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Videolições e Identidade Visual para projeto do Curso de Gastronomia

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Videolições e Identidade Visual para projeto do Curso de Gastronomia

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Videolições e Identidade Visual para projeto do Curso de Gastronomia

Faculdade Senac Porto Alegre Produção Multimídia

Alunas Milka Camargo e Thayga Lima

Orientador Paulo Cabral

Porto Alegre, 2015

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SUMÁRIO1. APReSentAçãO dO PROjetO 62. COntextUAlIxAçãO e jUStIFICAtIvA 82.1 PROjetO PIlOtO 103. ObjetIvOS 143.2 ObjetIvOS eSPeCÍFICOS 153.1 ObjetIvO GeRAl 154. deFInIçãO dOS PAPÉIS dOS InteGRAnteS 165. MetOdOlOGIA 186. FUndAMentAçãO teóRICA 216.1 GAStROnOMIA 226.2 O AUdIOvISUAl nA edUCAçãO 246.3 dIStRIbUIçãO 266.4 lInGUAGeM CIneMAtOGRÁFICA 286.5 MARCA 297. deSenvOlvIMentO dO PROjetO 337.1 PRÉ-PRODUÇÃO 347.1.1 COletA de dAdOS 347.1.2 AnÁlISe de dAdOS 427.1.3 deSenvOlvIMentO 707.2.1 CAPtAçãO de IMAGenS 757.2 PROdUçãO 75

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7.2.2 CRIAtIvIdAde e exPeRIMentAçãO 767.2.3 MOdelO 907.3 PÓS-PRODUÇÃO 927.3.1 edIçãO dAS IMAGenS 92MAnUAl de IdentIdAde vISUAl 99COnSIdeRAçÕeS FInAIS 110ReFeRênCIAS bIblIOGRÁFICAS 112

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1. apresentação do projeto

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A gastronomia faz parte da nossa história há mais de 500 anos. A tipica culinária brasileira é o resultado de uma grande mistura de tradições, ingredientes e alimentos que foram introduzidos não só pela população nativa indígena, mas também por todas as correntes de imigração que ocorreram no período (FIGUEIREDO, 2013). Atualmente, a gastronomia desempenha um papel completamente novo na sociedade, tornando-se um tema cultural tão importante quanto a moda (DÓRIA, 2015), onde cada prato traz consigo experiências que vão além do aroma, textura e sabor (MAURO, 2013). De acordo com uma pesquisa encomendada pelo Google, a Geração Millennials, que possui entre 18 e 34 anos, tem consumido mais vídeos sobre culinária no YouTube, assistindo em média 30% a mais de conteúdo sobre culinária na plataforma (DELGADO; JOHNSMEYER; BALANOVSKY, 2014).

Portanto, esse projeto tem o objetivo de desenvolver vídeolições para o Curso de Gastronomia do Senac-RS, que serão disponibilizadas para os alunos através de um canal específico para o curso no YouTube, visando a melhoria da qualidade de ensino, possibilitando um material do qual eles poderão consultar sempre que desejarem. Tal proposta surge a partir das observações realizadas durante a integração do curso de Produção Multimídia e Gastronomia do Senac-RS, que sucederam-se do trabalho proposto na cadeira de Direção Multimídia do quarto semestre, onde foi possível acompanhar algumas aulas e um evento avaliativo dos estudantes do curso.

Em seguida, como mídia secundária, será desenvolvida uma identidade visual para o projeto que servirá de apoio para os vídeos, com o intuito de criar uma identificação com o público-alvo. Essa identidade visual poderá, também, ser aplicada em demais mídias, seja impressa ou on-line.

Além disso é importante ressaltar que este projeto é de total autoria das realizadoras. Onde o mesmo serve de proposta para o curso de Gastronomia do Senac-RS, em caso de recusa e não implementação pela instituição o projeto poderá seguir por conta das autoras, já que este não possui nenhuma ligação contratual com o Senac.

1 Vídeolição é um termo utilizado por Ferrés (1996) para distinguir um programa que transmite informações, onde o aluno possa assistir, compreender e assimilar. Podendo ser utilizada de maneira individual, disponibilizando maior proveito da versatilidade do meio, com a possibilidade de ser visto quantas vezes forem necessárias, congelando a imagem, alterando o ritmo, retrocedendo ou avançando.

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2. Contextualixação e justificativa

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A sociedade demanda por produtos e serviços que ofereçam informações de maneira mais rápida, personalizada e completa (GOSCIOLA, 2003). O avanço e a democratização da tecnologia permitem que a linguagem audiovisual penetre em todas camadas sociais (MOLETTA, 2009), o que proporciona que o brasileiro passe cada vez mais tempo assistindo a vídeos. E cada vez mais na internet. Das 30 horas médias semanais de consumo de vídeo, oito são na web e 22 na TV (GOOGLE THINK INSIGHTS, 2014).

Com acesso à internet, as pessoas se informam mais, tornam-se conectadas, móveis e entretidas. Essa é a tendência hiper. A Hiperconexão é origem primária dessa tendência, já que 48% da população brasileira está conectada. O Brasil já possui 70 milhões de espectadores de vídeo on-line, onde o YouTube, o maior site de vídeos do mundo, tem 60 milhões de visitantes por mês no país. Ou seja, esse é consumidor hiperinformado (MARINHO, 2014).

Com a globalização e as novas tecnologias da informação, as relações com os produtos sofrem alterações consistentes, intensificando a importância do papel que a marca deve exercer. (GUILLERMO, 2007).

“A promessa central de uma marca deve corresponder a uma verdadeira oportunidade de negócio, baseada na compreensão dos consumidores e suas necessidades. Em outras palavras, ela precisa ser relevante para os consumidores” (JUCÁ; JUCÁ, ca. 2011, p.10).

A marca significa muito mais do que sua simples identificação. Não sendo apenas o nome, termo ou símbolo, mas sim tudo aquilo que ela representa. Desta forma, dificilmente esquecemos algo que consegue satisfazer as nossas necessidades e desejos, pois tudo aquilo que aprendemos ao longo da vida é extremamente significativo (MELO, 2014). Portanto, uma personalidade de marca forte pode dar energia ao agregar interesse e envolvimento; na prática, ela amplifica a experiência e as percepções de marca (AAKER, 2015).

Durante a integração do Curso de Produção Multimídia e Gastronomia, para a cadeira de Direção Multimídia, foi observado através do comparecimento em aulas práticas, que os alunos do Curso de Gastronomia documentavam as explicações do professor através de anotações em cadernos e de registros fotográficos com o celular.

A decisão da elaboração de vídeolições, foi tomada com base na possibilidade de desenvolver um material de apoio para os alunos da Gastronomia, aprimorar o aprendizado e disponibilizar ao estudante um conteúdo para consulta sempre que achar necessário.

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Devido a possibilidade de integrar o Curso de Produção Multimídia com o Curso de Gastronomia, durante o quarto semestre em 2015/1, para a cadeira de Direção Multimídia, foi analisado o fluxo de atividades desenvolvidas ao longo das aulas práticas. No decorrer do estudo se teve o cuidado de não prejudicar a dinâmica da aula. Além disso, foi possível produzir quatro vídeos, sendo eles:

E paralelamente será desenvolvida a identidade visual para o projeto, que tem como objetivo servir de apoio ao vídeo. Propondo a identificação do aluno, através de conceitos que servirão como base para sua criação. E após sua implementação gerar o reconhecimento de que o material que dispõe dessa identidade visual, servirá como complemento em seu aprendizado.

2.1 Projeto piloto

Aula 1 - Frutos do Mar: Aula 2 - Garde Manger:

FIGURA 1 - Aula de Frutos do Mar Fonte: das autoras/2015

FIGURA 2 - Aula de Garde Manger Fonte: das autoras/2015

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Aula 2 - Garde Manger: evento de encerramento de Curso - Apresentação e degustação:

FIGURA 3 - Aula de Garde Manger Fonte: das autoras/2015

FIGURA 4 - Apresentação e Degustação Fonte: das autoras/2015

Evento de Encerramento de Curso - Time-Lapse da Produção dos Pratos:

FIGURA 5 - Time-lapse da produção dos pratos Fonte: das autoras/2015

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Durante o processo notou-se que a cozinha possui uma circulação intensa dos estudantes, dificultando a movimentação da equipe de filmagem, o que também tornou inviável o uso de mais equipamentos. Foi constatado também que entre as duas cozinhas disponíveis, a primeira possui maior incidência de luz solar, o que prejudicou o controle da iluminação. Portanto, optou-se pelo uso da segunda cozinha, que devido a sua localização a iluminação apresentada facilitou o processo de gravação, além da redução de equipamentos que contribuiu para melhor locomoção. Na execução foram utilizados três modelos de câmera, sendo a DSRL Nikon D90 e a Sony NX5 nas gravações das aulas e no evento, além de uma GoPro Hero 3 Black para o time-lapse2. Considerando a tensão causada pelo evento final do curso, optou-se pelo time-lapse durante a preparação dos pratos, posicionando a GoPro em local estratégico que abrangia a totalidade da cozinha, não interferindo na movimentação dos alunos.

Após a captação das imagens, foi realizada a seleção das melhores cenas, optando-se por aquelas que demonstravam mais detalhes e tomando o cuidado de preservar a identidade dos estudantes. Para finalização dos vídeos foi criada uma abertura com a descrição Gastronomia - Senac 2015, somente para reconhecimento, não sendo essa a identidade visual final do projeto.

Posteriormente, foi apresentado o vídeo finalizado para o coordenador do Curso de Gastronomia, momento no qual foi possível adquirir mais informações sobre o curso e a metodologia de ensino.O coordenador ressaltou que o vídeo ajudou na percepção de irregularidades, como a preservação de unhas compridas e falta do uso de luvas (Figura 6), sendo assim, podendo ser utilizado na capacitação dos professores, identificando as principais dificuldades dos alunos e resultando em melhorias no ensino.

Após um semestre de observações, foi possível entender o funcionamento do curso e algumas necessidades dos alunos, como por exemplo, a dificuldade de memorizar o conteúdo das aulas práticas, muitos utilizam celulares para gravar os procedimentos realizados pelo professor e cadernos para fazer anotações. Essas ações interferem na aula, já que os alunos também realizam tarefas, e o manuseio desses objetos pode dificultar a concentração nas atividades que estão sendo desempenhadas, além disso, pode ocorrer a contaminação dos alimentos.

2 “Time-lapse é um processo em que cada quadro (frame) de filme é tomado a uma velocidade muito mais lenta do que aquela em que o filme será reproduzido. São fotos sequenciais que quando vistas a uma velocidade normal, o tempo parece correr mais depressa e assim parece saltar (lapsing)” (ARCOVERDE, 2013).

