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José Ignácio JAEGER Neto, MSc, PMP | [email protected]
INOVAÇÃO
PROJETOS E PORTFÓLIOO PRINCIPAL DESAFIO DA GESTÃO ESTRATÉGICA
INOVAÇÃO
O QUE É INOVAÇÃO
CENTENAS DE DEFINIÇÕES SEMELHANTES PODEM SER
ENCONTRADAS
Embora o termo “inovação” seja notoriamente abrangente e existam múltiplas definições, de uma forma simples,
ela pode ser definida como
A EXPLORAÇÃO BEM
SUCEDIDA DE NOVAS IDEIAS ADAMS, BESSANT e PHELPS (2006)
INOVAR é diferente de INVENTAR
QUANDO OCORRE A INOVAÇÃO
INOVAÇÃO É UMA
INVENÇÃO QUE DEU RESULTADO
isto é, uma ideia que foi IMPLEMENTADA e que OBTEVE ACEITAÇÃO do mercado ou
que TROUXE RESULTADOS para os responsáveis pela sua difusão.
INOVAÇÃO e a implementação de um produto
(bem ou serviço) novo ou significativamente
melhorado, ou um processo, ou um novo método
de marketing, ou um novo método organizacional
nas práticas de negócios, na organização do local de
trabalho ou nas relações externas.MANUAL DE OSLO (OCDE, 2005)
O QUE É INOVAÇÃO
Ideias e descobertas
acontecem todos os dias.
O desafio é levar estas
novas ideias para o
MERCADO.
Uma inovação pode aumentar os lucros do lado da receitaOs consumidores estando dispostos a pagar mais pelo produto
Ou pode reduzir custosO mesmo serviço é disponibilizado de forma mais eficiente
WhatsAppCriado em 2009 pelo ucraniano Jan
Koum que emigrou para os EUA aos 17 anos. Com pouco mais de 50
funcionários, foi adquirido pelo Facebook por U$ 22 bilhões, tem hoje
mais de 900 milhões de usuários.
De acordo com a conveniência do clienteO usuário no controle
NetflixEmpresa americana criada em 1997 na Califórnia por Marc Randolph e Reed Hastings, tem hoje 65 milhões de clientes em mais de 100 países, oferecendo 100 milhões de horas de programação por dia.
Possibilitar a entrada de novos fornecedores
Ameaçando os negócios tradicionais
AirbnbFundada na California em 2008 por Brian Chesky, Joe Gebbia e Nathan
Blecharczyk, permite alugar o todo ou parte de uma propriedade, como
acomodação extra. Possui mais de 500 mil ofertas em 35.000 cidades e 192
países, contabilizando 10 milhões de reservas. Hoje vale U$ 10 bilhões.
Com oferta de novos serviçosEnfrentando áreas tradicionais e fechadas
UberFundada em 2009 por Garrett Camp
e Travis Kalanick, a proposta inicial era ser um serviço semelhante a um
táxi de luxo, oferecendo carros como Mercedes S550 e Escalade na cidade de São Francisco. A App foi
lançada em 2010 para Android e iPhone. Valor de mercado atual de
US$ 51 bilhões.
Aumentando benefícios ou reduzindo custos, o VALOR é criado para o CONSUMIDOR e para a EMPRESA.
A disputa entre os representantes da Economia Tradicional X Economia Criativa parece estar longe de um fim. Mas, analisando as ações de governos de diversos países, podemos esperar que uma conciliação legal aconteça,
através da regularização e tributação (proporcional) para estas tecnologias.
IMPORTÂNCIA DO TEMA
Inovação é um tema complexo e abrangente, que envolve diferentes perspectivas, cuja compreensão depende do ponto de
vista do interessado.ADAMS, BESSANT e PHELPS (2006)
Existem diversas variáveis e situações passíveis de estudos na área de inovação.
