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A tecnologia na minha vida Ao retornar ao meu passado, encontrei muitos registros durante a minha trajetória até aqui, de repente, percebi que o nosso tempo parece ser feito de todos os tempos e quando fiz essa viagem deparei-me com momentos que foram importantes, como meu pai, que já não tenho, mas que foi peça fundamental na minha história. Venho de uma família de classe média, e até aos seis anos de idade, morei numa fazenda paulista, onde convivi com objetos de diferentes idades de invenção que não anulavam a importância um do outro, como a velha panela de ferro em cima do fogão a lenha e o liquidificador, como as histórias mal-assombradas do meu avó e a televisão, os aviões que passavam voando por cima de estradas onde andavam carros de bois e carroças de burros. Cresci vendo o futuro se construir debaixo dos meus olhos, o que me parecia ficção e sonhos foram se tornando realidade, tudo parecia possível a partir da curiosidade e invenção humana, eram os avanços tecnológicos. Em pouco tempo o homem chegou a Lua, as imagens chegavam cada vez mais nítidas através dos aparelhos de televisão até ficarem coloridas, o mundo avançava rumo ao futuro tecnológico. Alguns desses avanços ficaram marcados na minha vida, como meu primeiro toca-fitas e gravador, que foi meu companheiro durante as minhas primeiras manifestações sentimentais, na adolescência. O tempo passou, e aos dezoito anos, tendo terminado o Magistério, iniciei minha carreira como professora. Durante os primeiros anos como docente, praticamente não tive acesso a informática. A primeira vista, o mundo da Informática parecia território exclusivo de indivíduos privilegiados, de bom nível educacional, no entanto, pouco tempo depois, ela se fazia presente na Escola onde eu trabalhava. Era uma escola municipal urbana, que adquiriu alguns computadores, vi-me obrigada a fazer um curso básico de informática e a partir daí iniciou-se um novo período na minha vida. Consegui comprar um computador de segunda mão, que sempre me deixava na mão, sempre nos momentos que mais precisava dele, eram trabalhos da faculdade que precisavam ser entregues no prazo entre outros, no entanto eu sentia-me fascinada com esse novo mundo que se abria a minha frente. Em pouco tempo estávamos acessando a Internet, vi ali a possibilidade de melhorar minha atuação

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A tecnologia na minha vida

Ao retornar ao meu passado, encontrei muitos registros durante a minha

trajetória até aqui, de repente, percebi que o nosso tempo parece ser feito de todos

os tempos e quando fiz essa viagem deparei-me com momentos que foram

importantes, como meu pai, que já não tenho, mas que foi peça fundamental na

minha história.

Venho de uma família de classe média, e até aos seis anos de idade, morei

numa fazenda paulista, onde convivi com objetos de diferentes idades de invenção

que não anulavam a importância um do outro, como a velha panela de ferro em cima

do fogão a lenha e o liquidificador, como as histórias mal-assombradas do meu avó e

a televisão, os aviões que passavam voando por cima de estradas onde andavam

carros de bois e carroças de burros.

Cresci vendo o futuro se construir debaixo dos meus olhos, o que me parecia

ficção e sonhos foram se tornando realidade, tudo parecia possível a partir da

curiosidade e invenção humana, eram os avanços tecnológicos.

Em pouco tempo o homem chegou a Lua, as imagens chegavam cada vez

mais nítidas através dos aparelhos de televisão até ficarem coloridas, o mundo

avançava rumo ao futuro tecnológico. Alguns desses avanços ficaram marcados na

minha vida, como meu primeiro toca-fitas e gravador, que foi meu companheiro

durante as minhas primeiras manifestações sentimentais, na adolescência.

O tempo passou, e aos dezoito anos, tendo terminado o Magistério, iniciei

minha carreira como professora. Durante os primeiros anos como docente,

praticamente não tive acesso a informática. A primeira vista, o mundo da Informática

parecia território exclusivo de indivíduos privilegiados, de bom nível educacional, no

entanto, pouco tempo depois, ela se fazia presente na Escola onde eu trabalhava. Era

uma escola municipal urbana, que adquiriu alguns computadores, vi-me obrigada a

fazer um curso básico de informática e a partir daí iniciou-se um novo período na

minha vida.

Consegui comprar um computador de segunda mão, que sempre me deixava

na mão, sempre nos momentos que mais precisava dele, eram trabalhos da faculdade

que precisavam ser entregues no prazo entre outros, no entanto eu sentia-me

fascinada com esse novo mundo que se abria a minha frente. Em pouco tempo

estávamos acessando a Internet, vi ali a possibilidade de melhorar minha atuação

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pedagógica, e de abrir novos horizontes a minha frente. Meus alunos passaram a ter o

privilégio de ir a lugares antes inacessíveis dentro de sua possibilidade, e de conhecer

o mundo através das noticias, reportagens e imagens.

