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Nutrição Mineral de Plantas O Metabolismo do Nitrogênio Parte 1: O Molibdênio (Mo) Tiago Firmino Boaventura de Oliveira Engº Agrônomo IFMG – Bambuí - MG CREA 24202/D-GO [email protected]

Nutrição mineral de plantas. o metabolismo do nitrogênio. parte 1 o molibdênio

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Nutrição Mineral de PlantasO Metabolismo do Nitrogênio

Parte 1: O Molibdênio (Mo)

Tiago Firmino Boaventura de OliveiraEngº Agrônomo IFMG – Bambuí - MGCREA 24202/[email protected]

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O Molibdênio (Mo) e o equilíbrio de Nitrogênio (N) na planta

Em milho a aplicação de Mo aumentou o teor de Proteína.

Em milho aumentou em média 20 sc/ha a produtividade.

Em soja aumenta tamanho e massa de nódulos. Participa de pelo menos 5 enzimas:

Nitrogenase (N2 atm.); Oxidase da xantina (Produz H2O2 e ácido úrico) Redutase do nitrato (NH3 em NH4) dem. Em arroz

em 1957 por Malavolta; Oxidase de aldeído ; Oxidase do sulfato.FIGURA 1: MALAVOLTA 2006. 638p.

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FIGURA 4: MALAVOLTA 2006. 638p.

FIGURA 3: MALAVOLTA 2006. 638p.

FIGURA 2: MALAVOLTA 2006. 638p.

Molibdênio

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1954. Milhares de ha deficientes em Mo na Austrália.

Mo, Cl e Se, tem disponibilidade aumentada com elevação do PH.

Acreditava-se que nunca existiria deficiência de Mo no campo.

É adsorvido nos compostos com cargas negativas, princ. Óxidos.

Também retido em MO e indisponibilizado em PH ácido.

Molibdênio

FIGURA 5: MALAVOLTA 2006. 638p.

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Leg-hemoglobina de nódulos de plantas tratadas com Cobalto e Molibdênio.

Leg-hemoglobina de nódulos de plantas não tratadas com Cobalto e Molibdênio.

Molibdênio e nodulação

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FIGURA 5: Controle + B à esquerda: maior número de bactérias fixadoras de N, 3 dias após a fixação do nódulo em lentilha; Tratamento -B à direita: menor número de bactérias fixadoras de N, 3 dias após a fixação do nódulo. TAIZ E ZEIGGER, 2015.

A reserva de boro na semente produzida também tem impactos no número de bactérias fixadoras de N. Plantas produtoras de sementes devem estar

bem nutridas também com boro, inclusive no enchimento de grãos.

Atualizações

Controle +B: Nódulo de plântula originada de semente produzida com aplicação normal de boro.

Tratamento -B: Nódulo de plântula originada de semente produzida com deficiência de boro na planta mãe.

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Azospirillum spp. usa N2 do ar e libera NH4 para raízes do milho e trigo.

Azospirillum spp. em gramíneas e o Molibdênio

Já existem no mercado algumas estirpes de Azospirullum brasilense.

Em experimento da EMBRAPA com Brachiaria decumbens na região do cerrado no planalto central o tratamento com molibdênio permitiu o incremento de 18,5 Kg ha-1 .

Ainda nesse teste observou-se maior número de bactérias fixadoras de nitrogênio em função da adição de Mo.

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Azospirillum spp. interfere no crescimento e produtividade pela fixação biológica de N;

A forma amoniacal de N que a bactéria libera (Amônio NH4) está pronta para uso (sem gasto energético pela planta) já a forma Nítrica NO3

- demanda 16 atp’s para ser assimilado;

Azospirillum spp. produz fitormônios (citocininas, auxinas e giberelinas) favorecendo raízes, crescimento vegetal e produtividade (até 30% de incremento);

Azospirillum spp. produz sideróforos que facilitam a absorção de ferro por bactérias;

Azospirillum spp. auxilia na solubilização de fósforo;

FOTO: Plântulas de arroz inoculadas com Azospirillum brasilense à esquerda e sem inoculação à direita.

Azospirillum spp. pode inibir patógenos de raiz;

Azospirillum spp. reduz riscos com estiagens. Alguns dados apontam para até 40% maior o comprimento de raízes em milho;

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FOTO: Coifa radicular de planta inoculada com Azospirillum brasilense.FOTO: Planta de milho inoculada com Azospirillum brasilense à direita e controle à esquerda.

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Tiago Firmino Boaventura de OliveiraEngº Agrônomo IFMG – Bambuí - MGCREA 24202/[email protected]

OBRIGADO!!!REFERÊNCIAS

MALAVOLTA, Ε., 1957. Contribuição ao estudo da alimentação nitrogenada do arroz (Oryza sativa L.), Piracicaba, ESALQ (Tese de Cátedra).

MALAVOLTA, E. Manual de nutrição mineral de plantas. São Paulo, Agronômica Ceres, 2006. 638p.

EMBRAPA: Pesquisa agropecuária brasileira, Brasília;20(5):509-513, maio 1985. Disponível em: < http://seer.sct.embrapa.br/index.php/pab/article/view/15628 >

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