12
Semana da Citricultura Métodos alternativos e novas formulações químicas para o controle de doenças pós-colheita de citros Lenice Magali do Nascimento PqC V Centro de Citricultura Sylvio Moreira – IAC Junho / 2010

Métodos alternativos e novas formulações químicas para o controle de doenças em pós-colheita de citros

Embed Size (px)

DESCRIPTION

32ª Semana de Citricultura Dra. Lenice Magali do Nascimento

Citation preview

Page 1: Métodos alternativos e novas formulações químicas para o controle de doenças em pós-colheita de citros

Semana da Citricultura

Métodos alternativos e novas formulações químicas para o controle de doenças pós-colheita de citros

Lenice Magali do NascimentoPqC V

Centro de Citricultura Sylvio Moreira – IACJunho / 2010

Page 2: Métodos alternativos e novas formulações químicas para o controle de doenças em pós-colheita de citros

Material: Laranja Valencia

Tratamentos: inoculação e imersão

1- Fruto + água - testemunha2- Fruto CDDA(1mL/ 1 L água)3- Fruto + CDDA (2mL/ 1 L água)4- Fruto + imazalil (2mL/ 1 L água)5- Fruto + imazalil + CDDA (1mL de imazalil + 1mL de CDDA /1 L água)6- Fruto + imazalil + CDDA (1mL de imazalil + 2mL de CDDA /1 L água)7- Fruto + OPP 13% (50mL /1 L água)8- Fruto + OPP 13% + CDDA (25mL de OPP + 1mL de CDDA /1L água)9- Fruto + TBZ (11mL/ 1 L água)10 Fruto + TBZ + CDDA (5,5mL de TBZ + 1mL de CDDA /1L água)11-Fruto + TBZ + CDDA (5,5mL de TBZ + 2mL de CDDA /1L água)

Novas formulações químicas para o controle de doenças pós-colheita

CDDA = cloreto de dodecil dimetil amônio = Sporekill

Parâmetros físico-químicos avaliados: cor da casca, rendimento de suco, ST ou ° Brix; AT; Ratio e IT.

Page 3: Métodos alternativos e novas formulações químicas para o controle de doenças em pós-colheita de citros

Resultados

Tabela 1 - Resultados obtidos das avaliações de imersão de diferentes patógenos em Laranja Valência armazenados a 10°C e 90% U. R. Caixas com 80 frutos. Médias do primeiro e segundo experimentos. Resultados expressos em porcentagem.

Imersão - 1° e 2° Exp. Penicillium Geotrichum Phomopsis Média (%) Média (%) Média (%)

Testemunha 20 3 9 10 mL CDDA 21 4 5 20 mL CDDAl 16 6 19 20 mL Imazalil 5 3 10 10 mL IMZL + 10 mL CDDA 4 5 4 10 mL IMZL + 20mL CDDA 8 6 10 500 mL OPP 12 2 4 250 mL OPP + 10 mL CDDA 13 5 19 110 mL TBDZ 29 13 7 55 mL TBDZ + 10 mL CDDA 15 2 1 55 mL TBDZ + 20 mL CDDA 12 1 0

Page 4: Métodos alternativos e novas formulações químicas para o controle de doenças em pós-colheita de citros

P.d. G. c. Ph. C0

5

10

15

20

25

30

35

Testemunha

10 mL Sporekill

20 mL Sporekill

20 mL Imazalil

10 mL IMZL + 10 mL SPRK

10 mL IMZL + 20mL SPRK

500 mL OPP

250 mL OPP + 1 mL SPRK

110 mL TBDZ

55 mL TBDZ + 1 mL SPRK

55 mL TBDZ + 2 mL SPRK

Figura 1 - Resultados obtidos das avaliações de imersão de diferentes patógenos em Laranja Valência armazenados a 10°C e 90% U. R. Caixas com 80 frutos. Médias do primeiro e segundo experimentos. Resultados expressos em porcentagem.