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FIGURA 6 - Aluna que mantém unha comprida e não opta pelo uso de luvas Fonte: das autoras/2015

Todo esse estudo possibilitou o amadurecimento da ideia inicial e a definição do tema do projeto, aliando assim, um interesse pessoal das autoras em Gastronomia atendendo a uma necessidade a ser suprida no curso de gastronomia.

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3. objetivos

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3.1 ObjetIvO GeRAl

3.2 ObjetIvOS eSPeCÍFICOS

Desenvolver vídeolições que sirvam como material de apoio para os alunos do Curso de Gastronomia, além de desenvolver uma assinatura visual para o projeto.

- Identificar através de coleta de dados quais são as áreas dentro da gastronomia que os alunos sentem mais dificuldades.- Criar vídeos que sirvam de conteúdo extra para o curso e que contribuam para o aprimoramento do aluno.- Desenvolver uma identidade visual que crie uma aproximação com o público-alvo e represente o projeto.- Elaborar o manual de identidade visual da marca.

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4. DEFINIÇÃO DOS PAPÉIS DOS INTEGRANTES

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As atividades realizadas durante o projeto serão desenvolvidas em conjunto, organizadas de acordo com habilidade de cada integrante. Sendo assim, elas serão divididas desta forma:

Milka Camargo: Produção, pesquisa, coleta de dados, redação do relatório e edição de áudio.

thayga lima: Direção, pesquisa, edição e desenvolvimento da assinatura visual e redação do relatório.

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5. metodologia

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FIGURA 7 - Metodologia adaptada de Munari e VelhoFonte: das autoras/2015

Munari (1998) defende que a metodologia é uma série de operações necessárias dispostas em ordem lógica, ditada pela experiência. Seu propósito é o de atingir o melhor resultado com o menor esforço. Explicando, também, que o método de projeto é algo dinâmico, ou seja, ele é adaptável, não bloqueando a personalidade do projetista.

Por ser abrangente, a metodologia de Munari pode ser aplicada tanto ao design de produto quanto ao design gráfico. Portanto, considerando os objetivos desse projeto, optou-se pela junção das metodologias de Munari e Velho, sendo que Velho (2008) apresenta sua metodologia focada para o processo do cinema, descrita em três etapas: Pré-Produção, Produção e Pós-Produção.

Em vista disso, escolheu-se tornar as metodologias aplicáveis para concepção desse projeto, elegendo as principais etapas para a realização do vídeo instrutivo e da identidade visual. Conforme descrito a seguir:

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PRÉ PROdUçãO:

Coleta de dados- Identificar as principais dificuldades dos alunos- Levantamento do público-alvo- Buscar referências para identidade visual e para o vídeoAnálise de dados- Conhecer o público-alvo - Desconstrução das referências- Definição de conceitosdesenvolvimento- Roteiro e storyboard- Estudo de equipamentos

PROdUçãO:Captação de imagens- Gravar imagens previstas no storyboard, mudando-as

caso seja necessário - Captação de áudio e locução, caso necessárioCriatividade e experimentação- Geração de ideias e alternativas- Desenhos de assinatura visual- Testes de paleta cromática- Estudos de tipografia- Escolha de trilha sonoraModelo- Versão final da identidade visualPóS-PROdUçãO:edição das Imagens- Seleção das melhores imagens- Ajustar o tempo de duração

desenhos de construção- Manual de Identidade visual - Aplicações em P&B- Aplicações em fundo colorido- Aplicações em fundo fotográfico - Limites de proximidade e redução máxima Finalização do vídeo- Abertura e créditos- Inclusão de trilha sonora- RenderizaçãoPublicação- Vinculação do video através do YouTube

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6. fundamentação teórica

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6.1 Gastronomia

Desde o inicio das civilizações o homem busca alimentos para a manutenção da sua espécie. Através dessa busca foi possível desenvolver ferramentas e métodos de cozimento e conservação de alimentos, realizar o plantio e a domesticação dos animais, modificando o seu modo de viver de nômade para sedentário (MIYAZAKI, 2006). Franco (2011) declara que a refeição teve seu inicio logo após o homem deixar de se alimentar de raízes e começar a consumir carne, pois o preparo e a partilha desse alimento necessitava da reunião do grupo ou família, tornando-se um ritual rico em símbolos.

“Da mediação entre homem e alimento nasceu a relação que se constitui no ato de cozinhar. Transformar o alimento na cozinha é uma técnica de mediação que utiliza os códigos da alimentação, ou seja, os próprios alimentos, e os modifica, gerando a linguagem das técnicas de cozinha” (JACOB, 2010, p.1). Savarin (1995) afirma que conhecimentos gastronômicos são importantes para o homem, pois aumentam a soma de prazer ao se alimentar, também relata que o número de sabores é infinito e podem ser modificados através de inúmeras combinações. Não existem circunstâncias onde há uma análise exata de um sabor, o que temos são um pequeno número de expressões gerais, tais como doce, açucarado, ácido, amargo e outras que definem um gosto pessoal, como agradável e desagradável ao paladar.

Freixa (2009) afirma que a análise da alimentação observando as tradições sociais, religiosas, preferências, gostos e os saberes de um determinado povo sobre alimentação é definida como gastronomia, segundo Savarin (1995), a gastronomia é um conhecimento baseado em tudo que se refere ao homem a medida em que se alimenta, tendo como objetivo principal zelar pela conservação do homem, através da melhor alimentação possível. Caturegli (2011) também declara que a ela é muito mais ampla que a culinária e tem como foco específico técnicas de preparação dos alimentos, e sempre esteve presente exercendo papel importante nas transformações sociais e politicas, em vários momentos ao longo do desenvolvimento humano. A gastronomia está relacionada a diversas áreas, sendo elas: a história natural, pelas características de cada alimento; a física, pelo estudo de seus componentes e suas qualidade; a química, devido as análises e decomposições a que submete tais substâncias; a culinária, pela arte de preparar pratos e torná-las agradáveis ao paladar; está ligada também ao comércio, pela pesquisa do consumidor ao adquirir o alimento pelo melhor preço e ao vendedor de ofertar o melhor produto (SAVARIN, 1995).

Atualmente a gastronomia segue se expressando através da cultura alimentar de cada povo, herança que é passada através de gerações, desde a pré-história (FREIXA, 2009). Como consequência do clima favorável, ela tem sido enobrecida e atrai mais pessoas que buscam na cozinha uma fonte de prazer (FRANCO, 2011). Freixa (2009) também afirma que a gastronomia nunca esteve tão em alta, e que isso é consequência de um processo histórico da globalização, já que o mundo agora está interligado pela internet, o que resulta a disseminação de tendências e ideias em décimos de segundos.

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Jacob (2013) declara que nos últimos 10 anos o uso culinário e especialmente, da gastronomia teve um grande aumento na comunicação dos meios de massa, servindo de temática para revistas, jornais, programas de televisão e sites da internet. Através da influência da mídia e do próprio setor, que passou a exigir mão de obra qualificada, a atuação do profissional de gastronomia tem sido reconhecida e a busca por cursos, principalmente superiores, teve um grande aumento nos últimos anos (CARAPEÇOS ,2015).

“No Brasil, a primeira escola de formação profissional para cozinheiros de que se tem notícia foi o Senac - Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial – em 1964, na então Escola Senac Lauro Cardoso de Almeida, em São Paulo” (MIYAZAKI, 2006, p.17). Hoje, 164 instituições disponibilizam cursos de gastronomia com opções de bacharelado, tecnológico e profissionalizante, no Rio Grande do Sul estão localizadas oito universidade que possuem a graduação e a oferecem somente em caráter tecnológico (CARAPEÇOS, 2015), este que é o alvo do projeto, pois possui menor duração em relação ao curso de bacharelado, possibilita uma rápida inserção no mercado de trabalho e prioriza abordagens práticas (GARCIA; MINASSE, 2015).

Jacob (2013) relata que a transição da comunicação culinária do oral para o impresso e em seguida para o audiovisual, foi se adaptando aos novos mecanismos técnicos que surgiram, criando assim, novas midiatizações dos alimentos, podendo se dizer que sites e portais se tornaram o caderno de receitas utilizado outrora.

Portanto este projeto busca associar o conteúdo disponibilizado em aula com a utilização do audiovisual para o enriquecimento do aprendizado, isso é possível devido ao avanço das tecnologias e ao maior fluxo de informações (BELDA; GAMONAR, 2014).

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6.2 O Audiovisual na educação

Atualmente vive-se em mundo onde, praticamente, todas as pessoas são “alfabetizadas” visualmente, estas pessoas encontram-se imersas em um mundo de imagens, no qual a linguagem audiovisual é familiar, corriqueira e comum (COUTINHO, 2006). Pires (2010) afirma que este momento é marcado por diversas mudanças conceituais e metodológicas, em que os educadores e os seres humanos criadores de si próprios e do mundo possuem um grande desafio, onde é necessário compreender o seu papel em uma sociedade permeada por tecnologias, podendo ser denominada sociedade da informação, sociedade do conhecimento ou pós-moderna. Pois na contemporaneidade os espaços educativos se depararam com a possibilidade de se apropriarem da cultura midiática para criar novos meios de interação, nos quais os alunos e professores possuem a oportunidade de se tornarem coautores na construção de conhecimentos.

Garbase (2006) declara que para que esse método de ensino seja eficiente e produtivo para os alunos, é necessário que ele se adapte ao meio em que serão transmitidos. Desconsiderar os recursos de linguagem audiovisual, como múltiplas câmeras, edição, possibilidade de trazer o mundo “real” para a aula, utilizando de diversas formas e com diferentes estratégias, conforme o conteúdo, é um suicídio pedagógico. Além disso, a produção das aulas precisam se sofisticar, num processo que mantém o professor, com uma mudança radical de paradigmas, agregando a aula audiovisual a aula presencial. Assim as aulas à distancia recebem um tratamento linguístico mais adequado ao meio audiovisual, tornando a aula visualmente mais interessante.

A escolha da utilização do audiovisual na educação tem como objetivo enriquecer o conteúdo das matérias, introduzindo novas linguagens à experiência educacional, motivando os estudantes para certo tipo de aprendizagem e para o desempenho de determinada função (COUTINHO, 2006). Ferrés (1996) também afirma que optar por aplicar o audiovisual na educação não é por pura vaidade, tampouco pelo desejo de entreter, mas sim para se adequar às radicais mudanças sociais que geram um novo tipo de pessoa. Onde 77% das pessoas que são da Geração C, que em média possui entre 18 a 34 anos, acessa o YouTube para aprender e manter-se atualizado (THINK WITH GOOGLE, 2014).

