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PORTE PAGO Rua Pedro Roxa, 27 a 31 3000-330 COIMBRA Tel. 239 85 27 10/11/12 Fax 239 85 27 19 Email: [email protected] Director: Artur Almeida e Sousa FUNDADO EM 1917 BI-SEMANÁRIO REPUBLICANO INDEPENDENTE Quarta feira 24 de Setembro de 2003 Ano 86 N.º 8241 – 0,50 e Hoje Astronomia em Coimbra No Observatório Astronómico da Universidade de Coimbra está a decorrer, até amanhã, a partir das 21 horas, mais uma edição da Astronomia de Verão. Para além da observação à vista desarmada de inúmeros objectos celestes, os monitores desta acção, auxiliados por quatro telescópios, apresentam aos participantes um conjunto vasto de objectos celestes: estrelas nebulosas, galáxias, sistemas múltiplos de estrelas, estrelas duplas e binárias e os planetas visíveis à hora que decorre a observação. Visita à UC Uma Delegação do Tribunal de Última Instância de Macau, chefiada pelo seu presidente e acompanhada pelo vice-presidente do Supremo Tribunal de Justiça de Portugal, vai visitar hoje, a partir das 10.30 horas, a Universidade de Coimbra. O Reitor Seabra Santos e o vice-reitor Avelãs Nunes acompanham a comitiva nesta visita guiada ao Paço das Escolas. “Mais que sempre” Na Galeria Lídia Cruz, em Leiria, encontra-se patente ao público, até 19 de Outubro, a exposição de pintura e desenho de Sofia Areal, intitulada “Mais que sempre”. Amanhã Século de ouro Na Casa Museu Bissaya Barreto, junto aos Arcos do Jardim, em Coimbra, decorre amanhã, a partir das 18 horas, mais um debate, desta vez sobre a temática “A história e a historicidade da poesia”, integrado no projecto “Em torno do século de ouro”. Esta sessão vai contar com as presenças de Manuel Gusmão, Maria Andresen de Sousa Tavares e Manuel Frias Martins. O debate vai ser moderado por Rosa Maria Martelo. “Inserções” O Pavilhão Centro de Portugal, em Coimbra, vai acolher, a partir de amanhã e até 16 de Outubro, o Módulo 2 do seminário “Inserções: exposição, debates e conferências”, que irá contar, para além da explanação dos projectos das equipas envolvidas, com a apreciação de um grupo de arquitectos e críticos convidados. “Vaga” no TAGV “Vaga”, uma coreografia de Né Barros, vai estar em palco amanhã e sexta feira, pelas 21.30 horas, no Teatro Académico de Gil Vicente, em Coimbra. Em cena vai ser criado um espaço minimal de fluência e ausência, de ocupação e desocupação colocando em evidência o duplo sentido da palavra vaga, da identidade instável ou da desertificação. Esta é uma co-produção da Balleteatro, Coimbra 2003 e Teatro Nacional de S. João. Guitarra de Coimbra No auditório do Instituto Superior de Engenharia de Coimbra vai decorrer amanhã, pelas 21.30 horas, o concerto de homenagem a Octávio Sérgio, integrado no I Festival de Guitarra de Coimbra. Octávio Sérgio é um nome incontornável da guitarra de Coimbra. Paulo Soares, acompanhado à viola por Rui Namora, faz uma homenagem ao guitarrista cuja obra mudou substancialmente a música coimbrã. Octávio Sérgio vai ser homenageado num concerto em que será interpretada a sua obra gravada e alguns inéditos nunca antes executados ou alvo de registo discográfco. ARS promete fim de listas de espera este ano PÆgina 8 Cimeira luso-espanhola na Figueira da Foz Academia apela ao boicote às propinas Defesa sem dinheiro para guardar Panteão Redução do trânsito nas cidades tem apoio da administração central PÆginas 5 e 7 PÆgina 7 PÆgina 4 PÆgina 3 Académica volta a pontuar fora e União conquista primeira vitória PÆgina 9

O Despertar – 8241 – 24.09.2003

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Versão integral da edição n.º 8241 do bi-semanário “O Despertar”, que se publica em Coimbra. Ao tempo dirigido por Artur Almeida e Sousa. Jornal fundado em 1917. 24.09.2003. Para além de poderem ser úteis para o público em geral, estes documentos destinam-se a apoio dos alunos que frequentam as unidades curriculares de “Arte e Técnicas de Titular”, “Laboratório de Imprensa I” e “Laboratório de Imprensa II”, leccionadas por Dinis Manuel Alves no Instituto Superior Miguel Torga (www.ismt.pt). Para saber mais sobre a arte e as técnicas de titular na imprensa, assim como sobre a “Intertextualidade”, visite http://www.mediatico.com.pt/manchete/index.htm (necessita de ter instalado o Java Runtime Environment), e www.youtube.com/discover747 Visite outros sítios de Dinis Manuel Alves em www.mediatico.com.pt , www.slideshare.net/dmpa, www.youtube.com/mediapolisxxi, www.youtube.com/fotographarte, www.youtube.com/tiremmedestefilme, www.youtube.com/discover747 , http://www.youtube.com/camarafixa, , http://videos.sapo.pt/lapisazul/playview/2 e em www.mogulus.com/otalcanal Ainda: http://www.mediatico.com.pt/diasdecoimbra/ , http://www.mediatico.com.pt/redor/ , http://www.mediatico.com.pt/fe/ , http://www.mediatico.com.pt/fitas/ , http://www.mediatico.com.pt/redor2/, http://www.mediatico.com.pt/foto/yr2.htm , http://www.mediatico.com.pt/manchete/index.htm , http://www.mediatico.com.pt/foto/index.htm , http://www.mediatico.com.pt/luanda/ , http://www.biblioteca2.fcpages.com/nimas/intro.html

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Page 1: O Despertar – 8241 – 24.09.2003

PORTE PAGO

Rua Pedro Roxa, 27 a 313000-330 COIMBRA

Tel. 239 85 27 10/11/12Fax 239 85 27 19

Email: [email protected]

Director: Artur Almeida e SousaFUNDADO EM 1917

BI-SEMANÁRIO REPUBLICANO INDEPENDENTE

Quarta feira • 24 de Setembro de 2003 • Ano 86 • N.º 8241 – 0,50 e

Hoje

Astronomia em CoimbraNo Observatório Astronómico daUniversidade de Coimbra está adecorrer, até amanhã, a partir das 21horas, mais uma edição daAstronomia de Verão. Para além daobservação à vista desarmada deinúmeros objectos celestes, osmonitores desta acção, auxiliadospor quatro telescópios, apresentamaos participantes um conjunto vastode objectos celestes: estrelasnebulosas, galáxias, sistemasmúltiplos de estrelas, estrelas duplase binárias e os planetas visíveis àhora que decorre a observação.

Visita à UCUma Delegação do Tribunal deÚltima Instância de Macau, chefiadapelo seu presidente e acompanhadapelo vice-presidente do SupremoTribunal de Justiça de Portugal, vaivisitar hoje, a partir das 10.30 horas,a Universidade de Coimbra. O ReitorSeabra Santos e o vice-reitor AvelãsNunes acompanham a comitiva nestavisita guiada ao Paço das Escolas.

“Mais que sempre”Na Galeria Lídia Cruz, em Leiria,encontra-se patente ao público, até19 de Outubro, a exposição depintura e desenho de Sofia Areal,intitulada “Mais que sempre”.

Amanhã

Século de ouroNa Casa Museu Bissaya Barreto,junto aos Arcos do Jardim, emCoimbra, decorre amanhã, a partirdas 18 horas, mais um debate, destavez sobre a temática “A história e ahistoricidade da poesia”, integradono projecto “Em torno do século deouro”. Esta sessão vai contar com aspresenças de Manuel Gusmão, MariaAndresen de Sousa Tavares e ManuelFrias Martins. O debate vai sermoderado por Rosa Maria Martelo.

“Inserções”O Pavilhão Centro de Portugal, emCoimbra, vai acolher, a partir deamanhã e até 16 de Outubro, oMódulo 2 do seminário “Inserções:exposição, debates e conferências”,que irá contar, para além daexplanação dos projectos dasequipas envolvidas, com aapreciação de um grupo dearquitectos e críticos convidados.

“Vaga” no TAGV“Vaga”, uma coreografia de NéBarros, vai estar em palco amanhãe sexta feira, pelas 21.30 horas, noTeatro Académico de Gil Vicente,em Coimbra. Em cena vai sercriado um espaço minimal defluência e ausência, de ocupação edesocupação colocando emevidência o duplo sentido dapalavra vaga, da identidadeinstável ou da desertificação. Estaé uma co-produção da Balleteatro,Coimbra 2003 e Teatro Nacionalde S. João.

Guitarra de CoimbraNo auditório do Instituto Superior deEngenharia de Coimbra vai decorreramanhã, pelas 21.30 horas, oconcerto de homenagem a OctávioSérgio, integrado no I Festival deGuitarra de Coimbra. Octávio Sérgioé um nome incontornável da guitarrade Coimbra. Paulo Soares,acompanhado à viola por RuiNamora, faz uma homenagem aoguitarrista cuja obra mudousubstancialmente a música coimbrã.Octávio Sérgio vai ser homenageadonum concerto em que seráinterpretada a sua obra gravada ealguns inéditos nunca antesexecutados ou alvo de registodiscográfco.

ARS promete fim de listas de espera este ano

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Cimeira luso-espanholana Figueira da Foz

Academia apelaao boicote às propinas

Defesa sem dinheiropara guardar Panteão

Redução do trânsito nas cidadestem apoio da administração central

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Académica volta a pontuar forae União conquista primeira vitória

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4/09/03

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Redacção e Administração:Rua Pedro Roxa, 7-1.º

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Gráficas de “O Despertar”Tiragem média no mês deJulho 24.000 Exemplares

Denominação Social:ANTÓNIO DE SOUSA (HERDEIROS), LDA.

Contrib. N.º 502 137 258 - Cap. Social: 7.481,97 EurosGerência:

Artur Almeida e Sousa; Lúcia Maria Sousa Correiae José Carlos Antunes

crónica da cidade

Manuel Bontempo

Pedaços psicológicosdo habitante de Coimbra (I)

Existe já um carácter intersubjectivoda responsabilidade no homem normalna ordem do reconhecimento social,de construir com a sua participaçãosistemas democráticos, numa curiosainteracção, nas associações, grupos,nas iniciativas e nas intervenções, quecolocam o habitante da cidade numamediação obrigatória a bem da urbe.

Há, no entanto, os desenrai-zados, os amorfos, que se encostampelos cafés, numa orgia de má-língua,que não tem um laço político,homúnculos de mil cores, os tais quedesconhecem valores éticos, mas emregra, bem apresentados pela apro-ximação que fazem nas relaçõesinterpessoais e institucionais.

Estes são os improdutivos oucaixeiros da asneira urbana.

O homem normal, depois de umapermanência no ventilar a questãoliterária das últimas décadas numafilosofia estética, em velhas tertúlias eonde pontificavam Miguel Torga,Nunes Pereira, Orlando Carvalho, eoutros, tantos outros, começa estehomem dos nossos dias a tomarposição relativa à cidade comodocumento psicológico e moral quetem muito interesse sociológico eantropológico, como se fosse umaespécie de prazer pessoal muito íntimodeste “novo conimbricense”, que fazcrítica, que se interessa pela sua terra,que deseja outra modernidade, semesquecer, todavia, os seus atavios como pensamento, com a filosofia, com aarte, mas deixando, numa acção viril acultura livresca entre enfezados dodizer mal, da intriga palaciana, contraa administração municipal ou outros

valores subjacentes.Há uma tradição liberal que foi

reconquistada. Deixou-se, em parte, oar bizonho, cabisbaixo, da meraintriga, da doutorice, da curvatura ao“senhor”.

O ar desempoeirado dumatradição crítica voltou, em parte, comovivessemos José Castilho, ArmandoSousa, Octaviano Sá, Sílvio Pélico,Amâncio Frias, Mário Braga Temido,Jorge Peixoto, argutos observadores dacidade, do mundo.

Há outra originalidade no com-portamento do homem da nossa ur-be, de estar no contexto dumasociedade aberta, no falar e no traduzir,como rara matéria prima e surge, assim,mais hodierno, mais agudo nosconceitos, e para além das suasafinidades estéticas (sempre ligadas aoambiente tido por culto, pela suaUniversidade, pela paisagem e pelamesologia de interesses) a procurar anoção do seu lugar quer na estru-turação das bases materiais e quer narelevância do seu facie espiritual.

E assim a nossa literatura, aindígena, a local bem situada nacidade, com autores relevantes surgeesplendorosa em parte e outra emfranca promessa. Autores comoAntónio Arnaut, Teles Marques,Mendes Ferreira, Paulo Ilharco,António Menano, Alcina Marques deAlmeida, Fernando de Oliveira, estescom livros novíssimos, a dar todos elesnovas perspectivas da força da nossacriação.

Assim na pintura com PinhoDinis, José Berardo, Vasco Berardo,Francisco Matias, Vítor Matias, CarelVerlegh, J. Eliseu (filho), JacquelineMoys, e outros, em espaços abertos notempo, que ganharam estatuto nacional

e internacional.Há no homem de hoje da cidade

uma mudança de linguagem maisafirmativa e deixou-se na maioria alinguagem vulgar para os pigmeus, osrebarbativos, os fazedores de boatosde mau gosto na roda dos abortosintelectuais; sim esses mesmos à rodada fogueira em actos de fé, melhor àroda da mesa do café, sempre osmesmos, engravatados por vezes, massempre roídos de inveja do préstimo edo valor dos outros, numa tentativafrustrada de fixação conceptual daimputação para peçonha que trazemagarrada à pele.

Respira-se, em parte, um ar la-vado. O livro conquista o seu território.O escritor e o artista são referência.

O dossier-balança é positivo nohomem da cidade.

Pregões da Beira MarManuel Chaves e Castro

Existe uma lindíssima aguarela, assinada por M. Macedo, bem conhecidaaliás na região nortenha, em que uma mulher da beira mar, talvez da Afuradaou da Aguda, desce afadigada uma estreita escadaria do velho Porto, trazendosobre a cabeça a cesta do pescado há pouco chegado do mar.

Ao olhar esta mancha colorida, parece que ouvimos o seu grito estridenteque alertava as donas de casa para a compra de peixe, saudável alimentovindo do imenso mar que borda o nosso país de norte a sul.

A mulher, ligeira, alegre, descalça, saia arregaçada pela faixa que aprende na cintura, lenço esvoaçando, algibeira de cores vivas, chapéu sobreo lenço solto, sente-se viver nesta gravura e o seu pregão parece ecoar ainda,anos passados, nos nossos ouvidos.

Mas não é só esta figura, maravilhosamente desenhada, que nos fazpensar nos pregões ligados à pesca. É a sua diversidade, as suas expressõesmelódicas, a maneira de dizer à “moda” das suas terras, é o correr com queoutrora essas mulheres ou filhas dos pescadores, logo que o barco chegava,iniciavam o anunciar da colheita que os homens, cansados, traziam do mar,crentes de que, gritando bem alto, na sua toada característica, encontrariamna venda o peixe a bolir nas canastras a paga do árduo e perigoso trabalhodos valentes pescadores.

Como nos lembramos bem do apregoar da - “Ó de Espinho Viva” -oferecendo a sardinha proveniente dos barcos de Espinho. Como está presenteainda “Sardinha d’arou” num som rouco característico das vendedeiras desardinha, calcorreando as ruas deCoimbra, vendendo aquelepopular peixe proveniente dacosta da Figueira da Foz, costa quevem de Caminha e nos acom-panha até ao Algarve. E por todaela quantas e quão variadas vozese variedades de peixes nos eramtrazidos à porta de casa, pelasmulheres de elegante porte,muitas delas descalças para maisligeiras se movimentarem numestonteante passo que, de repente,parava, pousando centenas devezes a canastra em frente deprovável comprador.

