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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA PROJETO NÍVEL II EM SISTEMAS DE ENERGIA II GERAÇÃO DE ENERGIA EÓLICA PARA ATENDER UMA PEQUENA CIDADE DE INTERIOR Alexandre Blum Weingartner Emídio Marcelo Cruz Bruno de Borba Diogo R. Moser Florianópolis, 16 de novembro de 2010

Geração de energia eólica para atender uma pequena cidade de interior

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Para a construção de uma usina de geração de energia eólica, é necessário um planejamento para que se possa ter uma previsão de tudo que estará envolvido nessa obra, tal como, o método de geração a ser implantada, a legislação que deve ser respeitada, os recursos necessários e onde conseguir estes recursos. A geração de energia elétrica eólica é regida por leis técnicas e ambientais. O órgão responsável por fiscalizar é a Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL. Existem também as resoluções do CONAMA, que se referem especificamente aos compromissos ambientais. Essas leis estão descritas neste projeto e são imprescindíveis para que se consiga a autorização junto ao órgão regulador (ANEEL). É de fundamental importância fazer o cálculo de previsão de retorno para saber se a obra é economicamente viável, e em quanto tempo as dívidas estariam quitadas. Para isso, faz-se necessário um estudo de gastos com O&M, tributos, receitas com crédito de carbono e custo da tarifa. Com relação ao financiamento, existe um programa do BNDES que tem facilitado empréstimos para este tipo de geração. As taxas de juros são de 10% a.a. Existem também linhas de crédito pelo PROINFRA, que recolhe dinheiro através da conta de consumo de combustíveis e distribui para quem investe em energia limpa. Dessa forma, basta o produtor ter o seu projeto aprovado e seguir todas as resoluções da ANEEL. Com os dados que serão fornecidos e detalhados nos capítulos subsequentes, tem-se que o campo de geradores eólicos, inicialmente, terá capacidade de produzir 1800 kW em uma situação ideal de ventilação. Sua produção média foi calculada em 176,13 kW para um par de geradores, que será a quantidade instalada inicialmente. Uma estimativa de carga foi realizada com base em um estudo detalhado no decorrer de 25 anos, resultando na instalação total de 26 geradores eólicos até o vigésimo quinto ano.

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA

PROJETO NÍVEL II EM SISTEMAS DE ENERGIA II

GERAÇÃO DE ENERGIA EÓLICA PARA

ATENDER UMA PEQUENA CIDADE DE INTERIOR

Alexandre Blum Weingartner

Emídio Marcelo Cruz

Bruno de Borba

Diogo R. Moser

Florianópolis, 16 de novembro de 2010

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Sumário

i. Sumário...................................................................................................i

ii. Sumário Executivo..................................................................................ii

1. Introdução...............................................................................................1

2. Legislação sobre Energia Eólica, Regulamentações e

Incentivos................................................................................................3

3. Análise Econômica da Região..................................................................7

4. Local de Instalação da Planta...................................................................9

5. Levantamento das Condições do Vento.................................................10

6. Análise Técnica de Equipamentos .........................................................13

7. Créditos de Carbono...............................................................................15

8. Fontes de Financiamento.......................................................................18

9. Análise Econômica.................................................................................19

10. Conclusão...............................................................................................23

11. Anexos....................................................................................................24

12. Referências.............................................................................................36

Page 3: Geração de energia eólica para atender uma pequena cidade de interior

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Sumário Executivo

Para a construção de uma usina de geração de energia eólica, é

necessário um planejamento para que se possa ter uma previsão de tudo que

estará envolvido nessa obra, tal como, o método de geração a ser implantada,

a legislação que deve ser respeitada, os recursos necessários e onde

conseguir estes recursos.

A geração de energia elétrica eólica é regida por leis técnicas e

ambientais. O órgão responsável por fiscalizar é a Agência Nacional de Energia

Elétrica - ANEEL. Existem também as resoluções do CONAMA, que se referem

especificamente aos compromissos ambientais. Essas leis estão descritas

neste projeto e são imprescindíveis para que se consiga a autorização junto ao

órgão regulador (ANEEL).

É de fundamental importância fazer o cálculo de previsão de retorno

para saber se a obra é economicamente viável, e em quanto tempo as dívidas

estariam quitadas. Para isso, faz-se necessário um estudo de gastos com

O&M, tributos, receitas com crédito de carbono e custo da tarifa.

Com relação ao financiamento, existe um programa do BNDES que tem

facilitado empréstimos para este tipo de geração. As taxas de juros são de 10%

a.a. Existem também linhas de crédito pelo PROINFRA, que recolhe dinheiro

através da conta de consumo de combustíveis e distribui para quem investe em

energia limpa. Dessa forma, basta o produtor ter o seu projeto aprovado e

seguir todas as resoluções da ANEEL.

Com os dados que serão fornecidos e detalhados nos capítulos

subsequentes, tem-se que o campo de geradores eólicos, inicialmente, terá

capacidade de produzir 1800 kW em uma situação ideal de ventilação. Sua

produção média foi calculada em 176,13 kW para um par de geradores, que

será a quantidade instalada inicialmente.

Uma estimativa de carga foi realizada com base em um estudo

detalhado no decorrer de 25 anos, resultando na instalação total de 26

geradores eólicos até o vigésimo quinto ano.

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1. Introdução

Este trabalho tem por objetivo analisar as viabilidades técnicas e

econômicas da implantação de um sistema de geração de energia eólica em

uma comunidade rural no interior do estado composta por 300 famílias.

Esta análise começa com uma investigação das leis e programas

federais voltados para energias alternativas, como é o caso da energia eólica.

No capítulo 2 é discutido o Programa Brasileiro de Incentivo às Fontes

Alternativas de Energia Elétrica (PROINFA), onde são abordadas leis,

regulamentos e financiamentos.

Em seguida, a necessidade de expansão e a perspectiva de crescimento

da demanda de energia elétrica pela comunidade são verificadas. Durante a

execução deste estudo, um questionário socioeconômico foi aplicado aos

habitantes da comunidade e às empresas que desejam se instalar na região.

Os resultados são exibidos no capítulo 3.

Outro tópico importantíssimo para o estudo da viabilidade técnica e

econômica é o local da instalação a ser implantada. Uma busca na região é

feita à procura de terrenos e parcerias para o negócio. É necessário um terreno

grande, próximo à comunidade e com disponibilidade de instalação pelo dono.

Esta análise é realizada no capítulo 4.

Definido o local do terreno, parte-se para a análise dos ventos na região.

Dados como intensidade média e máxima do vento são cruciais nesta análise,

tanto para questões de geração como para a escolha adequada das hélices do

sistema eólico. Também, existe uma condição de intensidade mínima de vento

para que ocorra a transformação de energia eólica em elétrica. Este tema é

discutido no capitulo 5.

Tendo em vista a definição da localização do gerador eólico e posse dos

dados técnicos de vento na região, a próxima etapa respalda sobre as

características técnicas e econômicas das turbinas, tempo de implantação, etc.

Este tema é abordado nos capítulos 6, 7, 8 e 9.

No último capítulo é discutida a inclusão do empreendimento no

mecanismo de desenvolvimento limpo (MDL), em termos de crédito de

carbono. Hoje os créditos de carbono constituem um fator relevante na

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viabilização de projetos eólicos no Brasil. Os créditos de carbono são em sua

essência uma segunda forma de gerar renda a partir da substituição de gerador

de energia poluente por gerador eólico.

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2. Legislação sobre Energia Eólica, Regulamentações e

Incentivos

A legislação do setor foi completamente modificada a partir de 1998,

inicialmente com a criação da ANEEL e em seguida pelas novas leis do setor

elétrico brasileiro em 2002.

Esta modificação deu o pontapé inicial na construção de várias usinas

não poluentes, dentre elas as eólicas, criando o Programa Brasileiro de

Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (PROINFA) e

posteriormente as regras para o mercado livre como hoje é conhecido.