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"Por trás de todas essas situações, o vídeo digital está se tornando uma mídia recorrente, de presença cotidiana na vida das pessoas. (...) Em breve, as crianças estarão fazendo seus trabalhos de escola em vídeo, (...) chega-se à conclusão que as novas faces da imagem temporalizada, especialmente na forma digital, devem alçar a linguagem audiovisual à condição de quase uma nova língua universal." (VELHO, 2008, p. 15)

O vídeo didático facilita a coerência entre a sensibilidade do aluno, a especifidade do meio e a evolução do sistema social. O audiovisual deve ser compreendido como um diferencial no processamento de informações, contribuindo para a reflexão fundamental a comunidade de ensino (FERRÉS, 1996), portanto, para este projeto optou-se por utilizar o modelo de videolição, que é apresentado por Ferrés (1996). Ele poderia ser considerado como o equivalente a uma aula expositiva, já que ele é a exposição sistematizada de alguns conteúdos, com o objetivo de transmitir conhecimento, onde o aluno assiste com a finalidade de compreender e assimilar. Mostrando-se útil e estimulante, a videolição, poderá ser usufruída no ensino individualizado, no qual o aluno poderá tirar maior proveito da versatilidade do meio, permitindo que o programa possa ser visto quantas vezes forem necessárias. As possibilidades informativas de tal modelo se vêem potencializadas por sua versatilidade, que se manifesta durante sua exibição, podendo ser em ritmo normal ou acelerado, proporcionando, também, o congelamento da imagem e a busca visualizada no momento certo.

A tecnologia do vídeo é multifuncional, pode-se utilizá-la para reforçar a pedagogia tradicional, mantendo a instituição de ensino centrada exclusivamente na transmissão de conhecimentos; entretanto, também pode-se utilizá-la para transformar a comunicação pedagógica. Assumir toda sua potencialidade expressiva significa assumir este desafio de transformação. Afinal a videolição favorece uma informação alternativa, permite chegar onde meios de comunicação tradicional não chegam.

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6.3 distribuição

A internet é, por natureza, um meio que se encontra em constante mutação, que cria e adapta sua tecnologia de acordo com as necessidades e desejos dos produtores e consumidores do entretenimento audiovisual. Isso colabora para que a Internet se torne um dos meios mais baratos e eficientes para distribuição de filmes e vídeos atualmente. Esta nova realidade de produção/distribuição/exibição surge ao mesmo tempo em que a democratização do acesso à Internet de banda larga, que permite a transmissão de maior quantidade de dados, aliada a novas interfaces de visualização, que possibilitam avanços na qualidade visual e sonora (PÉRGOLA, 2004).

Pellegrini, Reis, Monção et al. (2010, p.2) afirmam que “diante de todas essas facilidades trazidas pelas novas tecnologias, muitas fronteiras tornaram-se invisíveis e uma nova cultura, midiática, foi integrada à vida moderna”. E a partir dessas facilidades surgiram ferramentas que possibilitam às pessoas assistirem e a publicarem vídeos, sendo eles o Vimeo e o YouTube, ambos populares na internet. O YouTube é um serviço online de vídeos que permite a disponibilização de uma plataforma conveniente e funcional para o compartilhamento de vídeos on-line, onde os usuários fornecem o conteúdo que, por sua vez, atrai novos participantes e novas audiências (BURGESS; GREEN, 2009).

Enquanto o Vimeo é uma comunidade de mídias criativas, onde seu publico é mais antenado na qualidade do que

é exibido, ou seja, ele busca por vídeos que possuam uma produção mais elaborada, onde seus realizadores procuram explorar técnicas da linguagem cinematográfica, além de manter a boa resolução da imagem. Por fim, ele acaba sendo utilizado para vinculação de curtas, portfólio e outros materiais cinematográficos. O YouTube em sua plataforma não possui nenhum tipo de restrições para o carregamento de vídeos e o upload é ilimitado, já o Vimeo, por sua vez, possui um limite de upload de 500MB por semana ou 26GB por ano para usuário comum. Caso ele queira aumentar essa faixa para até 260 ou 100GB por ano, terá que assina um plano (FIGUEIREDO, 2014). Em vista disso, optou-se pelo uso do YouTube para a distribuição das videolições.

Dentre os colaboradores encontrados no YouTube, constitui-se um grupo diversificado de participantes – de grandes produtores de mídia e detentores de direitos autorais como canais de televisão, a pequenas e médias empresas em busca de meios de distribuição mais baratos ou de alternativas aos sistemas de veiculação em massa, instituições culturais, artistas, ativistas, leigos e produtores amadores de conteúdo. Cada um desses participantes chega ao YouTube com seus propósitos e objetivos e o modelam coletivamente como um sistema cultural dinâmico: o YouTube é um site de cultura participativa (BURGESS; GREEN, 2009).

O advento da mídia digital e da internet transformou a maneira de como ocorre a distribuição e a utilização dos

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conteúdos. Isso fez com que novas oportunidades surgissem (RITCHIE, 2012), a partir destas oportunidades o YouTube, entre outros portais de vídeo on-line, transformou definitivamente a maneira com que as pessoas absorvem as informações. Dessa forma, o momento agora não é de aguardar o próximo YouTube, Twitter ou Facebook, mas de descobrir o que essas ferramentas farão daqui para a frente e o que poderá-se fazer com elas (BURGESS; GREEN, 2009). Schneider; Ribeiro e Caetano (2012) afirmam que é importante destacar a crescente procura de vídeos no YouTube por parte dos estudantes, os quais encontram neste serviço um repositório variado de possibilidades para atender suas necessidades de aprendizagem. Estes vídeos podem ser aliados no processo de ensino e aprendizagem, principalmente se forem desenvolvidos utilizando-se de toda a potencialidade da linguagem audiovisual.

Ao mesmo tempo em que Delgado; Johnsmeyer e Balanovsky (2014) declaram que a plataforma tem sido a resposta mais frequente, afinal as pessoas estão recorrendo aos vídeos para buscar ideias e inspirações, além de procurar dicas sobre técnicas de culinária. Apenas no ano passado, as visualizações de conteúdo sobre comida e receitas aumentaram 59% e o engajamento social (como curtidas, comentários e compartilhamentos) cresceu 118%. Pode-se dizer que a a hiperconexão é a origem dessa tendência, afinal, 48% da população brasileira está conectada e, entre as pessoas de 15 a 49 anos residentes nos 13 principais mercados do Brasil – que representam 74% da população economicamente ativa do país e mais de 80% do consumo total de mídia –, esse número chega a 74%. Com mais acesso à internet, as pessoas se informam mais. Para se ter uma ideia, basta dizer que são feitas mais de 100 bilhões de buscas por mês no mundo. Esse é o atual consumidor hiperinformado. Essa evolução também faz com que a população brasileira se torne móvel – daí a realidade da hipermobilidade. O desktop caiu em praticamente todas as faixas etárias. Por outro lado, 72% dos usuários de smartphones acessam a internet todos os dias nos seus aparelhos. No PC/notebook o acesso é de 65% e em tablets 46%. Para 32% dos usuários de smartphones, o acesso à internet já é feito com mais frequência do que em seus computadores. Onde 21% dos usuários de smartphones acessam a internet somente via mobile. Isso diminuiu, e muito, a distância entre os mundos on-line e off-line. Em 2013, o Brasil tinha 30 milhões de consumidores multitelas, que usam ao mesmo tempo televisão, computador e celular ou tablet. Em 2014, o número chegou aos 40 milhões. E, juntando conexão, informação e mobilidade, encontramos o consumidor hiperentretido. O vídeo é a plataforma de entretenimento para os brasileiros, sendo um consumo multiplataforma.

O Brasil está com 70 milhões de espectadores de vídeo on-line, um crescimento de 13% em relação a 2013. O YouTube, o maior site de vídeos do mundo, tem 60 milhões de visitantes únicos por mês no país. Em média, os brasileiros conectados assistem a 21,9 horas semanais de TV e 8,1 horas semanais na web (MARINHO, 2014). O YouTube é voltado para o público apaixonado que prospera com a criatividade e a expressão. O entretenimento é a principal finalidade do uso da plataforma, mas além disso é utilizado também pelos usuários para busca de seus hobbies, visando o aprendizado de coisas novas. Sendo assim, entre os principais gêneros (vídeos de música, comédia, trailers, vídeos pessoais, caseiros, entre outros)

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normalmente vistos no YouTube 40% são de Vídeos Educacionais (THINK WITH GOOGLE, 2014).

Em vista da tamanha popularidade da plataforma, Burgess e Green (2009 p.13) afirmam: “Quer você o ame, quer você o odeie, o YouTube agora faz parte do cenário da mídia de massa e é uma força a ser levada em consideração no contexto da cultura popular contemporânea”. A afirmação pode ter sido um tanto quanto ousada, mas é inegável que a plataforma fez com que as pessoas tivessem um espaço para a troca de informações (PELLEGRINI, REIS, MONÇÃO et al, 2010), mesmo não sendo o único site de compartilhamento de vídeos da internet, a sua rápida ascensão, sua ampla variedade de conteúdo e sua projeção pública o tornaram útil para a compreensão das relações ainda em evolução entre as novas tecnologias de mídia (BURGESS; GREEN, 2009). A partir do entendimento dessas informações, definiu-se que o YouTube é a plataforma que mais se enquadra com a proposta desse projeto.

6.4 Linguagem Cinematográfica

Pouco a pouco o cinema foi tornando-se uma linguagem, ou seja, ele transformou-se em um processo de conduzir uma narrativa e de veicular ideias, isso ocorreu graças a uma escrita própria, que se encontra em cada realizador sob a forma de um estilo. Por este motivo o cinema modificou-se num meio de comunicação, informação e propaganda, o que não constitui, evidentemente, uma contradição da sua qualidade (MARTIN, 2005).

A imagem compõe o elemento de base da linguagem cinematográfica, sendo a matéria-prima fílmica. A imagem fílmica é portanto, antes de tudo, realista, ou melhor, dotada de todas as aparências (ou quase) da realidade. Onde o movimento é certamente o caráter mais específico e mais importante da imagem fílmica. O som é igualmente um elemento decisivo pela dimensão que acrescenta ao restituir-lhe o ambiente dos seres e das coisas que sentimos na vida real (MARTIN, 2005). Nogueira (2010) defende que o domínio desses elementos da linguagem cinematográfica - plano, movimento de câmera e montagem - é um dos critérios que permite identificar e distinguir as capacidades artísticas de um realizador. Pois afinal, é através desse domínio que se pode levar a cabo um trabalho criativo suficientemente sustentado, uma vez que cada um destes elementos terá implicações inevitáveis e decisivas na obra que se pretende realizar.

A aparência de um filme compreende uma porção de características distintas. Entre elas, primeiro é que o filme é realizado a 24 quadros por segundo, além de incluir uma tonalidade suave e com cores ricas, e acima de tudo uma boa iluminação. Ao utilizar diferentes técnicas de iluminação, é possível dar a um filme a sensação de tempo e lugar, transmitir atmosfera ou sentimento e até mesmo criar um estilo visual, o que são acréscimos ao contar uma história (ANG, 2007),

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Block (2010) complementa que as cores podem ser utilizadas como informação de profundidade se as classificarmos em grupos de cores quentes e frias - as cores quentes são vermelho, laranja e amarelo, e as cores frias são azul e verde - onde as cores quentes normalmente parecem mais próximas do espectador, e as frias, mais distantes. Outra caracteristica presente na composição da linguagem cinematográfica é manter uma pequena profundidade de campo, eliminando distrações desnecessárias, fazendo assim com que o espectador sinta-se parte da ação (ANG, 2007).