Mas logo era vê-las, com querapidez tornavam a pô-la à cabeça,correndo mais e mais quilómetrosnas íngremes calçadas ou nascidades sem ladeiras, fazendosempre ouvir o seu forte pregão.

Hoje, o nome do peixe lê-se nas placas dos supermercados, fresco econgelado. Nos tempos passados eram os pregões que nos diziam o quehavia para comprar nesse dia, desde o carapau fresquinho à sardinha apetitosa,desde a pescada ao goraz ou à corvina avantajada, tudo sabendo a mar,dando aso a agradável e sã alimentação. A santola e o camarão, aquelasespécies que agora figuram nas vitrinas refrigeradas a preços “quentíssimos”,também passavam ao nosso lado nas ruas, tentando os compradores, sematingirem a casa do “milhar” por quilo, sem desequilíbrio do orçamentofamiliar da classe média. Curiosamente cada pregão era “cantado” conformea categoria do peixe, mais lento para o melhor, mais rápido para as espéciesde menor qualidade.

Com saudade recordamos o cerco dos gatos, de volta da cesta da peixeiraou da canastra espalmada de algumas regiões. Como era de rir ver o bichomais esperto estender a pata e roubando os mais pequenos carapaus que,afinal, quase só a ele se destinavam.

Pregões da gentes do mar eram alegria e esperança, eram a lembrançade um duro e arriscado trabalho, em dias de mau cariz ou noite dentro, porentre as águas do mar traiçoeiro, onde homens destemidos lutam e morrempara garantir o pão das suas famílias.

O apregoar das donairosas peixeiras ficou documentado por artistasplásticos desde os desenhos de Matos Sequeira ou Zé Penicheiro, passandopelas litografias de Joubert, Macphail e Palhares, até às esculturas em pedrae em bronze como as que se podem ver na Póvoa do Varzim ou no Furadouro.

Também os nossos escritores não esqueceram essas curiosas manchasetnográficas e as transportaram para os seus textos. Deles escolhemos RaulBrandão e a sua Obra “Os Pescadores”. Do capítulo Nazaré, uma deliciosadescrição a pôr fim a este breve apontamento:

“São elas que toda a noite, quando se pesca toda a noite, separam opeixe, o amanham, o secam no tendal e o levam para os armazéns de salga. Epela manhã põem-se a caminho para as Caldas (20 kms) ou para Alcobaça(12 kms) com o peso de duas ou três arrobas à cabeça. Infatigáveis. Emtempos chegavam a ir a Santarém, acompanhando o burro com a carga etrotando ao lado da alimária. Apregoam pelos casais dispersos e deitam a umcanto os maiores e mais espertos negociantes desta terra. À noite dormem -se não há peixe na praia. Se há, partem outra vez com a canastra à cabeça eum pedaço de pão no bolso para o caminho. E o tempo ainda lhe sobra paracuidar dos filhos e para trazer a casa limpa e esteirada”.

Grandes advogados

A Figura de Serrano NevesArtur de Castro Borges

Seu nome no registo civil e na piabatismal era Francisco de AssisSerrano Neves, mas, como toda pessoaque se torna popular, pouca gentesabia e ainda sabe que possuía antesdo sobrenome o Francisco de Assiscom que sua família quis homenagearo grande santo luso.

Serrano Neves era um caipiraautêntico, mineirão bravo, vestindo-se modestamente, tinha algumaaltura, era moreno, cabelos mais ou

menos frisados, mas um talentosingular para advogado, principal-mente criminalista.

Inicialmente, foi funcionáriopúblico, pois emigrara do interiormineiro sem apoio e sem ninguém quelhe pudesse dar “Q.I.”, mas, emseguida, passou a advogar e de talforma que acabou professor doMestrado de Direito da FaculdadeNacional onde os alunos o admi-ravam ao extremo, pois, já era então,famoso.

Não cobrava, entretanto, muitocomo costumam fazer os advogados

que exercem suas actividades no júrie, por isso, um amigo, certa feita,chegou a ele e veio com essa conversade que precisava cobrar mais e maisalto...

Serrano Neves encolheu aquelesorriso que era sua marca particular erespondeu ao interrogante:

“Não posso... Não posso...”E o outro: “Por que não pode?”Veja meu nome – foi a resposta

final. Eu sou Francisco de Assis!Resposta “tout court”! Irres-

pondível

Há no homem de hoje da cidadeuma mudança de linguagem maisafirmativa e deixou-se na maioria alinguagem vulgar

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coimbra 3

Serviço de acompanhamento diário

“Mybus” para ajudar pais e filhosA população da cidade deCoimbra já pode usufruir dosserviços da “Mybus” -Serviço de AcompanhamentoPersonalizado da VidaDiária, uma empresa criadacom o intuito de resolveralgumas das preocupaçõesdiárias da população.

Situada na Rua do Brasil, a“Mybus” destina-se a todas aquelaspessoas que, pelos mais diversosmotivos, não têm disponibilidadepara ir buscar os filhos à escola, levá--los às actividades ou acompanhá-losnas suas saídas. Destina-se tambémaos filhos que tenham dificuldadesde horários para levar os pais aomédico, a consultas ou tratamentos.

De acordo com uma nota divul-gada pela “Mybus”, poderá encontrarnesta empresa “alguém que o apoienas pequenas tarefas diárias, alguéma quem poderá confiar os filhos e ospais, alguém em quem simplesmentepode depositar confiança.”

Qualquer pessoa que requisite osserviços desta empresa poderá contarcom o apoio de uma pessoa de con-fiança que irá acompanhar a pessoa a

quem o apoio se destina nas activi-dades desejadas, durante um dia, umasemana, um mês ou um ano, o tempoque for necessário.

A empresa assegura também queserão respeitadas “todas as orientaçõesno que concerne à segurança infantil”,nomeadamente nos veículos, queestão dotados com cadeirinhas ade-quadas a todas as idades e cintos desegurança. A nível do transporte, a

“Mybus” assegura também o “cum-primento escrupuloso das lotações dascarrinhas”, bem como o cuidado emproporcionar formação específica aosmotoristas.

Para além destes serviços, a“Mybus” coloca também à dispo-sição o Serviço de Apoio a Festas ePasseios, criado a pensar nas pessoasque querem organizar uma festa ouum passeio infantil.

Ajudar a resolver algumas das preocupações diárias da população é oobjectivo da equipa da “Mybus”.

comercial

Já está à venda o livro quefaltava em Coimbra.Conhecida como a cidade dos“amores e dos doutores”,Coimbra é também umacidade de doces sabores, umariqueza que continua a serdesconhecida para muitos.

O escritor Paulino Mota Tavares,com o apoio da Knorr, preencheu agoraesta lacuna, ao presentear a cidade como guia “À mesa de Coimbra”, um livroque, de forma sintética, procura dar aconhecer tudo aquilo que se deve sabersobre a gastronomia típica da cidade.

Com texto de Paulino Mota Ta-vares, fotografia de António Moutinho,prefácio do presidente da CâmaraCarlos Encarnação e depoimento deJosé Miguel Júdice, este guia debruça--se na “enorme riqueza que a culináriaportuguesa apresenta, não só naqualidade e originalidade dos seusprodutos e pratos mas na alegria e bomgosto com que junta os que os co-zinham, os que os saboreiam”.

A Knorr, que completa agora “50anos de paixão pela comida e pela vida”,associou-se a esta publicação queintegra a colecção de Guias Gastro-nómicas cuja edição é da sua respon-sabilidade. O guia “À mesa deCoimbra” reúne páginas muito varia-das, apresentando algumas das receitastípicas da região, dos inconfundíveisacompanhamentos e petiscos aos doces.Os hábitos e locais onde o prazer dacomida é apreciado como um prazer daprópria vida, bem como os restaurantesmais genuínos, as famosas casas de pastoe os prestigiados chefes também nãoforam esquecidos neste guia, que seaventurou até a entrar na intimidade dascasas de alguns cidadãos de Coimbra.

Mais do que desvendar a riquezada gastronomia da cidade, este guiaprocura mostrar também a enorme

dimensão humana da culinária, darestauração e da alimentação. Desvendamuito da história da cidade, passandopela comida, pelos vinhos, pelos res-taurantes e pelos monumentos. Algu-mas curiosidades, como os manjares deInês de Castro; algumas receitas ge-nuínas, onde passo a passo, ingredientea ingrediente, segredo a segredo nascemas maravilhas da cozinha coimbrã,também são desvendadas neste guia,um roteiro que vem enriquecer a históriada cidade.

No prefácio da obra, CarlosEncarnação chama a atenção para asdiversas atracções da cidade, para a suahistória, e lembra que “Coimbra é atentação”. Lança assim um convite atodos os que visitam a cidade para quea descubram, para que provem os seussabores e para que apreciem todas asparticularidades da cidade do Mon-dego.

O roteiro que faltava na cidade

“À mesa de Coimbra”já está à venda

O ministro da Defesa, PauloPortas, recusou guarda dehonra permanente aotúmulo de D. AfonsoHenriques, na Igreja deSanta Cruz, em Coimbra,alegando razões financeiras,foi anunciado em reunião daCâmara Municipal.

Segundo Manuel Rebanda,vereador da coligação PSD/CDS-PP/PPM - único membro do executivoeleito pelo CDS - o ministro de Estadoe da Defesa Nacional sugeriu, emcontrapartida, apenas a “realizaçãopontual” de guardas de honra por mi-litares do Exército.

A Igreja de Santa Cruz, ondeestão sepultados os dois primeiros reisde Portugal, D. Afonso Henriques eseu filho D. Sancho I, ascendeu esteano à categoria de Panteão Nacional,por decisão da Assembleia daRepública, na sequência de umprocesso em que se empenhou opresidente social-democrata da Câ-mara de Coimbra, Carlos Encarnação.

Numa informação escrita aCarlos Encarnação, Manuel Rebandaexplica que, em Fevereiro, tinhasublinhado num ofício dirigido aoministro da Defesa - e líder do seupartido -, Paulo Portas, “a conve-niência em ser prestada guarda dehonra permanente aos túmulos dosreis fundadores”. “Em virtude destaproposta comportar um enormeencargo a nível financeiro e empregode pessoal, foi sugerido pelo senhorministro que as referidas guardas de

honra se realizassem pontualmente”,apenas em datas de importância localou nacional relevante, acrescentaManuel Rebanda.

O Exército, através do chefe doEstado Maior, já comunicou dispo-nibilidade para assegurar guardas dehonra no Panteão Nacional de SantaCruz em pelo menos quatro dias doano: 24 de Junho (comemoração daBatalha de S. Mamede), 4 de Julho(feriado municipal, podendo oserviço ser prolongado por todo operíodo das Festas da Cidade), 25 deJulho (comemoração da Batalha deOurique) e 06 ou 08 de Dezembro(datas prováveis da morte de D.Afonso Henriques).

As guardas de honra poderãoainda ser efectuadas a pedido daautarquia, por ocasião de visitas de“altas individualidades” nacionais ouestrangeiras e noutras datas “con-sideradas nacionalmente significa-tivas”.

No início do ano, durante umavisita a Coimbra, no âmbito doprograma da Capital Nacional daCultura, o primeiro-ministro, DurãoBarroso, prestou homenagem ao reifundador, numa cerimónia que contoucom honras militares.

As diligências com vista àrealização das guardas de honra“pontuais” serão efectuadas pelaCâmara Municipal junto da RegiãoMilitar Norte - Brigada Ligeira deIntervenção (BLI, com sede emCoimbra).

A “necessária autorização” daIgreja Católica, segundo ManuelRebanda, deve ser obtida pelomunicípio junto do bispo da Diocesede Coimbra, D. Albino Cleto.

Por decisão do ministro

Guarda ao Panteãoapenas pontualmente

“Encontros Mágicos” homenagearam Topper Martyn

Magia, sedução e encantamentonas ruas da cidadeTerminou no domingoa 7.ª edição dos EncontrosMágicos - FestivalInternacional de Magia deCoimbra, um evento queencheu de magia e seduçãoa cidade do Mondego.

De terça a domingo, milhares depessoas pararam para assistir a cercade uma centena de espectáculosprotagonizados, por 12 artistas de setepaíses, em hospitais, escolas e ruas deCoimbra. O Teatro Académico de GilVicente (TAGV) foi também umespaço privilegiado deste evento, jáque serviu de palco às duas galasinternacionais de magia.

Para além dos vários espectá-culos de rua, que envolveram a cidadeos Encontros Mágicos tiveram comoponto alto a homenagem aos 78 anosde carreira do mágico Topper Martyn,de 80 anos. No TAGV esteve patenteum painel de homenagem ao mágicosueco Topper Martyn, que Luís deMatos define como uma pessoa que“faz o que gosta, como gosta e comenorme talento”.

“É surpreendente sabê-lo aindaem plena actividade”, acrescentou omágico português responsável pelaorganização dos Encontros, frisandoque Martyn “iniciou-se no palco comapenas dois anos, tem oitenta econtinua a dar espectáculos”.

Quem passou, durante estes dias,pela Baixa de Coimbra, facilmente seapercebeu da animação pouco ha-bitual e foram muitos aqueles que sedeixaram envolver na magia, seduçãoe encantamento dos mágicos que se

encontravam estrategicamente colo-cados nas principais artérias dacidade.

De destacar também as actuaçõesnos hospitais da Universidade deCoimbra (HUC), Psiquiátrico SobralCid, Hospital dos Covões e Pediátrico,uma “experiência muito gratificante”já que levou alguma alegria a todos

aqueles que, pelos mais diversosmotivos, se encontram hospita-lizados.

A sétima edição dos EncontrosMágicos, que chegou ao fim nodomingo, contribuiu assim para criarilusões, momentos de pura magia quetransformaram novamente Coimbranum palco de emoções.

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Falando de Ceira… e não só João Baptista

“Crê no Senhor Jesus Cristo eserás salvo, tu e a tua casa”.

Actos 16:31

JESUS CRISTO É O SALVADOR

“Quem crer e for baptizado serásalvo; Quem não crer serácondenado”.

S. Marcos 16:16

Roga-Lhe - F. R. Santos

Combate aos incendiários

Director da PJ admiteescutas telefónicas

Educadora condenadapor maus tratos a criança

O director da PolíciaJudiciária de Coimbradefendeu, no domingo, queno combate aos incendiáriosdevem ser usados todos osmeios de investigaçãopermitidos por lei, inclusiveescutas telefónicas, casoexistam indícios fortes esejam autorizadas por umjuiz.

João Ataíde das Neves, directornacional adjunto da Polícia Judiciária(PJ) responsável pela Directoria deCoimbra, reagia assim a uma críticado bastonário da Ordem dosAdvogados (OA) expressa no artigode opinião publicado no site da OA,em que José Miguel Júdice defendeque “não deve ser admitida a escuta(telefónica) de nenhum cidadão emrelação ao qual não existam indíciossuficientes que permitam a aplicaçãode medidas de coacção”.

Considerando que actualmente“o mais leve indício de um crimeconduz ao desencadeamento demedidas de escuta”, Júdice cita comoexemplo declarações do director daPJ de Coimbra, afirmando: “foipossível ouvir o director da PJ emCoimbra (um magistrado merecedorde encómios) afirmar sem lhe tremera voz que estavam já a ser feitas muitasescutas telefónicas, quando segura-mente ainda não era possível sequerter suspeitos com indícios”.

João Ataíde das Neves afirmou àagência Lusa que o bastonário deve

ter entendido mal as suas declaraçõese interpretou as palavras de JoséMiguel Júdice como “um coloridoque quer apresentar para reforçar a suatese”.