Foi a partir deste programa que passou-se a utilizar a energia gerada

como garantia e base de cálculo para pagamento do empreendimento.

A seguir é realizada uma análise do funcionamento do atual mercado

livre de energia para então discutir a criação do PROINFA, suas

regulamentações e financiamentos.

O Operador Nacional do Sistema Elétrico é uma entidade de direito

privado, sem fins lucrativos, criada em 26 de agosto de 1998, responsável pela

coordenação e controle da operação das instalações de geração e transmissão

de energia elétrica no Sistema Interligado Nacional (SIN), sob a fiscalização e

regulação da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

O SEB (Setor Elétrico Brasileiro) opera sob concessão, autorização ou

permissão do Estado provendo serviços públicos de eletricidade à população.

O serviço público de eletricidade é o serviço na área de infraestrutura com

maior extensão de atendimento, superior a 98%, muito próximo da

universalização.

A Lei 10.848/2004 estabelece as regras que definem o funcionando do

SEB, nas atividades típicas de geração, transmissão, distribuição e

comercialização de energia elétrica.

O funcionamento do SEB é altamente regulamentado, definido

extensivamente as atribuições, direitos e deveres, tudo com o objetivo

fundamental de assegurar a gestão do compromisso da segurança do

suprimento e modicidade tarifária no curto, médio e longo prazo.

Algumas características do marco regulatório:

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Universalização do acesso e do uso dos serviços;

Justa remuneração, definida em contrato de concessão, autorização ou

permissão, para os investimentos;

Leilões para outorga da expansão da geração / transmissão;

Contratação de energia via contratos bilaterais para ambos os mercados

ACR (Ambiente de Contratação Regulada) e ACL (Ambiente de

Contratação Livre);

Contabilização e liquidação centralizada dos contratos;

Monitoração permanente das condições de atendimento pelo Poder

Concedente;

Operação sistêmica da Rede Básica de Transmissão e despacho

centralizado da geração;

Mecanismos regulados de fiscalização e avaliação pela Agência

Setorial.

Em 2004, com a instituição do atual modelo do setor elétrico, o Operador

Nacional do Sistema Elétrico teve suas atribuições ratificadas pelo decreto

5.081/04.

O atual estatuto do ONS foi aprovado pela Resolução Autorizativa nº

328 da ANEEL, de 12 de agosto de 2004.

São também documentos importantes a lei 9.648 de 27 de maio de

1998, que criou o ONS, e o Decreto 2.655 de 02 de junho de 1998 que a

regulamentou. O Operador teve seu funcionamento autorizado pela Resolução

351 da ANEEL, de 11 de novembro de 1998.

A resolução 66 da ANEEL de 16 de abril de 1999 estabeleceu o objeto

da atuação do ONS ao definir a rede básica do Sistema Integrado Nacional. A

resolução 68 da ANEEL, de 8 de junho de 2004, estabelece os procedimentos

para acesso e implementação de reforços nas demais instalações de

transmissão, não integrantes da rede básica, e para a expansão das

instalações de transmissão de âmbito próprio, de interesse sistêmico, das

concessionárias ou permissionárias de distribuição. .

A resolução 247 da ANEEL, de 13 de agosto de 1999, estabeleceu as

condições gerais de prestação de serviços de transmissão e contratação de

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5

acesso. A resolução 715 da ANEEL, de 28 de dezembro de 2001, estabeleceu

as regras para a contratação do acesso temporário aos sistemas de

transmissão e distribuição de energia elétrica.

A resolução 270 da ANEEL, de 26 de junho de 2007, estabelece as

disposições relativas à qualidade do serviço público de transmissão de energia

elétrica, associada à disponibilidade das instalações integrantes da Rede

Básica.

A resolução ANEEL nº 22 de 1º de fevereiro de 2001 estabelece os

limites de repasse para as tarifas com o consumidor final das compras de

energia elétricas pelas concessionárias de distribuição. O valor normativo para

a fonte eólica é de 112,21 R$/MWh. O valor normativo para outras fontes pode

ser visto na tabela abaixo.

Tabela 2.1: Valor normativo de fontes de energia

Competitiva

Termelétrica

Carvão

Nacional

Pequena

Central

Hidrelétrica -

PCH

Termelétrica

Biomassa e

Resíduos

Usina Eólica

Usina Solar

Foto-

voltáica

72,35 74,86 79,29 89,86 112,21 264,12

A resolução ANEEL nº 265 de 13 de agosto de 1998 estabelece as

condições para o exercício da atividade de comercialização de energia elétrica.

A resolução ANEEL nº 112 de 18 de maio de 1999 estabelece os

requisitos necessários à obtenção de registro ou autorização para implantação,

ampliação ou repotenciação de centrais termelétricas, eólicas e de outras

fontes alternativas de energia. Registro: potência igual ou inferior a 5.000 kW –

Autorização: potência superior a 5.000 kW

Quanto à regulação ambiental, é importante destacar:

O artigo 3º e 14 da Lei 6.938/81, que define o Poluidor Pagador;

A Lei nº 6.938/81 - Política Nacional do Meio Ambiente;

Lei nº 7.347/85 - Ação Civil Pública;

Resolução CONAMA 01/86 - EIA/RIMA;

Resolução CONAMA 06/87 - licenciamento/energia elétrica.

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Em 2002 foi criado pela Lei Federal 10.438 (BRASIL, 2002), o Programa

de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (PROINFA), com intuito

de aumentar a participação da energia elétrica produzida por empreendimentos

produtores independentes autônomos, concebidos com base em fontes eólicas,

pequenas centrais hidrelétricas e biomassa no sistema elétrico interligado

nacional. Este programa está sendo desenvolvido de forma que essas fontes

de energia representem 10% da matriz energética nos próximos 20 anos.

A lei 10.438 de 26/04/2002 dispõe sobre a expansão da oferta de

energia elétrica emergencial, recomposição tarifária extraordinária, cria o

Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (PROINFA),

a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), dispõe sobre a universalização

do serviço público de energia elétrica, dá nova redação às leis nº. 9.427, de 26

de dezembro de 1996, nº. 9.648, de 27 de maio de 1998, nº. 3.890-A, de 25 de

abril de 1961, nº. 5.655, de 20 de maio de 1971, nº. 5.899, de 5 de julho de

1973, nº. 9.991, de 24 de julho de 2000, e dá outras providências.

Nos anexos 2, 3, 4 e 5 estão listadas e comentadas respectivamente as

principais leis, decretos, resoluções e despachos da ANEEL e resoluções do

CONAMA que regulamentam a instalação e operação de um parque eólico no

Brasil.

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3. Análise Econômica da Região

Em um trabalho de equipe imaginaram-se diversos cenários possíveis

para a evolução da cidade. Chegou-se ao consenso de que isto dependeria

muito da região e da formação dos cidadãos.

Desta maneira, elaborou-se um questionário básico para as famílias de

maneira a determinar qual seria o rumo que a cidade seguiria.

No anexo 1 encontra-se o modelo do questionário utilizado no censo,

acrescido das seguintes perguntas:

1 – Prefere ser empregado ou ter seu próprio negócio?

2 – Tem planos de se mudar para outra cidade?

Analisando os critérios, três cenários foram traçados:

1 – Pessimista, com estagnação da economia e êxodo dos jovens para os

grandes centros urbanos;

2 – Moderado, com aumento pequeno do número de pessoas e consumo de

energia; e

3 – Expansivo, com grande crescimento populacional e de cargas. Este

crescimento seria acarretado pela instalação de um polo de empresas.

Nesta análise só há sentido investimento se considerarmos um perfil de

crescimento expansivo da economia, da ordem de 10% ao ano.

A tabela a seguir mostra uma estimativa da demanda para os próximos

25 anos.