Com a minha vinda para Terra Nova do Norte, especificamente para a Escola

Municipal Ribeirão Bonito, me limitei ao uso do computador para digitações e uso

de Cds e DVDs, pois um laboratório de Informática e a Internet eram apenas sonhos,

que vieram se realizar neste ano.

Hoje, temos um pequeno Laboratório e podemos acessar a Internet, estamos

interligados com o mundo. Nossa pratica pedagógica melhorou e nossos alunos são

beneficiados com uma tecnologia de ponta.

Podemos dizer que a necessidade faz a qualidade. Os avanços tecnológicos e

as descobertas científicas nos obrigam a ter acesso à informática, para podermos

acompanhar deste mundo que não para de evoluir no campo das inovações.

Marcia Valeria Sanchez Perez

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Minhas Lembranças

A partir das lembranças que tenho de minha infância, uma das coisas que mais

me recordo foi a experiência inesquecível e até cômica com as tecnologias. Nasci e me

criei no sítio, que pertencia a uma pequena cidade do Paraná. Meu pai, gaúcho e

tradicionalista comprou um rádio que mais parecia uma caixa de abelha.

Devido ao preço e a escassez de pilhas, o rádio só era ligado em momentos

especiais, para ouvir notícias e o jogo do Internacional contra o Grêmio, é claro! Não

podia mexer, era relíquia e ficava no alto da prateleira. Na mais pura e primitiva

ingenuidade, procurava entender como saiam às vozes lá de dentro. Quando estava

ligado era proibido até sussurrar dentro de casa. Tempos passaram, mudei para a cidade.

Comecei a estudar e foi na escola, com a professora e os colegas que fiquei

sabendo sobre a TV, as novelas, os filmes e jornais. Contava os dias para chegar o

sábado à noite para fazer serão na casa da vizinha e assistir televisão. Preto e branco. É

claro! Que saudades do Super Homem, Chacrinha e suas Chacretes e tantos outros.

Depois disso vieram os aparelhos de som, os discos, as fitas K7 e o telefone.

Poucos tinham acesso. Que susto o dia em que o telefone tocou perto de mim.

Além do susto não tive coragem e não sabia como atender. Até aqui, eu só via e ouvia

falar nesses aparelhos. A partir da década de 80 e 90, passei a ter um pouco mais de

contato com as tecnologias. Aprendi a manusear os aparelhos eletrodomésticos, utilizar

máquina de escrever, máquina fotográfica e atender telefone.

Meu contato com as novas tecnologias se deu praticamente a partir de 2000, por

isso sou uma migrante tecnológica e sinto que foi prejudicial para o desenvolvimento

das minhas habilidades e competências em relação ao uso do computador e da Internet.

No entanto, tenho certeza que sou capaz de superar os novos desafios e aprender muito.

Ficou clara a importância e a necessidade do contato com as tecnologias

(internet) desde cedo pelas crianças. Pois esse contato rompe todos os bloqueios,

fazendo com que as mesmas não tenham medo e receio de criar, ousar, investigar,

aprender e gostar dos desafios propostos pelas mídias.

Isaura de Carli

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A TECNOLOGIA EM MINHA VIDA

Eu, Edna Crisitna Fassbinder Ferst, atualmente trabalho na Escola Municipal

Ribeirão Bonito no Projeto Cultivar. Trabalho nesta escola desde 2004. As tecnologias

em minha vida foram surgindo gradativamente por influências de vários fatores.

Quando meus pais migraram para a 9ª Agrovila no ano de 1984, aqui era puro

mato, apenas com estradas, a água para consumo era tirada de poços com baldes e

cordas, não tinha energia elétrica.

Recordo-me da história do meu nome que minha mãe contava quando ainda criança,

que na naquela época em 1983 tinha na minha casa um rádio da marca Motorola que era

muito cuidado pelo meu pai, que ela escutando um programa na Rádio Nacional da

Amazônia, escutou o nome Edna Cristina e achou lindo.

Desde criança gostei de coisas novas, era apaixonada pelo rádio que tinha em

minha casa, pela calculadora de meu pai, que ele usava para cubicar madeira. Quando

comecei a estudar que dominava um pouco os números, meu pai me ensinou a manusear

a calculadora, então eu era quem fazia os cálculos das madeiras para o meu pai.

os anos foram se passando, e aqui por ser um lugar um pouco distante da sede do

município, demorou um pouco para chegar as novidades da tecnologia.

No ano de 1997 apareceu um senhor para dar um curso de datilografia, eu muito

entusiasmada fiz o curso, aprendi a datilografar, mas depois por não ter aonde praticar

perdi a habilidade. Neste mesmo ano puxaram uma rede de energia aqui na comunidade

e instalaram energia na escola, pois tinha aula a noite. Então começaram a surgir as

novidades, televisão com antena parabólica e um computador para a escola o que era

um sonho, mas nós alunos da época só podíamos chegar perto, ficávamos maravilhados,

encantados.