Lembrou que as suas declaraçõesnão foram no sentido que o bastonáriolhes quer atribuir e que foramproferidas a 5 de Agosto, numa alturaque o território nacional estava a serassolado fortemente por incêndios,alguns deles alegadamente de origemcriminosa.

“O meu colorido é ao contrário,tinha um cariz de prevenção. Énecessário prevenir e punir este tipode crimes recorrendo a todos os meiosde investigação permitidos por lei,inclusive as escutas telefónicas, desdeque existam indícios fortes quejustifiquem o seu pedido e que sejamautorizadas por um juiz”, vincou omagistrado.

O magistrado considerou queeste “é um crime de tal gravidade quejustifica” a utilização de todos osmeios, mas acentuou que “não é fácilobter” a autorização para levar a cabouma escuta telefónica a uma pessoasobre a qual existam suspeitas de tercometido um determinado crime.

“Têm de existir fortes indíciosda prática do crime, o expediente temde ser bem feito e obedecer a todos osrequisitos para sugerir ao MinistérioPúblico (MP) que peça a intercepçãodo telefone.

O MP faz a avaliação do pedidoe se concordar com ele propõe a umjuiz que a autorize”, explicou,acrescentando que só após o despachofavorável do juiz é possível avançarpara a escuta.

Um tribunal de Coimbracondenou na sexta feira auma pena de 18 meses deprisão, suspensa por doisanos, uma educadora peloscrimes de maus tratos a umamenina de três anos.

A educadora de infância, que àdata dos factos - meados dos anos 90- trabalhava num infantário da cidadede Coimbra, propriedade de umainstituição mutualista, era acusada deter infligido maus tratos à criança eviolado normas de segurança.

Segundo a acusação, a profis-sional, de apelido Oliveira, procu-rando punir e corrigir o comporta-mento da criança, encerrou-a váriasvezes numa divisão às escuras, dei-xando-a sozinha sentada numa pra-teleira estreita da qual poderia cair

caso se mexesse.A juíza que julgou o caso su-

blinhou que tal castigo causou“alterações de comportamento” esofrimento à educanda, que a partirde então “chorava e tinha medo doescuro” quando estava em casa comos pais.

Ao longo do ano lectivo de1996-1997, a menor foi “reiterada-mente, várias vezes maltratada” pelaarguida, cuja conduta foi condenadapelo “elevado grau” de ilicitude.

A pena de 18 meses de prisão foisuspensa por dois anos, mas nacondição de a educadora de infânciapagar aos pais da criança 2.500 euros,a título de indemnização por danosnão patrimoniais, no prazo de seismeses.

O advogado de defesa, AntónioMelanda, embora recusando comen-tar a sentença, admitiu à agência Lusaque vai estudar a possibilidade derecorrer.

AAC apela ao boicote e pagapropinas com papel higiénicoA Associação Académicade Coimbra (AAC) apelou,na quinta feira, ao boicotedo pagamento das propinas,simbolizando a contestaçãocom uma pilha de rolosde papel higiénicoamontoada em frenteao Ministério da Ciênciae do Ensino Superior.

O apelo ao boicote e a con-testação ao pagamento de propinasteve de ser feito a uma centena demetros do ministério, sob o olharatento de elementos da Polícia deSegurança Pública, que impediramqualquer aproximação ao Paláciodas La-ranjeiras.

Foi mais ou menos a essa dis-tância, frente ao ministério, que oscerca de vinte estudantes da Asso-ciação Académica de Coimbraamontoaram vários rolos de papelhigiénico, como símbolo do valorpago pelos universitários de Coimbra(350 euros).

Os estudantes justificaram a

forma escolhida para simbolizar opagamento das propinas com o factode o dinheiro pago pelos estudantesser “utilizado para despesas corren-tes” e não “para um acréscimo daqualidade do ensino”, explicou aosjornalistas, Vítor Salgado, presidenteda AAC.

“Não querem receber os estu-dantes, mas o nosso objectivo nãoera dialogar com o ministro, porqueisso ele nunca quis”, acrescentou.

Aos jornalistas, o estudantecontou nunca ter pago as propinasnos seus oito anos de Universidade,apesar dos actos curriculares pu-derem ficar suspensos ou ser negadosa quem boicota o pagamento.

Porque com a nova lei de basesdo ensino superior a “penalizaçãovai ser mais dura e forte”, a Asso-ciação vai aproveitar um “subter-fúgio legal” que protege os bolseiros,e “disponibilizar a todos os alunos,incluindo caloiros, informação,panfletos, para que eles peçam bolsasaos serviços de Acção Social eprossigam o boicote”.

Os estudantes apontaram aindaque a retroactividade da lei (que vaiobrigar aos alunos já a frequentar oensino superior a pagar o valor da

propina aumentada) é juridicamenteilegal.

Num documento entregue aosjornalistas, os estudantes acusam oministro Pedro Lynce de encarar oensino superior como “uma despesae não um investimento”, alertandopara o facto de a partir deste ano todosos estudantes do ensino superiorpoderem pagar “até 852 euros depropinas”, um aumento de 140 porcento.

A AAC considera ainda que adefinição das propinas pelas ins-tituições é mais um passo no ca-minho da desresponsabilização,evitando “a contestação directa àsestratégias do ministério e aplicar apropina máxima”.

Além disso, consideram que oministro da Ciência e do EnsinoSuperior prepara-se para “reduzir oOrçamento de Estado às instituiçõesque não tenham fixado a propinamáxima”.

Os estudantes lembraram tam-bém que o “salário português médioé muito inferior ao da média comu-nitária”, o que faz do valor pago pe-los estudantes portugueses o “maisalto da Europa”.

Paulo Semião - Campeão.Rima e é verdade

A freguesia de Ceira foi em tempos nãodistantes um local apetecido para aprática da pesca desportiva. Os doisrios que a atravessam de águas límpidase variada e abundante fauna piscícolatraziam até nós anualmente centenasde praticantes da modalidade tanto poriniciativa própria como na disputa decompetições oficiais.

Infelizmente tudo isto pertence aopassado já que o estado degradado aque deixaram chegar aqueles cursos deágua, poluiu as águas, fez morrer grandequantidade de peixe, fez das suasmargens locais que eram de lazermatagais de difícil acesso.

Felizmente não pertence aopassado o interesse dos habitantes pelaprática da pesca desportiva e é desalientar que algumas colectividadescontinuam a manifestar, mau grado as

muitas dificuldades com que lutam, uminteresse incontestável por esta tãosalutar modalidade.

Entre tais colectividades tem lugarde relevo a Casa do Povo de Ceira quemantém viva à custa da carolice dealguns uma equipa de inegável valor. Ese vão longe os tempos em que umseu representante (Cristiano deAlmeida) se sagrou campeão ibérico asecção nunca baixou os braços e acabade obter no campo competitivo umgrande êxito que servirá de recompensapara tanto esforço dispendido e deincentivo para uma continuidade quese deseja.

Na verdade, no CampeonatoNacional de Pesca Desportiva de Riodo INATEL na Barragem do Maranhão,concelho de Avis, em 6 e 7 do mêscorrente, onde estiveram presentes maisde três dezenas de equipas oriundas dosdiferentes distritos e Regiões Autó-nomas o pescador Paulo Semião daCasa do Povo de Ceira sagrou-sebrilhantemente Campeão Nacionaluma vez que no conjunto das duasprovas finais se classificou em 2.° e 1.°lugar o que lhe permitiu a conquista dotítulo de vencedor absoluto.

Colectivamente a equipa daCasa do Povo de Ceira constituídatambém por António Guedes, JorgeMonteiro e José Veríssimo obteve o10.° lugar.

A comprovar o interesse pelaprática da pesca desportiva nestafreguesia não podemos deixar de referirainda que a equipa do CPT do Sobralde Ceira também esteve presente naindicada competição e se bem que nãopossa ter tido um comportamentocompetitivamente brilhante, acrescen-tou com esta presença mais uma páginaao seu já valioso historial. Registe-seque o seu pescador Victor Paulo Duartecom um 4.° e um 5.° lugares foi o seumelhor representante.

Parque Verde do Mondego/Nova Ponte da Portela

Com muito interesse vamos acom-panhando o andamento destas duas

importantes obras no nosso concelhoregistando com satisfação o ritmo deque as mesmas se revestem pois temosconstatado que até aos sábados edomingos ali se tem trabalhado.

Espera-se e deseja-se que a Ponteda Portela venha contribuir de maneiradecisiva no descongestionamento daentrada e saída do trânsito da cidadepara esta zona oriental do distrito. Porcerto que, para além da ponte pro-priamente dita, não foram esquecidosos acessos que são parte integrante daobra para atingir os objectivos.

O Parque Verde do Mondegodá-nos já uma óptima perspectiva dagrandeza da obra em curso. Na cidadeque nos viu nascer e de que tantogostamos, vemos nascer também umaestrutura que permitirá um aproveita-mento adequado das águas doMondego para a prática de toda aespécie de desportos náuticos e umrecinto de permanência e lazer paratodos aqueles que ali encontrarão umespaço de repouso cada vez maisnecessário como compensação dodesgaste que a vida quotidiana nosexige.

Os moradores da freguesia deCeira com transportes públicos deeleição para se deslocarem ao local(automotoras e SMTUC) vão por certoencontrar no Parque Verde do Mondegomotivo para gozarem uma melhorqualidade de vida.

Assembleiade Freguesia

Através dum edital público tivemosconhecimento que, no Centro Popularde Trabalhadores do Sobral de Ceira,vai realizar-se no dia 26 do mês corrente,pelas 21.30, uma sessão ordinária daAssembleia de Freguesia com aseguinte ordem de trabalhos: 1 - Leitura,discussão e votação da acta da sessãoanterior; 2 - Degradação da bacia hidro-gráfica dos rios Ceira e Dueça; 3 - Asobras que faltam a Ceira; 4 - Ponte daBoiça (esclarecimentos); 5 - Trans-portes colectivos (Metro e SMTUCS);6 - Informações.

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Page 5: O Despertar – 8241 – 24.09.2003

24/09/03

ambiente 5

AC, ÁGUAS DE COIMBRA, E. M.Concurso Público n.° 3/2003

ANÚNCIO“SANEAMENTO BÁSICO DA FREGUESIA DA LAMAROSA - 1.ª PARTE - SUB-SISTEMA DE ANDORINHA”

1 - Empreitada promovida pela AC, Águas de Coimbra, E.M., com sede naRua da Alegria, n.º 111 - 3000-018 Coimbra, telefone n.° 239 829 001 e fax n.° 239825 644.

2 - Concurso público, nos termos do artigo 80.°, do Decreto-Lei n.° 59/99 de 2de Março.

3 - a) Local de execução: Andorinha, na freguesia de Lamarosa, concelho deCoimbra.

b) A empreitada consiste na instalação de colectores residuais, condutas deabastecimento de água, respectivos ramais domiciliários, de incêndio, ventosas edescargas e repavimentações. Haverá ainda a construção de uma ETAR constituídapor fossa céptica e lagoas de macrofitas e respectivos equipamentos. Ostrabalhos referidos inserem-se na Secção F, Divisão 45 (Trabalhos de Construção),Grupo 45.1 (classe 45.11), Grupo 45.2 (classes 45.21 e 45.25) e Grupo 45.3 (classes45.31), da Classificação Estatística dos Produtos por Actividade (CPA), a que se refereo Regulamento (CE) n.° 1232/98 da Comissão, de 17 de Junho de 1998, que altera oRegulamento (CEE) n.° 3696/93 do Conselho, de 29 de Outubro de 1993.

c) A designação da empreitada é “Saneamento básico da freguesia daLamarosa - 1.ª Parte - Sub-Sistema de Andorinha”.

d) O preço base do concurso é de 808.300.00 €, com exclusão do I.V.A..

4 - Prazo de execução da obra: 365 dias.

5 - a) O processo de concurso e documentos complementares encontram-sepatentes na Secção de Expediente da AC, Águas de Coimbra, E.M., com sede naRua da Alegria, em Coimbra, onde podem ser examinados ou adquiridos todos osdias úteis e durante as horas de expediente.

b) O pedido do processo pode ser feito até 10 dias antes da data da entrega daspropostas. O fornecimento do processo far-se-á no prazo máximo de 5 dias, medianteo pagamento da quantia de 125,00 €, acrescido de IVA à taxa legal, e pode ser pagoem dinheiro ou em cheque passado à ordem do tesoureiro da AC, Águas de Coimbra,E.M..

6 - a) As propostas devem ser entregues ou remetidas pelo correio, sob registoe com aviso de recepção, até às 17 horas do dia 13 de Outubro de 2003 ou seja 30.ºdia a contar do dia seguinte à data de publicação do anúncio no Diário daRepública.

b) As propostas devem ser apresentadas na AC, Águas de Coimbra, E.M., namorada acima indicada em 1.

c) As propostas devem ser redigidas em Língua Portuguesa.

7 - a) Ao acto público do concurso podem intervir as pessoas que estiveremdevidamente credenciadas pelos concorrentes.

b) O acto público do concurso realizar-se-á nas instalações da AC, Águas deCoimbra, E.M., na morada acima indicada, pelas 10 horas do primeiro dia útil

imediato ao da apresentação das propostas.

8 - O concorrente a quem for adjudicada a empreitada prestará uma caução novalor de 5% do valor total da adjudicação para garantia do contrato.

9 - A empreitada é por série de preços, nos termos do artigo 8.° do D.L. n.° 59/99, de 2 de Março, e o seu pagamento será efectuado nos termos do artigo 21.° domesmo Decreto-Lei.

10 - Podem concorrer empresas ou grupos de empresas que declarem aintenção de se constituírem juridicamente em consórcio, em regime de responsabilidadesolidária, caso venha a ser adjudicada a empreitada, nos termos do Decreto-Lei n.° 231/81 de 28 de Junho.

11 - a) Aos concorrentes é exigido o certificado de classificação de empreiteiro deobras públicas, emitido pelo IMOPPI, contendo as seguintes autorizações: da 9.ªsubcategoria da 3.ª categoria e da classe correspondente ao valor global da suaproposta; da 10.ª subcategoria da 3.ª categoria, na classe correspondente à parte dostrabalhos a que respeitem.

b) Os concorrentes deverão apresentar certificado de inscrição em lista oficial deempreiteiros aprovados, nos termos previstos no artigo 68.° do D.L. n.° 59/99, de 2 de Março.

Os concorrentes poderão apresentar todos os documentos que entendamnecessários para a avaliação das propostas, tendo em vista os critérios de apreciaçãoestabelecidos.

A avaliação da capacidade financeira, económica e técnica dos concorrentesserá feita com base na análise dos documentos indicados no ponto 15 do Programa deConcurso, sendo excluídos os concorrentes que não demonstrem aptidão para aexecução da obra posta a concurso.

Capacidade financeira e económica:Serão excluídos todos os concorrentes que não verificarem qualquer das seguintes

condições:a) Apresentarem um rátio “Liquidez geral” (existências + disponibilidades +

dívidas de terceiros a curto prazo)/passivo a curto prazo) igual ou superior a 104.26%;b) Apresentarem um rátio “Autonomia financeira” (capitais próprios/activo líquido

total) igual ou superior a 9.72%;c) Apresentarem um rátio “Grau de cobertura do imobilizado” (capitais próprios +

dívidas a terceiros de médio e longo prazo)/imobilizado líquido) igual ou superior a120.45%;

d) Apresentarem um volume de negócios anual superior ao preço base doconcurso;

Os valores dos indicadores referidos nas alíneas a), b) e c) serão obtidos peloseguinte processo: Utilizando para o efeito a média aritmética simples dos três últimosanos, a partir do balanço e da demonstração de resultados das respectivas declaraçõesanuais de IRS ou IRC entregues para efeitos fiscais.

