dia 30 de junho, das 15h às 17h, será finalizada a Campanha dos Talentos, iniciada em mar- ço. A arrecadação dessa atividade será destinada para as obras sociais da Igreja. Colabore com a SMM, oferecendo, nessa ocasião, o produto do seu talento. MOMENTOS DA FAMÍLIA Com o lançamento previsto para o dia 29 de maio, às 19h, o Ministério da Liturgia está providenciando a progra- mação de um culto com novidade: uma família será convida- da para se apresentar, bem como cada membro ou parente, e contarão quem são, o que fazem, do que gostam e assim por diante. Será uma oportunidade para os conhecermos, orar- mos juntos e usufruirmos momentos de emoção e alegria. Esse fato, será o primeiro de vários, se dará durante o culto vespertino. Prestigie essa ideia e aproveite para estar nesse horário na Igreja, cultuando a Deus. PORTAS ABERTAS: VERSÃO 2011. Págs.6 e 7 A CERIMÔNIA DO LAVAPÉS FOI EMOCIONANTE. Págs. 6 e 7 DEPOIS DE DÉCADAS, A IGREJA RECUPERA O CULTO DA ALVORADA. Págs.6 e 7 Ano 19 Maio – Junho / 2011 nº 163

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ACAMPADENTROA Chácara da Inayá

Ometto vai receber mais um Acampadentro. Nos dias 1º e 2 de julho, com início na sexta-feira à tardinha e indo até sábado, os habituais acam-pantes e quem mais quiser, poderão chegar para uma es-

tada muito agradável. Anotem e não percam essa oportunidade de usufruir de um ambiente aprazível, juntamente com a sua família e seus irmãos na fé, cantando, orando e ouvindo as men-sagens do pastor Paulo Dias Nogueira e de outros convidados.

AMAS PRESENTE NA “FESTA DAS NAÇÕES” A AMAS participará, mais uma vez, da 28ª. Festa da Na-

ções, responsabilizando-se pela Barraca Espanhola, cuja em-baixatriz será a Fernanda Alvim Gava, da Catedral Metodista . Para quem aprecia uma boa “paella” e delicioso”puchero”, pratos principais dessa nacionalidade, a festa já começou. Mas não fica só nisso: tortilla, tapas variadas (tira gosto), jamon, almejaras à la marinera (vongoli) antecipam o jantar e prometem agradar.

Para a aquisição de convites para o jantar reservado, nos dias 18 e 19, às 20h, entre em contato com Ana Maria e Cida Rossi, Ronald ou Priscila na Igreja ou na AMAS, pelos telefones: 3371-4882 e 3371-4879. Para o acesso ao local da barraca, você pagará apenas R$5,00. A AMAS aguarda você e sua família nesse evento, que tem fins beneficentes.

III ENCONTRO NACIONAL DE MULHERES METODISTAS A DISTÂNCIA

As sociedades do Distrito foram convidadas a acompa-nharem num encontro online, no dia 30 de abril, das 10h às 17h, duas palestras e um estudo bíblico, no salão social da Catedral, pois esse local estava equipado para ser um pólo de transmissão. Dessa vez, o grupo foi menor, pois além da SMM anfitriã, somente a SMM da Igreja da Paulista, com-pareceu. A palestra matutina foi proferida pela Bispa Marisa de Freitas que, competentemente, discorreu sobre “Saúde e Mulher”. Após, fez estudo bíblico sobre “A mulher encur-vada” que agradou bastante. Após o almoço, a Profa. Elaine Lima falou sobre “Auto-imagem, auto-estima, auto-aceita-ção”. Infelizmente, por problemas técnicos, a transmissão ficou prejudicada, tanto no som como nas imagens, impos-sibilitando a completa compreensão.

TÉRMINO DA CAMPANHA DOS TALENTOSEm reunião mensal do dia 30 de junho, das 15h às 17h,

será finalizada a Campanha dos Talentos, iniciada em mar-ço. A arrecadação dessa atividade será destinada para as obras sociais da Igreja. Colabore com a SMM, oferecendo, nessa ocasião, o produto do seu talento.

MOMENTOS DA FAMÍLIACom o lançamento previsto para o dia 29 de maio, às

19h, o Ministério da Liturgia está providenciando a progra-mação de um culto com novidade: uma família será convida-da para se apresentar, bem como cada membro ou parente, e contarão quem são, o que fazem, do que gostam e assim por diante. Será uma oportunidade para os conhecermos, orar-mos juntos e usufruirmos momentos de emoção e alegria. Esse fato, será o primeiro de vários, se dará durante o culto vespertino. Prestigie essa ideia e aproveite para estar nesse horário na Igreja, cultuando a Deus.