Para contribuir no planejamento e a estruturação da filmagem deve-se optar por um roteiro audiovisual (ANG, 2007). Para Barnwell (2013) o roteiro consiste em uma descrição do filme, incluindo ambientação, diálogos, descrições e ações dos personagens, sendo um mapa a ser seguido pelo cineasta, Ang (2007) também defende que este mapa possibilita navegar pelo processo de realização do filme, podendo ser tão detalhado quanto se deseja. Onde ele também pode ser uma espécie de lista de tomadas - uma série de anotações sobre os principais assuntos e locais de filmagens. Dentro deste planejamento e estruturação também pode-se encontrar o storyboard, que é um conjunto de desenhos que ilustra como será a aparência final de um filme (BLOCK, 2010), contendo desenhos do roteiro, plano a plano, em ordem cronológica, o que ajuda a visualizar o roteiro, permitindo que ele esclareça certas marcações de câmera do filme antes das filmagens (BARNWELL, 2013).

De acordo com os formatos definidos pela Ancine (2015), pode-se dizer que o vídeo que será desenvolvido nesse projeto enquadra-se em obra cinematográfica de curta metragem, onde a duração é igual ou inferior a quinze minutos, além de fazer parte da categoria educação: genêro educativo, que visa manter-se como tele-aulas e auxiliar o sistema de ensino.

6.5 Marca

Podemos dizer que a marca é a junção de atributos tangíveis e intangíveis representados em um logotipo, gerenciados de maneira apropriada, criando influência e gerando valor (MARTINS, 2006). Aaker (2015) afirma que a marca é muito mais que um nome ou um logotipo, ela é o compromisso de uma empresa com o cliente de realizar aquilo que ela simboliza em questões funcionais, emocionais, de autoexpressão e sociais. Ela é mais do que uma promessa, é uma trajetória que evolui de acordo com as percepções e experiências que o cliente adquire toda vez que estabelece uma ligação com a marca.

Atualmente, com o mercado globalizado e as novas tecnologias da informação, em especial as digitais, as relações com os produtos sofreram modificações consistentes, e a desmaterialização dos objetos aumenta a importância que a marca passa a exercer. Neste novo contexto, onde o que têm valor são as relações mais humanizadas, as marcas serão o ponto principal para estratégias de sobrevivência das empresas (GUILLERMO, 2007). Airey (2010) relata que com a marca

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“As melhores marcas representam algo importante: uma grande ideia, um posicionamento estratégico, um conjunto de valores bem definido, uma voz que se destaca. Símbolos são veículos de significados. Quanto mais são usados e mais as pessoas entendem o que representam, mais poderosos se tornam. Eles são a forma de comunicação mais rápida à nossa disposição.” (WHEELER, 2012, p. 44)

“A mesma identidade visual vista por muito tempo constrói confiança, e a confiança faz com que os consumidores voltem a comprar mais. É como colocar um rosto em um nome - os logos ajudam as pessoas a se lembrar de suas experiências com as empresas.” (AIREY, 2010, p.21)

O objetivo principal de uma marca deve refletir a uma oportunidade de negócio, tendo como base a compreensão dos consumidores e suas necessidades, ou seja, ela precisa ser significativa para o consumidor (JUCÁ;JUCÁ, ca.2011). Aaker (1998) declara que uma marca reconhecida será escolhida frequentemente perante outra desconhecida, o reconhecimento tem grande importância para que ela seja considerada opção de compra. Ribeiro (2011) afirma que as marcas devem oportunizar aos seus clientes uma experiência sensorial que vá além do tradicional, não se limitando à visão e audição. Ainda hoje, esses dois sentidos servem como base para a criação de marcas, apesar de uma experiência sensorial total, onde os cinco sentidos são explorados, ser mais apropriada pois pode duplicar a capacidade de memorização.

Quanto mais sentidos forem integrados, maior será o envolvimento, isso ocorre devido ao modo como as impressões são arquivadas no cérebro, produzindo um efeito em cadeia, onde um sentido leva ao outro, desencadeando uma série de memórias e emoções. Martins (2005) declara que são os detalhes que fazem a diferença nos grandes negócios. As pessoas necessitam de marcas que transmitam benefícios claros, desejados, verdadeiros e originais, não existentes em outras marcas próximas, sem essas características a chance de fracasso é maior.

Através da identidade visual é possível materializar os conceitos, tornando o que era invisível em algo visível, os elementos visuais acrescentam personalidade à marca, diferenciando de outras (VÁSQUEZ, 2007). Sendo assim, A escolha do nome ou “naming” deve considerar critérios como: alinhamento estratégico, originalidade, entendimento, conotação/prestígio e valores, facilidade de uso, memorização, potencial de design e consistência, para se destacar e ser bom em

certa as empresas podem ter o valor de seus produtos aumentado, gerar relações sólidas com seus clientes e mantê-las eternamente.

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qualquer lugar (ENDEAVOR, 2014). Aaker (1998) relata que o nome é fundamental para a marca, é a base para o conhecimento e para a comunicação. É importante também o fato de que o nome pode gerar associações que servem para representar a marca, ele pode realmente formar a essência do conceito. Management (2004) afirma que a tipografia também tem grande importância, e o principal aspecto a ser observado em sua aplicação é a facilidade de leitura. A utilização de letras sem serifa é indicada principalmente para folhetos e sites, pois fontes sem serifa parecem mais modernas e dinâmicas, já as fontes serifadas são indicadas para mídias com bastante texto, como livros, pois são mais clássicas e fortes. Outro fator que pode ter grande relevância para a marca é o simbolo, Aaker (1998) ressalta que o uso de simbolo na construção da identidade visual auxilia no reconhecimento e associação da marca, pois é mais fácil memorizar as imagens visuais (símbolos) do que as palavras (nomes).

A comunicação indicada pela ideia da marca também precisa ser compreendida e aceita dentro da organização, pois só será possível cumprir as promessas se os funcionários acreditarem e viverem a marca em todos os pontos de contato com os consumidores, é necessário construí-la tanto interna quanto externamente (AAKER, 2015). Tomiya 2010 afirma que a marca representa um negócio, mas negócio não é somente um reflexo de uma declaração feita do nada. É um conjunto envolvendo colaboradores, parceiros, fornecedores e consumidores. É necessário representar através da marca a cultura de todos os públicos com que ela tem contato; assim, qualquer posicionamento derivado dela, deve estar em concordância com sua essência, seus valores e sua identidade. “Nessa visão estratégica do tema, designers e gestores, no contexto de branding necessitam trabalhar de forma integrada, auxiliando o fortalecimento da marca” (FILHO; SILVA; SOUZA, 2008, p.4).

Penkal (2013) relata que para tornar uma marca sólida no mercado, é necessário muito mais do que fazer investimentos e ampliar a marca pelo território, é preciso de uma visão estratégica capaz de detectar pontos fundamentais para a consolidação da marca. É necessário posicionar o produto, verificar os possíveis consumidores e definir os atributos que possam atuar de forma eficaz no mercado, se destacando entre seus concorrentes. Filho; Silva e Souza (2008) declaram que para um bom posicionamento da marca no mercado, é importante o uso do branding nas empresas, ele é responsável pela composição e gerenciamento da imagem da marca no mercado, composta por elementos subjetivos, conceituais e afetivos.

É possível dizer, também, que branding é um conjunto de ações ligadas à administração das marcas, que são importantes para o seu desenvolvimento. Utilizando-se de recursos e esforços intensos de marketing, com o objetivo de levar as marcas além da sua natureza econômica, passando a fazer parte da cultura e influenciando as pessoas. Essas ações não devem ser tomadas apenas em uma determinada ocasião, mas sim durante toda a existência da marca.

Diversas organizações já perceberam a complexidade e profundidade do branding, porem muitas, entretanto, se encontram na encruzilhada de sua transformação, pois estão primeiramente focadas no acabamento estético de suas marcas, um passo importante, mas ainda insuficiente para transformar-lá e coloca-lá na linha de frente da competitividade. Por este

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motivo, é importante que haja um planejamento dos seus projetos de branding, criando um posicionamento inteligente e comunicando através de um nome atraente e um bom desenho. Deve-se levar em conta, também, uma boa plataforma de comunicação, estabelecendo os vários pontos de contato entre os consumidores e a identidade que se deseja promover (MARTINS, 2006).

Com o objetivo de reforçar os vínculos dos colaboradores e a reputação da empresa, o branding encoraja a lealdade dos clientes e consumidores, assegurando a qualidade dos produtos e serviços, fazendo crescer o numero de acessos ao seu site e abrindo portas nos canais de vendas. Pode-se definir, também, que a marca é o logotipo e a experiência de consumo, ela está na fachada e no sorriso do vendedor, sendo a impressão digital que registra a presença da empresa no mercado e na sociedade. Indo desde a forma como os funcionários são tratados, até a escolha dos fornecedores, o material promocional, o site, a experiência do cliente e as emoções que são provocadas nele. Quando todos esses fatores são alinhados numa estratégia de branding, ela se enraíza na mente do consumidor e se consolida no imaginário coletivo. Quando se define uma estratégia de marca, ela reforça a reputação, além de aumentar o valor da mesma, otimizando o investimento e criando a cultura da empresa. Envolvendo todo o ecossistema da marca e influenciando a estratégia de negócios e a estratégia de comunicação (ENDEAVOR BRASIL, ca.2015).

Portanto, o foco da assinatura visual que será desenvolvida irá ser voltada para os clientes, ou seja, os estudantes, para que assim eles se identifiquem e se envolvam com o material finalizado.

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7. DESENVOLVIMENTO DO PROJETO

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7.1 PRÉ-PROdUçãO

7.1.1 Coleta de dados

Com a intenção de informar-se sobre o curso conversou-se com o Coordenador do Curso de Gastronomia, o Prof. Marcus Jiorge dos Santos. O objetivo da reunião era marcar uma data para as gravações das videolições, sem que atividade prejudicasse as aulas dos alunos, onde ela teria que ser exercida em um dia atípico, que não houvesse aula prática na cozinha. Portanto, por falta de disponibilidade da cozinha utilizada pelos alunos comumente, o Coordenador apresentou uma cozinha alternativa, não vista anteriormente do incio do projeto.

A mesma possui mais espaço e é comumente utilizada para aulas onde os alunos não podem ficar muito tempo em pé, já que ela possui mesa e cadeira, assim os estudantes acompanham a aula sentados. Por conseguinte, o Prof. Marcus, indicou alguns livros para leitura, que se tratavam sobre técnicas de cozinha, desta maneira seria possível compreender mais sobre o que os alunos aprendiam, sendo eles: Técnicas de Cozinha Profissional - por Mariana Sebess, Sou Cozinheiro - por Senac e Cardápios: Técnica e Criatividade - por Ione Teichmann.