Serão igualmente excluídos todos os concorrentes que apresentem

responsabilidades de crédito em contencioso e/ou créditos abatidos ao activo, (itensanalisados de acordo com o documento emitido pelo Banco de Portugal, exigido noponto 15 alínea c) deste Programa de Concurso).

No caso de agrupamentos de empresas, qualquer uma delas por si só terá decumprir as alíneas a), b) e c), sendo a alínea d) do mesmo ponto referente ao total doagrupamento.

No caso de a empresa ter iniciado recentemente a sua actividade, não possuindonenhuma declaração de IRC, logo não podendo ser calculados os índices referidosanteriormente, a avaliação da capacidade económica e financeira será efectuada combase nas informações prestadas por instituição bancária reconhecida.

Capacidade técnica:Serão excluídos todos os concorrentes que não verificarem qualquer das

seguintes condições:a) Comprovação da execução de, pelo menos, uma obra de idêntica natureza

da obra posta a concurso de valor não inferior a 60% do preço base do concurso;b) Apresentarem equipamento e ferramenta especial a utilizar na obra, seja

próprio, alugado, ou sob qualquer outra forma, adequado às suas exigências técnicas;c) Apresentarem técnicos e serviços técnicos adequados, estejam ou não

integrados na empresa, a afectar à obra.

12 – Prazo de validade da proposta – 66 dias, contados a partir do acto públicodo concurso.

13 – O critério de apreciação das propostas será o seguinte: adjudicação àproposta mais vantajosa para a AC, Águas de Coimbra, E.M., avaliada ponderando osseguintes factores:

Valor Global da proposta (obtido pelo quociente entre a proposta mais baixa e aproposta em análise, convertido numa escala de 0 a 20) _______________ 60%

Qualidade da proposta nomeadamente no que diz respeito à coerência erazoabilidade de preços, nota justificativa dos preços propostos, memória descritiva daexecução dos trabalhos e rigor na elaboração do plano de trabalhos (método aplicadopara a sua elaboração, compatibilização com o cronograma financeiro, os recursoshumanos e equipamentos disponibilizados para cada tarefa, a interdependência detarefas e os condicionantes à sua execução ________________________40%

Cada critério será avaliado numa escala de 0 a 20 valores.

14 - Não é admitida a apresentação de variantes ao projecto.

Nota: Anúncio publicado no Diário da República n.º 210 de 11 de Setembro de2003 - III Série.

Coimbra, 11 de Setembro de 2003

O Administrador,(Horácio Augusto Pina Prata, Eng.º)

“O Despertar”, N.º 8241, 03/09/24

Governo quer apoiar medidaspara tirar carros das cidadesO Governo quer apoiarmedidas para limitar acirculação dos carros noscentros urbanos, de acordocom as Grandes Opções doPlano para 2004 entreguesanteontem, no ConselhoEconómico e Social.

“Apoio às medidas que visemimpor limites à circulação de auto-móveis nos centros dos aglomeradosurbanos, em especial nas áreas notáveisdo ponto de vista histórico-cultural eambiental”, lê-se num dos pontos dasGrandes Opções do Plano para a áreadas Cidades, Ordenamento doTerritório e Ambiente.

No capítulo destinado às cidades,o Governo compromete-se ainda aconsolidar as iniciativas previstas noPrograma Polis (programa de requa-lificação urbana lançado pelo anteriorexecutivo socialista).

Na conservação da natureza, umdos objectivos é recuperar “habitats”em áreas protegidas, nomeadamentenas áreas afectadas pelos incêndios, eimplementar planos de acção paraespécies consideradas prioritárias,como o lince e o lobo.

Colocar em discussão pública oPrograma Nacional de Política deOrdenamento do Território e dinamizaro Observatório Nacional para esta áreae implementar o Programa Finisterrasão outros objectivos estabelecidosnas GOP para o próximo ano.

Conclusão da lei da água,implementação do Programa Nacionalpara o Uso Eficiente da Água e do Pla-no Nacional para as AlteraçõesClimáticas são objectivos inscritosneste documento e que têm já sido pro-metidos pelo Governo.

No capítulo dos lixos, o GOP para2004 prevê a concretização da actualestratégia para os resíduos industriais

e a adopção de medidas que enca-minhem à sua redução.

Depois de o Conselho Eco-nómico e Social (CES) dar um parecersobre as GOP para 2004, estas serãoaprovadas pelo Governo e depoisenviadas para debate e aprovação naAssembleia da República, juntamen-te com o Orçamento do Estado para2004.

Um milhão de eurosapoia bombeirosO Serviço Nacional de Bombeiros eProtecção Civil (SNBPC) vai dis-tribuir aos bombeiros voluntários emunicipais dos distritos maisafectados pelos incêndios um apoiofinanceiro de um milhão de eurosconcedido pela Caixa Geral deDepósitos.

O protocolo, assinado na semanapassada na sede do SNBPC, estipulaque a quantia deve ser distribuída àscorporações dos municípios em quefoi declarada situação de calamidadepública, cabendo àquele organismo aafectação da verba segundo os crité-rios considerados mais adequados.

Por definir estão ainda quais equantas são as corporações de bom-beiros que vão ser apoiadas.

“A ideia é auxiliar os bombeirospara o equipamento de que tenhamnecessidade”, disse, na ocasião, opresidente do SNBPC, Leal Martins,acrescentando que vão ser escolhidas“as corporações mais carenciadas”.

O mesmo responsável adiantouà agência Lusa que foi já pedido umlevantamento das despesas comcombustíveis, viaturas, equipamentose reparações, cujo valor deverá teraumentado substancialmente devidoaos fogos deste Verão que devoraramjá mais de 370 mil hectares de floresta.

Menos 30 por cento de guardasflorestais dentro de 4 anos

Portugal deverá ter, dentro de quatroanos, menos 30 por cento dos guardasflorestais que existem actualmente,

disse anteontem à agência Lusa umdirigente da Federação Nacional dosSindicatos da Função Pública.

Segundo Rui Raposo, existe umestudo da Direcção-Geral de Florestasque estima que, dentro de quatro anos,o Corpo Nacional dos GuardasFlorestais perca 163 profissionais.

Actualmente existem 583 guar-das florestais e, de acordo com aqueleestudo, serão apenas 420 por volta de2007.

O dirigente da Federação salien-tou ainda que, nos últimos cinco anos,Portugal perdeu “bem mais do que 100guardas florestais”.

“Há cinco anos havia para cimade 700 e já estavam em diminuição.Hoje são 583”, precisou Rui Raposo.

Recordou também que o últimogrande concurso para admissão deguardas florestais foi em 1987, tendoentrado para o Corpo Nacional 500profissionais.

Para a Federação Nacional dosSindicatos da Função Pública aredução do número de guardasflorestais é um dos factores que podeagravar o problema dos incêndios emPortugal.

Por isso, exigem “a constituiçãode um Corpo Nacional de SapadoresFlorestais e um reforço efectivo doCorpo Nacional da Guarda Florestal”.

Os incêndios registados este anoem Portugal destruíram mais de 360mil hectares, uma área quase equiva-lente à do distrito de Coimbra, pro-vocaram 20 mortos e levaram àdetenção de 85 pessoas, suspeitas defogo posto.

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4/09/03

ensino 6

Microsoft quer substituircomputadores obsoletosnas escolas portuguesas

Portugueses ganham prata e bronzenas Olimpíadas de MatemáticaA equipa de jovensestudantes que representouPortugal nas OlimpíadasIbero Americanas deMatemática, que serealizaram a semanapassada na Argentina,conquistou uma medalha deprata, uma de bronze e umamenção honrosa.

A medalha de prata foi ganha porLuís Alexandre Pereira, um aluno do12.º ano da Escola Secundária JoséGomes Ferreira, de Lisboa, que obteve35 pontos com a resolução de quatroproblemas completos em duas pro-vas.

Domingos José Ramos Lopes,aluno do 11.º ano da Escola Se-cundária da Gafanha da Nazaré, con-seguiu a medalha de bronze e JoãoEduardo Casalta Lopes, da EscolaSecundária José Falcão, de Coimbra,conquistou uma menção honrosa.

O concurso terminou sábado emMar del Plata e os participantes por-tugueses regressaram a Lisboa nodomingo ao fim da tarde.

Com estes prémios, a equipaportuguesa constituída por quatrojovens estudantes ficou em segundolugar na “Copa Puerto Rico”, umconcurso à margem das Olimpíadasque premeia a maior progressão emtermos de resultados em relação àsúltimas participações.

A representação de Portugal éescolhida em função dos resultados

obtidos pelos participantes na FinalNacional das Olimpíadas Portuguesasde Matemática e ainda pelos doisportugueses melhor classificados nasOlimpíadas Internacionais de Mate-mática, que decorreram em Tóquio,Japão, entre 7 e 19 de Julho.

As Olimpíadas Portuguesas daMatemática são um concurso deproblemas de matemática dirigidoaos estudantes dos 2.º e 3.º ciclos doensino básico e também aos quefrequentam o ensino secundário.

A ideia deste concurso promo-vido pela Sociedade Portuguesa deMatemática é incentivar e desenvol-ver o gosto pela área, detectar vo-cações científicas e tentar acabar coma carga negativa que existe em tornoda disciplina num país em que éapontada como uma das mais pro-blemáticas.

O concurso português levou àsOlimpíadas Internacionais de Mate-mática, em Tóquio, seis jovens estu-dantes, entre os quais Luís AlexandrePereira e Domingos Lopes, os doisestudantes que agora, nas OlimpíadasIbero Americanas, conseguiram umamedalha de prata e outra de Bronze.

Nas Olimpíadas internacionaisdeste ano, Domingos José Lopes,agora premiado com uma medalha deBronze na Argentina, conseguiuarrebatar uma menção honrosa.

Desde 1989 que Portugal enviauma equipa para estas competiçõesde provas de matemática destinadasa jovens do todo o mundo, tendo osportugueses conseguido ao longo dosanos várias menções honrosas e umamedalha de bronze.

Estes bons resultados a nível

internacional são um exemplo po-sitivo num país onde dia após dia sefala na inaptidão dos portugueses paralidar com a matemática.

Os resultados dos exames na-cionais do ensino secundário são,normalmente, o espelho das fracasprestações dos alunos portugueses nadisciplina de Matemática e este anonão foi excepção.

Segundo dados do Ministério daEducação, a disciplina de Matemá-tica voltou a registar médias negativasna 1.ª fase dos exames nacionais doensino secundário, situando-se nos9,3, na primeira chamada, e 7,4 nasegunda chamada.

As dificuldades dos alunos por-tugueses com a Matemática foramigualmente reveladas pelo PISA(Programme for International StudentAssessment), um estudo organizadopela Organização para a Cooperaçãoe Desenvolvimento Económico(OCDE) e que envolveu 256 milestudantes de 32 países.

Segundo o estudo internacional,mais do que na leitura, é na literaciamatemática e na literacia científicaque os alunos portugueses de 15 anosmais perdem em comparação com osseus parceiros da OCDE. Quer naMatemática, quer nas Ciências, ape-nas sete dos 32 países avaliados regis-taram um desempenho tão baixo oupior do que Portugal.

No caso da Matemática, Portugalafasta-se 46 pontos do valor médiode referência (500) e nas Ciências fica41 pontos aquém da média, estandoao mesmo nível do Liechtenstein,Grécia, Rússia e Letónia. Pior só oLuxemburgo, México e Brasil.

Ministro da Educação diz que aberturado ano lectivo vai deixar de ser notícia

As escolas portuguesas vãopoder beneficiar de umprograma da Microsoft queprevê a reconversão decomputadores obsoletos,venda de software daempresa a preço simbólico eformação de professores emnovas tecnologias.

O programa “Partners in Lear-ning”, que significa um investimentopor parte da multinacional norte-americana de aproximadamente 250milhões de euros, para os próximoscinco anos, em todos os países domundo, tem três vertentes fundamen-tais, como explicou à agência Lusa odirector-geral da Microsoft em Por-tugal, João Paulo Girbal.

“A primeira, mais abrangente,prevê a reconversão de computadorespessoais doados por empresas emcentros, públicos ou privados, para quesejam utilizados nos estabelecimentosde educação”, disse.

João Paulo Girbal estimou que,por ano, mais de 80 a 100 milcomputadores sejam substituídos nasempresas por serem consideradosobsoletos ou estragados.

A sua reconversão, para a qual aempresa conta com a parceria daUnidade de Missão Inovação eConhecimento (UMIC), “aumentaráexponencialmente o número deequipamentos disponibilizados nasescolas”, disse.

O “Partners in Learning” vai, em

breve, ser oficialmente apresentado aoMinistério da Educação, que deveráajudar a identificar as escolas nasregiões consideradas desfavorecidasatravés dos índices de riqueza do WorldBank.

Estes estabelecimentos vão podercomprar software Microsoft a preçosimbólico (menos de um décimo dopreço de mercado).

À Lusa, João Paulo Girbal disseainda não conhecer a quantia quePortugal poderá beneficiar no âmbitodeste programa, até porque, peloscritérios do World Bank, o país éconsiderado rico.

Ainda assim, as escolas que vãopoder comprar software a um preçosimbólico deverá abranger, pelomenos, 15 por cento dos estabele-cimentos de ensino.

O programa prevê ainda aformação de professores nas áreas dasnovas tecnologias, em moldes aindapor definir.

Em Itália foi já lançado umprograma piloto de formação quecontou com a inscrição de 10.000professores em meia dúzia de dias,disse.

Questionado pela Lusa sobre osobjectivos deste programa, o director-geral da empresa sublinhou que aMicrosoft tem “todo o interesse em quea Sociedade de Informação sedesenvolva, porque quanto mais gentetiver acesso às tecnologias, mais genteterá a Microsoft para os seus produtos”.

“Além disso queremos ser líderesresponsáveis, fazendo parte darevolução que está a acontecer”,concluiu.

O ministro da Educaçãodisse, na quinta feira, que oinício do ano lectivo vaideixar de ser notícia e palcopara quem, “não tendorazão nos argumentos,ocupam as escolas, fecham-nas a cadeados e entaipamas entradas em desrespeitopela legalidade”.

“Sonho com a escola enquantoespaço de liberdade e respon-sabilidade onde não cabem cadeados,correntes ou ocupações selvagens. Ofuturo nos ouvirá”, disse DavidJustino em Lisboa, no debate parla-mentar sobre a abertura do ano lec-tivo.

As palavras do ministro nãoforam bem recebidas por algunspartidos da oposição.

João Teixeira Lopes, deputadodo Bloco de Esquerda, respondeu queo ministro apenas não quer “lidar como protesto”.

“O protesto, quer queira, quernão, faz parte da vida e da democraciae será maior enquanto prosseguiremas linhas deste ministério, por issoverá muitos cadeados nas portas dasescolas”, referiu o deputado.

Já Luísa Mesquita, deputada doPCP, acusou o ministro de prepotênciae arrogância e de ameaçar professores,encarregados de educação e alunos.

“Cuidado, não se manifestem,não tenham opinião, porque quemmanda na educação sou eu e só eu e averdade é minha”, foi como LuísaMesquita interpretou as declaraçõesdo ministro.

A deputada comunista disseainda que o ministério ameaçou asescolas de processos disciplinares casonão abrissem as portas no dia 15 deSetembro. “As escolas abriram asportas mas não há aulas. Não há aulasporque os professores ainda nãofizeram os horários Não tiveramcondições para produzir um anolectivo de qualidade por sua culpa e

pelas medidas que tem vindo a tomarneste ano e meio de governação”,referiu.