INOVAÇÃO É UM TEMA COMPLEXO
ENTRETANTO, UM FATOR É ESSENCIAL
Para que uma INOVAÇÃO aconteça:
ela tem que passar por um processo de CONCEPÇÃO, DESENVOLVIMENTO E IMPLANTAÇÃO,
o que caracteriza um
PROJETO
É UM PROCESSO INTERATIVO
Ela inicia com a percepção de uma nova oportunidade de mercado ou de um novo serviço, passa por uma invenção de base tecnológica, é conduzida através de
atividades de desenvolvimento e produção, até o sucesso comercial da inovação. GARCIA e CALANTONE (2002)
A INOVAÇÃO deve estar integrada à ESTRATÉGIAda organização e adicionar valor ao NEGÓCIO.
Para a sua realização é necessária uma estrutura organizacional flexível e colaborativa, com recursos humanos, materiais e financeiros – e práticas de gerenciamento de PROJETOS e de gestão de PORTFÓLIO.
EDUARDO GUARAGNADiretor do PGQP
INOVAÇÃO | PROJETOS | PORTFÓLIO
INOVAÇÃO | PROJETOS | PORTFÓLIO
INOVAÇÃOA inovação é essencial para a competitividade e para o desenvolvimento econômico. (PORTER; STERN, 2001)
PROJETOSPara realizar melhorias contínuas e radicais, torna-se necessário gerenciar, ao longo do tempo, um grande número de projetos dos mais variados tipos. (KERZNER, 2002)
PORTFÓLIOAs empresas buscam atingir suas estratégias através do desenvolvimento de inúmeros projetos (PMI, 2008), mas é através do portfólio de projetos que uma empresa expressa a sua capacidade de inovar.
PORTFÓLIO
O QUE É UM PORTFÓLIO
Um portfólio é uma coleção de projetos, de programas e de outros trabalhos relacionados que são agrupados para
facilitar uma gestão eficaz para cumprir os objetivos estratégicos das empresas.
(PMI, 2008)
É A PONTE QUE LIGA AS ESTRATÉGIAS ORGANIZACIONAISCOM AS INICIATIVAS DOS PROJETOS.
Fonte: PMI (2012)PMI. Gerenciamento de Portfólio. Pulse of the ProfessionTM, BRA-005-2012-BE, 2012.
Um portfólio deve ser uma medida real de intensão, direção e progresso de uma organização, e o gerenciamento de portfólio ajuda a criar um plano na direção daquela visão.
QUAL A MELHOR ESCOLHA
OPÇÃO 1: Fazer certo o projeto errado?
OPÇÃO 2: Fazer errado o projeto certo?
"Certamente não há nada tão inútil quanto fazer com grande eficiência algo que nunca deveria ser feito".
PETER DRUCKER
ALINHAMENTO ESTRATÉGICO
Gerenciar o portfólio significa assegurar que a COLEÇÃO DE PROJETOSescolhidos esteja ALINHADAcom os objetivos da organização.
SE todos os projetos forem concluídos com perfeição, dentro do prazo, do orçamento, do escopo,
MAS eles não passarem nem perto dos objetivos da organização,
ENTÃO há algo errado ou faltando no processo de gestão de portfólio.
GESTÃO DO PORTFÓLIO DE PROJETOS
PORTFÓLIO EQUILIBRADO
Criar uma carteira de projetos EQUILIBRADA, entre melhorias incrementais e inovações radicais, é o melhor caminho para o SUCESSO.
NO ENTANTO, AS EMPRESAS ENFRENTAM UM DILEMA:
Concentrar-se em pequenas melhorias nos produtos, que geram crescimento imediato, mas levam à diminuição dos retornos, ou
implantar inovações radicais, que possuem valor de longo prazo, porém de menor impacto no curto prazo?
HSM MANAGEMENT (2005)
LIMITAÇÕES PARA A INOVAÇÃO
Por mais inovadora que seja uma companhia, ninguém consegue fugir desses limites.