Com o objetivo de compreender o perfil do público da gastronomia, optou-se por utilizar o método da netnografia3, analisando os perfis dos estudantes do Curso de Gastronomia do Senac RS nas redes sociais. Estes alunos foram buscados em um grupo criado pelos próprios no Facebook (ver figura 8), onde foi possível verificar as principais páginas que eles curtiam e se envolviam (curtir, comentar e compartilhar determinada publicação), locais que costumam frequentar, o que exercem como profissão, a idade, envolvimento com as pessoas, frequência de publicações, e qual seria a pré definição da sua personalidade. No total foram analisados 10 perfis, resumindo-os em três personas.

3Netnografia reside em analisar todos os nossos símbolos que nos representam na construção da persona ou avatar, é um método de pesquisa qualitativo, baseado nos princípios da etnografia virtual, derivado da etnografia, este aplicado por antropólogos.Disponível em: http://www.ideiademarketing.com.br/2012/05/04/e-essa-tal-netnografia-entrevista-com-tatiana-tosi/Acessado em: Outubro/2015

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FIGURA 8 - Print do grupo da Gastronomia Senac Fonte: das autoras/2015

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FIGURA 9 - Primeira persona elaborada para definição do público Fonte: das autoras/2015

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FIGURA 10 - Segunda persona elaborada para definição do público Fonte: das autoras/2015

FIGURA 11 - Terceira persona elaborada para definição do público Fonte: das autoras/2015

Pode-se observar que não há um padrão de idade entre o público, e que alguns buscam o curso por hobby, enquanto outros procuram se profissionalizar e se atualizar na área. Além disso, eles são grandes consumidores de conteúdo voltado para a gastronomia, acompanhando os principais chefs do mundo, páginas, sites e canais de gastronomia. São pessoas extrovertidas, usuários frequentes de redes sociais.

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Para a definição dos conceitos da identidade visual, que se apresentada no vídeo proposto nesse projeto, teve-se a ideia de colar um cartaz no andar do Curso da Gastronomia, com a intenção de abrir espaço para os próprios alunos explicarem em uma palavra o que é a gastronomia. O intuito do cartaz era interpretar o que eles sentem e o que pensam sobre algo que faz parte da vida deles, ajudando no esclarecimento dos conceitos e deixando a identidade visual mais próxima possível do público-alvo.

Com a finalidade de interpretar e avaliar o ‘universo’ gastronômico disponível na internet, com foco no YouTube, foi realizado uma pesquisa com as determinadas palavras-chave: Gastronomia, Gourmet, Receitas e Vídeo Aulas.

FIGURA 12 - Cartaz colocado no andar da Gastronomia do Senac RS Fonte: das autoras/2015

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FIGURA 13 - Chave pesquisada: Gastronomia - Total de resultados: 289.000 Fonte: YouTube

FIGURA 14 - Chave pesquisada: Gourmet - Total de resultados: 1.210.000 Fonte: YouTube

FIGURA 15 - Chave pesquisada: Receitas - Total de resultados: 381.000 Fonte: YouTube

FIGURA 16 - Chave pesquisada: Vídeo Aulas - Total de resultados: 661.000 Fonte: YouTube

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Através desta pesquisa foi possível determinar quais vídeos do YouTube poderiam ser analisados, além de contar com canais já conhecidos pelas autoras do projeto.

Para o desenvolvimento da verificação de referências para as videolições, foi pesquisado os principais canais de gastronomia da TV aberta, TV a cabo e de sites de Streaming, os quais podem ser vistos na figura 17:

FIGURA 17 - Tabela de possíveis programas a serem avaliados Fonte: das autoras/2015

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Para a análise da identidade visual, foram selecionados dez canais sobre gastronomia disponíveis no Youtube, observando símbolo, logotipo e padrão cromático que estivessem em acordo com o projeto. Esses canais podem ser visto na figura 18:

FIGURA 18 - Tabela de possíveis programas a serem avaliados Fonte: das autoras/2015

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7.1.2 Análise de dados

Vídeo

Com base nestas referências optou-se pelos programas que poderiam se enquadrar melhor com a proposta do projeto, sendo eles: Masterchef Brasil (TV aberta), Jamie Oliver (TV a cabo), Receitas Zaffari (YouTube), SambaCooking (YouTube) e Chef’s Table (Netflix).

FIGURA 19 - Tabela contendo os nomes dos programas a serem avaliados Fonte: das autoras/2015

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Masterchef

O Masterchef Brasil é um reality show culinário que teve inicio em 2014 e já conta com duas edições, que são exibidas pela Band. O programa é baseado no formato original de mesmo nome exibido pela BBC no Reino Unido. Na final da sua segunda edição o programa conseguiu atingir 1 milhão de tweets durante sua exibição, popularidade que ele já havia desenvolvendo durante sua transmissão na TV4.

A abertura do programa tem como foco a exibição dos participantes e dos jurados. Mas além disso, as cenas de abertura são em parte em planos detalhe, esse tipo de plano tem como foco prender a atenção em determinado objeto ou situação.

4 Disponível em: http://www.b9.com.br/60736/social-media/e-o-vencedor-do-masterchef-brasil-foi-o-twitter/Acessado em: Outubro/2015

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FIGURA 20 - Abertura Programa Masterchef Brasil Fonte: https://www.youtube.com/channel/UCY_9_5GlvdFL7CJJcIPh5mA

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FIGURA 21 - Abertura Programa Masterchef Brasil Fonte: https://www.youtube.com/channel/UCY_9_5GlvdFL7CJJcIPh5mA

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O programa procura exibir, também, a execução dos pratos e como os participantes se movimentam em suas bancadas. Sempre mostrando detalhadamente o ingrediente principal, o qual eles precisam utilizar e o prato finalizado.

FIGURA 22 - Programa Masterchef Brasil, onde participante explica o que está preparando Fonte: https://www.youtube.com/channel/UCY_9_5GlvdFL7CJJcIPh5mA

FIGURA 23 - Programa Masterchef Brasil, detalhe da preparação das receitas Fonte: https://www.youtube.com/channel/UCY_9_5GlvdFL7CJJcIPh5mA

FIGURA 24 - Programa Masterchef Brasil, detalhe dos ingredientes a serem utilizados Fonte: https://www.youtube.com/channel/UCY_9_5GlvdFL7CJJcIPh5mA

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FIGURA 25 - Paleta de cores gerada através do Adobe Color Fonte: https://color.adobe.com

FIGURA 26 - Paleta de cores gerada através do Adobe Color Fonte: https://color.adobe.com

FIGURA 27 - Paleta de cores gerada através do Adobe Color Fonte: https://color.adobe.com

Além disso, ele apresenta cores fortes e com bastante contraste, o que da “vida” ao programa e aos alimentos, não os deixando opacos.

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Jamie Oliver

Jamie Oliver é um chef de cozinha e personalidade televisiva do Reino Unido. É conhecido pelo uso de alimentos naturais e orgânicos e por seu trabalho recente em mudar hábitos alimentares nas escolas britânicas.

O programa transmitido pela GNT apresenta uma uma estética cinematográfica, contendo plano detalhe para deixar o foco no alimento ou tempero, além de focar nas mãos, mostrando a preparação.

FIGURA 28 - Programa do Jamie Oliver na Gnt Fonte: http://gnt.globo.com/receitas/receitas/sanduiche-de-carne-com-cebolas-caramelizadas.htm

FIGURA 29 - Programa do Jamie Oliver na Gnt Fonte: http://gnt.globo.com/receitas/receitas/sanduiche-de-carne-com-cebolas-caramelizadas.htm

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FIGURA 30 - Programa do Jamie Oliver na Gnt Fonte: http://gnt.globo.com/receitas/receitas/sanduiche-de-carne-com-cebolas-caramelizadas.htm

FIGURA 31 - Programa do Jamie Oliver na Gnt Fonte: http://gnt.globo.com/receitas/receitas/sanduiche-de-carne-com-cebolas-caramelizadas.htm

FIGURA 32 - Paleta de cores gerada através do Adobe Color CC Fonte: https://color.adobe.com

FIGURA 33 - Paleta de cores gerada através do Adobe Color CC Fonte: https://color.adobe.com

Além disso o programa opta por tonalidades vivas, mantendo o tom natural dos alimentos.

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Receitas Zaffari

Fazendo parte do canal do YouTube do Grupo Zaffari, o Receitas Zaffari é uma coleção de dicas e receitas apresentadas pelo Chef Felippe Sica. O objetivo é ensinar receitas que não exigem muita experiência para serem executadas, contendo dicas exclusivas do chef5. Os vídeos possuem uma estética cinematográfica, contendo plano detalhe para deixar o foco no alimento que servirá de ingrediente, e também nas técnicas a serem executadas e na finalização da receita.

FIGURA 34 - Receitas Zaffari - Como Cozinhar Ovo Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=qQca5fZnpnM

FIGURA 35 - Receitas Zaffari - Como Cozinhar Ovo Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=qQca5fZnpnM

5 Disponível em: http://www.grupozaffari.com.br/2015/05/12/receitas-zaffari-esta-de-volta-com-novos-videos/Acessado em: Outubro/2015

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FIGURA 36 - Receitas Zaffari - Tapioca Recheada Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=5CWOQIMMobg

Porém, os vídeos apresentam cores opacas, ou seja, eles optam por tons pastéis. O que acaba fazendo com que o alimento não fique com uma tonalidade contrastante (ver figuras 37 e 38).

FIGURA 37 - Paleta de cores gerada através do Adobe Color CC Fonte: https://color.adobe.com

FIGURA 38 - Paleta de cores gerada através do Adobe Color CC Fonte: https://color.adobe.com

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SambaCooking

SambaCooking é um canal voltado para gastronomia italiana, onde é administrado pelo Chef Emmanuele Cucchi, desde 2013. Os vídeos visam ter o formato de vídeo aula, onde são passados técnicas de gastronomia, o canal disponibiliza vídeos com até 04 horas de duração sobre gastronomia básica. Além disso, é possível encontrar preparação de pratos, mini aulas sobre determinada técnica. Porém, diversas vezes a imagem fica totalmente desfocada, e pela movimentação da câmera o objeto/alimento fica fora de quadro. Tal movimentação também se torna incomodativa e cansativa para quem assiste ao vídeo.

FIGURA 39 - SambaCooking - Técnica de Corte Concasser Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=-lVtax8DikQ

FIGURA 40 - SambaCooking - Pesto alla Genovese Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=-lVtax8DikQ

FIGURA 41 - SambaCooking - Técnica de Corte Brunoise Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=qYuKpK4XqbI

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É possível notar, também, que os vídeos do canal mantém uma tonalidade natural dos alimentos, trabalhando com cores ricas (figuras 42 e 43) e com uma boa iluminação.