Ana Benavente, deputada do PSe ex-secretária de Estado daEducação, referindo-se à escola daPonte, em Vila das Aves, apontou odedo ao ministro por não cumprir oscompromissos firmados de alargar asua valência para nove anos deescolaridade.

“O senhor não tem visão, nempalavra, apenas afirma a cegueira daspoupanças que condenam a quali-dade educativa de que tanto preci-samos”, disse.

Ensino Superior

Dirigentes associativosdecidem greve nacionala 21 de OutubroO Encontro Nacional deDirigentes Associativos(ENDA), que decorreudurante o fim-de-semana noFunchal, decidiu nodomingo marcar para 21 deOutubro uma greve nacionalde estudantes contra opacote legislativo do EnsinoSuperior.

O Presidente do ConselhoNacional de Avaliação do EnsinoSuperior, Vítor Hugo Salgado,adiantou à Agência Lusa que o

movimento associativo decidiuainda agendar para 5 de Novembrouma manifestação nacional emLisboa de Associações e estudantes.

A anteceder estas acções,decorrerá nos dias 13, 14 e 15 deOutubro uma campanha nacional deconsciencialização e de divulgaçãodas iniciativas decididas, através decaravanas de estudantes por todo opaís.

As acções visam lutar contra oactual pacote legislativo para oEnsino Superior designadamentecontra o aumento das propinas, aredução do peso dos estudantes nosórgãos de gestão dos estabeleci-mentos de ensino e as prescrições.

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24/09/03

regional 7

Figueira da Foz

Cimeira Luso-Espanholaa 7 de Novembro

Os primeiros-ministros dePortugal e Espanhareúnem-se a 7 de Novembrona Figueira da Foz, foianunciado em Madrid.

O anúncio da cimeira luso-espanhola foi feito numa conferênciade imprensa do ministro portuguêsdas Obras Públicas, Transportes eHabitação, Carmona Rodrigues, e do

seu homólogo espanhol, FranciscoAlvarez-Cascos.

Durão Barroso e José MariaAznar vão debater, entre outras,questões ligadas a transportes eenergia, além de temas europeus ede cooperação, disseram osministros.

Os dois responsáveis reuni-ram-se na semana passada emMadrid precisamente para acertarquestões relacionadas com a agen-da da cimeira da Figueira da Foz.

TRIBUNAL JUDICIALDA LOUSÃ

Juízo Único

ANÚNCIO1.ª Publicação

Processo: 362/2002Execução OrdináriaExequente: Crédito Predial

Português, SAExecutado: NUNO FILIPE

RAMALHETE ANTUNES e outros...

Correm éditos de 20 dias paracitação dos credores desconhecidos quegozem de garantia real sobre os benspenhorados aos executados abaixo--indicados, para reclamarem o pagamentodos respectivos créditos pelo produto detais bens, no prazo de 15 dias, findo odos éditos, que se começará a contar dasegunda e última publicação do anúncio.

Bens penhorados:Fracção autónoma designada pela

letra “I” do prédio descrito na CRPredialda Lousã sob o n.º 05857/970429, dafreguesia da Lousã e inscrito nacompetente matriz predial sob o art.º7.912.

Executados:Executado: NUNO FILIPE RAMA-

LHETE ANTUNES, estado civil: casado,domicílio: QUINTA DE SANTA RITA, LT. 21-2, CASAL DE ERMO, 3200-010 LOUSÃ;

Executado: ANGELICA FERREIRADA SILVA ANTUNES, estado civil: casada,domicílio QUINTA DE SANTA RITA, LT. 21-2, CASAL DE ERMIO , 3200-010 LOUSÃ;

Executado: FRANCISCO JOSÉALVOEIRO LOPES ANTUNES, estado civil:casado, domicílio: R.DO ALEM - LUGARDE PEDREIRA, MIRANDA DO CORVO,3220 MIRANDA DO CORVO;

Executado: MANUELA GONÇAL-VES RAMALHETE, estado civil: casada,domicílio: R. DO ALEM - LUGAR DEPEDREIRA, MIRANDA DO CORVO, 3220MIRANDA DO CORVO;

Executado: ANTÓNIO RODRIGUESLOBO, estado civil: casado, domicílio: R.DO CLUB N.º 15 - SANTA CLARA,COIMBRA, 3000 COIMBRA; e

Executado: BELIZANDA DE JESUSFERREIRA PINTO, estado civil: casada,domicílio: R. DO CLUB N.º 15 - SANTACLARA, COIMBRA, 3000 COIMBRA.

Fiel Depositário:Credigest, com domicílio: Casal do

Gorgolão, Lt. 1-4.º Dt.º, Estrada de Eiras,3020-199 Coimbra.

Lousã, 02-09-2003.N/Referência: 112196

A Juiza de Direito,Maria Alexandra Silva

O Oficial de Justiça,Afonso Simões

“O Despertar” N.º 8241, de 03/09/24

Dia Europeu Sem Carros

65 autarquias portuguesasassociam-se à celebraçãoO Dia Europeu Sem Carros,que anteontem se celebroupelo quarto ano consecutivo,juntou 65 autarquiasportuguesas na promoção douso de transportesalternativos ao automóvelparticular.

A exemplo dos anos anteriores,as ruas e avenidas cortadas ao trânsitoautomóvel deverão encher-se depessoas a andar de bicicleta, empatins ou simplesmente a pé, comoserá o caso dos responsáveis políticosdo Ministério das Cidades e Am-biente.

Também os transportes públicostiveram um maior número de utili-zadores, porque aderiram à iniciativae evitaram os constrangimentos dotrânsito devido ao corte de algumasartérias principais.

O município de Lisboa, quegarantiu o uso gratuito dos transportespúblicos na Carris e Metro para todosaqueles que trabalham e vivem nacapital, aproveitou a iniciativa paraanunciar os novos Regulamentos deCargas e Descargas e Plano deMobilidade.

A utilização dos transportespúblicos na Área Metropolitana de

Lisboa diminuiu 13 por cento entre1991 e 2001, enquanto o recurso aoautomóvel particular cresceu 19 porcento no mesmo período.

Actualmente, o automóvel - cujonúmero já ascende a cerca de quatromilhões de unidades nas estradasportuguesas - é o meio de transporteusado por metade dos habitantes daÁrea Metropolitana de Lisboa.

Portagens diferenciadas, penali-zações mais duras para o estacio-namento ilegal dos carros, alarga-mento e melhoria das redes detransportes públicos são algumas dasmedidas apontadas ao longo dosúltimos anos para combater tanto oacréscimo de poluição atmosféricacomo o caos do trânsito nas grandescidades.

Estarreja

Cinco quilómetros de viadutopara minorar impacte ambientalO governo anunciou nosábado a construção emEstarreja de um dos maioresviadutos rodoviários do país,de cinco quilómetros, paraconciliar o lançamento de umtroço do IC1 com a defesa deuma área ambientalmentesensível.

O viaduto, numa franja da Zonade Protecção Especial (ZPE) da ria deAveiro, corresponderá a quase um

terço do futuro lanço do IC1 entreEstarreja-Norte e Angeja, de acordocom um esboço apresentado peloministro dos Assuntos Parlamentares,Marques Mendes, e pelo secretário deEstado das Obras Públicas, JorgeCosta.

O anterior governo definira queo IC1 atravessaria Estarreja a nascenteda vila, a apenas 500 metros da auto--estrada A1, mas a decisão foi revo-gada pelo actual executivo, uma vezque surgiram manifestações locais derejeição do traçado.

Ao revogar a decisão, em No-vembro de 2002, o Governo iniciouestudos para avaliar a viabilidade deo fixar na faixa reclamada pelasautarquias de Estarreja e Murtosa, masjá numa franja da ZPE.

À Lusa, o secretário de EstadoJorge Costa defendeu que a opçãopelo viaduto rodoviário, aliada aoutras medidas de minimização dosimpactes, concilia “efectivamente” aconstrução da rodovia onde aspopulações querem com a defesa daZPE.

O traçado para o IC1 na zona deEstarreja terá uma extensão global de17,6 quilómetros, dando sequência adois outros do mesmo itineráriocomplementar que já estão emconstrução, um entre Maceda/Ovar eEstarreja-Norte e outro entre Angejae Mira.

Além do viaduto de cinco qui-lómetros, a futura via, com perfil deauto-estrada, incluirá a construção de16 passagens inferiores e 19 supe-riores, uma área de serviço e três nósde acesso, um dos quais ligando aoIP5.

Segundo o secretário de Estado

Jorge Costa, a obra será lançada em2004, prevendo-se que esteja con-cluída em 2006, um ano mais tardedo que os troços imediatamente anorte e a sul.

Uma vez concluído este con-junto de obras, toda a faixa litoralNorte e Centro do país passará a disporde uma ligação contínua por auto--estrada alternativa sem portagem,pelo menos até que o Governo decidao que fazer com as chamadas Scuts(rodovias em que as portagens sãopagas pelo Estado aos concessio-nários).

Nas suas declarações, JorgeCosta disse não poder quantificarainda os custos da obra, mas admitiuque será superior ao que custaria umtraçado a nascente de Estarreja,devido à opção pela construção dolongo viaduto.

O governante escusou-setambém a detalhar se o Governo teráde indemnizar a concessionária dotraçado - a Lusoscut - pela altera-ção.

Na cerimónia de apresentação donovo traçado, realizada num palcoimprovisado, em cima de uma velhacamioneta, na freguesia de Fermelã,Estarreja, o ministro dos AssuntosParlamentares aproveitou paratransmitir “recados” sobre a neces-sidade de os políticos cumprirem assuas promessas.

“Um político não deve fazeruma promessa se não tiver a certezaque a pode cumprir”, disse MarquesMendes, sublinhando que membrosdo actual Governo respeitaram oscompromissos assumidos para comEstarreja, a propósito do IC1, na alturada campanha para as legislativas.

Relações comerciais

Norte de Aveiro e Edmontonfomentam cooperação

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O cônsul honoráriode Edmonton, no estadocanadiano de Alberta,desloca-se esta semanaao agrupamento demunicípios de Entre Douroe Vouga, norte de Aveiro,para fomentar a cooperaçãoeconómica entreas duas regiões.

Perspectivando a visita deAurélio Fernandes, que é tambémpresidente da Câmara do Comércioe Indústria Luso-Canadiana, umcomunicado da Câmara de SantaMaria da Feira adianta a possibi-lidade de se abrirem novos canais deexportações para os principaisprodutos de Entre Douro e Vouga.

Entre os sectores que poderãoincrementar as suas exportações parao Canadá, o comunicado sublinha acortiça, calçado, madeiras, moldes,metalomecânica e pedra granítica.

Dos contactos a realizar poderáresultar também a atracção de

investimento canadiano ligado à altatecnologia, assinala o comunicado,precisando que essas intençõesficarão seladas numa declaraçãoconjunta a assinar entre as partes.

O cônsul e presidente daCâmara do Comércio e IndústriaLuso-Canadiana visitará a sede daAssociação Portuguesa da Cortiça,conhecendo então um projecto depromoção internacional da rolha, aAgência de Inovação (cuja sede foirecentemente transferida de Lisboapara Santa Maria da Feira) e o localdo futuro parque tecnológico “Por-tus Park”.

Encontros com associaçõesempresariais locais, reuniões comautarquias e a visita a algumas dasprincipais empresas dos municípiosde Oliveira de Azeméis, S. João daMadeira, Santa Maria da Feira, Severdo Vouga e Vale de Cambra comple-tam o programa.

No seu comunicado, a Câmarade Santa Maria da Feira antecipa aperspectiva de novos acordos decooperação económica internacionalenvolvendo outros “mercados deinteresse”.

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4/09/03

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Listas de Espera

Cirurgias em atraso no Centrorealizadas até Dezembro

Contratos de trabalholimitam liberdade

A Administração Regionalde Saúde do Centro (ARSC)prometeu, na semanapassada, que eliminará atéao fim deste ano uma lista deespera elaborada em meadosde 2002 para intervençõescirúrgicas nos 24 hospitaispúblicos da região.

A ARSC tinha estabelecido em30 de Junho do ano passado umprazo de dois anos para eliminar umalista de 32.505 doentes em espera,mas afiança agora, em comunicado,que o fará até ao final de 2003,“muito mais cedo do que o com-promisso inicial”.

A estrutura dirigida por Fer-nando Andrade apoia-se nos resul-tados já obtidos, traduzidos numaredução das esperas para 22.559doentes no final de Agosto, “devidoao esforço de melhoria de pro-dutividade” nos hospitais do sectorpúblico empresarial (hospitais SA) edo sector público administrativo(hospitais SPA).

Apoia-se ainda na circunstânciade ter celebrado contratos com en-tidades do sector social e privado para9.000 outras cirurgias.

Estes contratos foram celebra-dos, mediante concursos, “com cus-tos exactamente idênticos aospraticados nos hospitais públicos” e

para especialidades (varizes, otorrinoe hérnias, entre outros) “em que acapacidade do Serviço Nacional deSaúde não pode dar resposta atem-pada”, frisa o comunicado.

A ARSC admite, entretanto, terconstituído, a partir de Julho do anopassado, uma segunda lista de espera

(de seis meses) com um número dedoentes não especificado, que pre-tende eliminar numa fase seguin-te.

A nível nacional, de acordo comdados do Ministério da Saúde, hácerca de 150.000 pacientes a aguar-dar intervenções cirúrgicas.

Seis organizações médicascriticaram, no Porto, aproliferação de contratosindividuais de trabalho nasinstituições de saúde que, nasua opinião, impõem“limitações inaceitáveis” àliberdade de expressão e aodireito de formação.

Após muitos anos de distan-ciamento, organizações representa-tivas de vários sectores da classemédica decidiram promover encon-tros regulares, o primeiro dos quaisserviu, para adoptar me-didas contraa implementação dos contratosindividuais de trabalho.

Numa iniciativa da SecçãoRegional do Norte da Ordem dosMédicos, foi decidido propor umaalteração ao Código Deontológicodos Médicos, de modo a combater aproliferação de contratos individuaisde trabalho surgidos na sequência da“legislação recentemente produzidarelativamente a centros de saúde ehospitais”.

Esta legislação, “sem consignarqualquer tipo de legislação colec-tiva”, implica, segundo os médicos,“a imposição de limitações inaceitá-veis ao exercício da liberdade deexpressão dos médicos sujeitos acontrato individual”.

Isto significa, acrescenta o co-municado emitido no final doencontro, “na prática, proibir osmédicos de denunciar situações dediscriminação e violação dos direitosdos doentes, tal como impõe aConstituição da República, a Cartade Direitos dos Doentes e o CódigoDeontológico”.

Os médicos acusam ainda a“existência de poderes discricionáriospor parte dos órgãos de administraçãodas unidades de saúde”, a “ausênciade uma política coerente de formaçãomédica” e o “impedimento dos mé-dicos exercerem as suas funções deinvestigação, através da proibição dadivulgação de quaisquer dadosrelativos aos resultados da sua práticaprofissional”.

Daí que os médicos tenhamdeliberado “exigir a abertura denegociações colectivas de trabalhopara os médicos” e “mecanismos dediferenciação técnica”, para além deterem determinado “elaborar umguião relativo aos contratos indi-viduais de trabalho”.

Numa das primeiras medidas decombate à nova legislação, queconsideram nociva para os seusdireitos, os médicos vão propor umaalteração ao seu próprio códigodeontológico, de modo a que aobrigatoriedade de entrega de cópiado contrato à Ordem dos Médicosdeixe de ser da sua responsabilidade,mas sim dos directores ou respon-sáveis clínicos, de modo a que a OMpossa avaliar se os documentos estãode acordo com as normas deon-

tológicas.O facto de o ministro da Saúde

ter afirmado que desconhecia estesproblemas criados pelos contratosindividuais de trabalho é “mentira”,garantiu Carlos Arroz, do SindicatoIndependente dos Médicos.