No ano de 1998 com a ajuda dos moradores da comunidade foi puxado uma rede

de energia para toda a comunidade, onde todos os moradores puderam ter energia

elétrica. A partir daí as tecnologias foram surgindo. Meu pai e minha mãe compraram

geladeira, máquina de lavar, ferro, liquidificador, batedeira, mas a tão sonhada televisão

não chegou, isso por meu pai achar que atrapalharia na educação dos filhos. Quando

estava terminado o ensino médio, pude ter acesso a um computador, pois fui à cidade

fazer um curso básico, aproveitava cada momento que estava na frente. No ano seguinte

em 2001, comecei a trabalhar como professora e então comprei uma televisão, já que

era um sonho de consumo. Nas escolas onde trabalhei até o ano de 2005, tive muito

pouco acesso a computadores, pois o que tinha na escola era mais restrito a secretaria.

Quando ingressei na faculdade, aproveitei para usar o laboratório da universidade, para

relembrar o que já havia aprendido e aprender um pouco mais. Os trabalhos da

faculdade eram sempre digitados em computador emprestado, pois ainda não tinha o

meu.

Com a chegada do laboratório, pude então usar um pouco mais, até mesmo para

trabalhos pedagógicos. Quando tivemos acesso a internet, parece que viajava por um

mundo que ainda não era meu. Tenho minhas limitações, mas tento usar e aprender

tudo, pois no mundo em que vivemos hoje, sendo transformado por novas tecnologias a

cada momento, temos que correr ao encontro, pois senão morremos no tempo.

Edna Crisitna Fassbinder Ferst

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MINHA HISTÓRIA COM ORGULHO

Bem, vou escrever parte da minha vida, ela começa bem assim:

Sou filha de pais simples, minha mãe foi professora de Geografia (hoje

aposentada) meu pai na época comerciante (hoje produtor rural), isso tudo numa

cidadezinha do interior do Paraná chamada Engenheiro Beltrão; onde vive por cerca de

31 anos.

Tenho boas lembranças da minha infância, adolescência, mas da fase adulta nem

tanto, bom chega de enrolar vamos ao que interessa.

Apesar de ter nascido em uma família simples, sempre tive acesso a tecnologia

que me era possível no momento, vamos falar do período da infância.

Com 05 anos de idade frequentei a escola, lá chamada de JARDIM DE

INFÂNCIA, me lembro que nessa escola existia um aparelho de som, onde era ligado

nos momentos de recreação esse som era usado como sinal, ou seja, entrada, recreio e

saída, não existiam o sinal convencional.

No período do primário em casa já existia uma televisão preto e branco me

recordo com muita saudade do tempo em que passava às 17 horas o Sítio do Pica-Pau

Amarelo na Rede Globo e eu chegava louca para assistir.

Quando fui para o ginasial meus pais compraram uma outra televisão agora

colorida, nessa mesma época ganhei em meu aniversário um aparelho de som 2 em 1,

tocava LP, e rádio AM e FM.

Com 14 anos iniciei meu curso de formação do 2º sendo ele o saudoso

MAGISTÉRIO me tornando professora de 1ª a 4ª séries, nesse tempo passei a ter acesso

há aparelho de vídeo na escola, em casa minha mãe adquiriu uma linha telefônica

convencional.

Terminei o 2º grau em 1.988 e trabalhei em um projeto chamado TEMPO de

CRIANÇA, no ano de 1.990 prestei um concurso municipal para professora e passei, fui

chamada em 09/06/1. 991 onde trabalhei até 05/02/2. 003, sempre trabalhei com 2ª série

e por consequência na escola onde me formei professora e no ano de 1.998/1.999 fiz um

curso de D.M. para trabalhar com sala de recursos e na APAE, nessa época passei a

conhecer o computador, mas nunca fiz curso de informática, o pouco que sei aprendi

por curiosidade. Iniciei a faculdade de Geografia em 1.995 mas precisei trancar por um

certo período , só podendo concluir em 2.001, em seguida iniciei minha pós.

Durante os cursos passei a ter maior acesso a tecnologia e informações, mas o meu

computador, só pude comprar no ano de 2.007, e ainda tem funções nele que eu

desconheço.

Mas com o curso de INTRODUÇÃO a EDUCAÇÃO DIGITAL, espero poder

não ser mais uma analfabeta funcional na área de informática.

Pois nós precisamos nos aperfeiçoar para melhorar nossa prática profissional, sem

ficarmos surpresos com as transformações que acontecem no mundo contemporâneo e

globalizado.

Hoje temos acessos há vários aparelhos elétricos- eletrônicos que no passado não

muito distante não tínhamos nem noção sem isso seria possível, como a robótica que

hoje é coisa normal, e nós quando vamos ter acesso a ultima tecnologia em relação a

informática.