FIGURA 42 - Paleta de cores gerada através do Adobe Color CC Fonte: https://color.adobe.com

FIGURA 43 - Paleta de cores gerada através do Adobe Color CC Fonte: https://color.adobe.com

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Chef’s Table

Chef’s Table é uma série de documentários original da Netflix, onde cada episódio apresenta os 6 dos maiores chefs do mundo: Massimo Bottura (da Osteria Francescana, em Módena, Itália), Dan Barber (dos restaurantes Blue Hill, em Stone Barns e Nova York), Francis Mallmann (do El Restaurante Patagonia Sur, em Buenos Aires), Niki Nakayama (do N/Naka, em Los Angeles), Ben Shewry (do Attica, em Melbourne, Austrália) e Magnus Nilsson (do Fäviken, em Järpen, Suécia), contando a história de cada chef e o processo deles até serem reconhecidos mundialmente, a narrativa é conduzida pelos próprios, além de ter como convidados parentes, amigos e críticos gastronômicos. A série da a alta culinária um ar artistico e criativo, além de mostrar em planos detalhe como se da a finalização de cada prato, já que o foco da série não é mostrar como cada chef prepara suas receitas e sim contar a história de sua vida e seus pratos.

FIGURA 44 - Chef’s Table: Episódio 1 - Massimo Bottura Fonte: Netflix

FIGURA 45 - Chef’s Table: Episódio 1 - Massimo Bottura Fonte: Netflix

FIGURA 46 - Chef’s Table: Episódio 2 - Dan Barber Fonte: Netflix

FIGURA 47 - Chef’s Table: Episódio 2 - Dan Barber Fonte: Netflix

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55Videolições e Identidade Visual para projeto do Curso de Gastronomia

FIGURA 48 - Chef’s Table: Episódio 3 - Francis Mallmann Fonte: Netflix

FIGURA 49 - Chef’s Table: Episódio 3 - Francis Mallmann Fonte: Netflix

FIGURA 50 - Chef’s Table: Episódio 4 - Niki Nakayama Fonte: Netflix

FIGURA 51 - Chef’s Table: Episódio 4 - Niki Nakayama Fonte: Netflix

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A série opta por cores vivas e com bastante contraste, o que realça os alimentos e os pratos apresentados.

FIGURA 52 - Paleta de cores gerada através do Adobe Color CC Fonte: https://color.adobe.com

FIGURA 53 - Paleta de cores gerada através do Adobe Color CC Fonte: https://color.adobe.com

FIGURA 54 - Paleta de cores gerada através do Adobe Color CC Fonte: https://color.adobe.com

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FIGURA 55 - Identidade Visual do Gastronomismo Fonte: http://gastronomismo.com/

Identidade Visual

Gastronomismo

Após uma análise geral dos dez canais, foram escolhidos dois para uma análise específica, pois estes possuem uma identidade visual que se aproxima com a proposta do projeto. São eles:

O Gastronomismo teve inicio em janeiro de 2011 com a vontade de ensinar receitas e estimular as pessoas a cozinhar. Produzido por Isadora Becker, Mariana Moura, Frederico Leonardo Dora e MPQuatro. Hoje possui 96.181 inscritos no seu canal no YouTube e 5.223.411 visualizações.

PADRÃO CROMÁTICO Cores Padrão:

Cores de Apoio utilizadas nos vídeos:

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FIGURA 56 - Miniaturas dos Vídeos do Gastronomismo Fonte: https://www.youtube.com/user/gastronomismo

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FIGURA 57 - Símbolo do Gastronomismo Fonte: https://www.facebook.com/gastronomismo

FIGURA 58 - Tipografia utilizada no logotipo do Gastronomismo Fonte: http://gastronomismo.com/

SÍMBOLO

TIPOGRAFIA

Logotipo: Fonte sem serifa, caixa alta, acabamento reto, possui um espaçamento maior entre as letras

Vídeos: Utiliza duas fontes na apresentação dos vídeos. A primeira é caligráfica com acabamento curvilineo e a segunda reta e em caixa alta, as duas possuem aparência de escrita a mão. É usado também um apoio gráfico que varia conforme a temporada.

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FIGURA 59 - Tipografia utilizada nos vídeos do Gastronomismo Fonte: https://www.youtube.com/user/gastronomismo

FIGURA 60 - Tipografia utilizada nos vídeos do Gastronomismo Fonte: https://www.youtube.com/user/gastronomismo

Tastemade Brasil

A programação da Tastemade Brasil conta com três programas por semana. Isadora Becker ensina receitas de seriados de TV em Comida de Série. Otávio Albuquerque procura pratos diferentes em São Paulo no Coisas que Nunca Comi. E Uiara Araújo visita produtores no sul da França para suas receitas do Rendez-Vous en Provence. Atua no youtube desde 2013 e possui 256.149 inscritos em seu canal e 18.391.978 de visualizações em seus vídeos.

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61Videolições e Identidade Visual para projeto do Curso de Gastronomia

FIGURA 61- Logotipo do Tastemade Brasil Fonte: https://www.facebook.com/tastemadebr

PADRÃO CROMÁTICO Cores Padrão:

TIPOGRAFIA

Logotipo: Fonte caligráfica, acabamento curvilíneo, leve inclinação para o lado direito, espessura média. É utilizado com fundo laranja nas redes sociais e no perfil do canal, nos vídeos é aplicado sem o fundo no encerramento do vídeo.

FIGURA 62 - Análise da tipografia utilizada nas redes sociais do Tastemade Fonte: https://www.facebook.com/tastemadebr

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62 Videolições e Identidade Visual para projeto do Curso de Gastronomia

FIGURA 63 - Análise da tipografia utilizada nos vídeos do Tastemade Fonte: https://youtu.be/e9CR2zOS740?t=297

FIGURA 64 - Programa Tastemade: Comida de Série Fonte: https://www.youtube.com/playlist?list=PL9TlxiW7M4kFLNlGuuAJpZW5p9MX53BMD

Vídeos: O canal possui três programas semanais, cada programa possui uma tipografia específica. O primeiro é Comida de Série, este possui uma tipografia reta, sem serifa, em caixa alta com espessura fina.

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63Videolições e Identidade Visual para projeto do Curso de Gastronomia

FIGURA 65 - Programa Tastemade: Coisas que Nunca Comi Fonte: https://www.youtube.com/playlist?list=PL9TlxiW7M4kHSZeGmjp2AQs5h48PV5S-b

O segundo programa se chama Coisas que Nunca Comi, apresenta uma fonte mais descontraída, em caixa alta. Também utiliza um apoio gráfico simples com linhas.

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64 Videolições e Identidade Visual para projeto do Curso de Gastronomia

FIGURA 66 - Programa Tastemade: Comida de Série Fonte: https://www.youtube.com/playlist?list=PL9TlxiW7M4kFLNlGuuAJpZW5p9MX53BMD

O terceiro programa se chama Rendez-Vous en Provence, este possui duas fontes, a primeira é reta, em caixa alta. A segunda com aparência de escrita à mão e espessura fina.

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65Videolições e Identidade Visual para projeto do Curso de Gastronomia

FIGURA 67 - Identidade Visual do Destemperados Fonte: http://www.destemperados.com.br/

Para uma análise mais abrangente, foi escolhido também um portal sobre gastronomia, observando os mesmos aspectos anteriormente avaliados nos canais.

Criado em 2007 por Diego Fabris, Diogo Carvalho e Lela Zaniol, o Destemperados é uma multiplataforma de conteúdo gastronômico, que reúne pessoas comuns que simplesmente gostam de comer e beber e que espalham suas impressões das mais variadas maneiras – no site, no app, no caderno, nos guias.

Destemperados

PADRÃO CROMÁTICO Cores Padrão:

Cores de Apoio utilizadas nos vídeos:

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66 Videolições e Identidade Visual para projeto do Curso de Gastronomia

TIPOGRAFIA

Logotipo: Fonte sem serifa, de fácil leitura, espessura fina, utiliza a mesma fonte no decodificador.

Fonte de apoio (site): Tradicional, sem serifa e de fácil leitura.

FIGURA 68 - Identidade Visual do Destemperados Fonte: http://www.destemperados.com.br/

FIGURA 69 - Chamada no Banner do site do Destemperados Fonte: http://www.destemperados.com.br/

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67Videolições e Identidade Visual para projeto do Curso de Gastronomia

O destemperados utiliza também um apoio gráfico em seu portal, identificando cada sessão do site:

FIGURA 70 - Menu do site do Destemperados Fonte: http://www.destemperados.com.br/

FIGURA 71 - Cartaz colocado no andar da Gastronomia do Senac RS com palavras definidas pelos alunos Fonte: das autoras/2015

Definição de Conceitos

Com base nas palavras fornecidas no cartaz colocado no andar da Gastronomia do Senac (ver figura 71), foi-se pensado que os conceitos que se enquadrariam seria:

- Elegância, Disciplina e Criatividade

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- ELEG NCIA: porque é necessário uma estrutura organizada para a execução dos pratos realizados- DISCIPLINA: porque é necessário manter-se focado nas suas atividades, assim executando-as com maestria- CRIATIVIDADE: porque é preciso que haja criatividade na execução, seja na apresentação de pratos, em receitas e, até

mesmo, no ensino.

Nome

Após os conceitos definidos, pode-se fazer pesquisa para o nome do projeto. Com isso, separou-se algumas palavras, sendo elas:

RELACIONADAS A GASTRONOMIA:cozinhaculináriaiguariapetiscoalimentomestre-cucaquitutecomidagularefeiçãolanchepratosopabanquetebocadocescremetortasaladacardápiomenumastigação

RELACIONADAS AO APRENDIZADO:aprendizagemdotesculturatalentodiscipuladoestágioinstruçãoconhecimentosaberleituraensaiohabilidadejeito

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69Videolições e Identidade Visual para projeto do Curso de Gastronomia

Com isso pensou-se em alguns nomes que envolve-se principalmente a gastronomia e o aprendizado. Selecionando assim os seguintes nomes:

Por fim, optou-se por “Mise en Place”, por causa do seu significado. Mise en Place, é um método de organização utilizado por cozinheiros e chefs. A técnica tem como objetivo deixar todos os ingredientes separados para execução da receita. Ao entender o conceito da palavra, percebeu-se que ele envolve disciplina e que faz parte da rotina de muitos profissionais da área, fazendo assim que a palavra se encaixe com os conceitos definidos e com o objetivo das videolições, que é transmitir conhecimento aos alunos de maneira ágil e organizada. Também optou-se pela utilização de um decodificador: Videolições Gastronômicas, sendo apenas uma orientação do que será apresentado nos vídeos.