“Se o ministro disse isso, mentiumais uma vez”, afirmou o médico, ga-rantindo que na última segunda-feirahouve uma reunião de três horas entreo sindicato e Luís Filipe Pereira onde“o tema principal de conversa foiprecisamente o dos contratos indi-viduais de trabalho”.

“Isto foi na segunda feira. Sequinta feira o ministro já esqueceu,começo a duvidar da sua sanidademental”, acrescentou.

“Se o senhor ministro está comproblemas de memória, deve consul-tar um médico”, afirmou MerlindeMadureira, da Federação Nacionaldos Médicos.

“Vão-se habituando a ouvir oministro dizer que não sabe, porquecada vez mais vai ser uma figurahonorífica, sem responsabilidadessobre o Serviço Nacional de Saúde”,afirmou, por seu lado, Mário Jorge,da Associação Portuguesa dos Mé-dicos de Saúde Pública.

Armando Gonçalves, da Asso-ciação Portuguesa dos Médicos daCarreira Hospitalar, deixou claro quese alguém quiser destruir o ServiçoNacional de Saúde não o poderá fazer,porque “PS, PSD e PCP aprovaram oactual sistema misto, que permitesaúde para todos. Tudo o que perturbeessa assistência é grave”.

Miguel Leão, da secção regionalda OM, considerou que “a partir domomento em que os directoresclínicos passem a ter obrigação deenviar, sob risco de penalizaçãodisciplinar, cópias dos contratosindividuais à Ordem dos Médicos,certamente informarão também osenhor ministro, que deixará de poderdizer que não se lembra”.

Eduardo Mendes, da AssociaçãoPortuguesa dos Médicos de ClínicaGeral, sublinhou que a transferênciada responsabilidade de enviar cópiasdos contratos do médico para odirector clínico significa “um passopara nível superior” que “permite deuma forma mais distanciada à OM daro seu parecer quanto ao cumprimentodos valores éticos e deontológicos”.

Normalmente actuando deforma isolada, as várias instituiçõesrepresentativas dos médicos deci-diram começar a reunir-se regular-mente, considerando haver motivospara esta união que há muitos anosnão ocorria.

Medicamentos são principal despesadas famílias portuguesasOs medicamentos e materialterapêutico representaram,em 2000, mais de metade dototal das despesas dasfamílias portuguesas com asaúde, estando os cidadãosnacionais entre os que maisgastam nesta área na UniãoEuropeia.

Os dados relativos constam dorelatório “Portugal Social”, doInstituto Nacional de Estatística(INE), que traça um quadro daevolução de alguns aspectos da vidanacional entre 1990 e 2001.

De salientar que, enquanto em1995 os serviços médicos, paramé-dicos e outros serviços de saúderepresentavam a maior fatia do totaldas despesas das famílias com a saúde(51 por cento), cinco anos mais tardeesta rubrica foi ultrapassada pelosmedicamentos, aparelhos e materialterapêutico (55,1 por cento).

Em 2001, as despesas das famí-lias com a saúde representavam quatropor cento do Produto Interno BrutoNacional (PIB), enquanto a despesada saúde da administração pública secifrava em 6,3 por cento do PIB.

No contexto da União Europeia,em 1999, apenas a Grécia (com 6,3por cento) ultrapassou Portugal nadespesa média anual dos agregadosfamiliares, que se situou nos 5,2 porcento.

Quanto à distribuição geográfica

dos médicos pelo território portu-guês, constata-se que, nos últimoscinco anos, a sua assimetria se mantémacentuada, com a região de Lisboa eVale do Tejo a concentrar, em 2001,415 clínicos por 100 mil habitantes.

De acordo com os dados, em1990 existiam 284 médicos por 100mil habitantes em Portugal, cujadistribuição geográfica indicava umrácio de 292 para o continente, 142para a Região Autónoma da Madeirae 118 para a Região Autónoma dosAçores.

Seis anos mais tarde, o conti-nente contava com 304 médicos por100 mil habitantes, sendo que naregião de Lisboa e Vale do Tejo onúmero dos clínicos por habitantessubia para 400.

Um valor distante dos 258 mé-dicos por 100 mil habitantes na regiãoNorte, 287 no Centro, 132 no Alentejoe 200 no Algarve.

Nesse mesmo ano, o rácio dasregiões autónomas era de 145 médicospor 100 mil habitantes nos Açores e160 na Madeira.

Em 2001 as assimetrias mantive-ram-se, sendo de assinalar que a regiãode Lisboa e Vale do Tejo foi a queregistou o menor crescimento no nú-mero de clínicos por habitantesdurante esses quatro anos.

A população do norte de Por-tugal contava, em 2001, com 287clínicos por 100 mil habitantes, umnúmero que sobe na região centro(311 médicos), para voltar a descerno Alentejo (167), Algarve (241),Açores (168) e Madeira (196).

No que toca à oferta hospitalar,os dados do INE indicam que, face a1996, os seis novos hospitais exis-tentes em 2001 são instituições par-ticulares, que totalizam 95 unidades,enquanto o sector público dispõe de122 hospitais.

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desporto 9

Académica conquistaum ponto no Bessa

U. Coimbra obtémprimeira vitória da época

Boavista e Académicaempataram, no sábado, azero no Porto, na quintajornada da SuperLiga defutebol, resultado quereflecte a quase nulidade deinteresse de um jogo que nãodeixa saudade.

Apesar do inegável empenho emuita combatividade de todos osjogadores, os espectadores mereciamum espectáculo bem melhor, pois aemoção não se viu no Estádio doBessa.

O Boavista nunca encontrou omelhor caminho para criar perigojunto do último reduto da Acadé-mica, equipa que apresentou umfutebol mais irreverente, mas nempor isso eficaz.

A jogar em casa, o conjunto deErwin Sanchez tentou assumir ocontrolo da partida, mas faltou-lheclasse e ideias para o fazer, uma vezque o futebol ao primeiro toque dos“estudantes” (no primeiro tempo)não lhe permitiu levar por diante assuas intenções.

A Académica surgiu solta ealegre, apresentando um futebolmais escorreito, prático e objectivo:foram os forasteiros a desenhar osmelhores lances de futebol.

O primeiro lance vistoso de-morou quase 20 minutos a surgir,

quando Delmer rematou em jeito,mas William, em voo, segurou.

A resposta dos portuensessurgiu aos 24 minutos pela cabeçade Luiz Cláudio, que errou o alvo,mas os forasteiros continuaram aapresentar um futebol mais acutilantee José António e Paulo Adrianoestiveram perto de marcar.

O Boavista só espevitou emcima do intervalo, reacção mate-rializada com um remate de FilipeAnunciação e Luiz Cláudio, mas semêxito. O segundo tempo nada trouxede novo: o futebol continuou mo-nótono, a bola muito mal tratada eos adeptos não tinham outro remédiosenão entreter-se com a “guerra” deapoio das claques.

Mesmo regressando bem aojogo, ao Boavista faltou ousadia eclarividência no futebol atacante,que continuou demasiado improdu-tivo. A melhor oportunidade doslocais nasceu de um erro do guarda--redes Fouhami que Ali e Fary nãoaproveitaram. Mais tarde, PedroSantos rematou com perigo, mas aolado. A Académica estava maistolhida de movimentos, mas com odecorrer da partida voltou a subir noterreno e, aos 82 minutos, Dárioesteve muito perto de marcar, mas,na cara de William, não aproveitou afalha de Viveros.

Já em tempo de descontos, Farycabeceou rente ao poste direito, como guarda-redes academista batido,falhando um golo que seria injusto.

O União de Coimbraconquistou, no domingo, noEstádio Municipal SérgioConceição, a primeira vitóriadesta época, ao vencer por 2-1 o Social de Lamas.

Apesar de não ter sido umavitória fácil, a equipa da Arregaçaacabou por justificar o resultado, jáque lutou do início ao fim por umresultado favorável.

Promovida na última época, aequipa de Lamas entrou em campocom vontade de discutir o jogo e,principalmente no primeiro tempo,criou algumas dificuldades à equipada casa. Ambas as equipas tentavamcriar espaços e chegar ao golo queacabou por surgir, ao minuto 20,precisamente para o Lamas. Williamrematou à entrada da área e Joca,apesar de ainda ter tocado na bola,não conseguiu defender.

O União reagiu bem ao golo

sofrido e, 10 minutos depois, Diasrepôs a igualdade, ao bater, na se-quência de um canto, o guarda redesTó I. Ainda antes do intervalo, a equi-pa da Arregaça podia ter marcado osegundo, mas o árbitro acabou porapitar para o final do primeiro tempoprecisamente quando Xirola seguiaisolado para a baliza do Lamas.

No segundo tempo, o Uniãosurgiu muito mais pressionante edominou o encontro, enquanto queo Lamas procurava segurar o empate.Apesar da qualidade do encontro terdiminuído, o União acabou pormarcar o golo da vitória ao minuto79. Dias cruzou, Xirola assistiu Náque, já na pequena área, marcou osegundo golo para o União.

A equipa comandada porAntónio Cortesão conquistou assima sua primeira vitória da época 2003/2004, uma vitória que vem dar maiortranquilidade ao plantel do Uniãoque começava já a acusar algumnervosismo pelos resultados poucofavoráveis das primeiras jornadas.

André processaAcadémica porsalários em atrasoO futebolista angolanoAndré, esta épocaao serviço do Boavista,vai recorrer aos tribunaispara ver pagos os saláriosde Abril e Maio,além do prémiode manutençãona SuperLiga, devidospela Académicade Coimbra.

“Não espero mais. Ficaram deme pagar pelo menos metade emAgosto e nada. Já esperei demais.Como não recebi qualquer respostaàs duas cartas enviadas à Direcção,nem qualquer satisfação, falei com omeu advogado e vou resolver pelavia litigiosa”, revelou André à agên-cia Lusa.

“Já fui muito tolerante, agoratenho que resolver a minha situação.Nunca aconteceu nada semelhanteao serviço de outros clubes por ondepassei”, sustentou.

O jogador sente-se revoltadopela atitude da Direcção do clube deCoimbra.

“Não têm qualquer respeito porum atleta que deu tudo o que tinha àAcadémica e a ajudou nas horas maisdifíceis. Não têm palavra, parece queandam a brincar comigo. Só quero omeu dinheiro”, disse o médio doBoavista.

João Bandeira, chefe do de-partamento de futebol da Académica,disse à agência Lusa que a Direcçãodo clube tem intenção de pagar aAndré, mas acrescentou que ojogador terá de esperar.

José Eduardo Simões, vice--presidente para a área financeira dos“estudantes”, acrescentou que a Di-recção ficou desiludida pela atitudepouco cordata relativamente à formacomo saiu do clube, depois de umaproposta para sua continuidade emCoimbra.

À margem desta polémica, aDirecção academista rescindiu naquinta feira, amigavelmente, com obrasileiro Wilton, médio defensivode 24 anos proveniente do RioBranco, mas que nunca se afirmouao serviço dos “estudantes” e deveráregressar ao Brasil.

C L A S S I F I C A Ç Ã O

SUPERLIGA II LIGA II DIVISÃO - ZCentro III DIVISÃO - Série C III DIVISÃO - Série D

J V E D M S P

1 FC Porto 5 4 1 0 12 3 13 2 Marítimo 5 4 1 0 5 1 13 3 Sp. Braga 5 3 1 1 6 4 10 4 Boavista 5 2 3 0 4 1 9 5 Sporting 5 3 0 2 9 8 9 6 Moreirense 5 3 0 2 4 4 9 7 Gil Vicente 5 2 1 2 9 5 7 8 Académica 4 2 1 1 5 3 7 9 Beira Mar 5 2 1 2 6 5 710 Alverca 5 2 1 2 3 3 711 Nacional 5 2 0 3 6 5 612 Belenens. 4 1 2 1 10 8 513 Benfica 4 1 2 1 5 5 514 U. Leiria 5 1 1 3 4 7 415 Guimarães 4 1 0 3 2 5 316 P. Ferreira 5 1 0 4 2 9 317 Rio Ave 5 0 2 3 2 5 218 E.Amadora 5 0 1 4 3 16 1

J V E D M S P

1 Estoril 5 4 0 1 7 4 12 2 Ovarense 5 3 1 1 9 4 10 3 Naval 5 3 1 1 8 4 10 4 Feirense 5 3 1 1 8 6 10 5 Varzim 5 3 0 2 9 7 9 6 V. Setúbal 5 2 2 1 9 7 8 7 S. Clara 5 2 2 1 5 4 8 8 Leixões 5 2 2 1 4 3 8 9 Desp. Aves 5 2 1 2 9 9 710 Salgueiros 5 2 1 2 5 6 711 U. Madeira 5 1 3 1 3 2 612 Penafiel 5 1 3 1 12 12 613 D. Chaves 5 1 3 1 5 5 614 Portimon. 5 2 0 3 6 7 615 Felgueiras 5 1 1 3 4 7 416 Maia 5 0 3 2 6 10 317 Marco 5 1 0 4 3 8 318 Sp. Covihã 5 0 0 5 1 8 0

J V E D M S P

1 Sanjoan. 6 5 1 0 13 3 16 2 Torreense 6 4 2 0 11 3 14 3 Caldas 6 4 0 2 6 5 12 4 Alcains 6 2 4 0 9 7 10 5 Lamas 6 3 1 2 4 4 10 6 Fátima 6 3 1 2 8 9 10 7 S. Espinho 6 3 1 2 6 9 10 8 Portomos. 6 2 3 1 7 4 9 9 Esmoriz 6 2 3 1 7 5 910 Águeda 6 2 2 2 9 9 811 O. Bairro 6 2 1 3 9 9 712 Pombal 6 2 1 3 7 7 713 Oliveiren. 6 1 4 1 7 7 714 Académ. B 6 2 1 3 6 9 715 Vilafranq. 6 1 2 3 8 7 516 O.Hospital 6 1 2 3 2 10 517 Estarreja 6 1 1 4 10 12 418 A. Viseu 6 0 4 2 3 6 419 Marinhens. 6 1 1 4 2 6 420 Pampilho. 6 0 3 3 7 10 3

J V E D M S P

1 Tourizen. 4 3 1 0 9 4 10 2 Milheiroen. 4 3 1 0 8 3 10 3 Tocha 4 3 0 1 6 2 9 4 Santacom. 4 2 1 1 6 3 7 5 P. Castelo 4 2 1 1 5 3 7 6 Arrifanen. 4 2 1 1 8 7 7 7 Lamas 4 2 1 1 4 3 7 8 F. Algodres 4 2 0 2 6 5 6 9 S.J. Ver 4 2 0 2 6 7 610 Gafanha 4 2 0 2 5 7 611 Arouca 4 1 2 1 6 4 512 U. Coimbra 4 1 1 2 5 7 413 Satão 4 1 1 2 4 6 414 Valecambr. 4 1 0 3 4 6 315 Mangualde 4 0 3 1 0 3 316 A.Beira 4 1 0 3 2 7 317 Anadia 4 0 2 2 2 5 218 Cesarense 4 0 1 3 3 7 1

J V E D M S P

1 Lourinhan. 4 4 0 0 8 3 12 2 BC Branco 4 3 1 0 9 0 10 3 Abrantes 4 3 1 0 10 2 10 4 Sourense 4 2 0 1 10 4 9 5 Caranguej. 4 2 2 0 7 3 8 6 Riachense 4 2 1 1 9 7 7 7 T. Novas 4 2 0 2 6 5 6 8 Fazend. 4 2 0 2 5 7 6 9 Peniche 4 2 0 2 3 7 610 Benediten. 4 1 2 1 5 3 511 Bidoeiren. 4 1 1 2 5 6 412 Alcobaça 4 1 1 2 4 5 413 Idanhense 4 1 1 2 4 5 414 Sertanense 4 1 0 3 3 6 315 Alq. Serra 4 1 0 3 3 9 316 Mirense 4 1 0 3 2 10 317 Rio Maior 4 0 2 2 4 7 218 U.Almeirim4 0 0 4 0 8 0

Académica B perdeem Oliveira do HospitalA Académica B foiderrotada, no domingo, porum golo sem resposta, peloOliveira do Hospital, umaequipa que ainda nãoconhecia o sabor da vitórianesta temporada.

