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No âmbito do governo, as administrações públicas (APs) têm passado por um significativo processo de modernização para atender os compromissos atuais e emergentes da sociedade, como também melhorar a qualidade dos serviços públicos prestados. Esta realidade implica diretamente no aumento da demanda por produtos de software e indiretamente implica na busca por melhores abordagens e processos para desenvolvê-los ou adquiri-los. Em uma economia moderna, as condições de mercado mudam rapidamente e novos desafios surgem sem aviso. Se durante muitos anos o desenvolvimento de software foi guiado por processos prescritivos, que tinham por finalidade colocar ordem no caos, proporcionando um roteiro razoavelmente eficaz para as equipes de projetos, nos dias atuais observa-se a introdução cada vez maior de processos adaptativos de desenvolvimento de software, focados no produto e nas pessoas que o desenvolvem e recomendados para ambientes onde os requisitos são voláteis. As metodologias ágeis se encaixam neste contexto e tem gradativamente despertado o interesse da AP brasileira. Neste sentido, o objetivo deste artigo é apresentar os resultados de uma revisão sistemática sobre o uso de metodologias ágeis na AP, apresentando evidências sobre seus benefícios, motivação e ameaças, além de recomendações para seu uso.
Citation preview
Rafael Prikladnicki (TECNOPUC/PUCRS)
Isaque Vacari (Embrapa)
Metodologias Ágeis na Administração Pública: Uma Revisão Sistemática da
Literatura
Por que estudar o governo?
De acordo com a ENAP:
O governo oferece um contexto repleto de complexidades, dramas e ambiguidades;
A riqueza da vida organizacional pública não está em suas BD, mas sim nas pessoas, suas histórias e na forma como elas enfrentaram problemas, com maior ou menor êxito.
Examinamos 17 artigos sobre a adoção de métodos ágeis no GOV
9 BD conhecidas internacionalmente
8 BD de acesso restrito
1 BD de acesso aberto
3 BD nacionais
Bases de Dados da Pesquisa Agropecuária (BDPA)
Biblioteca Digital Brasileira de Computação
“Workshop Brasileiro de Métodos Ágeis”
Caracterização dos estudos
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2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013
Publicações por Ano
Caracterização dos estudos
Tipo de metodologia ágil
XP: 6 estudos
Scrum: 3 estudos
Scrum e XP: 2 estudos
Tipo de metodologia ágil
Iniciante: 12 estudos
Experiente: 3 estudos
Caracterização dos estudos
Execução do desenvolvimento
Governo: 7 estudos
Indústria: 3 estudos
Governo e Indústria: 2 estudos
Governo e Governo: 1 estudo
Academia: 1 estudo
Tipo de resultado
Melhorou: 13 estudos
Piorou: 1 estudo
Não mudou nada: 2 estudos
Motivos para as metodologias ágeis
Razões para as metodologias ágeisUma resposta ao histórico de fracassos de projetos de TI no setor
públicoSistemas entregues em anos em vez de meses
Custos ultrapassados em milhões de dólares
Sistemas inservíveis para seus clientes e usuários
Alguns benefícios das metodologias ágeis
Alguns benefícios das metodologias ágeisEntrega de valor ao cliente mais cedo
Colaboração e alinhamento entre TI e negócios
Maior satisfação e responsabilidade do cliente
Elevação da moral da equipe e redução da dependência de empresas contratadas
Alguns desafios para as metodologias ágeis
Alguns desafios para as metodologias ágeisA falta de conhecimento e experiência em metodologias ágeis
O pouco ou nenhum comprometimento das partes interessadas
O enraizamento de abordagens prescritivas (orientada a planos) no setor público
O perigo de contrato e contratações
Algumas constatações
“Metodologias e tecnologias são adotas no setor público bem depois que elas são experimentadas e
avaliadas pelo setor privado”
Algumas constatações
“O governo percebe oportunidade externa e absorve o uso de métodos ágeis em projetos piloto com pessoas dispostas a experimentar o novo e com
apoio da alta administração”
Algumas constatações
“A partir daí, suas experiências positivas são refinadas e expandidas para outros projetos dentro
da organização“
Algumas constatações
“A cultura ágil no setor público nasce a partir da experimentação do objeto de estudo em
subculturas. Com isso, de fato pode-se inferir que as organizações públicas aprendem e modificam-se a
partir de si próprias“