1. Mise en place

2. lab Gastronômico

3. Ateliê Gastronomico

4. laboratório do sabor

5. laboratório Gastronomico

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7.1.3 desenvolvimento

Roteiro 1: Técnicas de Corte Brunoise

FIGURA 72 - Roteiro 1: Desenvolvido para explicação da técnica de corte Brunoise Fonte: das autoras/2015

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Roteiro 2: Técnicas de Corte Chiffonade

FIGURA 73 - Roteiro 2: Desenvolvido para explicação da técnica de corte Chiffonade Fonte: das autoras/2015

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Roteiro 3: Técnicas de Corte Julienne

FIGURA 74 - Roteiro 3: Desenvolvido para explicação da técnica de corte Julienne Fonte: das autoras/2015

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Storyboard Roteiro 1: Técnicas de Corte Brunoise

FIGURA 75 - Storyboard Roteiro 1: Cenas previstas para a gravação do primeiro roteiro de corte Brunoise Fonte: das autoras/2015

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Storyboard Roteiro 2: Técnicas de Corte Chiffonade Storyboard Roteiro 3: Técnicas de Corte Julienne

FIGURA 76 - Storyboard Roteiro 2: Cenas previstas para a gravação do segundo roteiro de corte Chiffonade Fonte: das autoras/2015

FIGURA 77 - Storyboard Roteiro 3: Cenas previstas para a gravação do segundo roteiro de corte Julienne Fonte: das autoras/2015

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Para a realização das gravações o equipamento utilizado será o que está disponível pelo senac. Sendo eles:2 Cameras Nx51 GoPro Hero 3 Black2 Tripés2 Cartões de memória SD Classe 101 Gravador Zoom1 Cartão de memória SD Classe 41 Microfone Shotgun1 Tripé de suporte pro microfone shotgun1 Microfone Lapela2 Fones de ouvido3 Luzes

As gravações previstas nos roteiros e storyboards foram executadas no dia 10/10/2015 na cozinha pedagógica do andar do Curso de Gastronomia do Senac RS. Os vídeos foram executados com as instruções técnicas de cozinha do ex aluno, e ganhador do World Skills, Ricardo Dornelles, este que foi indicado pelo próprio coordenador de curso, o Prof. Marcus.

Felizmente não foram encontradas dificuldades com os equipamentos ou no processo das gravações. Usou-se as câmeras Sony NX5 para fazer dois tipos de enquadramento, onde uma delas focava nas mãos e alimentos manipulados, mostrando detalhadamente o processo do corte, enquanto a outra exibia um plano médio contendo a apresentação e as explicações do Ricardo durante o vídeo. Além disso, pode-se usar uma GoPro, como uma câmera alta, onde possibilitava uma visão de cima do manuseio da faca e dos cortes executados. Desta maneira, trabalhando com diferentes ângulos, formas de exibição do que está acontecendo e fugindo da invariabilidade que poderia ocorrer ao optar por um ângulo apenas.

7.2 PROdUçãO

7.2.1 Captação de imagens

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FIGURA 78 - Imagens de Making Of das Gravações Fonte: das autoras/2015

FIGURA 79 - Imagens de Making Of das Gravações Fonte: das autoras/2015

7.2.2 Criatividade e experimentação

Para o desenvolvimento da identidade visual, buscou-se referências que lembrassem ou fossem semelhantes aos conceitos, que seriam elegância, disciplina e criatividade. Portanto, através da pesquisa realizada trouxe-se cinco desenhos de identidade visual, sendo eles:

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FIGURA 80 - Logotipo utilizado como referência Fonte: http://logopond.com/gallery/detail/232231

FIGURA 81 - Logotipo utilizado como referência Fonte: http://logopond.com/gallery/detail/222738

FIGURA 82 - Logotipo utilizado como referência Fonte: http://logopond.com/gallery/detail/219193

FIGURA 83 - Logotipo utilizado como referência Fonte: http://theultralinx.com/2014/03/20-food-industry-logos/

FIGURA 84 - Logotipo utilizado como referência Fonte: http://logopond.com/gallery/detail/201269

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Buscou-se nessas referências modelos de símbolos que envolvessem materiais utilizados na cozinha, que são presentes na rotina dos cozinheiros, além de fontes que lembrassem o manuscrito e a ideia do feito a mão.

A partir desta pesquisa foi possível buscar por fontes que fossem adequadas as ideias propostas:

FIGURA 85 - Modelos de fontes referente a assinatural visual do projeto Fonte: das autoras/2015

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Com base nas fontes pesquisadas, escolheu-se duas que estivessem mais adequadas ao projeto, sendo elas:

Além disso, optou-se também pela a utilização de um decodificador, com um intuito de adicionar uma descrição que remetesse o termo videolições do Ferrés, já citado neste projeto anteriormente. Portanto, foram selecionadas fontes sem serifa e com traços mais retos, sendo elas:

FIGURA 86 - Fontes seleciondas para o desenvolvimento da id. visual Fonte: das autoras/2015

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FIGURA 87 - Fontes utilizadas para o desenvolvimento do decodificador Fonte: das autoras/2015

Após a seleção das fontes para o decodificador, testou-se elas com as tipografias encontradas e selecionadas para o logotipo:

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FIGURA 88 - Teste tipográfico Fonte: das autoras/2015

Com os testes de tipografia realizados, considerou-se que a fonte Sweet Pea era a mais adequada para a identidade visual, já que ela lembra mais o feito a mão, já que seu traço são em partes mais finos e em outras mais grossos, não sendo muito regulares, além de ter o seu desenho mais trabalhado. Definiu-se também que a fonte Bloogler Sans Light enquadrou-se melhor com a Sweet Pea, já que a mesma não é tão dura e reta, possuindo curvaturas. Pode-se observar a junção das tipografias na figura 89:

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FIGURA 89 - Definição da tipografia Fonte: das autoras/2015

FIGURA 90 - Pesquisa e análise de símbolo Fonte: Freepik

Para o símbolo buscou-se por utensílios utilizados na cozinha, selecionado apenasalguns que fossem mais simples e rotineiros na vida de um cozinheiro:

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FIGURA 91 - Desenvolvimento do símbolo Fonte: das autoras/2015

Primeiramente optou-se por traços que não fossem tão retos e que apenas remetessem os utensílios, sendo eles com caracteristicas de feito a mão, sem manter a ideia do traço perfeitamente reto e idêntico ao objeto em si. Por fim, pode-se realizar estas alternativas de símbolo:

A partir disso definiu-se que os utensílios que mais se adequariam ao simbolo seriam a faca, o fouet e o rolo. Com isso, resolveu-se que seria pertinente trabalhar cada elemento isoladamente, com o intuito de melhorar o traço, não o mantendo tão fino, o que poderia ocasionar o sumiço do desenho conforme a sua redução. Por conseguinte o trabalho se desenvolveu desta maneira:

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FIGURA 92 - Desenhos gerados a partir de imagens de objetos utilizados na cozinha Fonte: das autoras/2015

FIGURA 93- Símbolo desenvolvido para a identidade visual do projeto Fonte: das autoras/2015

Desta maneira pode-se manter a verossimilhança com o objeto em si, além de proporcionar o ajuste dos traços para que não haja alterações imprevistas na diminuição do símbolo. O resultado pode ser observado na figura 93:

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FIGURA 94 - Pré desenho da identidade visual Fonte: das autoras/2015

O resultado prévio da identidade visual pode ser visto na figura 94, nele não se encontra alterações de alinhamento e redesenho da fonte.

Para a elaboração da paleta de cores buscou-se a referência nas cores dos alimentos, que fossem cores vivas e contrastantes. Para isso, escolheu-se três imagens e a partir da ferramenta disponível do Adobe Color CC pode-se gerar uma paleta de cor para cada uma das fotos:

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FIGURA 95 - Paleta de cores gerada a partir de uma imagem Fonte: Adobe Color CC

FIGURA 96 - Paleta de cores gerada a partir de uma imagem Fonte: Adobe Color CC

FIGURA 97 - Paleta de cores gerada a partir de uma imagem Fonte: Adobe Color CC

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FIGURA 98 - Cores geradas a partir das imagens usadas no Adobe Color CC Fonte: das autoras/2015

FIGURA 99 - Cores pré selecionadas Fonte: das autoras/2015

FIGURA 100 - Cores selecionadas para fazer parte das cores de apoio da identidade visual Fonte: das autoras/2015

Com isso as cores geradas se apresentam na figura 98: A partir dessa paleta de cores pode-se selecionar as seguintes cores

Destas oito cores, selecionamos apenas cinco, a próxima etapa foi refina-las, ou seja, fazer mudanças na sua tonalidade, como mostra a figura 100:

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Para a trilha sonora dos vídeos utilizou-se uma ferramenta do YouTube que permite a produtores independentes a busca de músicas gratuitas. Ela funciona como uma biblioteca de músicas, trazendo diversos gêneros musicais.

Em relação aos vídeos, optou-se por um gênero musical mais animado, que fosse suave e marcante, com a intenção de assimilhar a empolgação e alegria de cozinhar com a música, fazendo assim com que o vídeo não passe uma mensagem errada e nem que a música não seja compatível com as cores e a linguagem utilizada no mesmo. Onde as músicas selecionadas foram: Life of Riley - para o vídeo do corte Julienne, Water Lily - para o vídeo do corte Chifonade e Carefree - para o vídeo do corte Brunoise.

FIGURA 101 - Biblioteca de áudio do YouTube com músicas gratuitas Fonte: https://www.youtube.com/audiolibrary/music

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FIGURA 102 - Músicas selecionadas para fazerem parte dos vídeos Fonte: https://www.youtube.com/audiolibrary/music

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7.2.3 Modelo

Após o desenvolvimento da identidade visual, pode-se fazer alguns ajustes na tipografia, reformulando o alinhamento das letras, ajustando o espaçamento entre as palavras, símbolo e decodificador. Estas reformulações podem ser observadas nas figuras 103 e 104:

O resultado final da identidade visual pode ser visto na figura x e x

FIGURA 103 - Desenvolvimento da identidade visual Fonte: das autoras/2015

FIGURA 104 - Desenvolvimento da identidade visual Fonte: das autoras/2015

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FIGURA 105 - Resultado final da identidade visual Fonte: das autoras/2015

Baseando-se nos conceitos, manteve-se a a identidade visual sem relevos e sombras, com as letras mais alinhadas e próximas para remeter a disciplina, ou seja, mantendo uma ordem e sendo mais dura, mesmo que ela contenha elementos arredondados e que a tipografia seja manuscrita. Para representar a elegância optou-se por manter como cor padrão as versões preto e branco, já que as mesmas cores podem remeter a sofisticação. E para complementar com a criatividade, tanto quanto para material on-line, impresso e para o vídeo, escolheu-se como cores de apoio tonalidades vivas e que remetam a este conceito.

