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RECUPERAÇÃO DE LAGOS Valberta Alves Cabral - 11012444 UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAIBA CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA NATUREZA DEPARTAMENTO DE SISTEMÁTICA E ECOLOGIA RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS

Recuperação de lagos

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Seminário sobre recuperação de lagos eutrofizados, apresentado à disciplina de recuperação de áreas degradas

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RECUPERAÇÃO DE LAGOS

Valberta Alves Cabral - 11012444

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAIBACENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA NATUREZADEPARTAMENTO DE SISTEMÁTICA E ECOLOGIA

RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS

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INTRODUÇÃO Lago é uma depressão

natural na superfície da Terra que contém permanentemente uma quantidade de água.

Açude é uma construção para represar água de chuva, de rio ou levada. É muito utilizado em regiões semiáridas como forma de prevenção contra a seca.

Açude Coremas - PB

Lagoa dos Patos - RS

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INTRODUÇÃO As atividades humanas

têm contribuído significativamente para o comprometimento de grande parte dos sistemas aquáticos.

Um dos principais impactos é a eutrofização das águas, a qual é estimulada, principalmente, pelo acúmulo de P e N.

A eutrofização pode ocorrer de forma natural ou por fatores externos.

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Eutrofização

A eutrofização é mais freqüente em lagos e represas que em rios, devido às condições ambientais mais favoráveis como exemplo, baixa turbidez e menor velocidade da água.

Principais fontes de nutrientes são: Drenagem pluvial - áreas com matas e florestas - áreas agrícolas -áreas urbanas Esgotos

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Níveis de trofiaOligotrófico - lagos claros e com baixa

produtividade;Mesotrófico - lagos com produtividade

intermediária;Eutrófico - lagos com elevada

produtividade, comparada ao nível natural básico;

Hipereutrófico: enriquecimento máximo de nutrientes; número excessivo de algas e plantas aquáticas (ao ponto de impedir ou dificultar a navegação). Exige intervenção do homem.

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Item Classe de trofia

Ultraoligotrófico Oligotrófico Mesotrófico Eutrófico Hipereutrófico

Biomassa Bastante baixa Reduzida Média Alta Bastante alta

Fração de algas verdes e/ou cianofíceas

Baixa Baixa Variável Alta Bastante alta

Macrófitas Baixa ou ausente Baixa Variável Alta ou baixa Baixa

Dinâmica de produção

Bastante baixa Baixa Média Alta Alta, instável

Dinâmica de oxigênio na

camada superior

Normalmente saturado

Normalmente saturado

Variável em torno da supersaturação

Frequentemente supersaturado

Bastante instável, de supersaturação

à ausência

Dinâmica de oxigênio na

camada inferior

Normalmente saturado

Normalmente saturado

Variável abaixo da saturação

Abaixo da saturação à

completa ausência

Bastante instável, de supersaturação

à ausência

Prejuízo aos usos múltiplos

Baixo Baixo Variável Alto Bastante alto

Adaptado de Vollenweider (apud Salas e Martino, 1991)

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Dinâmica dos lagos epilímnio:

camada superior, mais quente, menos densa, com maior circulação;

termoclina: camada de transição;

hipolímnio: camada inferior, mais fria, mais densa, com maior estagnação;

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Métodos Aplicados

Medidas preventivas

-Redução das fontes externas

Medidas corretivas

-Métodos biológicos

-Metódos mecânicos

-Métodos químicos

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Medidas preventivasControle dos esgotos Tratamento convencional dos esgotos e

lançamento a jusante da represa Exportação dos esgotos para outra bacia

hidrográfica que não possua lagos ou represas

Infiltração dos esgotos no terreno

Controle da drenagem pluvial Controle do uso e ocupação do solo na bacia Faixa verde ao longo da represa e tributários Construção de barragens de contenção

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Métodos Biológicos Introdução de herbívoros para remoção da biomassa

vegetal; Introdução de cianófagos.

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Métodos BiológicosFitorremediação- Uso de plantas para reduzir

ou remover contaminantes da água ou do solo.