Este é o grande desafio: encarar essas restrições como parte natural do processo e, mesmo assim, buscar novas soluções e usar a criatividade para
inovar.
PRAZOS, RECURSOS FINANCEIROS E DEMANDAS
SÃO ALGUMAS DELAS
GESTÃO DO PORTFÓLIO DE
INOVAÇÃO
O PORTFÓLIO DE INOVAÇÃO
COMO ADMINISTAR UMA CARTEIRA DE INOVAÇÃO?
Por toda a organização, há gente freneticamente buscando o novo. Mas será que toda essa atividade constitui uma estratégia?
NAGJI, Bansi; TUFF, Geoff. Managing Your Innovation Portfolio
Harvard Business Review, May 2012
ADMINISTRANDO O PORTFÓLIO DE INOVAÇÃO
A VIABILIDADE DE UMA EMPRESA ANO A ANO DEPENDE DA SUA CAPACIDADE DE INOVAROs dirigentes de empresas penam para convencer o mercado de que seus atos na gestão garantirão um fluxo contínuo de novidades de sucesso. Muitos admitem sentir dúvidas e frustação.
Em geral, estão cientes de que há uma enorme quantidade de inovação sendo produzida na empresa, mas não entendem como todas essas iniciativas dispersas estão acontecendo.
A busca no novo soa aleatória e episódica - e a suspeita é a de que o retorno sobre o investimento total da
empresa em inovação seja baixo demais.
MATRIZ DA AMBIÇÃO NA INOVAÇÃO
Empresas buscam a inovação em três níveis de ambição:
1. avanços em produtos e serviços do COREbusiness,
2. busca de oportunidades ADJACENTES e
3. iniciativas em território TRANSFORMADOR.
NAGJI e TUFF (2012)
HÁ UMA PROPORÇÃO IDEAL?
Em um estudo de empresas dos setores industrial, tecnológico e de bens de consumo, avaliando qual a alocação específica de recursos entre os 3 tipos de iniciativas e a correlação entre o MELHOR DESEMPENHO das organizações, os dados obtidos revelam um padrão:
70-20-10Empresas que alocavam cerca de 70% da atividade de inovação no CORE, 20% nas ADJACENTES e 10% nas TRANSFORMADORAS, superavam as suas pares, em geral registrando um crescimento de 10% a 20% superior.
70%CORE
20%ADJACENTE
10%TRANSFORMACIONAL
NAGJI e TUFF (2012)
COMO A INOVAÇÃO PAGA AS CONTAS?
Entre as empresas de desempenho elevado que investem nos 3 tipos de iniciativas, a distribuição do RETORNO TOTAL DOS INVESTIMENTO é, curiosamente, inversamente proporcional ao observado na alocação de recursos.
10-20-70A taxa de retorno é aproximadamente o inverso da alocação ideal: iniciativas de inovação COREem geral contribuem com 10% do retorno acumulado a longo prazo sobre o investimento,as ADJACENTES contribuem com 20% eas TRANSFORMADORAS com 70%.
10%CORE
20%ADJACENTE
70%TRANSFORMACIONAL
NAGJI e TUFF (2012)
AMBIÇÃO DISTINTA | ALOCAÇÃO DISTINTA
80%CORE
18%ADJACENTE
2%TRANSFORMACIONAL
Um grande fabricante de bens de consumo
70%CORE
20%ADJACENTE
10%TRANSFORMACIONAL
Um grupo industrial diversificado
45%CORE
40%ADJACENTE
15%TRANSFORMACIONAL
Uma empresa de tecnologia em estágio
intermediário
NAGJI e TUFF (2012)
É PRECISO FAZER MUDANÇAS
A AÇÃO...