Tabela 3.1: Estimativa de demanda de energia em 25 anos

Ano Número

de famílias

Consumo mensal familiar

Total Número

de empresas

Consumo mensal

por empresa

Total Energia

total mensal (kW/h)

Pico de consumo

(kW)

Acrescido 20%

margem de segurança

(kW)

2.010 300 150 45.000 1 1.500 1.500 46.500,00 77,50 93,00

2.011 309 165 50.985 2 1.500 3.000 53.985,00 89,98 107,97

2.012 318 182 57.766 3 1.500 4.500 62.266,01 103,78 124,53

2.013 328 200 65.449 4 1.500 6.000 71.448,88 119,08 142,90

2.014 338 220 74.154 5 1.500 7.500 81.653,59 136,09 163,31

2.015 348 242 84.016 6 1.500 9.000 93.016,01 155,03 186,03

2.016 358 266 95.190 7 1.500 10.500 105.690,14 176,15 211,38

2.017 369 292 107.850 8 1.500 12.000 119.850,43 199,75 239,70

2.018 380 322 122.195 9 1.500 13.500 135.694,54 226,16 271,39

2.019 391 354 138.446 10 1.500 15.000 153.446,41 255,74 306,89

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8

Com esta estimativa tem-se a demanda que deve ser suprida pela planta

eólica no ano de 2035, totalizando aproximadamente 1 GW/h/mês.

2.020 403 389 156.860 11 1.500 16.500 173.359,78 288,93 346,72

2.021 415 428 177.722 12 1.500 18.000 195.722,14 326,20 391,44

2.022 428 471 201.359 13 1.500 19.500 220.859,18 368,10 441,72

2.023 441 518 228.140 14 1.500 21.000 249.139,95 415,23 498,28

2.024 454 570 258.483 15 1.500 22.500 280.982,56 468,30 561,97

2.025 467 627 292.861 16 1.500 24.000 316.860,74 528,10 633,72

2.026 481 689 331.811 17 1.500 25.500 357.311,22 595,52 714,62

2.027 496 758 375.942 18 1.500 27.000 402.942,12 671,57 805,88

2.028 511 834 425.942 19 1.500 28.500 454.442,42 757,40 908,88

2.029 526 917 482.593 20 1.500 30.000 512.592,76 854,32 1.025,19

2.030 542 1.009 546.778 21 1.500 31.500 578.277,60 963,80 1.156,56

2.031 558 1.110 619.499 22 1.500 33.000 652.499,02 1.087,50 1.305,00

2.032 575 1.221 701.892 23 1.500 34.500 736.392,39 1.227,32 1.472,78

2.033 592 1.343 795.244 24 1.500 36.000 831.244,07 1.385,41 1.662,49

2.034 610 1.477 901.012 25 1.500 37.500 938.511,53 1.564,19 1.877,02

2.035 628 1.625 1.020.846 26 1.500 39.000 1.059.846,07 1.766,41 2.119,69

Page 12: Geração de energia eólica para atender uma pequena cidade de interior

9

4. Local de Instalação da Planta

Em busca de um local com as características adequadas dentro do

estado de Santa Catarina, encontrou-se o município de Paulo Lopes, que

possui extensas áreas dentro da reserva florestal Serra do Tabuleiro.

Esta região pode ser utilizada para o parque eólico, pois o impacto do

mesmo é pequeno para a vegetação e o empreendimento permitiria

investimento na proteção da floresta local.

A usina pode localizar-se às margens da BR101 na região que hoje

serve de plantação de arroz, não sendo de grande impacto no cultivo das

pequenas ilhas alinhadas no terreno.

A geração de energia pela queima da casca do arroz pode servir como

fonte de cogeração para dias de pouco vento, sendo menos poluentes que o

óleo diesel.

Ao governo do estado, detentores da área no entorno pode-se colocar o

desejo de ampliação da geração e transmissão de energia no estado para fazer

frente ao processo de crescimento econômico pelo qual passamos.

O município apresenta o perfil apresentado no capítulo anterior, podendo

ter comunidades isoladas devido ao parque florestal, e apresenta um índice de

crescimento parecido ao solicitado.

Page 13: Geração de energia eólica para atender uma pequena cidade de interior

10

5. Levantamento das Condições do Vento

Após a escolha do local do empreendimento proposto, foram levantadas

as características da condição do vento específica da região. A obtenção

desses dados se deu por intermédio do atlas do potencial eólico brasileiro 0,

elaborado pelo Centro de Pesquisas de Energia Elétrica (CEPEL), com

parceria da Eletrobrás e o Ministério de Minas e Energia.

A partir das coordenadas geográficas da cidade de Paulo Lopes –

latitude sul 27° 57'42'' e longitude oeste 48° 41' 01'' – inseridas no atlas eólico,

foram providos os dados do vento na região, dentre eles estão a velocidade

média, fator K e fator C sazonalmente a 50 metros de altura, conforme figura

abaixo.

Figura 5.1: Dados do vento da cidade de Paulo Lopes

Page 14: Geração de energia eólica para atender uma pequena cidade de interior

11

Duração do vento

0

1

2

3

4

5

6

7

8

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12

Meses (Jan-Dez)

Vel

oci

dad

e (m

/s)

Anual

Média

Com as informações apresentadas é possível elaborar a curva de

duração do vento da região, podendo especificar a velocidade média do vento

que é de 5,74 m/s, ilustrada na figura 5.2.

Figura 5.2: Curva da duração e velocidade do vento no município de Paulo Lopes

Outro parâmetro importante no dimensionamento e instalação das

turbinas eólicas é a direção predominante anual do vento 0, cuja direção na

região sul de Santa de Catarina é predominante nordeste conforme pode ser

visualizada na figura 5.3.

Figura 5.3: Direção predominante anual do vento de Santa Catarina

A partir dos dados informados até agora é possível detalhar as

especificações para o fabricante. Dentre os mais conhecidos fabricantes de

aerogeradores estão os Alstom, Siemens, Vestas do Brasil Energia Eólica,

Suzlon Energia Eólica do Brasil, Wind Power Energia S.A., Wobben Windpower

Page 15: Geração de energia eólica para atender uma pequena cidade de interior

12

Indústria e Comércio Ltda. e a Tecsis Tecnologia e Sistemas Avançados. Já os

fabricantes de torres eólicas compreendem a Máquinas Piratininga e a

Engebasa Mecânica e Usinagem.

Page 16: Geração de energia eólica para atender uma pequena cidade de interior

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6. Análise Técnica de Equipamentos

O gerador eólico escolhido para instalação no empreendimento foi o de

modelo E-44, do fabricante Wobben, que atende ao índice de nacionalização

de 60%.

As especificações técnicas do gerador são fornecidas pela tabela 6.1.

Tabela 6.1: Especificações técnicas do gerador

Especificações Técnicas

Fabricante Wobben Windpower / ENERCON GmbH

Família E-44

Potência nominal 900 kW

Diâmetro do Rotor 44 m

Altura do eixo do Rotor 45 a 55 m (torre tubular em concreto ou

aço e diferentes fundações)

Rotor com controle ativo de ângulo de passo das pás

Tipo De frente para o vento (Upwind)

Sentido de rotação Horário

Número de pás 3

Área varrida pelas

pás 1.521 m²

Material das pás Epoxy (reforçado com fibra de vidro), com proteção total

contra descargas atmosféricas

Velocidade do rotor Variável, 12-34 rpm

Controle de

potência

3 sistemas elétricos de acionamento sincronizado do ângulo

de passo das pás, com suprimento reserva de energia para

emergências

Gerador

Eixo Rígido

Mancais Rolamento cilíndrico

Gerador Gerador de anel ENERCON com acionamento direto rotor /

gerador

Alimentação da

rede elétrica Conversor ENERCON

Sistemas de

frenagem 3 Sistemas independentes de controle do ângulo de

passo das pás Freio de rotor Trava de rotor para serviço e manutenção

Page 17: Geração de energia eólica para atender uma pequena cidade de interior

14

Controle de

orientação Ativo por engrenagens, amortecimento dependente do esforço

Velocidade do

vento - início de

produção 2 m/s

Velocidade do

vento - potência

nominal 16 m/s

Velocidade do vento - corte de

produção 28-34 m/s

Sistema de monitoramento remoto ENERCON SCADA

Conforme visto no Capítulo 5 – levantamento das condições de vento, o

vento médio na região será considerado 5,74 m/s para os cálculos seguintes.