Typha dominguensis

Eichhornia crassipes

Vantagens:Eficiência e baixo custo Podem ser utilizadas para tratar áreas extensas Valorização estética da paisagem

Desvantagens:Longo tempo (até anos) Só se aplica em águas rasasPodem tornar-se pragas

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Métodos químicos - Floculação

Após adicionar os coagulantes, como, Sulfato de Alumínio, Sulfato de Zinco ou Cloreto férrico as partículas em suspensão se tornam pequenos flocos, dencantando em seguida.

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Métodos químicos - Herbicidas

Os herbicidas mais utilizados são Sulfato de Cobre e Óxido Cloreto de Cobre por serem menos danosos aos ecossistemas lacustres.

Em geral o uso de herbicidas não é recomendado por sua alta taxa de toxidade.

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Outros métodos químicosOxidação do sedimento com

nitratos: Eficiente para a redução do problema de fertilização interna. Impede a redução excessiva de nutrientes das águas profundas.

Neutralização: Aplicação de cal para a desinfecção do sedimento e neutralização de lagos acidificados.

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Métodos mecânicos - Aeração A recuperação por meio de aeração pode ocorrer

de duas maneiras principais: por meio da introdução de ar comprimido no hipolímnio ou por areação de toda a coluna d’água.

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Métodos mecânicos - Dragagem por sucção

Recuperação de Lagos por meio de dragagem de Sucção:1) Balsa de Sucção; 2)Tanque de Sedimentação; 3) Conduto de Sobrenadante; 4a) Adição de sulfato de alumínio; 4b) Aeração; 4c) Precipitação de fosfato; 4d) Retirada do fosfato precipitado; 5) Retorno do sobrenadante livre de fosfato para o lago; 6) Utilização de sedimento em jardinagens, hortas, etc. Fonte: GELIN (1978).

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Métodos mecânicos -Retirada de Macrófitas Aquáticas As plantas

precisam ser coletadas, transportadas e depositadas em local adequado, o que torna o processo dispendioso e com eficácia de curto prazo.

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Métodos mecânicos - SombreamentoArborização, proteção com

anteparos com o objetivo de reduzir a incidência da luz solar.

Desvantagem:

•Efeitos somente nas margens

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Métodos mecânicos - Retirada seletiva de massas d’água

• Alta taxa de renovação da água.•Deve haver condições morfológicas para que possa se estabelecer o princípio dos vasos comunicantes.

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Considerações finaisA eutrofização é um fenômeno

comum que traz graves consequências para os ecossistemas aquáticos. Existem vários métodos para a recuperação destes ecossistemas e alguns aspectos devem ser respeitados para a escolha do procedimento adequado, entre eles, morfologia, profundidade e grau trófico do lago.

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Referências MARTINS, A. P. L. Capacidade da Typha dominguensis na fitorremediação de

efluentes de tanques de piscicultura na Bacia do Iraí – Paraná .R. Bras. Eng. Agríc. Ambiental, v.11, n.3, p.324–330, 2007.

PALMA-SILVA, C et al. USO DE Eichhornia crassipes (Mart.) Solms PARA FITORREMEDIAÇÃO DE AMBIENTES EUTROFIZADOS SUBTROPICAIS NO SUL DO BRASIL. PERSPECTIVA, Erechim. v.36, n.133, p.73-81, março/2012

PAULINO, W. D. et al. METODOLOGIA PARA DEFINIÇÃO DA EUTROFIZAÇÃO. 2011

ROVERI, V. Recursos Hídricos Eutrofizados: Descrição de métodos preventivos e corretivos para sua recuperação. Simpósio Internacional De Ciências Integradas Da Unaerp Campus Guarujá. 2009

SPERLING. M. V. Introdução à qualidade das água e ao tratamento de esgotos. 3ed. Belo Horizonte: Departamento de engenharia sanitária e Ambiental; Universidade Federal de Minas Gerais; 2005

BRASIL. Programa Brasileiro para conservação e manejo das águas interiores: síntese das discussões