Agora tenho internet em casa, coisa que jamais imaginei conseguir um dia, ela

funciona via rádio, mas pela nossa localidade e tamanho é a mais recente e moderna

tecnologia a nosso dispor.

Jackline - E.M. Ribeirão Bonito

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Minha trombada com a tecnologia

Meu nome é Liomar e pretendo aqui descrever como foi a minha trombada com

a tal tecnologia.

Nasci na cidade de Galvão, município do interior de Santa Catarina. Pra dizer

bem a verdade um ovinho perdido no meio de montão de morros entre São Lourenço do

Oeste e Xanxerê.

Pois bem, ao que me lembro eu a tecnologia fomos apresentados ha muito tempo

atrás, ainda vivendo numa comunidade por nome Jupiá-SC, hoje tornada município com

um pouquinho mais de 600 habitantes na cidade. Meu pai possuía um moinho de

descascar arroz e moer milho, que para a época era uma baita tecnologia, pois até então

lá no interior as pessoas descascavam arroz no pilão.

Algum tempo depois, não me recordo a data, pois era muito novo, meu pai

conseguiu comprar uma televisão em preto e branco, que pra nós na época era o “oh!”.

Lembro até hoje que passava horas na frente daquele caixote monstruoso vendo desenho

e um seriado que nunca me esqueço, “rim tim tim”.

Em 1984 mudamos para Mato Grosso, a terra das onças para os que ficaram e

até hoje eles pensam assim. Estabelecemos residência na Agrovila Minuana e aí me

afastei da tecnologia televisão porque não tinha energia no local, e a tal energia só viria

ser instalada na vila no final do ano de 1989. Durante esse período todo, a tecnologia

televisão ficou guardada em cima de uma móvel que chamávamos de bidê, esperando a

energia ser instalada para voltar a ativa.

De 1984 até 1989 nada de tecnologias eletrônicas, as tecnologias que usávamos

eram a enxada, a foice, o matraca para plantar o arroz e o milho e na época da colheita

podia ver em ação a trilhadeira de um vizinho que passava em via sacra trilhado os

grãos dos produtores da vila.

No ano de 1992 já havendo concluído a 8ª série, fui estudar do colégio dos

padres em Itaúba, onde concluí o segundo grau como se dizia na época. Neste novo

ambiente pude ter mias acesso a tecnologias antes não conhecidas por mim. Tínhamos

no seminário uma sala de datilografia que era a sensação, pois nunca tinha visto uma

máquina que pudesse escrever. Tínhamos muitas outras máquinas que nos facilitavam o

trabalho. Conheci no seminário um tal de vídeo cassete que nos permitia gravar os

filmes que passavam durante a semana para que pudéssemos vê-los no sábado. Outra

tecnologia que me marcou bastante foi o aparelho de som, toda manhã acordávamos às

6:00 ao som de músicas sacras o que me ajudava bastante a preparar o espírito para o

decorrer do dia. Tínhamos também instrumentos musicais como violão, guitarra, contra-

baixo, teclado e uma harmônica, e pude aprender a tocar alguns deles.

No meio do ano de 1994 instalaram o telefone convencional o que gerou

bastante confusão no inicio, pois todos queriam atendê-lo, quando tocava, o trupé era

grande.

Já quase no final do ano de 1994, ano em que deixei o seminário, foi comprado

um computador, o que gerou grande alvoroço entre nós. A curiosidade para ver aquele

bichinho funcionando era quase incontrolável. Mas a decepção foi grande, pois nem

todos podiam ver o tal computador em funcionamento por que somente um dos padres o

utilizava para serviços internos e era impossível torná-lo acessível a todos.

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Em 1997 já cursando faculdade na Unemat de Sinop, fazia-se necessário que

para continuar os estudos eu arranjasse um emprego. Depois de ter visto o tal

computador no seminário e não ter podido aprender a lidar com ele, meu desejo era

aprender para poder trabalhar com um, foi ai que iniciei na faculdade um curso de

computação básica no laboratório de informática do próprio campus universitário.

Logo que concluí o curso, por intermédio de amigos, consegui uma chance de

fazer um teste no mais conceituado escritório contábil da cidade. Na entrevista ao ser

perguntado se já havia trabalhado com o tal computador, arrisquei dizer que já havia

domado um bichinho igual ao que eles tinham no escritório, foi ai que me deram uma

semana de prazo para provar que podia domar aquele também. Consegui ficar no

emprego e ali trabalhei por três anos e quatro meses, todos os dias lidando com o

computador. Depois daquele emprego os outros que tive sempre foram trabalhos em que

se fazia necessário utilizar a tecnologia da informática. E hoje aqui na escola é uma

ferramenta muito usada no meu dia-a-dia para poder aprender para conseguir ensinar.