Como ambas as equipas vi-nham de uma derrota, a motivaçãoera grande. A primeira grandeocasião de golo acabou por surgirprimeiro para a equipa dos estudan-tes, ao minuto 13, mas a defesa doOliveira do Hospital mostrou queestava atenta e evitou o golo.

A equipa da casa respondeu deimediato à ameaça mas também não

conseguia chegar à grande área daAcadémica com grande eficácia.

Até ao intervalo as oportu-nidades de golo foram surgindo paraambas as formações mas o resulta-do no placar continua a registar o0-0.

No segundo tempo, a equipada casa surgiu em campo com umapostura mais determinada, umapostura que acabou por lhe valer ostrês pontos em discussão. O primeiroe único golo da partida acabou porsurgir ao minuto 74, por intermédiode Casal.

O Oliveira do Hospital aindateve oportunidade de dilatar oresultado, mas valeu à equipa dosestudantes a atenção e perspicáciado guarda redes Eduardo que evitouuma derrota mais pesada.

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4/09/03

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Pintura

Guitarrista dos RollingStones expõe em LisboaA música e os seus intérpretes são atemática fundamental dos trabalhosartísticos que Ron Wood, guitarristados Rolling Stones, expõe no CentroPortuguês de Serigrafia, em Lisboa, apartir de 27 de Setembro. A exposição,intitulada “Ronnie Wood Art ShowPortugal”, é inaugurada às 16 horas eficará patente até 22 de Outubro,dando a conhecer um lado diferentedo músico da banda de Mick Jagger,que apresenta em Lisboa obras sobrepapel, serigrafias e gravuras. O dia deinauguração da mostra coincide como concerto do grupo de rock emCoimbra, onde os músicos vãoinaugurar o novo Estádio Municipale marcar o final da digressão “LicksWorld Tour”, que assinala os 40 anosde vida da banda. Ron Wood, queassina Ronnie Wood nas artes plás-ticas, nasceu em 1947 em Inglaterra eteve uma educação na área das artesno Ealing Collage of Art de Londres,tendo as artes plásticas e a músicaconvivido ao longo dos anos na vidado artista. Enquanto a sua carreiramusical progredia, Ron Woodcontinuava a alimentar a sua paixãopela pintura e pelo desenho, mos-trando igual afinidade com o lápis ecom a guitarra e escolhendo comregularidade temas relacionados como meio musical. Actuações dos Rol-ling Stones, membros de outrasbandas, músicos que admira, que co-nhece ou com os quais tocou povoamos seus trabalhos, onde figuramtambém alguns amigos pessoais eauto-retratos. Wood produziu asprimeiras obras na América, nos anos80, e no final da década passou váriosmeses a trabalhar num estúdioprofissional de gravação em Ingla-terra, vindo a executar em várias

técnicas, da serigrafia ao trabalhodigital. O guitarrista, que já exibiudiversas vezes os seus trabalhos, teve,em 1996, uma exposição retros-pectiva no Museu de Arte Modernade São Paulo, no Brasil, além de di-versas outras mostras individuais noscontinentes americano e europeu.Membro dos Rolling Stones desde1976, após experiências em The Birds,Jeff Beck Group e The Faces, Woodaposta também numa carreira a solo etem participações em álbuns defiguras como David Bowie, EricClapton, Bob Dylan, Aretha Franklin,B.B. King e Rod Stewart.

Media

Igreja quer maisde noticiário religiosoResponsáveis de órgãos de comuni-cação social de inspiração católicadefenderam, na quinta feira, em Fá-tima uma maior presença de noticiá-rio religioso nos media nacionais,laicos ou não. No início das Jorna-das da Comunicação Social, subor-dinadas ao tema “As religiões e apaz”, a agência Lusa ouviu algunsresponsáveis da Igreja que lidamcom os media, através da adminis-tração de títulos ou da gestão pas-toral. “A religião faz parte da vida,sejamos ou não praticantes”,considerou João Aguiar, director doDiário do Minho, reconhecendoque existe uma “maior abertura” àinformação religiosa como notícia,através da existência de editorias ejornalistas específicos. “A religiãoé uma fonte de notícias com inte-resse e está presente na sociedadecom um dinamismo e uma inter-venção que não podem ser esque-cidas se não quisermos fazer mar-ginalizações injustas”, considerouJoão Aguiar. Em contrapartida, aIgreja também manifesta uma

abertura “teórica” aos meios decomunicação social, com estruturasadequadas para a divulgação deactividades e posições, ao serviço eservindo-se dos media. No entanto,“uma vez ou outra, ainda se notaalgum medo dos jornalistas” porparte de alguns responsáveis dahierarquia, acrescentou o directordo Diário do Minho. Nalguns casos,é o “medo da retranca” e noutros é o“medo das más experiências”,confundindo questões de algumprofissional com toda a classe,considerou João Aguiar. Mais críticoda importância da informação reli-giosa no contexto nacional é Antó-nio Rego, secretário da ComissãoEpiscopal das Comunicações So-ciais, que considerou que “a con-corrência que existe entre jornais,rádios e televisões tem propor-cionado a procura de outros temas,porventura mais excitantes” que onoticiário católico. “O religioso temperdido a sua capacidade de es-pectáculo e de imposição no pri-meiro plano da vida social, tambémporque o mercado da informaçãomudou de alvo da informação”,reconheceu António Rego. Noentanto, os “programas estritamentecatólicos quer na rádio, quer natelevisão” têm demonstrado “uminteresse grande das massas”. Noseu entender, os portugueses con-tinuam a ser fortes consumidores deinformação religiosa e isso “é umalição” para os meios de comuni-cação, demonstrando a necessidadede um “espaço para [a divulgaçãodo] noticiário religioso com vivaci-dade, mas também com respeito dasregras”. Sobre o sector de jornaisregionais de inspiração cristã, Antó-nio Rego elogiou a sua diversidade,rejeitando qualquer tipo de absorçãoou de fusão das centenas de títulosexistentes. “Isso não é uma disper-são, é uma riqueza”, considerou. Parao presidente da Comissão Episcopal

das Comunicações Sociais, D. JoãoAlves, “no geral, as relações entre aIgreja e os meios de comunicaçãosocial são cordiais”, existindo uma“dimensão de respeito” entre asduas partes. Contudo, o bispo la-mentou que nem toda a comunica-ção social seja “compreensiva” daactividade e posições da Igreja,notando uma “zona de silêncio àvolta da fé e do Evangelho que nemsempre deixa passar para a opiniãopública aquilo que a própria Igrejapropõe e comunica”. No que dizrespeito ao caso português, o antigobispo de Coimbra considerou que,“salvo raríssimas excepções”, osmeios de comunicação têm procu-rado manter os canais de informaçãoabertos.

Música

Nova versão de “Let it be”lançada a 17 de NovembroUma nova versão do álbum “Let it be”dos Beatles vai ser lançada emNovembro, anunciou a Apple Corps, acompanhia do grupo inglês. Com otítulo “Let it be’ naked”, a nova versãoapresenta as músicas originalmentegravadas pelos Beatles sem a produçãoluxuosa a que foram submetidas porPhil Spector, um dos mais respeitadosprodutores de música pop, apresentandopela primeira vez o som original talcomo tinha sido idealizado por PaulMcCartney. “Este é o barulho quefizemos em estúdio. Foi assim mesmoo que aconteceu no estúdio. Desta vezestá bem”, comentou o ex- beatle acercada nova versão. O álbum, a lançar emInglaterra a 17 de Novembro, mantémpraticamente o mesmo alinhamento daversão lançada em 1970, incluindocanções como “Across the Universe”,“The Long and Winding Road” e “Letit be”, mas deixa de fora, além deconversas entre os Beatles, temas como

“Dig it” e “Maggie Mãe”. Ao disco éacrescentado “Don’t let me down”,editado em single com “Get Back”, otema que originalmente serviria detítulo ao álbum, um projecto dosBeatles que seria um regresso àscaracterísticas de um típico conjuntode rock and roll, com quatro elementos.O projecto viria a ser abandonado e asgravações, feitas em 1969, foram levadaspor John Lennon para o produtor norte--americano Phil Spector, de queresultou “Let it be”, que viria a ser oúltimo disco de originais lançado pelosBeatles, mas não o último gravado porLennon, Paul McCartney, GeorgeHarrison e Ringo Starr. Depois dagravação de “Let it be”, e face a atrasosna edição do disco, os Beatles reuniram-se em estúdio e gravaram “AbbeyRoad”, lançado ainda em 1969. Dassessões de gravação de “Let it be” foiigualmente feito um filme, que mostrajá algumas divergências entre PaulMcCartney e John Lennon, este sempreacompanhado em estúdio por YokoOno, apontada normalmente como agrande responsável pela separação dosBeatles. Numa entrevista à revistaRolling Stone, no princípio do ano,Ringo Starr disse que Paul McCartneysempre se tinha oposto à ideia de Philproduzir o disco. “Há uns dias disse-lheao telefone: tinhas razão mais uma vez.O disco soa muito bem sem o Phil. E éverdade”, acrescentou.

Paul McCartney

Hoje e Amanhã M/ 12 anosÀs 14,45 - 17 - 19,15 - 21,30

“American Pie - O Casamento”

cine-teatro Tel. 239 822 131

estúdio 1 Tel. 239 822131

estúdio 2 Tel. 239 822 131

Hoje e Amanhã M/ 12 ANOS

Às 13,30 - 16.15 - 19 - 21.45Sextas, Sábados e Quartas: 00.30

“ Piratas das Caraíbas - A Maldição do Pérola Negra”

Hoje e Amanhã M/ 12 anos

Todos os dias: 14 - 16 - 18 - 20 - 22 -Sextas, Sábados e Quartas: 00.15

“American Pie - O Casamento”

cinemas castello lopesC.C.Girassolum Tel. 239 702 466

sala 1

Hoje e Amanhã M/ 12 anos

Às 13,45 - 16,20 - 19 - 21,45

“Piratas das Caraíbas - A Maldição do Pérola Negra”

cinemas castello lopesC.C.Girassolum Tel. 239 702 466

sala 2

Cinemas Millenium

Hoje e Amanhã M/ 18 ANOSTodos os dias: 13,30 - 16.15 - 19 - 21.45

“KEN PARK - QUEM ÉS TU?”

Page 11: O Despertar – 8241 – 24.09.2003

24/09/03

cartaz 11

COIMBRA• RDP Centro ............................................ 94.9• Universidade ........................................ 107.9• 90 FM ...................................................... 90• Província (Anadia) ................................. 100.8• Clube de Arganil ..................................... 88.5• Concelho Cantanhede ............................... 103• Regional Centro (Condeixa) ..................... 96.2• C. Foz Mondego (F. Foz) .......................... 99.1• Maiorca .................................................. 92.1• Clube da Lousã ....................................... 95.3• C. da Pampilhosa .................................... 92.6• Dueça (M. Corvo) ..................................... 94.5• Beira Litoral (Montemor) ......................... 101.7• Popular de Soure. .................................. 104.4• Santo André (Poiares) ............................ 100.5

rádios museusCasa Museu B. Barreto — Das 15 às 17 horas (3.ª a6.ª), das 10 às 12 e das 15 às 17 horas (sábados edomingos). Fechado à segunda-feira e feriados.Laboratório Minerológico e Geológico — Das 9,30às 12,30 e das 14 às 17 horas. Fechado aos sábados edomingos.Académico — Colégio S. Jerónimo Telef. 239 827-396.Arte Sacra — Pátio da Universidade.Laboratório Antropológico — De segunda a sextadas 9,30 às 12,30 e das 14 às 17,30 horas.Machado de Castro — Das 9,30 às 12,30 e das 14 às17,00 horas. Fechado à segunda-feira.Militar — Das 10 às 12 e das 14 às 17 horas. Todos os dias.Monográfico de Conímbriga — Ruínas abertas todosos dias das 9,30 às 13 horas e das 14 às 18 horas.Nacional da Ciência e da Técnica — Das 9,30, às12,30 e das 14 às 17 horas. De segunda a sexta-feira.Transportes Urbanos — Segunda a sexta das 9,00 às12,30 horas e das 14 às 17,30 horas.

Municipal – Aberta das 9 às 12,30 e das 14 às 17,30horas (2.ª a 6.ª feira). Encerra aos sábados edomingos.

Geral da Universidade – Das 9 às 22,45 horas 2.ªsábado das 9 às 12,45 horas. Fecha ao domingo.

Arquivo da Universidade – Das 9 às 12,30 e das 14às 18 horas (2.ª e 3.ª feira), das 9 às 12,30 e das 14às 17,30 horas (4.ª, 5.ª e 6.ª). Fecha ao sábado edomingo.

bibliotecasJoanina – Das 9 às 12 e das 14 às 17 horas. Todosos dias.

Casa-Museu Bissaya Barreto – Aberta das 15 às17 horas - 3.ª a 6.ª feiras. Encerra - sábados,domingos e feriados.

Centro de Documentação da A. R. S. – Aberta das 9às 13 e das 14 às 17 horas. Fecha aos sábados edomingos.

Centro de Documentação 25 de Abril

Muito investimento, masportugueses preferem televisãoPortugal é dos países europeus que maisinveste em cultura, com 1,2 por cento doPIB (Produto Interno Bruto) ou 1.325milhões de euros, segundo dados de 1999.

Este crescimento tem vindo a ocorrer todos osanos, desde 1990, a uma média de 14 por cento aoano, o que torna Portugal o único país europeu semquebra de investimento desde 1996.

Estes números fazem parte da publicação doINE (Instituto Nacional de Estatística) “PortugalSocial”, que traça a evolução do país na últimadécada.

De acordo com a publicação, as administraçõespúblicas gastaram em cultura, no ano de 1999, 130euros por pessoa, contra os 61 euros que tinham gastoem 1992.

As Câmaras foram o tipo de administração queregistou um maior aumento de investimento nacultura, mas também as famílias, que desde 1995vêm a gastar cada vez mais dinheiro neste sector,cultura e lazer.

Segundo o INE, em 2001 as famílias portu-guesas gastaram cerca de 5.152 milhões de euros emcultura e lazer. No ano 2000, cada agregado investiuem média 663 euros, o que corresponde a 4,8 porcento das despesas médias anuais, contra os 484euros de 1995.

O cinema é uma das actividades culturaispreferidas dos portugueses, com uma adesão que temvindo a crescer desde 1995. Em 2001 foram feitas450.201 sessões de cinema, contra apenas 7.203 deteatro, 3.020 de concertos e bailados e 114 sessõesde ópera.

Ainda assim, em todos os casos se tem registadoaumentos de espectadores de ano para ano. No casoda ópera, os 15 mil espectadores de 1990 passarampara 135 mil em 2001. Muito longe dos 19.469.000espectadores de cinema em 2001.

Em relação a museus, 70 por cento dos portu-gueses não visitaram um que fosse em 1999. Em2001 os museus registaram um número total de8.556.042 visitas.

Pior se passa com as bibliotecas. Em 1999 só15 por cento da população foi pelo menos uma veza uma. Portugal tinha, em 2001, 1.912 bibliotecas,um crescimento de 48 por cento em relação a 1990.