A energia de entrada no gerador eólico pode ser calculada por:

³²8

vDE

Onde:

E -> Energia gerada em J/s.

-> Densidade do ar.

D -> Diâmetro do rotor.

V -> Velocidade do vento.

Então:

kWsJE 13,176/176131³74,5 ²44 225,18

Essa potência é a potência média de entrada no eixo do rotor do gerador

eólico, que é de 176,13kW.

Como o rendimento na conversão de energia cinética para energia

elétrica deste rotor gira em torno de 50%, temos que a energia elétrica

efetivamente produzida será em torno de 88 kW por turbina.

Uma análise econômica será realizada no capítulo 9.

Page 18: Geração de energia eólica para atender uma pequena cidade de interior

15

7. Créditos de Carbono

Os créditos de carbono ou Redução Certificada de Emissões (RCE) são

certificados emitidos para um agente que reduziu a sua emissão de gases do

efeito estufa (GEE).

Por convenção, uma tonelada de dióxido de carbono (CO2) corresponde

a um crédito de carbono que pode ser negociado no mercado internacional. A

redução da emissão de outros gases, igualmente geradores do efeito estufa,

também pode ser convertida em créditos de carbono, utilizando-se o conceito

de carbono equivalente.

Comprar créditos de carbono no mercado corresponde

aproximadamente a comprar uma permissão para emitir GEE. O preço dessa

permissão, negociado no mercado, deve ser necessariamente inferior ao da

multa que o emissor deveria pagar ao poder público, por emitir GEE. Para o

emissor, portanto, comprar créditos de carbono no mercado significa, na

prática, obter um desconto sobre a multa devida.

Acordos internacionais como o Protocolo de Kyoto determinam uma cota

máxima de GEE que os países desenvolvidos podem emitir. Os países, por sua

vez, criam leis que restringem as emissões de GEE. Assim, aqueles países ou

indústrias que não conseguem atingir as metas de reduções de emissões,

tornam-se compradores de créditos de carbono. Por outro lado, aquelas

indústrias que conseguiram diminuir suas emissões abaixo das cotas

determinadas, podem vender, a preços de mercado, o excedente de "redução

de emissão" ou "permissão de emissão" no mercado nacional ou internacional.

Os países desenvolvidos podem estimular a redução da emissão de

gases causadores do efeito estufa (GEE) em países em desenvolvimento

através do mercado de carbono, quando adquirem créditos de carbono

provenientes destes últimos [1].

No caso do Brasil, a participação no mercado ocorre por meio do

Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), por ser o único mecanismo do

Protocolo de Kyoto que admite a participação voluntária de países em

desenvolvimento. O MDL permite a certificação de projetos de redução de

emissões nos países em desenvolvimento e a posterior venda das reduções

Page 19: Geração de energia eólica para atender uma pequena cidade de interior

16

certificadas de emissões (RCEs), para serem utilizadas pelos países

desenvolvidos como modo suplementar para cumprirem suas metas. Esse

mecanismo deve implicar em reduções de emissões adicionais àquelas que

ocorreriam na ausência do projeto, garantindo benefícios reais, mensuráveis e

de longo prazo para a mitigação da mudança do clima.

Para que a cooperativa que visa empreender na usina eólica receba os

créditos de carbono é necessário conseguir o registro do MDL. Este registro é

obtido após o cumprimento de uma longa lista de exigências, composta por

diversas etapas de certificação e aprovação.

Estas etapas compreendem em:

1) elaboração de documento de concepção de projeto (DCP), usando

metodologia de linha de base e plano de monitoramento aprovados;

2) validação, verifica se o projeto está em conformidade com a

regulamentação do Protocolo de Kyoto;

3) aprovação pela Autoridade Nacional Designada (AND), que no caso

do Brasil é a Comissão Interministerial de Mudança Global do Clima (CIMGC),

verifica a contribuição do projeto para o desenvolvimento sustentável;

4) submissão ao Conselho Executivo para registro;

5) monitoramento;

6) verificação/certificação; e

7) emissão de unidades segundo o acordo de projeto [2].

Com a obtenção do registro, os créditos de carbono são recebidos

conforme as emissões são evitadas para então serem negociados no mercado.

Os principais contratos de crédito de carbono são negociados pela Bolsa

de Clima de Chicago (CCX), pela Bolsa de Clima da Europa (ECX) e pela

Bolsa Intercontinental (ICE Europe) [3].

O presente projeto consiste na substituição de um gerador elétrico a

diesel, por dois geradores eólicos com capacidade de 900 kW cada (total de

1.800 kW), evitando a emissão de 6.000 toneladas de CO2 por ano. Como

exemplo de fatura sobre o crédito de carbono, estes 6.000 Ton de CO2

resultam em 6.000 unidades de créditos de carbono, que podem ser

negociados na bolsa ICE ECX Certified Emission Reduction (CER) Futures, à

€10,00/Ton [3], com o câmbio R$2,31/€ [4], resulta em R$138.600,00 reais ao

ano.

Page 20: Geração de energia eólica para atender uma pequena cidade de interior

17

Conforme a comunidade for expandindo e também, a demanda de

energia elétrica, o número de geradores também precisa ser expandido, de

modo que, quanto mais aerogeradores, maior será a receita com os créditos de

carbono. A receita sobre os créditos de carbono para a cooperativa até 2036

está listada na tabela abaixo.

Tabela 7.1 Receita da usina eólica sobre os créditos de carbono

ano nº gerador

receita

2010 2 138.600,00

2011 2 138.600,00

2012 2 138.600,00

2013 2 138.600,00

2014 4 277.200,00

2015 4 277.200,00

2016 4 277.200,00

2017 4 277.200,00

2018 4 277.200,00

2019 4 277.200,00

2020 6 415.800,00

2021 6 415.800,00

2022 6 415.800,00

2023 6 415.800,00

2024 8 554.400,00

2025 8 554.400,00

2026 10 693.000,00

2027 10 693.000,00

2028 12 831.600,00

2029 12 831.600,00

2030 14 970.200,00

2031 16 1.108.800,00

2032 18 1.247.400,00

2033 20 1.386.000,00

2034 22 1.524.600,00

2035 24 1.663.200,00

2036 26 1.801.800,00

total R$ 17.740.800,00

É necessário observar que estes valores podem variar conforme a

negociação contratual e câmbio. Também não foram contabilizadas as taxas e

os próprios gastos envolvidos no projeto de atividade que deve ser realizado

para a obtenção do registro junto ao MDL. Todavia, este exemplo mostra como

os créditos de carbono constituem um fator relevante na viabilização de

projetos eólicos no Brasil.

Page 21: Geração de energia eólica para atender uma pequena cidade de interior

18

8. Fontes de Financiamento

Propõe-se um empréstimo a ser realizado no BNDES, no âmbito do

PROINFA. Este programa do governo federal tem recursos do BNDES com

gestão da Eletrobrás.

O programa não está aceitando novos projetos desde o fim da primeira

chamada, em 2004. Porém dificilmente é encontrada outra fonte de recursos

em quantidade e condições de juros e parcelamento similares, sem os quais a

viabilidade econômica do negócio não se concretizará. Por esse motivo o

programa será utilizado como referência.