EXECUTIVOS TENDEM A REAGIR COM INTERVENÇÕES DRAMÁTICAS E ESTRATÉGIAS VACILANTESUm exemplo fácil de ser entendido, é o de uma empresa fabricante de bens de consumo. Ciente da necessidade de manter suas marcas sempre presentes na mente de varejistas e consumidores, a empresa com frequência promove melhoramentos e variações nos principais produtos. A maioria se paga com uma aceitação pelo mercado e margens de lucro. Com o tempo, entretanto, fica claro que a proliferação de produtos acaba dividindo a receita em fatias cada vez menores.
Em busca de um retorno maior, a administração adota uma nova estratégia, destinada ao desenvolvimento de produtos
revolucionários - a inovações transformadoras, em vez de incrementais.
...E A REAÇÃO
INFELIZMENTE, A ESTRUTURA E OS PROCESSOS DA EMPRESA NÃO ESTÃO PREPARADOS PARA A EXECUÇÃO DESSA METAEmbora a empresa tenha os recursos necessários para conceber, desenvolver e testar no mercados inovações próximas do "core", a empresa não enxerga que precisa de muitos recursos distintos para seguir uma via mais ousada - e tampouco adquire tais recursos. Com a desilusão, suas ideais mais originais acabam irreconhecíveis - quando não rechaçadas ou esmagadas sob o peso da organização.
Com o tempo, a empresa volta àquilo que sabe fazer - pouco se arriscou e pouco ganhou. E o ciclo se repete.
COMO INOVAR NOS 3 NÍVEIS DE AMBIÇÃO?
PARA BUSCAR O EQUILÍBRIO, A EMPRESA DEVE SER CAPAZ DE ATUAR NOS 3 NÍVEIS DE AMBIÇÃO
A caixa de ferramentas de gestão é diferente para cada modalidade de inovação.
E POUCAS EMPRESAS SÃO BOAS EM TODAS AS TRÊS
A gestão do pipeline de inovações CORE ou ADJACENTES envolve a identificação gradual de um pequeno número de ideias vitoriosas entre muitas que são analisadas. Entretanto, o processo de stage-gate é letal para a inovação TRANSFORMADORA: ele resulta na rejeição de opções promissoras antes que sejam devidamente exploradas.
ANTICORPOS ORGANIZACIONAIS
É PRECISO NEUTRALIZAR OS ANTICORPOS ORGANIZACIONAISA empresa precisa superar os “anticorpos” organizacionais que inevitavelmente surgem com o propósito de atacar e derrotar as inovações. Tipicamente, quanto mais radical a inovação e quanto mais ela desafia o status quo, em maior número e ainda mais poderosos se mostram os anticorpos.
Os altos executivos precisam criar uma cultura que tenha a capacidade e a coragem
de mudar, explorar e inovar, mantendo ao mesmo tempo a estabilidade necessária para
concretizar as inovações.
DAVILA, EPSTEIN, SHELTON (2007)
RESULTADOS DIFERENTES
PARA OBTER RESULTADOS DIFERENTES, A ORGANIZAÇÃO PRECISA FAZER AS COISAS DE FORMA DIFERENTE
A inovação TRANSFORMADORA sai ganhando quando as pessoas nela envolvidas são separadas do core business - financeira, organizacional e, às vezes, fisicamente. Sem essa distância, fica impossível resistir à atração gravitacional de normas e expectativas da empresa, que reforçam a ênfase na sustentação do CORE.
PRECISA DE GENTE DIFERENTE
DE FATORES DE MOTIVAÇÃO DIFERENTES
DE SISTEMAS DE APOIO DIFERENTES
Na gestão da inovação TRANSFORMADORA o desafio é pegar um pequeno número de ideias possivelmente revolucionárias e garantir que saiam do pileline mais fortes. Ou seja, iniciativas transformadoras em geral não são administradas com a abordagem funil; exigem um processo não linear no qual potenciais alternativas permaneçam indefinidas por um longo período de tempo.