PORTAS ABERTAS: VERSÃO 2011. Págs.6 e 7

A CERIMÔNIA DO LAVAPÉS FOI EMOCIONANTE. Págs. 6 e 7

DEPOIS DE DÉCADAS, A IGREJA RECUPERA O CULTO DA ALVORADA. Págs.6 e 7

Ano 19 Maio – Junho / 2011 nº-163

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Presidente:Vera Baggio Alvim

Vices:Inayá T. Veiga Ometto

Priscila Barroso SegabinazziSecretária de ata:

Clóris AlessiSec. Correpondentes:

Wilma Baggio Câmara da SilvaTesoureira:

Sílvia Novaes RolimAgente da Voz Missionária:

Cinira Cirillo Cesar

ExpedienteGAIVOTA é o órgão oficial da Sociedade de Mulheres da Catedral Metodista de Piracicaba.

Redatora:

Vera Baggio AlvimCorpo Editorial:Clóris AlessiDarlene Barbosa SchützerInayá OmettoWilma Baggio Câmara da SilvaSecretária:Wilma Baggio Câmara da [email protected]

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Marcel Yamauti Fotos:Rev. Paulo Dias NogueiraDistribuição:

Sílvia Novaes Rolim

Jornalista Responsável:Gustavo Jacques Dias Alvim - MTb 19.492/SP

Diretoria da SMM

Silvia, Vera, Inayá, Clóris, Wilma e Darlene Barbosa Schützer

Corpo Editorial

Wilma, Silvia, Zenaide, Inayá, Maria José, Mirce, Clóris, Cinira e Vera

DIA DO PASTOR E PASTORA METODISTA“Vinde após mim, e Eu vos farei pescadores de homens”

(Mateus 4:19) No dia 10 de abril, a Catedral Metodista de Piracicaba home-

nageou os pastores presentes no culto matutino, programado pelo Ministério de Culto e Liturgia. A leitura do Salmo 23 inaugurou os trabalhos daquele dia.

Foram abraçados pelos irmãos e irmãs: os pastores Paulo Dias Nogueira, Jesus Tavernard Jr., Luís de Souza Cardoso, Luiz Ferraz dos Santos e Benjamin Garcia de Mattos. Foram também con-vidados os pastores Ruy Pereira Barbosa, Ely Esér Barreto César, Dernival Santana, Artêmio Dionélio Gris da Silva e pastora Ana Glória Prates G. da Silva, que não puderam estar presentes, mas foram lembrados e abençoados pela Igreja.

Apesar de estar em viagem ao exterior, a irmã Darlene Schüt-zer deu a sua colaboração para a preparação da liturgia, que foi coordenada pela Clóris Alessi, com a colaboração de Maria José Martins, Ester Bezerra, Ivone Tavernard, Ernestina Fonseca, Vera Cantoni, dentre outras.

A direção coube ao irmão Gustavo Alvim e a leitura do sermão ao seu neto Gustavo Alvim Gava. O primeiro compartilhou com a congregação o “Pai Nosso” e “A Tranqüilidade das Ovelhas”, ambos os textos de Rubens Alves, e o segundo um dos sermões do pastor Cyrus Dawsey Jr., extraído do livro deste, denominado “Coqueiro Torto”.

Encerrando o culto foi dada a oportunidade para que cada pastor relatasse um acontecimento que marcou seu ministério.

Após a entrega dos presentes, a igreja repetiu a bênção apostó-lica, com os braços estendidos, agradecida a Deus Pai por ter cha-mado pastores e pastora tão consagrados, experientes e dedicados, para servirem à missão.

Terezinha Varela

Gustavo Alvim Gava e Gustavo Alvim

Pastores Homenageados

Gustavo Alvim Gava

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Produção e Impressão:

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Dicas para viver em família na presença de DeusTexto bíblico: Hebreus 10.19-23

É claro que eu tenho clareza de que, na verdade, o autor de Hebreus está tratando de outro tópico, mas gostaria de usar da licença poética para reinterpretar este texto à luz de nossas necessidades atuais como família. Creio que isso é possível, sem ferir a intenção do autor em orientar-nos sobre nossa vida com Deus. Afinal, se não amo a minha família, que eu vejo, como poderei amar a Deus, a quem não vejo?