A razão é explicada também pelas estatísticas,que indicam que os portugueses são dos europeusque menos lêem.

Segundo a APEL (Associação Portuguesa de

Editores e Livreiros), que cita dados da Federação dosEditores Europeus (2001), enquanto em Portugal 41,5por cento da população tinha lido um livro nos últimos12 meses, em Itália, 51,3 por cento das pessoas fizeramo mesmo. No Reino Unido, a percentagem atingia os90 por cento.

A Itália é o país mais próximo de Portugal, mas asestatísticas italianas não incluem os livros escolares,como no caso português.

Então o que lêem os portugueses? O INEresponde: jornais e revistas. Em 1999 havia 58 porcento dos portugueses a ler jornais e 54 por centorevistas. Livros era uma prática de 31 por cento (umnúmero abaixo do referido pela APEL) e destes aesmagadora maioria com a leitura de um a cinco livrospor ano.

Em 2000, a revista com maior tiragem média eraa “Roda dos Milhões”, seguida da “Maria”, e nosjornais semanários destacam-se o “Expresso” e “OCrime”.

Quando os portugueses são interrogados sobre asrazões de não lerem respondem que não têm tempomas sobretudo respondem que não têm interesse, umaconfissão de 34 por cento em relação aos jornais, 38por cento em relação a revistas e 21 por cento emrelação a livros.

Perante estes números uma pergunta se impõe.Como passam os portugueses os tempos livres? A fazerdesporto não, porque, segundo o INE, 74 por centonão praticava qualquer desporto em 1999.

A fazer férias também não. Porque em 2001apenas 37,3 por cento da população com 15 e maisanos gozou férias, a esmagadora maioria (89,4 porcento) em Portugal e por curtos períodos.

A leitura das estatísticas do INE dá a resposta: osportugueses passam o tempo livre a ver televisão, ajantar fora com a família e fazer visitas a amigos.

Jantar fora com familiares e amigos foi uma práticaescolhida por 73 por cento da população numinquérito feito em 1999, e visitar ou receber visitasrecebeu a preferência de 91 por cento.

Quanto à outra preferência, o mesmo inquérito àOcupação de Tempo, de 1999, indica que 97 por centoda população vê televisão, 85 por cento destesdiariamente.

Há pelo menos uma televisão em 97 por centodas casas portuguesas, abrangendo 99 por cento dapopulação, sendo que o vídeo equipa metade dos larese o computador 21 por cento.

Os dados do INE não indicam o tipo de revistamais lida, mas não seria de estranhar que fossem as quedivulgam a programação televisiva.

quarta feira quinta feira

07.00 RTP Crianças10.00 Euronews13.00 RTP Crianças13.30 Programa a designar14.00 Euronews15.00 Informação Gestual16.00 Euronews18.00 A Fé dos Homens18.30 Onda Curta19.00 Como Construir Um Ser Humano20.00 RTP Crianças20.30 As Três Irmãs21.00 Casei com uma Feiticeira21.30 Planeta Azul22.00 Jornal 222.30 História de Nikita00.00 5 Noites 5 Filmes:

“Escândalo na TV”

HOLLYWOOD

21.00 Fuga de Absolom

SIC RADICAL

23.00 O Perfeito Anormal

07.00 RTP Crianças10.00 Euronews13.00 RTP Crianças14.00 Euronews15.00 Informação Gestual16.00 Euronews18.00 A Fé dos Homens18.30 Desafio Radical19.00 Arranha-Céus, Pontes e Túneis20.00 RTP Crianças20.30 As Três Irmãs21.00 Casei com uma Feiticeira21.30 Bombordo22.00 Jornal 223.00 Mentes Assassinas00.00 5 Noites 5 Filmes:

“Fim Feliz”

06.45 Iô-Iô09.15 A Minha Família é uma Animação10.00 SIC 10 Horas13.00 Primeiro Jornal14.00 Às Duas Por Três16.45 Malhação17.30 O Beijo do Vampiro18.30 New Wave19.00 Futebol

La Louviére - Benfica21.00 Jornal da Noite22.00 Malucos do Riso22.30 Mulheres Apaixonadas23.30 Kubanacan00.15 A Culpa é do Macaco01.45 Cartaz Cultural02.15 Cuidado com as Aparências03.00 Balada de Nova Iorque

07.30 Animações09.00 Ligar P’ra Ganhar10.00 Olá Portugal13.00 TVI Jornal14.00 Big Brother Gala17.00 Big Brother Extra17.30 Bons Vizinhos18.00 Quem Quer Ganha19.00 Morangos com Açúcar20.00 Jornal Nacional21.15 Big Brother Compacto21.45 Saber Amar22.45 O Teu Olhar00.00 Coração Malandro00.30 Filme:

“Stolem From The Heart”02.00 Filme:

“Uma Revelação Difícil”05.00 Dona Anja

07.30 Animações09.00 Ligar P’ra Ganhar10.00 Olá Portugal13.00 TVI Jornal14.00 A Vida É Bela16.45 Bons Vizinhos17.00 Big Brother Extra17.30 Quem Quer Ganha18.30 Big Brother Compacto19.00 Morangos com Açúcar20.00 Jornal Nacional21.15 Big Brother Compacto21.45 Saber Amar22.45 O Teu Olhar00.00 Pimenta na Língua01.15 As Mil e Uma Noites04.15 O Rei do Bairro05.00 Dona Anja

07.00 Bom Dia Portugal10.00 Praça da Alegria13.00 Jornal da Tarde14.00 Lusitana Paixão14.30 Portugal no Coração18.00 SMS - Ser Mais Sabedor18.30 Regiões19.15 O Preço Certo em Euros20.00 Telejornal21.00 Odisseia da Espécie21.30 Contra-Informação21.35 RTP Cinema:

“O Delfim”23.15 José Cardoso Pires00.15 O Conde d’Abranhos00.45 RTP Cinema:

“O Último Capricho”

06.45 Iô-Iô09.15 A Minha Família é uma Animação10.00 SIC 10 Horas13.00 Primeiro Jornal14.00 Às Duas Por Três16.45 Malhação17.30 Filhas da Mãe18.30 New Wave19.00 Agora É Que São Elas20.00 Jornal da Noite21.15 Malucos do Riso21.45 Mulheres Apaixonadas22.45 Kubanacan23.45 Acção Total:

“O Último Contrato”01.45 Cuidado com as Aparências02.30 Residencial Tejo03.30 South Park

HOLLYWOOD

21.00 O Poço de Ódio

SIC MULHER

22.00 Encontro Marcado

07.00 Bom Dia Portugal10.00 Praça da Alegria13.00 Jornal da Tarde14.00 Lusitana Paixão14.30 Portugal no Coração18.00 SMS - Ser Mais Sabedor18.30 Regiões19.15 O Preço Certo em Euros20.00 Telejornal21.00 Odisseia da Espécie21.30 Contra-Informação21.35 RTP Cinema:

“Fala com Ela”23.45 Programa a designar01.30 RTP Cinema:

“O Xadrez do Amor”

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última página

O ministro das ObrasPúblicas, CarmonaRodrigues, reconheceque existem em Portugal160 pontes comproblemas demanutenção e 40 emrisco, mas reduz aqueda da travessia parapeões da via rápidaIC19 a uma “situaçãode azar”.

“O Instituto de Estradasde Portugal (IEP) elaborou umprograma para que as cerca de160 pontes com problemasfossem reparadas. Em caso derisco são fechadas; não ha-vendo dinheiro para reparar,também são fechadas”, explica

o governante numa entrevistade quatro páginas ao jornalDiário de Notícias.

Carmona Rodrigues apon-tou uma ponte em Alijó (VilaReal) e outra em Portela(Coimbra) como exemplos decasos de estruturas que têm deser substituídas.

Quanto à sucessão de Ri-beiro dos Santos na presi-dência do Instituto de Estradasde Portugal (IEP), o governanteafirmou esperar que se con-cretize “o mais rapidamentepossível”.

Para Carmona Rodrigues,o anterior presidente, que sedemitiu na sequência da quedada ponte do IC19, que pro-vocou três feridos, “foi um bompresidente, que acabou por serenvolvido numa situação deazar”.

“Não tenho dúvidas em

Cerca de 30 apicultoresparticiparam nodomingo na Feira doMel de Miranda doCorvo, um certame queserviu para divulgar epromover um dosprodutos maiscaracterísticos destaregião.

A feira do mel decorreuna Praça José Falcão, numespaço amplo e atractivo,onde os apicultores deram aconhecer o mel certificado eos vários produtos confec-cionados com este produto.Para além do mel, os visi-tantes puderam adquirir nafeira outros produtos comoaguardente de mel, licor demel, vinagre de mel, cera,favos com mel, molduras decera e ainda a mais diversadoçaria feita com mel (bolose broas de mel). Não faltoutambém a cestaria, com aexposição e venda dos maisdiversificados artigos.

Ao longo do dia, algu-mas centenas de pessoasvisitaram o certame e desfru-

taram do convívio e anima-ção do recinto. A feira abriuàs 11 horas e prolongou-seaté ao final do dia, com a Fan-Farra Académica de Coimbra

e a Filarmónica Mirandensea animarem o recinto. S. Pedrotambém ajudou à festa e aspessoas aproveitaram o diade sol para conviver.

dizer que tivemos no IEP umdos melhores presidentes dosúltimos anos. Estava a fazer umtrabalho notável de reorga-nização da casa, desmanteladadesde os tempos da JuntaAutónoma de Estradas”, su-blinhou.

Carmona Rodrigues, quediz na entrevista existirem 23travessias para peões no IC19,em vez das oito que são real-mente contabilizadas por cimadaquela via, garante que “fo-ram todas fiscalizadas”.

O ministro das ObrasPúblicas assume ainda comoprioridade o cumprimento doPlano Rodoviário Nacional,em especial “a conclusão daCRIL (Circular RegionalInterior de Lisboa) e dos IC16(via alternativa ao IC19 naligação Lisboa-Sintra) e IC30(Auto-estrada de Cascais-

Faleceu na passada quarta feira o nosso amigoConstantino Esteves Oliveira.

Contava 89 anos de idade e era natural de S.Cipriano - Viseu, mas muito cedo, com a idade de 2anos, veio para Coimbra, para a sua freguesia de St.ºAntónio dos Olivais.

Figura querida no bairro, trabalhador, honesto,amigo do seu amigo, conquistou, ao longo da sua vida,a simpatia e o respeito dos olivanenses e tambémdos muitos clientes da sua oficina de pinturaautomóvel, nos Baptistas, ao Arnado.

Vibrava com o seu Belenenses em Futebol e noBasquetebol a sua paixão era o Olivais, onde os seusfilhos João e Tó jogavam e os seus netos também.

Morreu um homem bom. Que descanse em paz.O seu corpo esteve exposto na capela mortuária

da Igreja de S. José, tendo o seu funeral seguido parao cemitério de St.º António dos Olivais, onde agorarepousa.

A sua esposa, Cassilda de Jesus Soares, seusfilhos, nossos assinantes, João Soares Esteves deOliveira, António Soares Esteves de Oliveira e IdalinaSoares Esteves de Oliveira Piedade e restante famíliaapresentamos os nossos sentidos pêsames.

FALECEU

Constantino Estevesde Oliveira

IC19)”, que “são importantespara o padrão de mobilidadena área metropolitana deLisboa”.

“Graças a Deus que oconcurso do IC16 e do IC30,que incluía o fecho da CRIL,foi anulado, porque aquiloestava embrulhadíssimo”,disse, acrescentando que osnovos concursos serão lan-çados em Outubro.

Ainda em agenda, massem ser prioritária, está aconstrução do aeroporto daOta, que, segundo CarmonaRodrigues, “não arrancará napresente legislatura”.

Quanto à possibilidadede Lisboa vir a ser umaalternativa a Madrid, no queao tráfego aéreo diz respeito, oministro não acredita: “nuncafomos, não somos nem sere-mos”.

Obras Públicas

Existem 200 pontes com problemas

Rolling Stones sábado em Coimbra

Produção do concerto ocupa mais de meio milhar de pessoasMais de meio milhar depessoas integram aprodução do concertodos Rolling Stones emCoimbra, no próximosábado, entre elementosda banda e da produtoraportuguesa Ritmos &Blues (R&B), informoufonte desta empresa.

Os Rolling Stones actuamsábado no estádio Cidade deCoimbra, no penúltimo espec-táculo da digressão “LicksWorld Tour”, concerto que aorganização pensa que será omaior alguma vez realizado nopaís.

“Estão envolvidas naprodução mais de 500 pes-soas, 250 da produção deles[do grupo britânico] e cercade 300 que constituem o nos-so apoio”, disse à Lusa uma

fonte da R&B, responsá-vel pela chefia de opera-ções de montagem do pal-co no estádio Cidade deCoimbra.

Segundo a fonte, o palcodo concerto, que ficará insta-lado no topo norte do está-dio, apresenta “em númerosaproximados” cerca de 60metros de largura (aproxima-damente a largura de umrelvado de futebol), 20 metrosde altura e 30 metros de pro-

fundidade, sendo “o maioralguma vez montado em Por-tugal”.

A partir da boca do palcosai uma “passerelle” que avan-ça cerca de 45 metros sobre orelvado e termina numa es-pécie de segundo palcosituado “praticamente no meiocampo”.

Este palco “será utilizadopela banda em algumasmúsicas durante o concerto”,referiu a fonte da Ritmos &

Blues.Outros dados disponi-

bilizados pela produtora apon-tam para uma potência de somda ordem dos 200 mil watts.

Já no que respeita à ilu-minação, será assegurada porelementos de “robótica” e luzconvencional.

A montagem do palcoiniciou-se na anteontem, diaem que chegaram a Coimbra23 camiões TIR “com toda aestrutura de sub-palco”.

Sexta feira, véspera doconcerto, terá lugar a insta-lação da parte cénica, a cargoda produção da banda.

Até sábado, dia do con-certo, um total de 60 camiõesTIR deverão ter chegado aCoimbra, ficando parqueados,segundo o responsável daR&B, “em alguns espaços emredor do estádio” e tambémnuma zona adjacente, utili-zando “parte do estaleiro dasobras” que ali decorrem.

Apicultores promovem mel certificado

Feira de Miranda do Corvo divulga produto endógeno

A Câmara Municipal deMiranda do Corvo, que orga-nizou o evento, apostou umavez mais na divulgação domel certificado e procurou

que vem enriquecer e valo-rizar a imagem deste produto.

Oriundo da Serra daLousã, o mel assume um pa-pel determinante na eco-nomia local. Para FátimaRamos, presidente da Câmarade Miranda do Corvo, éextremamente importanteque este produto seja valori-zado, o que terá que passarobrigatoriamente pela certifi-cação. Apesar de poder acar-retar custos para o apicultor,o certificado de qualidade dámais garantias e confiança aoconsumidor.

Para além da presença dapresidente da Câmara, FátimaRamos, e de alguns verea-dores da autarquia, estiveramtambém presentes na Feira doMel de Miranda do Corvo ogovernador civil de Coim-bra, Fernando Antunes, e odelegado do Instituto Portu-guês da Juventude de Coim-bra, Carlos do Vale Ferreira.

Para que todos pudes-sem provar e apreciar o docemel da região, a autarquiaofereceu, nos paços do muni-cípio, uma prova, uma mesarecheada onde não faltou omel e alguns dos produtostípicos confeccionados comeste produto.

sensibilizar os apicultorespara a importância da certi-ficação deste produto endó-geno, já que a garantia dequalidade é uma mais valia

Fátima Ramos, acompanhada pelo governador civil de Coimbra e pelo delegado do IPJ, quando visitava a Feira do Mel