EVITE O “IMPOSTO DA INOVAÇÃO”
INOVAÇÕES CORE E ADJACENTESA maioria das iniciativas ligadas à inovação CORE e ADJACENTES podem ser financiadas com recursos da respectiva UNIDADE DE NEGÓCIOS pelo ciclo orçamentário anual.
INOVAÇÕES TRANSFORMADORASIniciativas de inovação TRANSFORMADORAS normalmente exigem um investimento sustentado – e, às vezes, expressivo. Seu custeio deve vir de uma INSTÂNCIA EXECUTIVA que possa se colocar acima das disputas de dotação orçamentária. O ideal é criar uma estrutura (financeira e recursos humanos) separada das demais unidades.
Evite o “Imposto da Inovação”Solicitar que todas as áreas que contribuam com um percentual do seu orçamento (ou de recursos
humanos) para as inovações transformadoras – sob a tese de que a inovação beneficia a toda a empresa, e que todos deveriam apoiá-la.
“Para muitas empresas, a inovação continuará a ser um vasto aglomerado de atividades, enérgicas mas descoordenadas. E, para muitos gestores, fonte de frustação. Para os melhores, no entanto, representa o mais interessante e importante de todos os desafios. Ao descobrir como administrar a inovação através de um sistema integrado dentro de metas para o portfólio, serão capazes de explorar sua energia e fazer dela um motor confiável de crescimento”.
NAGJI e TUFF (2012)
O MUNDO DIGITAL
FAROESTE DIGITAL
AS EMPRESAS ESTÃO VIVENDO EM UM FAROESTE DIGITAL, ONDE HÁ UMA TREMENDA OPORTUNIDADE, RISCOS SIGNIFICATIVOS E MUITA INCERTEZANeste ambiente, a tecnologia é um dos grandes disruptores e uma das grandes armas das empresas em todos os setores.
A internet é um território em ocupação, como eram as fronteiras sem lei, pois agora as pessoas fazem justiça com as próprias mãos nos teclados.
EVANDRO MILET
A RUPTURA ESTÁ RELACIONADA PRINCIPALMENTEA UM NOVO MODO DE FAZER NEGÓCIOS
TECNOLOGIA É O PRINCIPAL ELEMENTO
DISRUPTIVONOS NEGÓCIOS ATUAIS
NEGÓCIOS DISRUPTIVOS
UM NOVO MODO DE FAZER NEGÓCIOSEm um mundo onde negócios digitais surgem da noite para o dia e transformam os hábitos do consumidor de tal forma que um setor inteiro fica ameaçado de desaparecer, não é possível relaxar.
O valor criado pela tecnologia migrou para fora do escritório, de volta para o front end, e em linha reta para as mãos dos clientes, cidadãos e funcionários.
Valor Econômico (21/08/2015)
PREVER O FUTURO
EXECUTIVOS NÃO CONSEGUEM PREVER O FUTUROA capacidade das equipes de executivos para prever o futuro de seus ambientes competitivos, mercados e cadeias de valor está diminuindo, assim como aumentando a pressão para encontrarem formas de atenuar os riscos das partes interessadas e explorar as oportunidades de negócio.
O mundo inteiro está se tornando DIGITAL e, mais cedo ou mais tarde, todos os setores comercial,
industrial e de serviços, públicos e privados, serão “remasterizados” digitalmente.
O PAPEL DA TI NOS NEGÓCIOS
A TI TEM ASSUMIDO A RESPONSABILIDADE PELA INOVAÇÃOA dinâmica agitada do mundo dos negócios gera uma nova necessidade para as empresas que querem se manter atualizadas no mercado.
As empresas têm exigido uma postura mais ousada, com apresentação de soluções, visualização de novos
produtos, serviços, tecnologia ou modelos de negócios que possam impactar de maneira positiva.