Page 5: Métodos alternativos e novas formulações químicas para o controle de doenças em pós-colheita de citros

Inoculação - Médias

Penic. Penic. Geot. Geotr. Phom. Phom. 1° Exp.

mm 2° Exp.

mm 1° Exp.

mm 2° Exp.

mm 1° Exp.

% 2° Exp.

% Testemunha 17,31 11,39 14,15 7,07 25,67 32,27 10 mL CDDA 16,75 2,99 5,37 13,41 6,60 13,93 20 mL CDDA 10,11 2,91 1,3 8,56 5,87 3,67 20 mL Imazalil 9,36 1,44 2,79 3,4 6,60 5,87 10 mL IMZL/10mL CDDA 6,98 2,05 0,44 2,25 2,93 5,13 10 mL IMZL/20mL CDDA 9,74 6,5 3,21 0,98 4,40 2,20 500 mL OPP 13,21 12,77 1,18 2,78 4,40 3,67 250 mL OPP/10mL CDDA 4,39 0,83 1,8 1,7 2,20 6,60 110 mL TBDZ 17,38 9,85 16,82 2,5 31,53 11,00 55mL TBDZ/10mL CDDA 9,03 0,63 0,67 0,91 8,80 3,67 55 mL TBDZ/20mL CDDA 4,79 2,67 0,28 1,3 3,66 1,47

Tabela 2 - Resultados obtidos das avaliações de inoculação de diferentes patógenos em Laranja Valência armazenados a 10°C e 90% U. R. Médias do primeiro e segundo experimentos. Resultados expressos em mm (P. digitatum e G. candidum) e em porcentagem (P. citri).

Page 6: Métodos alternativos e novas formulações químicas para o controle de doenças em pós-colheita de citros

P. d. (mm)

G. c. (mm)

Ph. c. (%)0

5

10

15

20

25

30Testemunha 10 mL Sporekill 20 mL Sporekill 20 mL Imazalil 10 mL IMZL/10mL SPRK10 mL IMZL/20mL SPRK 500 mL OPP250 mL OPP/1mL SPRK 110 mL TBDZ

Figura 2 - Resultados obtidos das avaliações de inoculação de diferentes patógenos em Laranja Valência armazenados a 10°C e 90% U. R. Médias do primeiro e segundo experimentos. Resultados expressos em mm (P. digitatum e G. candidum) e em porcentagem (P. citri).

Page 7: Métodos alternativos e novas formulações químicas para o controle de doenças em pós-colheita de citros

CONCLUSÕES

Pelos resultados obtidos de todos os tratamentos, seja por inoculação,

imersão ou in vitro, pôde-se concluir que a adição do produto comercialmente conhecido como Sporekill adicionado aos produtos fungicidas convencionais reduz acentuadamente o crescimento de patógenos tais como Penicillium digitatum, Geotrichum candidum e Phomopsis citri em pós-colheita de laranja Valência. Salienta-se que o melhores resultados foram obtidos adicionando-se a dose comercial do produto Sporekill à meia dose dos produtos comercialmente recomendados. Verificou-se também que os produtos utilizados em todos os tratamentos não interferiram nos parâmetros físico-químicos dos frutos de Laranja Valência.

Dessa forma, para os frutos comercializados no mercado interno, recomenda-se a adição de Sporekill na linha de processamento de laranja Valência. Porém, deve-se levar em conta o registro do produto junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Para a exportação, avaliar as exigências do país importador em relação aos produtos legalizados nos seus destinos.

Page 8: Métodos alternativos e novas formulações químicas para o controle de doenças em pós-colheita de citros

Novas alternativas para o controle de doenças pós-colheita

Tratamentos térmicos:1- Tratamento térmico 48°C +/-1°C2- Tratamento térmico 50°C +/-1°C3- Tratamento térmico 52°C +/-1°C4- Tratamento térmico 54°C +/-1°C5- Tratamento térmico 56°C +/-1°C6- Testemunha – sem aquecimento Tempo de imersão – 2 minutos Tratamento químico:1- Aplicação de Imazalil – 200mL/100L de água (dose comercial recomendada) Tratamentos alternativos:1- Aplicação de Carbonato de Sódio – em quantidade equivalente a 3% da solução. 2- Aplicação de Bicarbonato de Sódio – em quantidade equivalente a 3% da solução.