O programa financia até 70% do valor total financiável do projeto, tem

carência de seis meses após a entrada em operação do mesmo e pode

distribuir o pagamento em até dez anos.

A mensalidade do empreendimento é de cerca de 70% do valor

arrecadado com a venda de energia. Apesar de o governo afirmar que não

abrirá novo edital para o programa pelo fato de já ter sido criado um mercado

que o substituam, críticos acreditam que o este adiamento se deve ao fato do

atraso de um grande número de empreendimentos do primeiro edital.

Page 22: Geração de energia eólica para atender uma pequena cidade de interior

19

9. Análise Econômica

A análise econômica parte do princípio de já ter sido feita a opção pela

turbina E-44 da fabricante Wobben. Ela possui uma capacidade nominal

individual de 900kW e uma geração para 5,74 m/s de 88kW, sendo que um par

supre a previsão de demanda dos primeiros 4 anos.

Assim, pode ser montado um cronograma de instalação conforme

demanda analisada abaixo.

Tabela 9.1: Número de turbinas instaladas por ano

Ano Número

de geradores

2010 2

2014 4

2020 6

2024 8

2026 10

2028 12

2030 14

2031 16

2032 18

2033 20

2034 22

2035 24

2036 26

A análise financeira se dará ao primeiro par de turbinas e a expansão

estará condicionada a confirmação do aumento de demanda e manutenção das

condições de preço por kW, cotação de dólar e euro e taxas de juros.

Assim, será realizada a análise de retorno do investimento para este

primeiro par, que será válida para as expansões mantendo-se as condições

acima citadas.

Desta forma o empréstimo inicial será necessário apenas para a

instalação do primeiro conjunto gerador.

Assim, tem-se na tabela 9.2 o valor de empréstimo e custo total.

Page 23: Geração de energia eólica para atender uma pequena cidade de interior

20

Tabela 9.2: Valor de empréstimo e custo total

Potência nominal por turbina

Unidades Geradoras

Capital emprestado

Juros 10% ao ano Custo total

2010 2 3.078.000,00 307.800,00 3.385.800,00

A receita gerada pela venda de energia anual pela instalação inicial de

duas turbinas é apresentada na tabela 9.3.

Tabela 9.3: Receita da venda de energia anual

Receita com venda de energia anual

MW/h Valor MW Receita gerada

2.011 558,00 270,00 150.660,00

2.012 647,82 270,00 174.911,40

2.013 747,19 270,00 201.741,86

2.014 616,70 270,00 166.510,08

2.015 616,70 270,00 166.510,08

2.016 616,70 270,00 166.510,08

2.017 616,70 270,00 166.510,08

2.018 616,70 270,00 166.510,08

2.019 616,70 270,00 166.510,08

2.020 616,70 270,00 166.510,08

2.021 616,70 270,00 166.510,08

2.022 616,70 270,00 166.510,08

2.023 616,70 270,00 166.510,08

2.024 616,70 270,00 166.510,08

2.025 616,70 270,00 166.510,08

2.026 616,70 270,00 166.510,08

2.027 616,70 270,00 166.510,08

2.028 616,70 270,00 166.510,08

2.029 616,70 270,00 166.510,08

2.030 616,70 270,00 166.510,08

2.031 616,70 270,00 166.510,08

2.032 616,70 270,00 166.510,08

2.033 616,70 270,00 166.510,08

2.034 616,70 270,00 166.510,08

2.035 616,70 270,00 166.510,08

2.036 616,70 270,00 166.510,08

O custo anual para a energia gerada está na tabela 9.4.

Tabela 9.4: Custo de geração anual

Custo anual

MW/h Valor MW Custo

2.011 558,00 128,25 71.563,50

2.012 647,82 128,25 83.082,92

Page 24: Geração de energia eólica para atender uma pequena cidade de interior

21

2.013 747,19 128,25 95.827,38

2.014 616,70 128,25 79.092,29

2.015 616,70 128,25 79.092,29

2.016 616,70 128,25 79.092,29

2.017 616,70 128,25 79.092,29

2.018 616,70 128,25 79.092,29

2.019 616,70 128,25 79.092,29

2.020 616,70 128,25 79.092,29

2.021 616,70 128,25 79.092,29

2.022 616,70 128,25 79.092,29

2.023 616,70 128,25 79.092,29

2.024 616,70 128,25 79.092,29

2.025 616,70 128,25 79.092,29

2.026 616,70 128,25 79.092,29

2.027 616,70 128,25 79.092,29

2.028 616,70 128,25 79.092,29

2.029 616,70 128,25 79.092,29

2.030 616,70 128,25 79.092,29

2.031 616,70 128,25 79.092,29

2.032 616,70 128,25 79.092,29

2.033 616,70 128,25 79.092,29

2.034 616,70 128,25 79.092,29

2.035 616,70 128,25 79.092,29

2.036 616,70 128,25 79.092,29

A receita gerada por créditos de carbono, tabela 9.5.

Tabela 9.5: Receita do crédito de carbono anual

Num. Geradores Receita do crédito

carbono

2 138.600,00

Assim, o balanço anual, tabela 9.6.

Tabela 9.6: Balanço anual

Balanço anual

R$

2.011 217.696,50

2.012 230.428,49

2.013 244.514,47

2.014 226.017,79

2.015 226.017,79

2.016 226.017,79

2.017 226.017,79

2.018 226.017,79

2.019 226.017,79

2.020 226.017,79

2.021 226.017,79

2.022 226.017,79

Page 25: Geração de energia eólica para atender uma pequena cidade de interior

22

2.023 226.017,79

2.024 226.017,79

2.025 226.017,79

Desta forma, tem-se um tempo do retorno de investimento de 10 anos.

Entretanto há várias formas de reduzir este tempo de retorno podem ser

indicadas. Uma maneira de reduzir o tempo de retorno seria a interligação ao

sistema energético nacional para vender o excedente de energia. Desta forma,

além do tempo de retorno do investimento diminuir, haveria a segurança de

alimentar a comunidade mesmo em condição de pouquíssimo vento, onde a

geração eólica fica completamente prejudicada.

Page 26: Geração de energia eólica para atender uma pequena cidade de interior

23

10. Conclusão

A questão ambiental, juntamente com o tema desenvolvimento

sustentável, vem tomando espaço nas discussões dentro dos vários

seguimentos sociais e organizacionais. Consequentemente a preocupação com

emissões de gases nocivos ao meio ambiente e impactos ambientais vem

crescendo e trás consigo o desenvolvimento de novas tecnologias e métodos

que possibilitam a mitigação destas questões. A produção economicamente

viável de energia elétrica através de geradores eólicos é uma destas

tecnologias.

Como foi visto nos capítulos anteriores, a produção de energia eólica é

uma solução possível e evita a construção de usinas hidrelétricas ou

termoelétricas, por exemplo, evitando o alagamento de grandes áreas ou a

emissão demasiada de CO2, de forma a contribuir significativamente para um

desenvolvimento sustentável do ponto de vista ecológico e também econômico.

Percebe-se que a tecnologia utilizada está disponível no mercado

nacional, e a não importação dessa tecnologia pode estimular o crescimento

nacional significativamente, gerando empregos e fonte de renda como

benefícios adicionais ao projeto.

Analisando a viabilidade econômica do projeto verificamos que os

resultados são positivos, uma vez que as receitas oriundas da venda de

energia elétrica e da venda de créditos de carbono proporcionam uma boa taxa

de retorno, aproximadamente quinze anos.

Os cálculos realizados, numa perspectiva conservadora, mostram que

o projeto proporcionaria uma receita de aproximadamente R$ 226 mil mensais

para cada par de turbinas que será instalado conforme demanda, após o

pagamento do empréstimo e juros. Como simulamos nos cálculos, o

pagamento do empréstimo juntamente com os juros em aproximadamente

quinze anos, pode-se ter uma boa noção do retorno financeiro possibilitado

pelo projeto.