O CONCEITO TI BIMODAL
A BUSCA POR ALIAR ESTABILIDADE NO NEGÓCIO À INOVAÇÃO EM UM MERCADO CADA VEZ MAIS ÁGIL INSPIROU A CRIAÇÃO DA CHAMADA TI BIMODALO conceito desenvolvido pelo Gartner (2014) define a necessidade de que as empresas assumam DOIS PERFIS DIFERENTES para as iniciativas baseadas em tecnologia da informação.
Um deles que sustente as rotinas de operação e o outro que gere inovações para alavancar os
negócios.
ABORDAGENS DISTINTAS
TI BIMODALA organização de TI adota duas abordagens distintas para
atender às demandas da empresa.
MODO 1Centrada na eficiência, previsibilidade e uma
abordagem passo-a-passo
MODO 2Focada em ser ágil e flexível
GARTNER (2014)
O “fosso digital” entre o que a
organização de TI PODE fornecer e o
que a empresa QUER e PRECISA é
cada vez maior.
GARTNER (2014)
TI BIMODAL | PACE-LAYERED APPLICATION STRATEGY
Systems of Innovation
Systems of Differentiation
Systems of Records
MODE 1 MODE 2
Ch
ang
eG
ove
rnan
ce
-
+
+
-
Bimodal IT vs. Pace Layering | How to be digital agile without making a messPace Layering
DEMANDA DE NOVOS SERVIÇOS
MOTIVADOS PELA CONSUMERIZAÇÃO (BYOD) E NEXUS OF FORCES Consumerização é o termo dado para o uso de dispositivos pessoais no ambiente
de trabalho. Nexus of Forces é um conceito desenvolvido pelo Gartner que descreve a
convergência de tecnologias que possibilitam a criação de novas oportunidade de negócios.
Nexus of Forces (social, mobile, cloud, information and analytics) e Internet of Things (IoT) são responsáveis
pela explosão na demanda de serviços digitais.
CONVENIÊNCIA | SIMPLICIDADE | AGILIDADE
TI BIMODAL
GARTNER (2014)
MODO 1 MODO 2
Confiabilidade AgilidadeOBJETIVO
Preço por desempenho Receita, marca, cliente, experiênciaVALOR
Cascata, Iterativo, Incremental | RUPAgile, Kanban | MSF for Agile, OpenUP
ABORDAGEM
Orientada para o plano, baseada em aprovação
Empírica, contínua, baseada em processo
GOVERNANÇA
Empresas e grandes fornecedores, acordos de longo prazo
Pequenos e novos fornecedores, oportunidades de curto prazo
FORNECIMENTO
Pessoas com perfil para processos e projetos convencionais
Pessoas com perfil para projetos novos e incertos
TALENTOS NECESSÁRIOS
Centrada na tecnologia – distante do cliente
Centrada no negócio – próxima ao cliente
CULTURA
Longo (meses, anos) Curto (dias, semanas)CICLO DE VIDA | TEMPO
MODO 1 | Maratona
UMA EQUIPE NO MODO 1 PREFERE PLANEJAR COM ANTECEDÊNCIAEle preza a previsibilidade, a confiabilidade, a coerência e a consistência;
menos importante é a capacidade de alavancar incerteza e a velocidade para criar vantagem. A mentalidade é fazer as coisas de forma linear, passo a passo.
MODO 2 | Sprint
UMA EQUIPE NO MODO 2 ACREDITA QUE PARA OPERAR EM MEIO À INCERTEZA, NÃO É POSSÍVEL COMEÇAR LENTAMENTE E ESPERAR ATÉ ATINGIR ALTA QUALIDADE E TER SEGURANÇAEla é muitas vezes mais rigorosa do que as equipes do Modo 1, testando a todo momento o seu desempenho. O controle é feito através ciclos curtos de feedback – pois reconhece que sem disciplina os benefícios de agilidade e velocidade serão perdidos. Ela está em um sprint ao invés de uma maratona, com rapidez e agilidade contando mais do que um ritmo sustentado e metódico.