Lima Ácida Tahiti

Page 9: Métodos alternativos e novas formulações químicas para o controle de doenças em pós-colheita de citros

  P. digitatum Phomopsis citriTRATAMENTOS Médias (%) Médias (%)

  Testemunha 43,35 3,42

48°C 41,51 1,93

50°C 30,97 2,77

52°C 21,34 2,54

54°C 29,99 4,37

56°C 33,45 1,27

Carb. de sódio 14,5 0,57

Bicarb. de sódio 30,17 1,01

Imazalil 30,18 1,28

  P. digitatum Phomopsis citriTRATAMENTOS Médias (%) Médias (%)

  Testemunha 43,35 3,4248°C 41,51 1,9350°C 30,97 2,7752°C 21,34 2,5454°C 29,99 4,3756°C 33,45 1,27Carb. de sódio 14,5 0,57Bicarb. de sódio 30,17 1,01Imazalil 30,18 1,28

Tabela 1 - Médias de crescimento das inoculações de Penicillium digitatum e Phomopsis citri dos frutos de Lima Ácida Tahiti referentes aos tratamentos estudados em dois experimentos, Cordeirópolis-SP, 2008.

Page 10: Métodos alternativos e novas formulações químicas para o controle de doenças em pós-colheita de citros

  P. digitatum 1° Exp. P. digitatum 1° Exp. Phomopsis citri 1° exp. Phomopsis citri 1° exp.TRATAMENTOS Médias (%) Médias (%) Médias (%) Médias (%)

  Testemunha 11,25 5 17,5 78,75

48°C 8,75 1,25 20,75 10

50°C 8,75 2,5 34 25

52°C 6,25 5 5 19,25

54°C 8,75 1,25 16,25 21,25

56°C 2,5 11,25 22,25 23,75

Carb. de sódio 13 2,5 7,5 8,75

Bicarb. de sódio 8,5 2,5 18,75 40

Imazalil 8,75 0 12,5 3,75

  P. digitatum Phomopsis citriTRATAMENTOS Médias (%) Médias (%)

  Testemunha 8,12 48,12 48°C 5 15,4 50°C 5 29,5 52°C 5,6 12,12 54°C 5 18,75 56°C 6,9 23 Carbonato de sódio 7,75 8,2 Bicarbonato de sódio 5,5 29,4 Imazalil 4,4 8,3

Tabela 1 - Médias de crescimento das imersões de Penicillium digitatum e Phomopsis citri dos frutos de Lima Ácida Tahiti referentes aos tratamentos estudados em dois experimentos, Cordeirópolis-SP, 2008.

Page 11: Métodos alternativos e novas formulações químicas para o controle de doenças em pós-colheita de citros

CONCLUSÕES

Pôde-se verificar que o tratamento 52°C mostrou-se como mais

promissor em relação a um possível controle de fungos patogênicos e, também, em relação à longevidade dos frutos, quando comparado com os demais tratamentos térmicos. Como era de se esperar, o Imazalil apresentou melhores resultados no controle de Penicillium digitatum, mas próximos àqueles obtidos com 52°C. No controle de Phomopsis citri, verificou-se que o tratamento a 52°C também foi mais eficiente que o próprio produto químico recomendado (OPP 13%).

Os tratamentos realizados com Carbonato de Sódio também apresentaram resultados promissores no controle dos fungos estudados.

Page 12: Métodos alternativos e novas formulações químicas para o controle de doenças em pós-colheita de citros

Centro de Citricultura - IAC

Rodovia Anhanguera, km 158, CP 04

Cordeirópolis-SP, Brasil

13490-970

Tel/fax: (55 - 19) 3546-1399

E-mail: [email protected]

www.centrodecitricultura.br

Muito Obrigada!