1. Aproximemo-nos: precisamos desenvolver relaciona-mentos. Para isso, temos de estar próximos. Isso inclui reco-nhecer os limites das pessoas, suas necessidades e desejos, suas particularidades e riquezas no convívio. Por isso, a aproxima-ção requer coração sincero e purificado, bem como o corpo lavado (o batismo é um sinal visível do Reino; ele nos dá acesso à comuni-dade de fé, nos faz filhos de Deus e é sinal de unidade). A ideia do corpo lavado também nos inspira a pensar sobre santificação. No contexto do lar, isso parece fora de ordem. Mas quan-tos relacionamentos não estão contami-nados? Infelizmen-te, nossa sociedade vive a erotização ab-surda, a pedofilia, a violência doméstica e outros males de tal modo que as pessoas começam a ter re-ceio de demonstrar afeto e serem incompreendidas. Mas um corpo purificado é resultado de um coração entregue a Deus e que encontrou o caminho do equilíbrio cristão que permite a liberdade do amor verdadeiro...

2. Guardemos a confissão da esperança: temos vivido tempos de reclamações, tristezas e incertezas. Temos também de confessar a esperança que temos em nosso cônjuge. Elogiar suas realizações, valorizar seus esforços em demonstrar amor, reconhecer suas qualidades. Como poderemos construir rela-cionamentos saudáveis baseados unicamente nas críticas? A mesma coisa em relação aos filhos. Quando eles são peque-nos, elogiamos seus esforços, seus garranchinhos em busca das letras. Quando crescem, começamos somente a cobrar, sem elogiar... Há adolescentes sofrendo com bulimia, anore-xia e dismorfia corporal, doenças deste tempo louco. Muitas delas são resultados de não ouvir de seus pais o quanto foram desejadas, o quanto são amadas e como são, de fato, lindas,

importantes e como mudaram nossa vida para melhor! Não espere que os relacionamentos mudem sem confissões de amor e de esperança! Comece já!

3. Consideremo-nos uns aos outros: pessoas felizes são aquelas que estabelecem relacionamentos. É hora de dizer obrigado, me perdoe, eu te amo, eu te perdoo e todas essas expressões que nos conectam. Considerar uns aos outros é, segundo o autor de Deus, estimular ao amor e às boas obras. Alguém considerado também passa a considerar e as coisas são transformadas! Todos são igualmente importantes!

4. Não deixemos de congregar-nos. A vida em Cristo se expressa em sua forma visível, qual seja, a Igreja local. Não

falo de estruturas, embora estas sejam necessárias, mas do r e conhec imen to de pertencermos a um grupo no qual temos espaço para acolhida, serviço e crescimento. Mui-ta gente hoje tem achado que pode desenvolver uma es-piritualidade genuí-na sem estar na igre-ja. Mas, sozinhos, somos presas mais fáceis deste século e das artimanhas de Satanás (como vi no trailer de um filme recente, só porque

você não acredita no diabo não significa que você esteja isento dos ataques dele! Portanto, cuidado!). Na comunidade de fé, criamos laços de pertencimento, somos parte de um projeto maior do que nós mesmos, aprendemos a lidar com nosso ca-ráter, sendo lapidados nos relacionamentos de uns para com os outros. A Igreja é um apoio fundamental para as famílias!

5. Devemos ver que o Dia se aproxima. Quanto mais os anos passam, mais nos aproximamos do dia em que esta-remos diante de Deus. Seja porque morreremos, seja porque Ele virá (eu creio, embora haja quem duvide). Desta forma, devemos ter diante dos olhos que nossa vida não é passageira, no sentido de fútil, mas singular. Nossa oportunidade de fe-licidade e realização é aqui, agora. O tempo de servir a Deus é este. Embora venhamos a sonhar com o gozo celestial, isso jamais deve diminuir a importância e o valor desta vida. De-vemos viver como se cada dia fosse único e precioso. Porque, de fato, é.

Pastora Hideide Torres

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CRESCENDO Todos nós sabemos que há diferenças psicológi-

cas entre o homem e a mulher. Entretanto é difícil apontar com precisão quais são estas diferenças, prin-cipalmente porque o ser humano é muito influen-ciado pelo seu meio ambiente. Diferente dos outros animais, cujos instintos determinam em grande parte seus comportamentos, o ser humano desenvolve-se graças a uma plasticidade que torna a aprendizagem uma grande modeladora dos seus comportamentos.

Não pretendemos, neste pequeno artigo discutir os estudos e pesquisas sobre as diferenças sexuais. Os interessados no assunto poderão encontrar em alguns autores cristãos e seculares a abordagem deste assun-to. Para os fins desta matéria basta afirmarmos a dife-rença entre o homem e a mulher.

A diferençaSem nos determos, então, em quais são as diferen-

ças, é interessante refletirmos um pouco sobre o sen-tido da diferença. O que é o diferente? Como agimos diante do que é diferente? O que o diferente tem a nos dizer?