Conclui-se, portanto, que a tecnologia disponível e indicada pela

equipe para a implantação de parques eólicos é viável, aplicável ao caso

estudado e disponível com tecnologia nacional.

Page 27: Geração de energia eólica para atender uma pequena cidade de interior

24

11. Anexos

ANEXO 1 - Questionário sócio-econômico

ANEXO 2 - Leis

ANEXO 3 - Decretos

ANEXO 4 - Resoluções e Despachos da ANEEL

ANEXO 5 - Resoluções do CONAMA

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25

ANEXO 1 - Questionário sócio-econômico

I-Identificação Nome completo: __________________________________________________ Data de nascimento: ___/___/_____ Estado Civil: ( ) solteiro(a) ( ) casado(a) ( )viúvo(a) ( )divorciado(a)/separado(a) ( ) outros nº de filhos:_______Naturalidade: ________________________ Nacionalidade:___________ E-mail: _________________________________________________________ Nome do pai: ____________________________________________________ Nome da mãe:___________________________________________________ Endereço da família: Rua/Av.: _______________________________________ Nº: ______ Ap. _________ Bairro:______________________ CEP:___________________ Cidade: _____________________________________________ Estado:__________________ Telefone para contato (DDD): _____________________ Celular:________________________ Moradia ( ) Sozinho ( ) Pensão ( ) Família ( ) República ( ) Parentes ( ) Casa própria ( ) Casa cedida ( ) Casa financiada ( ) Outros ( ) Casa alugada II- Escolaridade Escolaridade: ______________________________ Fez curso universitário: ( ) sim ( ) não Curso:_______________ Universidade:______________ Curso pré-vestibular: ( ) sim ( ) não Cidade: ______________________ Caso positivo, marque uma das opções: ( ) sem bolsa ( ) com bolsa ( ) gratuito III – Situação Socioeconômica Financeira Assinale sua situação de trabalho: ( ) Está trabalhando com vínculo empregatício ( ) Trabalho temporário (biscates) ( ) Trabalho autônomo ( ) Trabalho informal ( ) Trabalho em empresa própria ( ) Desempregado ( ) Aposentado ( ) Pensionista ( ) Recebe seguro desemprego ( ) Nunca trabalhou

Page 29: Geração de energia eólica para atender uma pequena cidade de interior

26

( ) Nunca trabalhou com vínculo empregatício ( ) Afastado ( ) Outros Qual a sua situação em relação à renda familiar? ( ) É arrimo de família(principal responsável) ( ) É dependente ( ) Contribui com a renda familiar ( ) Não contribui e se mantém sozinho Com quem você reside na sua cidade de origem? ( ) Pais ( ) Avós ( ) Tios ( ) Amigos ( ) Pais e irmãos ( ) Irmãos ( ) República, especifique n° de moradores: _________________ ( ) Outros, especifique: _________________________________ A residência da sua família é: ( ) Alugada ( ) Cedida ( ) De herdeiros ( ) Própria e quitada ( ) Própria em financiamento ( ) Emprestada Por quem: __________________________________ Motivo:____________________________________ ___________________________________________ Em relação a sua situação familiar, seus pais são: ( ) Casados ( ) Separados ( ) Vivem em união estável ( ) Pai falecido ( ) Mãe falecida No caso dos pais separados: a) A mãe recebe pensão? Sim ( ) Não ( ) Valor mensal:____________________ b) Os filhos recebem pensão? Sim ( ) Não ( ) Nome:________________________________ Valor mensal:_________________________ Nome:________________________________ Valor mensal:_________________________ Nome:________________________________ Valor mensal:_________________________ Nome:________________________________ Valor mensal:_________________________

Page 30: Geração de energia eólica para atender uma pequena cidade de interior

27

Quantas pessoas residem na sua casa, junto à sua família: _______ IV – Estrutura de despesa da família: 4.1- Possui gastos com moradia? Sim ( ) Não ( ) Especifique: ( ) Aluguel. Valor: ___________________ ( ) Condomínio. Valor: ________________ ( ) Água. Valor: ______________________ ( ) Luz. Valor: _______________________ ( ) Telefone: _________________________ ( ) Financiamento de casa própria.Valor:______ ( ) Financiamento de material de construção através de agente financeiro. Valor: ___________ IPTU. Valor: _____________________________ Outros. Valor: ____________________________ 4.2 – Possui gastos com saúde? ( ) Sim ( ) Não Especifique: ( ) Plano de saúde. Valor: _____________________ ( ) Medicamentos contínuos. Valor: _____________ ( ) Fisioterapia. Valor: ____________________ ( ) Outros – Especifique: __________________ 4.3- Possui gastos com Educação? ( ) Sim ( ) Não Especifique: ( ) Mensalidade(s) Escolar(es) do ensino formal. Valor: ______________________________________ ( ) Cursinho pré-vestibular. Valor: ______________ ( ) Creche. Valor: ____________________________ ( ) Curso de idiomas. Valor: ___________________ ( ) Curso de informática. Valor: ________________ V- Veículos: Número: ______ Veículos pertencentes ao grupo familiar. Descreva marca, modelo, ano e finalidade (Passeio, Táxi, Carreto): _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

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28

ANEXO 2 - Leis

- 8.631 de 04 de Março de 1993, Dispõe sobre a fixação dos níveis das tarifas para o Serviço Público de Energia Elétrica, extingue o regime de remuneração garantida e dá outras providências. - 8.666 de 21 de Junho de 1993, Regulamenta o art. 37, inciso XXI, da Constituição Federal, institui normas para licitações e contratos da Administração Pública e dá outras providências. - 8.724 de 29 de Outubro de 1993, Altera a Lei nº 8.631, de 4 de março de 1993, estabelecendo novos procedimentos nas compensações de CRC das concessionárias de serviços públicos de eletricidade. - 8.987 de 13 de Fevereiro de 1995, Dispõe sobre o regime de concessão e permissão da prestação de serviços públicos previsto no art. 175 da Constituição Federal, e dá outras providências. - 9.074 de 07 de Julho de 1995, Estabelece normas para outorga e prorrogações das concessões e permissões de serviços públicos e dá outras providências. - 9.427 de 26 de Dezembro de 1996, Institui a Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL,disciplina o regime das concessões de serviços públicos de energia elétrica e dá outras providências. - 9.478 de 06 de Agosto de 1997, Dispõe sobre a política energética nacional, as atividades relativas ao monopólio do petróleo, institui o Conselho Nacional de Política Energética e a Agência Nacional do Petróleo e dá outras providências. - 9.648 de 27 de Maio de 1998, Altera dispositivos das Leis nº 3.890-A, de 25 de abril de 1961, nº 8.666, de 21 de junho de 1993, nº 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, nº 9.074, de 7 de julho de 1995, nº 9.427, de 26 de dezembro de 1996, autoriza o Poder Executivo a promover a reestruturação da Centrais Elétricas Brasileiras – ELETROBRÁS e de suas subsidiárias e dá outras providências - 9.991 de 24 de Julho de 2000, Dispõe sobre realização de investimentos em pesquisa e desenvolvimento e em eficiência energética por parte das empresas concessionárias, permissionárias e autorizadas do setor de energia elétrica, e dá outras providências. - 10.438 de 26 de Abril de 2002, Dispõe sobre a expansão da oferta de energia elétrica emergencial, recomposição tarifária extraordinária, cria o Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (Proinfa), a Conta de Desenvolvimento

Page 32: Geração de energia eólica para atender uma pequena cidade de interior

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Energético (CDE), dispõe sobre a universalização do serviço público de energia elétrica, dá nova redação às Leis n o 9.427, de 26 de dezembro de 1996, n o 9.648, de 27 de maio de 1998, n o 3.890-A, de 25 de abril de 1961, n o 5.655, de 20 de maio de 1971, n o 5.899, de 5 de julho de 1973, n o 9.991, de 24 de julho de 2000, e dá outras providências. - 10.762 de 11 de Novembro de 2003, Dispõe sobre a criação do Programa Emergencial e Excepcional de Apoio às Concessionárias de Serviços Públicos de Distribuição de Energia Elétrica, altera as Leis nºs 8.631, de 04 de março de 1993, 9.427, de 26 de dezembro de 1996, 10.438, de 26 de abril de 2002, e dá outras providências. - 10.847 de 15 de Março de 2004, Autoriza a criação da Empresa de Pesquisa Energética – EPE e dá outras providências. - 10.848 de 15 de Março de 2004. Dispõe sobre a comercialização de energia elétrica, altera as Leis nºs 5.655, de 20 de maio de 1971, 8.631, de 4 de março de 1993, 9.074, de 7 de julho de 1995, 9.427, de 26 de dezembro de 1996, 9.478, de 6 de agosto de 1997, 9.648, de 27 de maio de 1998, 9.991, de 24 de julho de 2000, 10.438, de 26 de abril de 2002, e dá outras providências.