Dalla Santa, Liomar Roque

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Evolução tecnológica

Era uma vez, um objeto intrigante

útil, cobiçado e fascinante

seu nome conhecido popularmente

por máquina de escrever cientificamente

Anos a fio esteve presente

com efeito muito potente

revolucionou especialmente

a rotina da gente

Nos tempos jovens e ciente

participando ativamente

da moda e do diferente

era bom, era quente.

Hoje ultrapassado essa semente

foi substituída drasticamente

por um objeto de memória inteligente

com tanto apetrecho instigaste

nos tornando impotente

Credo em cruz! Extrapolou a minha mente.

Que pena não acompanhar cientificamente

a tecnologia vigente

substituindo a máquina valente

por computador eletronicamente

Meu Deus! Me sinto incompetente.

Zoleide Bianchini

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EU E A TECNOLOGIA

Lembrar da minha infância é lembrar um menino tímido, expansivo com os

amigos e familiares, mas acanhado, arredio com as outras pessoas. Recordo-me que ao

recebermos visitas em nossa casa eu encontrava uma maneira de ir saindo de mansinho

e acabava escondendo-me no quarto, atrás da casa, ou saía pela rua sem saber para onde

ia. Só retornava quando as visitas já tivessem saído. Mas por detrás daquele menino

tímido, havia um menino corajoso, um “alguém” que desejava conhecer as coisas,

descobrir o mundo.

Filho de uma família pobre, que não poderia nos oferecer muita coisa em

termos de tecnologia, saía sozinho durante a noite, quando ainda tinha entre 06 e 07

anos, para ir à casa de meus tios assistir, em televisão preto e branco, a novela sensação

da época, ”O Bem-Amado”, e filmes, especialmente do Conde Drácula.

Outro programa favorito era assistir filmes no CTG (Centro de Tradições

Gaúchas). Filmes do Teixeirinha, Mazaroppi e Trapalhões, que eram sucesso de público

no Rio Grande do Sul. Pegava eu pelo braço a minha irmã e meu irmão, mais novos do

que eu, e juntos íamos assistir a esses filmes que eram transmitidos durante a noite.

Porém, isso não era problema para nós, afinal, coragem não nos faltava.

Desde muito cedo ouvia dizer que, nós crianças, não devíamos nos

intrometer em assunto de adultos. Alheio a tudo o que acontecia ao meu redor, eis

quando recebo de meus pais uma notícia que me deixou muito triste: iríamos embora de

Miraguaí. Estávamos indo morar em Mato Grosso.

Corria o ano de 81. Com apenas 08 anos de idade e sem ter noção da

distância, só sabia que era muito longe, meu coração de criança ficou dividido: curioso

por viver essa aventura, porém muito triste por deixar os amigos, a escola, os parentes.

Chegou o dia D. A despedida, o embarque, os quatro dias que durou a viagem, a

chegada à nova terra e a triste constatação: ali seria muito difícil viver. Estradas com

enormes atoleiros, um vilarejo (onde iríamos morar) e muita mata. Este era o novo

cenário.

A única rádio que sintonizava neste lugar era a Rádio Nacional da

Amazônia. Nela havia um programa, por nós crianças e até adultos, muito querido,

inteiramente voltado para o público infantil, com historinhas, músicas infantis: o

Programa da Tia Leninha. Como trabalhávamos na roça era complicado para

escutarmos esse programa. Só havia uma saída: levarmos o rádio para a roça. E assim

fazíamos. Quando chegava a hora do programa ninguém nos segurava.

Em 1983, fui para o Seminário, em Itaúba. Foi aí que comecei a ter um

maior contato com as tecnologias da época. Inclusive foi no seminário que fiz um curso

de datilografia, feito em máquinas com teclado relativamente pesado. Mas foi de grande

valia. A habilidade na digitação nos dias de hoje se deve àquele curso.

Em 1988 finalmente conseguimos comprar a nossa primeira televisão, em

preto e branco. Quanta felicidade. Na época, em nossa região, só conseguíamos

sintonizar o SBT(Sistema Brasileiro de Televisão), porém, pouco nos importava. Como

fomos uns dos primeiros da comunidade a comprar uma televisão, muitas pessoas e

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famílias iam lá pra casa, diariamente ou nos finais de semana, para assistir a novela,

filmes, jogos de futebol. Enfim, a nossa casa virou um ponto de encontro.

Olha a ironia do destino. Em 1989 prestei vestibular na FUCMAT

(Faculdades Unidas Católicas de Mato Grosso) para o curso de Filosofia, afinal ainda

era seminarista. Foi-me dado um poema, que ora não me recordo, do qual teria que

extrair o tema central e, a partir daí, produzir a minha redação. Cheguei à conclusão que

o tema central era “a alma do computador”. Porém, que alma era essa. Eu nunca tinha

visto um computador na minha frente, nem sabia o que era isso. Quanto suador. Alguma

coisa teria que escrever. Escrevi. Se me saí bem ou não, nunca saberei. Da “alma” não

sei o destino, se o céu ou o inferno. O importante foi que consegui passar no vestibular.