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7.3 PóS-PROdUçãO

7.3.1 edição das Imagens

Após as gravações, iniciou-se o processo de edição separando as cenas e selecionando as melhores. Devido a utilização de três câmeras em enquadramentos diferentes, foi necessário uma análise para identificar quais os momentos seriam mais apropriados para cortes e trocas de câmera para melhor visualização dos métodos realizados, houve um cuidado também para o áudio estar sincronizado com o vídeo e para a trilha sonora estar de acordo com a proposta e não atrapalhando a fala. As cores apresentadas são quentes e vivas ressaltando assim a cor dos alimentos e seguindo as referências já analisadas anteriormente.

FIGURA 106 - Processo das edições dos vídeos Fonte: das autoras/2015

FIGURA 107 - Processo das edições dos vídeos Fonte: das autoras/2015

Para os vídeos começou-se a desenvolver também uma abertura, sendo ela feita no After Effects. Aproveitando, assim, os conhecimentos já adquiridos na cadeira de Efeitos Especiais do 5º semestre de 2015/2. Na abertura foi possível iniciar-se a criação de animações simples com a identidade visual, os os elementos presentes, como fouet, faca e rolo do símbolo, poderiam aparecer em sequência, além da utilização de expressões (códigos adicionados ao After para acresentar determinada animação a um objeto presente). Nas letras pretende-se criar um efeito que de a ideia de que as palavras estão “se escrevendo”, simulando a escrita manual.

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FIGURA 108 - Desenvolvimento da abertura com a identidade visual do projeto Fonte: das autoras/2015

FIGURA 109 - Desenvolvimento da abertura com a identidade visual do projeto Fonte: das autoras/2015

FIGURA 110 - Resultado da finalização da videolição sobre corte Brunoise Fonte: das autoras/2015

FIGURA 111 - Resultado da finalização da videolição sobre corte Brunoise Fonte: das autoras/2015

FINALIZAÇÃO DO VÍDEO BRUNOISE

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FIGURA 112 - Resultado da finalização da videolição sobre corte Brunoise Fonte: das autoras/2015

FIGURA 113 - Resultado da finalização da videolição sobre corte Brunoise Fonte: das autoras/2015

FIGURA 114 - Resultado da finalização da videolição sobre corte Brunoise Fonte: das autoras/2015

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95Videolições e Identidade Visual para projeto do Curso de Gastronomia

FIGURA 115 - Resultado da finalização da videolição sobre corte Julienne Fonte: das autoras/2015

FIGURA 117 - Resultado da finalização da videolição sobre corte Julienne Fonte: das autoras/2015

FIGURA 116 - Resultado da finalização da videolição sobre corte Julienne Fonte: das autoras/2015

FIGURA 118 - Resultado da finalização da videolição sobre corte Julienne Fonte: das autoras/2015

FINALIZAÇÃO DO VÍDEO JULIENNE

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FIGURA 119 - Resultado da finalização da videolição sobre corte Julienne Fonte: das autoras/2015

FIGURA 120 - Resultado da finalização da videolição sobre corte Chiffonade Fonte: das autoras/2015

FIGURA 121 - Resultado da finalização da videolição sobre corte Chiffonade Fonte: das autoras/2015

FINALIZAÇÃO DO VÍDEO CHIFFONADE

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FIGURA 122 - Resultado da finalização da videolição sobre corte Chiffonade Fonte: das autoras/2015

FIGURA 123 - Resultado da finalização da videolição sobre corte Chiffonade Fonte: das autoras/2015

FIGURA 124 - Resultado da finalização da videolição sobre corte Chiffonade Fonte: das autoras/2015

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FIGURA 125 - Abertura dos vídeos, demonstração da animação realizada no After Effects Fonte: das autoras/2015

FIGURA 126 - Abertura dos vídeos, demonstração da animação realizada no After Effects Fonte: das autoras/2015

FIGURA 127 - Abertura dos vídeos, demonstração da animação realizada no After Effects Fonte: das autoras/2015

FINALIZAÇÃO DA ABERTURA DOS VÍDEOS

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MANUAL DE IDENTIDADE VISUAL

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Para que a Assinatura Visual possa estabelecer uma relação com seus clientes, que atravesse fronteiras, é necessários que ela sempre seja vista de maneira padronizada. Pois a identidade visual pode construir confiança, o que gera a fidelização dos clientes. É como colocar um rosto em um nome, transmitindo eficazmente um determinado conjunto de informações, que consequentemente, pode fazer com que os consumidores sintam interesse de experimentá-la.

As normas estabelecidas através deste manual determinam padrões a serem seguidos em todas as aplicações da assinatura visual do Mise en Place. Devendo ser sempre seguidas, rigorosamente, com o objetivo de assegurar uma unidade visual qualificada. Somente através desta padronização e do seguimento da mesma, que ela poderá alcançar o seu posicionamento extremamente consistente. Toda reprodução deverá ser feita a partir dos originais aqui contidos. Não sendo permitido qualquer tipo de redesenho. A inclusão de qualquer nova informação ou alteração só poderá ocorrer a partir de novas páginas neste manual.

Contamos com a colaboração de todos os usuários deste manual quanto a correta aplicação das normas aqui definidas, buscando a construção de uma imagem uniforme, qualificada e eficaz.

APReSentAçãO

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A assinatura visual é composta por um símbolo, um logotipo e um decodificador. Devendo ser sempre utilizada em sua versão padrão, sendo ela em preto com os desenhos do símbolo em branco ou na versão branca com os desenhos em preto de acordo com o material em que será aplicado. A assinatura visual jamais deverá ter seus elementos separados em sua aplicação.

ASSInAtURA vISUAl

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103Videolições e Identidade Visual para projeto do Curso de Gastronomia

PAdRãO CROMÁtICO

CORES PADRÃO CORES DE APOIO

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Em casos que a assinatura visual for aplicada nos tons de cinza, deverá seguir o padrão aqui indicado.

APlICAçÕeS eM tOnS de CInZA

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105Videolições e Identidade Visual para projeto do Curso de Gastronomia

A identidade visual do Mise en Place não deve ser mostrada em cores alternativas ou nas cores de apoio, nem com textos distorcidos.

USOS InCORRetOS dA ASSInAtURA vISUAl

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106 Videolições e Identidade Visual para projeto do Curso de Gastronomia

APlICAçãO eM FUndO FOtOGRÁFICO

Quando aplicada em fundo fotográfico deve apresentar-se entre as duas opções da identidade visual, podendo optar também pela utilização do símbolo. Buscando, assim, melhor legibilidade.

Aplicação Incorreta - Sem legibilidade

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lIMIteS de PROxIMIdAde e RedUçãO MÁxIMA

Para manter a assinatura visualmente protegida, a área apresentada deve ser respeitada. A aplicação exige uma distância ‘X’ mínima de qualquer elemento vizinho. Neste caso, ‘X’ é igual a letra ‘s’ encontrada no decodificador.

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108 Videolições e Identidade Visual para projeto do Curso de Gastronomia

Dependendo da situação, a redução excessiva pode afetar a legibilidade da assinatura visual. Esta redução refere-se ao quanto a marca pode ser reduzida sem que haja perda da sua legibilidade. Em casos especiais, onde forem necessárias reduções menores que 4 cm, a assinatura deverá ser aplicada sem o decodificador e sem o seu símbolo.

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109Videolições e Identidade Visual para projeto do Curso de Gastronomia

tIPOGRAFIA COMPleMentAR

A identidade visual desenvolvida adota uma fonte como tipografia complementar. Nas peças gráficas do Mise en Place, os textos deverão conter esta família tipográfica.

Blogger Sans Light

ABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUVWXYZ abcdefghijklmnopqrstuvwxyz 1234567890

Blogger Sans Medium

ABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUVWXYZ abcdefghijklmnopqrstuvwxyz 1234567890

Blogger Sans Regular

ABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUVWXYZ abcdefghijklmnopqrstuvwxyz 1234567890

Blogger Sans Bold

ABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUVWXYZ abcdefghijklmnopqrstuvwxyz 1234567890

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

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Por fim, após a realização e conclusão deste projeto, é possível dizer que o objetivo geral foi cumprido. Sendo ele a produção de videolições que pudessem ser utilizadas como material de apoio para os alunos da Gastronomia do Senac RS, concluindo, também, a assinatura visual que faria parte destas videolições.

Os objetivos apresentados na etapa da pré-produção foram alcançados dentro do cronograma previsto no projeto. Inicialmente nesta fase encontrou-se um pouco de dificuldade para comunicar-se com o Prof. Marcus, Coordenador do Curso de Gastronomia, já que o mesmo não encontrava-se no Senac no turno da manhã, mas em seguida foi possível contornar o problema de maneira que o mesmo não prejudicasse oprojeto, então conversou-se primeiramente com ele por e-mail, onde foi possível marcar uma reunião em um dia que ele estivesse disponível, podendo, assim, adquirir informações e retirar dúvidas sobre o curso. Outra dificuldade observada foi na definição do público-alvo, primeiramente pensou-se em fazer uma pesquisa com os alunos, onde eles responderiam um questionário, porém tal tarefa não pode ser executada, já que durante esta etapa as turmas não haviam iniciado suas atividades. Sendo necessário assim fazer uma pesquisa online em grupos de turmas anteriores, analisando perfis e criando personas para definir o público-alvo.

Em seguida iniciou-se a fase da produção, os objetivos presentes nesta fase foram alcançados, pode-se por em prática os conhecimentos adquiridos durante as cadeiras de Produção de Vídeo (3º semestre) e de Direção Multimídia (4º semestre), tal atividade agregou experiência para as desenvolvedoras do projeto. Onde pode-se compreender mais sobre o desenvolvimento de produções cinematográficas através da fundamentação teórica e colocá-los em prática. Além disso, pode-se desenvolver outros conhecimentos adquiridos na cadeira de Fundamentos do Design (1º semestre) e na cadeira de Projeto Interativo (4º semestre), os mesmos estão traduzidos na Identidade Visual apresentada neste relatório. Porém, encontrou-se dificuldade na criação do nome para o projeto, onde os nomes escolhidos já estavam sendo utilizados, tal dificuldade não atrapalhou o decorrer do mesmo, apesar de tal etapa levar mais tempo para ser concluída do que havia sido previsto. Durante o processo de pós-produção foi possível exercitar os conhecimentos em software adquiridos no decorrer do curso, utilizando o Premiere para seleção e edição de imagens, o After Effects para a criação da abertura, o Illustrator para a identidade visual e o InDesign para confecção do relatório. A principal adversidade encontrada durante esta fase foi durante a edição das imagens onde notou-se uma diferença de cores entre as cenas gravadas na câmera Sony Nx5 e na GoPro, onde a GoPro possuía tonalidades mais frias em comparação a Nx5, sendo necessário dedicar um tempo além do planejado para correção, e ainda assim, não atingindo o resultado esperado. Mesmo assim, este processo também foi concluindo respeitando o cronograma.

O projeto apresentou-se com uma dificuldade moderada, onde todos os problemas encontrados foram corrigidos, alguns de maneira mais rápida, outros nem tanto. De maneira geral os resultados foram satisfatórios.

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