ANEXO 3 - Decretos - 1.717, de 24 de Novembro de 1995 Estabelece procedimentos para prorrogação das concessões dos serviços públicos de energia elétrica de que trata a Lei n° 9.074, de 7 de julho de 1995, e dá outras providências. - 2.003, de 10 de Setembro de 1996 Regulamenta a produção de energia elétrica por Produtor Independente e por Autoprodutor e dá outras providências. - 2.335, de 6 de outubro de 1997 Constitui a Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL, autarquia sob regime especial, aprova sua Estrutura Regimental e o Quadro Demonstrativo dos Cargos em Comissão e Funções de Confiança e dá outras providências. - 2.410, de 28 de Novembro de 1997 Dispõe sobre o cálculo e o recolhimento da Taxa de Fiscalização de Serviços de Energia Elétrica instituída pela Lei nº 9.427, de 26 dezembro de 1996, e dá outras providências. - 2.655, de 02 de Julho de 1998 Regulamenta o Mercado Atacadista de Energia Elétrica, define as regras de organização do Operador Nacional do Sistema Elétrico, de que trata a Lei nº 9.648, de 27 de maio de 1998, e dá outras providências.

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- 3.520, de 21 de Junho de 2000. Dispõe sobre a estrutura e o funcionamento do Conselho Nacional de Política Energética - CNPE e dá outras providências.

- 3.653, de 07 de Novembro de 2000 Altera dispositivos do Decreto nº 62.724, de 17 de maio de 1968, que estabelece normas gerais de tarifação para as empresas concessionárias de serviços públicos de energia elétrica, e do Decreto nº 2.655, de 2 de julho de 1998, que regulamenta o Mercado Atacadista de Energia Elétrica, define as regras de organização do Operador Nacional do Sistema Elétrico, de que trata a Lei nº 9.648, de 27 de maio de 1998, e dá outras providências. - 3.867, de 16 de Julho de 2001 Regulamenta a Lei no 9.991, de 24 de julho 2000, que dispõe sobre realização de investimentos em pesquisa e desenvolvimento e em eficiência energética por parte das empresas concessionárias, permissionárias e autorizadas do setor de energia elétrica, e dá outras providências. - 3.900, de 29 de Agosto de 2001 Cria a Comercializadora Brasileira de Energia Emergencial - CBEE e dá outras providências. - 4.541, de 23 de Dezembro de 2002 Regulamenta os arts. 3º, 13, 17 e 23 da Lei nº 10.438, de 26 de abril de 2002, que dispõe sobre a expansão da oferta de energia elétrica emergencial, recomposição tarifária extraordinária, cria o Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica - PROINFA e a Conta de Desenvolvimento Energético - CDE, e dá outras providências. - 4.562 de 31 de Dezembro de 2002 Estabelece normas gerais para celebração, substituição e aditamento dos contratos de fornecimento de energia elétrica; para tarifação e preço de energia elétrica; dispõe sobre compra de energia elétrica das concessionárias de serviço público de distribuição; valores normativos; estabelece a redução do número de submercados; diretrizes para revisão da metodologia de cálculo das Tarifas de Uso do Sistema de Transmissão - TUST e dá outras providências. - 4.667, de 04 de Abril de 2003 Altera o Decreto no 4.562, de 31 de dezembro de 2002, que estabelece normas gerais para celebração, substituição e aditamento dos contratos de fornecimento de energia elétrica; para tarifação e preço de energia elétrica; dispõe sobre compra de energia elétrica das concessionárias de serviço público de distribuição; valores normativos; estabelece a redução do número de submercados; diretrizes para revisão da metodologia de cálculo das Tarifas de Uso do Sistema de Transmissão - TUST; o Decreto no 62.724, de 17 de maio de 1968, que estabelece normas gerais de tarifação para as empresas concessionárias de serviços públicos de energia elétrica, e dá outras providências.

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- 5.025 de 30 de Março de 2004 Regulamenta o inciso I e os §§ 1o , 2o , 3o , 4o e 5o do art. 3o da Lei nº 10.438, de 26 de abril de 2002, no que dispõem sobre o Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica - PROINFA, primeira etapa, e dá outras providências. - 5.081 de 14 de Maio de 2004 Regulamenta os arts. 13 e 14 da Lei no 9.648, de 27 de maio de 1998, e o art. 23 da Lei no 10.848, de 15 de março de 2004, que tratam do Operador Nacional do Sistema Elétrico - ONS. - 5.163 de 30 de Julho de 2004 Regulamenta a comercialização de energia elétrica, o processo de outorga de concessões de autorizações de geração de energia elétrica, e dá outras providências. - 5.175 de 09 de Agosto de 2004 Constitui o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico - CMSE de que trata o art. 14 da Lei no 10.848, de 15 de março de 2004. - 5.177 de 12 de Agosto de 2004 Regulamenta os arts. 4º e 5º da Lei nº 10.848, de 15 de março de 2004, e dispõe sobre a organização, as atribuições e o funcionamento da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica - CCEE. - 5.184 de 16 de Agosto de 2004 Cria a Empresa de Pesquisa Energética – EPE e aprova seu Estatuto Social e dá outras providências.

ANEXO 4 - Resoluções e Despachos da ANEEL - ANEEL 249 de 11 de Agosto de 1998, Estabelece as condições de participação dos agentes no Mercado Atacadista de Energia Elétrica – MAE e diretrizes para estabelecimento do Mecanismo de Realocação de Energia - MRE. - ANEEL 264 de 13 de Agosto de 1998, Estabelece as condições para Contratação de Energia Elétrica por Consumidores Livres. - ANEEL 265 de 13 de Agosto de 1998, Estabelece as condições para o exercício da atividade de comercialização de energia elétrica. - ANEEL 103 de 14 de Maio de 1999, Fixa a tarifa Marginal de Operação- TMO, com base no Custo Marginal Mensal de Operação, para aplicações no faturamento dos desvios de carga própria, apurados nos suprimentos entre empresas.