Uma das primeiras coisas que talvez nos venha a ocorrer é a associação entre diferente e oposto. Pro-vavelmente em função do nosso modo dicotômico e linear de pensar somos muitas vezes levados a con-fundir diferença com oposição.

A própria linguagem que usamos para referirmos ao outro sexo que não o nosso reflete isto: costuma-mos usar a expressão “o sexo oposto.” Mas será que o homem e a mulher são opostos? Ou melhor seria dizer que são diferentes?

Feito este esclarecimento que diferença não é, ne-cessariamente, oposição, existem ainda quatro aspec-tos que despertam a nossa atenção.

1 - A diferença implica em limite, em separação. O que é diferente se destaca, se afirma com suas ca-racterísticas próprias e não se confunde com o outro.

“Casamento é lugar de ternura, afeto e felicida-de, mas também é lugar de tensões e conflitos...”

2 - À medida que a diferença aponta para o limi-te, ela aponta também para a incompletude: se há diferenças é porque um indivíduo (ou objeto) não pode abarcar o todo, ele não inclui em si todas as

características possíveis.Reconhecer-se como um ser único, diferente, é reconhecer-se como alguém par-cial e portanto empobrecido.

3 - Se, por um lado a diferença aponta para a separa-ção, o limite e o empobrecimento, por outro ela aponta para a riqueza. Diferença é também variedade. Algo que é igual, é repetitivo e monótono. O dinamismo, a varie-dade, a riqueza tem a ver com a reunião das diferenças.

4 – Por ultimo: a diferença provoca-nos sentimen-tos ambíguos. Diante do que nos é diferente tendemos a ser cautelosos, prudentes e muitas vezes temerosos, mas o diferente também nos atrai, queremos nos apro-ximar, explora-lo e conhecê-lo.

Lidando com a diferençaDiante da ambigüidade que a diferença desperta

em todos nós, podemos agir, em termos gerais, de duas formas: ou negamos a diferença ou reconhecemos.

Existem diferentes formas de negar a diferença. Uma delas é o desprezo: ”ah! Os homens (ou as mu-lheres) são todos iguais.”

Deste modo miniminiza-se a situação ou comporta-mento que não entendemos (a diferença) e nos livramos da responsabilidade de analisarmos com maior profun-didade o que de fato aconteceu. Outra forma é a indife-rença: ”tanto faz!” Mais uma vez estamos passando por cima da diferença ao procurar negá-la, neutralizando os nossos próprios sentimentos. Um terceiro modo de re-jeitar a diferença é através da dominação. Torno o outro igual ao que quero. Forço-o a ficar semelhante a mim mesmo. As ditaduras, sejam elas numa nação ou numa família, não suportam diferenças, por isto utilizam o poder e a força para abafá-las.

Estas são formas negativas de lidar com as diferenças e poderíamos ainda apontar outras. No entanto, a questão de lidar construtivamente com a diferença se nos apre-senta: como encarar de modo construtivo a diferença?

Talvez a primeira coisa a ser feita é admiti-la e não procurar meios de camuflá-la. Vamos utilizar um exem-plo para tratar melhor a questão: é comum a mulher se queixar de falta de atenção por parte do homem. E é comum, também o homem dizer que esta queixa não tem fundamento porque ele dá atenção à mulher.

Estamos portanto diante de um impasse. Homem e mulher estão falando linguagens diferentes. Não é

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JUNTOSpossível chegar a um acordo. Cada qual esta conven-cido que está certo. É neste momento que a diferença separa, afasta, aponta limites. Posso recorrer as minhas razões e negar a diferença, ou então reconhecê-la e en-carar o limite: ”meu modo de querer, ser e fazer não basta. É incompleto. Embora possa parecer suficiente e justificado aos meus próprios olhos, não basta para o outro ou não se justifica para ele.”

Reconhecendo a minha parcialidade (ou meu limite) posso perceber o outro como tendo algo a acrescentar a mim. Há um sentido no seu modo de querer, ser e fazer que eu não possuo, que me escapa. Ainda que obscuro e importante e incompreensível a princípio, há um signifi-cado importante no que o outro afirma. Ao reconhecer que o que o outro está tentando trasmitir-me tem valor, posso procurar entender o sentido do que está me esca-pando. Para isso é preciso colocar-me na perspectiva do outro. É necessário o desenvolvimento de uma relação empática. A empatia é a capacidade de penetrar no uni-verso do outro e se colocar na posição dele.

Sintetizando: a possibilidade de lidar construtiva-mente com as diferenças implica na capacidade de sair de si mesmo e ir em direção ao mundo do outro.