MODO 1 MODO 2
TORNAR-SE BIMODAL NÃO É UMA COMPETÊNCIA FÁCIL DE SE ADQUIRIRSe não houver ação, a “Shadow IT” ou o movimento externo de um concorrente irá preencher o vazio.
A evolução da computação em nuvem e a popularização dos dispositivos móveis trouxeram para o mercado um cenário
nunca antes visto: o consumo de aplicações e recursos de tecnologia, sem o conhecimento do departamento de TI.
Shadow IT é um termo frequentemente usado para descrever sistemas e soluções de TI construídas e usadas dentro das organizações sem aprovação organizacional explícita.
INICIANDO UM PROJETO BIMODAL
O SUCESSO EM PROJETOS DE TI BIMODAL GIRA EM
TORNO DE 5 COISAS:
1) Encontrar pessoas com mentalidade do Modo 2;
2) Criar uma distância organizacional entre os dois modos (no início);
3) Utilizar uma governança empírica, contínua e baseada no processo;
4) Adotar uma abordagem de desenvolvimento “não-Cascata”; e
5) Buscar gerentes de relacionamento que atuem como gestores da
inovação.
A BOA NOTÍCIA
ACREDITENa maioria das empresas, EXISTEM capacidades e recursos DESCONHECIDOS do Modo 2 espalhados pela organização
VOCÊ SÓ PRECISA ENCONTRÁ-LOS
NÃO PRECISA COMEÇAR DO ZERO
É POSSÍVEL APROVEITAR ALGUNS RECURSOS SIGNIFICATIVOS E COMPETÊNCIAS ESPECIAIS ESPALHADAS NA EMPRESAMuitas empresa têm adotado o isolamento de capacidades do Modo 2, tais como abordagens de “Design Thinking”, métodos “Agile” e “Lean” com Times de Gestão da Inovação.
Nesse aspecto, a maioria dos CIOs se concentraem capacidades ou eventos individuais.
PROJETOS RÁPIDOS DE EXPERIMENTOS COM TECNOLOGIAS EMERGENTES.
POR EXEMPLO,
ENTRETANTO
MODO 2 NÃO É APENAS FAZER RÁPIDO OU EXPERIMENTARA simples implementação de capacidades isoladas ou a redução do ciclo de vida dos projetos não é suficiente para alcançar todo o potencial de entrega da TI Bimodal.
De forma mais abrangente, o Modo 2 deve entregar valor sustentado através de uma capacidade significativa e
integrada, não apenas através de escolhas pontuais.
TI BIMODAL É UM ROTEIRO DE COMO ESSES RECURSOS ÁGEIS SE FUNDEM EM UM TODO
COERENTE E TRABALHAM EM HARMONIA COM SERVIÇOS DE TI CONVENCIONAIS.
CUIDADO, NÃO BASTA APENAS SER “AGILE”
USANDO EQUIPES NO MODO 2
UMA EQUIPE DE ESPECIALISTAS FORNECENDO SUPORTE ORGANIZACIONAL PARA OS PROJETOSEste suporte pode variar desde a entrega completo do serviço, até o apoio técnico ou apenas prospecção de fornecedores.
EXEMPLOS DE ÁREAS DE ATUAÇÃO:
Agile development, user experience design, business analytics, design thinking, mobile apps and mobile strategy.
ESTES PROJETOS PODEM ENVOLVER EQUIPES COM RECURSOS OPERANDO APENAS NO MODO
2 OU UMA COMBINAÇÃO COM OUTRAS EQUIPES (SEPARADAS) OPERANDO NO MODO 1.
Utilize equipes de alta performance,
com projetos atribuídos para a equipe, ao contrário de equipes predefinidas para os projetos.
“In the second mode, it is people who make the difference.”
DARIO SCAGLIOTTIGroup CIO | Luxottica
QUANDO COMEÇAR?