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- ANEEL 247 de 13 de Agosto de 1999, Altera as condições gerais da prestação de serviços de transmissão e contratação do acesso, compreendendo os Contratos de Prestação do Serviço de Transmissão - CPST, Contratos de Uso do Sistema de Transmissão - CUST e dos Contratos de Conexão ao Sistema de Transmissão - CCT, vinculadas à celebração dos Contratos Iniciais de Compra e Venda de Energia Elétrica. - ANEEL 268 de 15 de Setembro de 1999, Estabelece diretrizes para atendimento de necessidade adicional de demanda de potência em áreas geo-elétricas críticas do sistema interligado. - ANEEL 281 de 01 de Outubro de 1999, Estabelece as condições gerais de contratação do acesso, compreendendo o uso e a conexão, aos sistemas de transmissão e distribuição de energia elétrica. - ANEEL 286 de 01 de Outubro de 1999, Estabelece as tarifas de uso dos sistemas de distribuição de energia elétrica. - ANEEL 278 de 19 de Julho de 2000, Estabelece limites e condições para participação dos agentes econômicos nas atividades do setor de energia elétrica. - ANEEL 290 de 03 de Agosto de 2000, Homologa as Regras do Mercado Atacadista de Energia Elétrica - MAE e fixa as diretrizes para a sua implantação gradual. - ANEEL 407 de 19 de Outubro de 2000, Define a sistemática de fixação da “potência instalada” para todos os fins de regulação, fiscalização e outorga dos serviços de geração de energia elétrica. - ANEEL 169 de 03 de Maio de 2001, Estabelece critérios para a utilização do Mecanismo de Realocação de Energia – MRE por centrais hidrelétricas não despachadas centralizadamente. - ANEEL 208 de 07 de Junho de 2001, Alterações na Resolução ANEEL no 281, de 1 de outubro de 1999, com prazo para republicação integral. - ANEEL 229 de 22 de Junho de 2001, Estabelece as regras para a contratação especial do acesso aos sistemas de transmissão e de distribuição de energia elétrica. - ANEEL 398 de 21 de Setembro de 2001, Estabelecer os requisitos gerais para apresentação dos estudos e as condições e os critérios específicos para análise e comparação de Estudos de Inventários Hidrelétricos, visando a seleção no caso de estudos concorrentes. - ANEEL 715 de 28 de Dezembro de 2001,

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Estabelece as regras para a contratação do acesso temporário aos sistemas de transmissão e de distribuição de energia elétrica. - ANEEL 248 de 06 de Maio de 2002, Atualiza procedimentos para o cálculo dos limites de repasse dos preços de compra de energia elétrica, para as tarifas de fornecimento. - ANEEL 358 de 28 de Junho de 2002, Estabelece o valor das tarifas de uso das instalações de transmissão de energia elétrica, componentes da Rede Básica do Sistema Elétrico Interligado. - ANEEL 152 de 03 Abril de 2003, Altera a metodologia de cálculo das tarifas de uso dos sistemas de distribuição de energia elétrica, atendendo o disposto no Decreto no 4.562, de 31 de dezembro de 2002. - ANEEL 219 de 23 de Abril de 2003, Dá nova redação ao art. 22 da Resolução nº 281, de 1o de outubro de 1999, com prazo para republicação integral. - ANEEL 259 de 09 de Junho de 2003. Estabelece os procedimentos gerais para requerimento de declaração de utilidade pública, para fins de desapropriação ou instituição de servidão administrativa, de áreas de terras necessárias à implantação de instalações de geração, transmissão ou distribuição de energia elétrica, por concessionários, permissionários ou autorizados. - ANEEL 684 de 24 de Dezembro de 2003, Estabelece o valor da Tarifa de Energia de Otimização - TEO para pagamento das transferências de energia entre as usinas participantes do Mecanismo de Realocação de Energia - MRE, no âmbito do Mercado Atacadista de Energia Elétrica - MAE. - ANEEL 062 de 05 de Maio de 2004, Estabelece os procedimentos para o cálculo do montante correspondente à energia de referência de empreendimento de geração de energia elétrica, para fins de participação no Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica - PROINFA, nos termos do Decreto no 5.025, de 30 de março de 2004, e dá outras providências. - ANEEL 077 de 18 de Agosto de 2004. Estabelece os procedimentos vinculados à redução das tarifas de uso dos sistemas elétricos de transmissão e de distribuição, para empreendimentos hidroelétricos e aqueles com fonte solar, eólica, biomassa ou cogeração qualificada, com potência instalada menor ou igual a 30.000 kW.

ANEXO 5 - Resoluções do CONAMA - 001 de 23 de Janeiro de 1986, O CONSELHO NACIONAL DO MEIO

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AMBIENTE - IBAMA, no uso das atribuições que lhe confere o artigo 48 do Decreto nº 88.351, de 1º de junho de 1983, para efetivo exercício das responsabilidades que lhe são atribuídas pelo artigo 18 do mesmo decreto, e Considerando a necessidade de se estabelecerem as definições, as responsabilidades, os critérios básicos e as diretrizes gerais para uso e implementação da Avaliação de Impacto Ambiental como um dos instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente. - 005 de 06 de Agosto de 1987, Considerando a necessidade de se implantar de fato o Programa Nacional de Proteção ao Patrimônio Espeleológico, elaborado pela Comissão Especial, instituída através da Resolução/Conama/Nº 009, de 24 de janeiro de 1986; Considerando a necessidade de se estruturar racionalmente a exploração e/ou preservação do rico Patrimônio Espeleológico Nacional. - 006 de 16 de Setembro de 1987, Considerando a necessidade de que sejam editadas regras gerais para o licenciamento ambiental de obras de grande porte, especialmente aquelas nas quais a União tenha interesse relevante como a geração de energia elétrica, no intuito de harmonizar conceitos e linguagem entre os diversos intervenientes no processo. - 013 de 06 de Dezembro de 1990, Considerando a necessidade de estabelecer-se, com urgência normas referentes ao entorno das Unidades de Conservação visando a proteção dos ecossistemas ali existentes - 002 de 18 de Abril de 1996, Para fazer face à reparação dos danos ambientais causados pela destruição de florestas e outros ecossistemas, o licenciamento de empreendimentos de relevante impacto ambiental, assim considerado pelo órgão ambiental competente com fundamento do EIA/RIMA, terá como um dos requisitos a serem atendidos pela entidade licenciada, a implantação de uma unidade de conservação de domínio público e uso indireto, preferencialmente uma Estação Ecológica, a critério do órgão licenciador, ouvido o empreendedor. - 237 de 19 de Dezembro 1997, Dispõe sobre licenciamento ambiental; competência da União, Estados e Municípios; listagem de atividades sujeitas ao licenciamento; Estudos Ambientais, Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto Ambiental. - 279 de 27 de Junho 2001, Considerando a necessidade de estabelecer procedimento simplificado para o licenciamento ambiental, com prazo máximo de sessenta dias de tramitação, dos empreendimentos com impacto ambiental de pequeno porte, necessários ao incremento da oferta de energia elétrica no País. - 281 de 12 de Julho 2001, Considerando que os modelos de publicação de pedidos de licenciamento, em todas as suas modalidades, sua renovação e respectiva concessão, aplicam-se

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ao licenciamento de quaisquer empreendimentos ou atividades, independentemente de seu porte ou grau de seu impacto ambiental, - 302 de 20 de Março 2002, Dispõe sobre os parâmetros, definições e limites de Áreas de Preservação Permanente de reservatórios artificiais e o regime de uso do entorno. - 303 de 20 de Março 2002, Dispõe sobre parâmetros, definições e limites de Áreas de Preservação Permanente

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12. Referências

[ 1 ] http://www.mct.gov.br/upd_blob/0213/213408.pdf

[ 2 ] http://pt.wikipedia.org/wiki/Cr%C3%A9ditos_de_carbono

[ 3 ] http://wiki.advfn.com/pt/Cr%C3%A9dito_de_Carbono

[ 4 ] http://economia.uol.com.br/cotacoes/cambio.jhtm

[ 5 ] http://www.cresesb.cepel.br/index.php?link=/atlas_eolico_brasil/atlas.htm

[ 6 ] - Ministério de Minas e Energia: http://www.mme.gov.br

[ 7 ] - Agência Nacional de Energia Elétrica: http://www.aneel.gov.br

[ 8 ] - Centrais Elétricas Brasileiras: http://www.eletrobras.gov.br

[ 9 ] - Fundação do Centro Global para o Meio Ambiente:

http://gec.jp/gec/EN/Publications/CDM_Manual-P.pdf

Todos os sites foram acessados entre 09 e 11/2010.