Em 1998, pude ter contato com o tão falado computador. Participei de um

curso básico de informática, ministrado pelo Padre Edson Sestari, no qual aprendi as

noções básicas que logo esqueci, pois não tinha praticamente nenhum contato com outro

computador fora do curso.

Finalmente no ano de 2000, realizei o sonho do computador particular.

Passou a ser uma ferramenta extremamente importante na minha vida de professor, pois

facilitou em muito algumas atividades que eram penosas sem ele. Pude desenvolver

habilidades e dominar uma boa parte dos recursos que o computador nos oferece e

transformar essas habilidades em conhecimento significativo.

No ano de 2003, participei de um curso de pós-graduação, “Informática na

Educação”, o que ajudou significativamente no meu aprendizado e na possibilidade de

auxiliar outras pessoas.

Neste ano de 2008 estamos tendo mais esta oportunidade de aprendermos a

usar essa grande ferramenta pedagógica, através do curso que nos está sendo oferecido

pela ProInfo, “Educação Digital – Linux”. Espero poder tirar um bom proveito desse

curso para transformá-lo em conhecimento significativo para os meus alunos no dia-a-

dia da sala de aula.

Lairton José Ferst

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Amizade por um fio!

Durante a infância não tive muito contato com a tecnologia, pois morávamos em

uma “cidadezinha cheia de graça”, com seus sete a oito mil moradores, chamada

“Rosário Oeste”, localizada a 120 km de Cuiabá, a capital de MT, Terra de gente

simples, mas de muita sabedoria, cheia de crendices populares, segundo os ribeirinhos

existe uma lenda a respeito do Rio Cuiabá, dizem os mais velhos que no fundo do Rio

habita o “Minhocão” e que ele engole pessoas e vira embarcações, na verdade não

conheço muito a história, mas tem gente que jura ter visto, eu prefiro apenas acreditar,

pois tenho medo só de ouvir falar.

Embora não houvesse muitas pessoas em Rosário, ainda assim as poucas que

haviam eram acolhedoras, e passavam todas as tardes conversando em frente a suas

casas, a simplicidade era algo que chamava atenção naqueles semblantes, que na

maioria das vezes eram de moradores antigos, que o tempo já havia modificado seus

traços, mas não a alegria de estar com o outro para falar sobre seu dia, ou mesmo uma

palavra a toa, apenas para perpetuar o círculo da amizade. Com o passar do tempo as

coisas foram se modificando, nossa cidadezinha foi ganhando mais graça ainda, porque

seus moradores estavam conhecendo uma nova forma de se comunicar, e quem iria

imaginar que as conversas das tardes dariam lugar ao “Telefone”, isso mesmo, a

tecnologia estava chegando! Assim minha mãe começou a se alegrar com a idéia de ter

um telefone, pois a família dela morava em Cidades e Estados distantes, e esse era um

meio rápido de estar sempre em contato, para saber como estavam, pois antes

utilizávamos apenas as cartas, bem, elas ainda continuariam, eram tão pessoais, cheias

de carinho, cada letra, cada palavra era desenhada, feita com muito amor.

Depois de algum tempo eu também comecei a sentir aquilo que minha mãe

sentia... Comecei então a sonhar... Em todos os sonhos eu estava conversando, mas não

me lembro com quem era, lembro-me apenas da cor do

aparelho que era “vermelho”, se bem que eu nem gosto tanto de vermelho, mas esse era

o meu sonho de cada noite. Chegou o dia tão esperado, instalaram a linha para o

telefone, e para a minha surpresa o aparelho era “marfim”, também, imagine se tudo

fosse realmente como nos sonhos... o mais engraçado era quando ele tocava, todos

queriam atender, a sorte mesmo era daquele cujo telefonema interessava. Isso ocorreu

durante dias até todos se acostumarem com aquele toque. Embora a tecnologia seja algo

importantíssimo para todas as pessoas, pois com ela conseguimos vários avanços

tecnológicos, nada substitui uma agradável e longa conversa na calçada de casa com os

amigos, e parece que lá o tempo passa mais devagar, como se o que realmente importa

são a simplicidade das coisas, e o grau de importância que damos a elas... Ah os amigos

longe ou perto estão sempre em nossos pensamentos, como diria Mário

Quintana a “amizade é um amor que nunca morre”.

Soila Canam

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A CURIOSIDADE MATOU O GATO

A curiosidade matou o gato, é exatamente nisso que estou pensando enquanto começo a

digitar esse texto. Estou segurando as lágrimas, pois acabei de perder todos os arquivos

que estava no meu computador enquanto tentava instalar o Linux Educacional.

