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O Natal em Portugal (Costumes e Tradições)

O Natal Em Portugal

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O Natal em Portugal (Costumes e Tradições)

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O Natalé a festa da família

Nesse dia tenta-se reunir o maior número de familiares possível. As mulheres começam durante a tarde do dia 24 a preparar tudo para a Ceia, que começará por volta das 19 horas, já que nesta altura do ano é noite por volta das 18 horas.

Nos preparativos presta-se especial atenção ás doçarias, que tradicionalmente constam de: rabanadas, aletria e mexidos.

Na lareira arde um tronco que permanecerá até de madrugada largando o seu calor acolhedor no frio das noites de Dezembro…junto do qual as crianças brincam e colocam as pinhas a assar, que largam um agradável aroma a pinho que perfuma o ambiente.

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As crianças, que são uma presença constante e barulhenta emprestam um ar festivo, com as suas brincadeiras e correrias. Os homens ajudam as mulheres nas tarefas mais pesadas e tratam das bebidas e dos aperitivos.

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Comida,bacalhau e vinho do Porto

A meio da tarde assa-se bacalhau ou polvo na brasa, que regado com bom azeite e que acompanhado de um bom vinho verde tinto é de um paladar extraordinário. O prato principal da Ceia é o bacalhau cozido com batata, hortaliça, cebola e ovo. O bacalhau é seleccionado e tudo é regado com o bom azeite português. A acompanhar o melhor vinho verde tinto que se guardou para esta altura. O segundo prato que é servido muito depois consta de arroz solto com polvo cozido. No fim são servidos os doces, acompanhados de vinho do Porto. Depois toda a gente se diverte com jogos, anedotas e conversas. As crianças retiram os pinhões das pinhas que estiveram a assar.

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Depois daMeia NoitePor volta da meia-noite as

crianças retiram-se para dormir, deixando junto da lareira o sapatinho para que o menino Jesus lá coloque a prendinha (hoje em dia o menino Jesus é substituído pelo Pai Natal e a lareira é substituída pela árvore de Natal). Os adultos dirigem-se para a tradicional missa do galo. No local da Ceia, nada se retira das mesas, já que segundo a tradição os anjos servem-se da comida que fica da Ceia, para se alimentarem.

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No diaseguinteNo dia seguinte, é o dia de

maior alegria para as crianças, já que é a habitual correria para junto do sapatinho para abrir as prendas, algumas vezes aparece a desilusão por o Pai Natal não ter trazido aquilo que se tinha pedido...mas paciência, é melhor do que nada. Para o almoço assa-se o tradicional peru recheado, findo o qual começam os preparativos para a partida já que alguns familiares vieram de longe, e o regresso é sempre demorado…

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O Natal entre Douro e Minho

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No Minho, o bacalhau é rei à mesa da consoada, sempre acompanhado de polvo cozido, batatas e couves galegas, e regado com o melhor azeite caseiro para molhar o pão. Pela noite dentro, para aconchegar o estômago, serve-se o tradicional vinho quente. Normalmente preparado com a boa vontade de um dos homens da casa, é apenas verde tinto, fervido com mel e pau de canela, que se bebe quente em chávenas de chá.

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Na manhã seguinte, as crianças acordam ao nascer do dia, sem conseguir conter a excitação, e correm para a lareira. No sapatinho estão os presentes deixados pelo Menino Jesus, e rasgam sofregamente os papeis dos embrulhos, na ânsia do brinquedo novo.O presépio que levou dias a fazer, tem um lugar de destaque na casa e é visitado por todos que por ali passam. Começa a ida ao monte. Traz-se o musgo às postas, pinhas e pedrinhas e um pinheirinho. Constroem-se verdadeiras aldeias em miniatura, povoadas com figurinhas que se dirigem para a gruta do Menino Jesus, situada no ponto mais alto. O pinheiro que hoje se enfeita com vistosas bolas de Natal, era coberto de chocolates, amarrados num cordel, compradas na venda e saídas da fábrica A Vienense, que ainda existe. Para muitos, esses doces eram as prendas a que tinham direito.

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Ao almoço come-se a roupa velha, feita com os restos da consoada e passa-se o dia em família, fazendo os preparativos para o jantar.As mulheres da casa estendem na mesa a toalha de linho bordada, herdada da avó e que só sai da arca em ocasiões especiais, a melhor loiça, os copos de "ver a Deus" e os castiçais. A mesa vai ganhando vida com as decorações, fruto da criatividade que a ocasião desperta. Espalham-se amêndoas, avelãs, figos, passas e enfeita-se com ramos de azevinho, fitas coloridas ou papeis brilhantes, porque é dia da festa mais importante do ano.

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É obrigatória no jantar de Natal, assado e, em algumas casas, recheado com puré de castanhas. O peru, embora moda recente, em terras de Entre Douro e Minho, tornou-se presença Segue-se um festim dos mais variados doces caseiros, claro, que enchem a mesa de cor e fazem brilhar os olhos de miúdos e graúdos. Não há dieta que resista aos mexidos de leite ou de vinho, à aletria, às rabanadas em calda de açúcar ou com doce de ovos, ao arroz-doce, ao bolo-rei, ao pão-de-ló, ao leite-creme, ao doce de gila, nem aos bolinhos de abóbora-menina.

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A Missa do galoA Missa do Galo, também conhecida por Missa da Meia Noite, celebra-se devido ao facto de a tradição dizer que Jesus nasceu à meia-noite. Para os católicos Romanos, este costume de assistir a esta Missa começou no ano 400. Nos países latinos, esta missa é chamada Missa do Galo, porque, segundo a lenda, a única vez que um galo cantou à meia noite foi na noite em que Jesus nasceu.

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Outra lenda muito antiga diz que, antes de baterem as doze badaladas da meia-noite do dia 24 de Dezembro, cada lavrador da província espanhola de Toledo matava um galo em memória daquele que cantou três vezes quando Pedro negou Jesus, por altura da Sua morte. Depois a ave era levada para a igreja, a fim de ser oferecida aos pobres que, assim, podiam ver melhorado o seu almoço de Natal.

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Em algumas aldeias portuguesas e espanholas, era costume levar o galo para a igreja, para que ele cantasse durante a missa. Quando este cantava todos ficavam felizes, pois isso representava o prenúncio de boas colheitas. Se o galo não cantasse era considerado um mau sinal. Mas este costume é muito recente, quando comparado com a Missa do Galo.