“O matrimônio nos lembra continuamente que somos parciais e limitados.”

Algumas Conclusões

Diante do que foi dito até aqui sobre a diferença, podemos destacar, à guisa de conclusões, os seguintes pontos:

• O casamento (ou a convivência entre homem e mulher) é uma oportunidade de confrontação perma-nente ao nosso desejo de onipotência e egoísmo. O matrimônio nos lembra continuamente que somos parciais e limitados.

• O casamento é um lugar constante de crescimento e enriquecimento, pois coloca-nos em um relaciona-mento cotidiano e contínuo com o diferente, possibili-tando deste modo a gradativa incorporação do mesmo.

• Há um mito do casamento sempre harmonioso

e feliz que tem subjacente uma fantasia de prazer e satisfação o tempo todo. Casamento é lugar de ternu-ra, afeto e felicidade, mas também é lugar de tensões e conflitos que podem nos levar ao crescimento e à sabedoria. “Felicidade” e “harmonia” não são os úni-cos critérios válidos para se analisar um casamento. Crescimento, sabedoria e maturidade também o são.

• A empatia é um processo relacional a ser desen-volvido ao longo do tempo e implica em mudanças internas de atitudes e valores, ou seja, significa o de-senvolvimento de uma capacidade de se relacionar continuada e profundamente.

• Se tivéssemos de responder à pergunta de como é um casamento bem sucedido, talvez devêssemos dizer que é aquele que, à medida que os anos vão se passando, vai-se ampliando a capacidade de um cônjuge se colocar a partir da perspectiva do outro. O homem se torna, en-tão, mais capaz de compreender e penetrar no universo feminino e a atender às suas reivindicações legítimas. A mulher, por sua vez se torna capaz de penetrar e compre-ender o mundo masculino e atendê-lo naquilo que lhe é próprio. Isto significa a ampliação e o enriquecimento do universo restrito e limitado do homem e da mulher, a partir da incorporação de um ponto de vista diferente, que lhes era estranho e desconhecido a principio.

Almir Linhares de Faria, psicólogo, doutor em psicologia.

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PORTAS ABERTAS: VERSÃO 2011

A CERIMÔNIA DO LAVAPÉS

CELEBRAÇÕES DA QUARESMA E DA SEMANA SANTA Desde 2005, a Quaresma, a Semana

Santa, o período da Páscoa e o Pente-costes têm sido celebrados com entu-siasmo, dinamismo e espiritualidade, graças à liderança do Rev. Paulo Dias Nogueira, pastor titular da Catedral. Neste ano, todos esses momentos, têm sido marcados pela realização de cultos especiais.

A Quaresma foi iniciada no dia 17 de março, com o “Templo de Portas Abertas”, em jejum e oração, das 7h às 8h h, repetindo-se a programação du-rante cinco semanas, sempre às quintas-feiras. Colaboraram nessas atividades, o Rev. Paulo Dias Nogueira, o Rev. Luiz Ferraz dos Santos e os componentes do Ministério do Culto e Liturgia: Clóris

Alessi, Adolfo Beissman e Maria José Martins. O Rev. Paulo e o irmão Paulo Caiuá acompanharam, ao violão, todos os cânticos entoados. A frequência va-riou de 35 a 40 participantes.

Após as devocionais, formava-se o grande círculo, quando alguns partici-pantes oravam e o Rev. Paulo o fazia in-tercessoriamente, lembrando os pedidos feitos. Após esses momentos de intensa espiritualidade, havia a oportunidade para o abraço fraternal, seguindo todos para o Salão Social, onde o grupo toma-va o reconfortante e delicioso café com leite, reforçado por bolos, pães, queijos, oferecidos por todos.

Clóris Alessi

O ciclo da Páscoa é revestido de uma simbologia especial para nós cristãos. A festa da Páscoa se estende até o Pente-costes, ocasião na qual a igreja anuncia as “maravilhas de Deus”. Participar da celebração do culto especial da Quinta-Feira Santa, na Catedral Metodista de Piracicaba, rememorando as últimas horas do nosso Senhor Jesus Cristo, an-tes de sua crucificação e morte, foi um grande privilégio.

O culto do “Lava-Pés”, lembrando o ato de Jesus, cingindo-se de uma toalha e tomando uma bacia com água para la-var os pés de seus discípulos, nos trouxe uma mensagem única de solidariedade, confraternização, paz e compromisso. O programa, muito bem preparado e realizado com músicas especiais, dra-

Cantando Pastor Paulo

Orando em círculo

Orando em grupoCafé

Ana Ferreira

Mateus Golia

Pés lavados

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