No sábado a noite procurei um site para fazer o download do Linux, foi bem

fácil encontrar.

Enquanto esperava o término do download aproveitei para dar uma olhada nas

instruções de instalação, estava super ansiosa para explorar o novo sistema. Quando o

download terminou resolvi ir adiante e criar o disco de boot, pois sabia que não era um

processo complicado, já havia feito isso antes, claro que da primeira vez perdi vários

CDs. O cd ficou pronto e como já estava tarde fui deitar, mas a curiosidade não me

deixou dormir, minutos depois estava novamente na frente do computador. Olhei mais

uma vez o capítulo que tratava do particionamento de disco e reiniciei o computador, o

resto dá pra imaginar, foi o início do fim do gato curioso.

Agora estou tentando me conformar com as perdas enquanto faço a atividade do curso.

Ao menos o novo sistema foi instalado, e o editor de texto é bem parecido com o antigo,

não estou tendo dificuldades para usar, e para minha própria surpresa ainda não senti

saudades do Word. Isso me leva a uma importante constatação, o gato não morreu, ele

continua vivo, apenas mudou. É doloroso mudar, mas aos poucos vamos percebendo o

lado bom das mudanças e no fim nos acostumamos novamente, deve ter sido assim com

as pessoas que utilizavam navios para atravessar o Atlântico quando os aviões

começaram a ser utilizados para o mesmo propósito, como também deve ter sido a

curiosidade que fez muitos experimentarem esse meio de transporte pela primeira vez.

A curiosidade também deve ter tirado Santos Dumont muitas vezes da cama, é

impossível

dormir quando se tem em mente idéias que podem influenciar os caminhos de toda a

humanidade, e é quase certo que ele também teve prejuízos durante as inúmeras

tentativas até que seu projeto tivesse sucesso. Óbvio que não estou me comparando a

Santos Dumont, mas como professora posso influenciar o caminho dos meus alunos

para que se tornem cidadãos responsáveis e capazes, esse é o meu projeto, aprender

utilizar um sistema mais acessível é uma das inúmeras tentativas, perder cds e arquivos

são prejuízos pequenos diante desse projeto.

A curiosidade é natural no ser humano, mas o medo da mudança faz com que vejamos

ela como defeito, como um vício capaz de levar os curiosos a morte. Nos ensinaram a

ver com maus olhos a curiosidade ao longo dos séculos, como uma forma de conter os

explorados e manter o poder, e nós em pleno século XXI continuamos repetindo a

máxima e temendo o novo.

As lágrimas secaram finalmente, a cada palavra digitada percebi que não perdi nada, o

disco do computador foi formatado, mas o que eu aprendi já faz parte de mim, desse

texto e das minhas ações. A curiosidade nunca matou o gato, o que ela matou foi o

comodismo e o medo do novo. O novo gato compreendeu que não é escravo de uma

única tecnologia, mas que são elas que servirão ao seu propósito desse momento em

diante.

Jusemara Teles

Page 13: Texto Linux

A tecnologia em minha vida

Hoje o aspecto mais importante na dinâmica econômica sob o comando

industrial é o crescimento da produtividade relacionado com a incorporação de novas

tecnologias, o fato mais preocupante nesse processo é o próprio desenvolvimento dessas

tecnologias e principalmente suas aplicações.

Percebe-se que a ótica hegemônica mundial nesse contexto (re) organiza o

mundo semelhante à uma “teia de aranha”, tal quantidade de relações que envolvem a

humanidade em nossos dias em um sistema de inclusão ou marginalização social, sendo

assim, as pessoas gradativamente são afetadas pelo intenso fluxo de informações e

inovações tecnológicas.

Estamos vivendo hoje a uma verdadeira revolução na área da telecomunicação a

espera de novos instrumentos os quais tornam os espaços e tempos mais curtos, ou seja,

hoje por exemplo, através da tecnologia posso realizar contato com outras famílias em

tempo real, coisas que anos atrás era realizado através de cartas levando dias e até meses

do referido contato.

Como experiência vivida em meio a essas inovações (tecnológicas) vale ressaltar

o meu primeiro contato com a energia elétrica, em minha casa anteriormente a luz que

iluminava era o da lamparina, objeto feito de lata com pano e óleo diesel, mais tarde

passamos a utilizar liquinho, objeto mais moderno, sendo que sua fonte de energia era o

gás, já em 1982 esse último objeto foi substituído. Através de um projeto realizado pela

CEMAT, ficava visível nos rostos das pessoas dessa comunidade a esperança e a

vontade de participar de uma nova era, um momento em que a tecnologia chamada de

energia elétrica a qual iria suprir muitas necessidades as quais de certa forma assolavam

a nossa família e nossa comunidade.