COMECE AGORA, MESMO ACREDITANDO QUE AINDA NÃO ESTEJA PRONTORaramente existe um momento ideal para iniciativas de TI Bimodal – isto é, não espere para que a organização tenha todas as condições adequadas e que a área de negócio esteja pronta para se engajar.
Isto pode ser feito através de projetos com design thinking + agile, laboratórios de inovação, "hackathons" com os clientes (sessões
intensivas de inovação) ou através de acordos flexíveis com academia, parceiros menores ou mais inovadores.
INICIATIVAS SIMPLES EM ALGUMAS POUCAS ÁREAS SÃO MAIS EFICIENTES DO QUE UMA
MODIFICAÇÃO COMPLETA EM TODA A ÁREA DE TI (LENTA E MAIOR RISCO DE FALHAR).
AGORA, UMA ÓTIMA NOTÍCIA
NÓS JÁ SOMOS BIMODAISSó as empresas é que precisam MUDAR
“A estrada rumo a um futuro digital requer das empresas ações transformadoras de TI por meio de inovação disruptiva, ao mesmo tempo em que continue a ‘fazer negócios como sempre’ no nível de excelência esperado. Portanto, a TI deve operar em níveis de alto desempenho em dois modos muito diferentes”.
CASSIO DREYFUSSVice-presidente de pesquisas do Gartner
“O que eu teria feito diferente?Eu teria agido mais cedo e impulsionado a mudança, em vez de ficar esperando as demandas dos clientes.”DARIO SCAGLIOTTIGroup CIO | Luxottica
REFERÊNCIAS
ADAMS, R.; BESSANT, J.; PHELPS, R. Innovation management measurement: a review. International Journal of Management Review, 8(1):21-47, 2006.
CIO. Cassio Dreyfuss. TI bimodal é uma das tendências para 2015, segundo o Gartner. http://cio.com.br/tecnologia/2014/10/08/ti-bimodal-e-uma-das-tendencias-para-2015-segundo-o-gartner/
DAVILA, Tony; EPSTEIN, Marc J.; SHELTON, Robert. As Regras da Inovação. Porto Alegre: Bookman, 2007.
DRUCKER, Peter F. The Discipline of Innovation. Best of HBR 1985. The Innovative Enterprise, Harvard Business Review, August 2002.
GARCIA, Rosanna; CALANTONE, Roger. A critical look at technological innovation typology and innovativeness terminology: a literature review. Journal of Product Innovation Management, (19):110-132, 2002.
KERZNER, Harold. Gestão de Projetos: as melhores práticas. Trad. Marco Antônio Viana Borges, Marcelo Klippel e Gustavo Severo Borba. Porto Alegre: Bookman, 2002.
NAGJI, Bansi; TUFF, Geoff. Managing Your Innovation Portfolio. Harvard Business Review, May 2012.
Gartner. AMBLER, George. Workshop: Accelerating Innovation by Adopting a Pace-Layered Application Strategy. Gartner Group, 2014.
Gartner. MESAGLIO, Mary; MINGAY, Simon. Bimodal IT: How to Be Digitally Agile Without Making a Mess. Gartner ExecutivePrograms, Gartner Group, 2014.
OCDE – Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico. Manual de OSLO: Diretrizes para coleta e interpretação de dados sobre inovação. 3ª ed. FINEP, 2005.
PMI. The Standard for Portfolio Management - Third Edition. Project Management Institute Inc. Newtown Square, PA, USA: Project Management Institute, 2012.
PMI. Gerenciamento de Portfólio. Pulse of the Profession. BRA-005-2012-BE, 2012.
Valor Econômico. CAMPOS, Stela. Negócios disruptivos, 21/08/2015.
Obrigado!José Ignácio JAEGER Neto, MSc, PMP | [email protected]
“Creativity is thinking up new things. Innovation is doing new things.”
Theodore Levitt