ASSOCIAÇÃO DO MOVIMENTO DOS AGENTES AGROFLORESTAIS INDÍGENAS DO ACRE

AMAAI/AC

GESTÃO TERRITÓRIAL E AMBIENTAL DAS TERRAS

INDÍGENAS NO ACRE

“O Plano de gestão territorial e ambiental vem se construindo a partir da discussão coletiva e comunitária. Ele foi criada a partir de conversas familiares, das conversar sobre as necessidades. Ele está sendo desenvolvido para fortalecer nossa comunidade, para que futuramente não precisamos estar subordinados a uma política do entorno. Cada vez mais o plano de gestão está se aperfeiçoando a partir de nossas conversas, dos nossos enfrentamentos, das nossas dificuldades. O Plano de Gestão não é uma lei, mas um acordo entre os grupos familiares, entre a comunidade, sobre como nós vamos cuidar da nossa terra, como vamos usar nossos recursos naturais, como vamos nos relacionar com nossos vizinhos, como vamos trabalhar com o entorno, como vamos trazer um desenvolvimento que beneficiem a todos: homens, mulheres, crianças, animais e plantas. Ele também não é uma proibição, mas um trabalho de conscientização de todos os índios e não-índios. Com o passar do tempo, ele pode ser modificado, mas sempre com a participação de todo mundo para se chegar a um consenso com o objetivo único de cuidar com zelo e carinho da nossa terra.”

O QUE É UM PLANO DE GESTÃO PARA AS TERRAS INDÍGENAS DO ACRE?

TEMAS RELACIONADOS AOS PLANOS DE GESTÃO TERRITÓRIAL EAMBIENTAL

1 – Recursos florestais e florísticos2 – Pesca3 – Caça4 – Fluxo de caça5 – Áreas de refúgio6 – Criação de animais silvestres7 – Criação de animais domésticos8 – Roçados9 – Saúde ambiental10 – Agrofloresta11 – Vigilância e fiscalização12 – Aldeia13 – Recursos hídricos14 - Entorno

RECURSOS FLORESTAIS E FLORÍSTICOS

Madeira de Lei – será de uso exclusivo da população da terra indígena. Fica proibida a venda de madeira de para fora da terra indígena. Vamos fazer a coleta de sementes para distribuir e plantar na terra indígena. Vamos aproveitar as madeiras derrubadas e caídas para construção de casas, canoas, etc.Palha para cobertura – vamos manejar as palheiras baixas e deixar para regeneração as palheiras jovens nos campos, capoeiras e SAFs. As palheiras altas são difíceis de manejar e por isto podemos derrubá-las. As palheiras mais altas ficam para produção de sementes. As palheiras perto das casas ficam também para o manejo.Madeira roliça – são mulateiro, vassourinha e outras, que encontra principalmente no baixo. Trazer mudas e sementes e plantar próximos das comunidades. Fica proíbida a venda fora da terra indígena. É de uso exclusivos das comunidades indígenas.Paxiubão e paxiubinha – não derrubar todas as paxiúbas. Vamos deixar as tortas e ocas para produzir as sementes. Vamos zelar os filhotes e também plantar no baixo e perto das casas. Quem tem condições pode fazer o assoalho da casa com madeira serrada. Assim vamos ter este recurso para o nosso futuro.Cipó – é de uso exclusivo das comunidades. Fica proíbida a comercialização. Deve fazer o manejo e o plantio próximo das comunidades para o repovoamento das espécies. Deve ter cuidado na colheita deixando o toco para rebrotar.

Trechos do Plano de Gestão Territorial e Ambiental e das Terras Indígenas Kaxinawá do Rio Jordão, Baixo Rio Jordão e Seringal Independência

OFICINAS DE ETNOMAPEAMENTO EM 8 TERRAS INDÍGENASEM FAIXA DE FRONTEIRA – BRASIL/PERU

OFICINAS DE ETNOMAPEAMENTO EM 8 TERRAS INDÍGENASEM FAIXA DE FRONTEIRA – BRASIL/PERU

OFICINAS DE ETNOMAPEAMENTO EM 8 TERRAS INDÍGENASEM FAIXA DE FRONTEIRA – BRASIL/PERU

A GESTÃO AMBIENTAL E TERRITORIAL DAS TERRAS INDÍGENAS ESTÁ RELACIONADA A VÁRIAS AÇÕES

AGROFLORESTA

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