No entanto o que se verifica hoje é a presença de novos momentos tecnológicos

e principalmente a nossa adaptação á ela,pois a globalização tecnológica ampliou o

fosso técnico do mundo: Os habilitados tecnicamente tornaram-se mais ainda

habilitados e os menos habilitados buscam através das novas exigências do mercado do

trabalho uma nova interação técnica talvez tardia mas necessária .

Edson Wanderlei

Page 14: Texto Linux

Efeitos colaterais do uso do PC

Tinha convicção. Não. Não seria mais uma obcecada pela máquina e seus feitos

heróicos em uma saleta composta de quatro paredes nuas, uma escrivaninha, uma

cadeira de rodinhas e um assento ao portador do outro lado da mesa. Já cansara de ouvir

estórias bem sucedidas de final de expediente: “Vc viu meu Pc novo?” Nossa que

insulto a gramática! Engoliram as palavras, corromperam a língua materna em troca de

meia dúzia de modernidade. “Meu PC!” Jamais ousaria usar tais palavras.

Era feliz com suas fabulosas estorietas sobre aquele dia que... Ou sobre quando,

quando... Não importa se não tinha estórias do final de expediente sobre aquele dia que

o técnico de informática passou a tarde espalhando olhares esverdeados na redação, ou

sobre quando o PC travou na hora H e ele teve que ir tomar um cafezinho na cozinha.

Era simples, poderia substituir seus contos por aquele dia que o chefe tropeçou no balde

e vassoura deixados por um minuto no corredor no corredor, enquanto limpava,

disfarçadamente, o vidro da sala de redação que tinha o PC ligado que o tal técnico

examinava. Afinal sabia que ninguém tropeçaria nela mesmo. E quando chegara

atrasada cinco minutos por deixar os pensamentos presos no monitor LCD com tela

plana de catorze polegadas da recepção. Pensou que se aquele PC travasse seriam horas

de olhos azuis na recepção. Mal acreditava que tinha pensado PC.

O contato que tinha com ele era breve: um espanador bailarino ou uma flanela

embriagada de desejos. Às vezes quando a vassoura, por atrevimento ou curiosidade,

chegava mais perto e tocava alguns fios deitados no chão, o coração saltitava na boca, o

rosto cobria de um torpor, as pernas bambeavam e só voltava a respiração quando ouvia

as palavras mágicas: “Está tudo bem tia!? Se quiser posso sair para a senhora poder

limpar a vontade”. Mas sempre dizia que estava bem, que poderia ficar, pois já estava

acabando. Mesmo assim ficava horas mergulhadas em pensamento, viajava pela tela e

sentia os dedos fazendo um clic- clic no mouse juntos com os olhos verdes. Tinha

curiosidade, queria saber como funcionava tudo, mas ali apenas limpava e suas mãos

não eram delicadas como as da redatora.

Todas as vezes que uma daquelas máquinas parava de funcionar chamavam o técnico.

Olhos verdes, maleta prata, cabelos sem vento e muitas horas na frente da tela. Ficava

sempre ao pé da porta pronta para trazer o café, alcançar a chave, pegar o Cd disso e

daquilo (conhecia os Cds pelos desenhos), ele sempre contava com os seus préstimos.

Todos corriam de um lado para o outro com papeis, telefones, anotações. Ignoravam o

técnico, mas lembravam da máquina e sempre alguém perguntava: “E aí, já está

pronto?” E ele respondia: “Só mais meia hora, to terminando de formatar. Dessa vez

consegui recuperar todos os arquivos”. Um sorriso, um gole de café. Depois ia embora e

o verde dos olhos dele continuava piscando no botão do computador.

Com o tempo foi perdendo o medo, podia tocá-los: Máquina e homem. Com o

espanador dançava sem pó. Com a flanela exalava perfume. E a vassoura teimosa se

enrolava nos fios. “Alguém chame o técnico, meu PC travou”. E dia após dia via ele

entrando na redação. Maleta na mão, cabelo sem vento, sorriso no rosto, sinal verde (os

olhos). Todos ocupados. Mensagens, telefones, anotações, cafés e sorrisos, muitos

sorrisos. No final do expediente também tinha estórias para contar e falava com as

paredes nuas: “Vou ter o meu próprio PC. É uma questão de tempo. Ele não trava na

hora H.

A conexão e banda larga, já comprovei outro dia ao tomar café na cozinha. Terei

acesso ilimitado é só dar o enter.”

Um dia enquanto limpava a sala da redação o PC principal travou, disseram que era a

memória que estava cheia. Ficaram apavorados tinham que terminar a edição para o dia

Page 15: Texto Linux

seguinte, mas o PC não respondia a nenhum comando. Então chamaram o técnico de

olhos verdes. Falaram que ele não poderia vir, estava de férias, lua de mel. “Lua de

mel?!” Ouvira bem, mas não vira aliança em suas mãos. Foi um delete seguido de um

insert cruel. A flanela caiu e o espanador voou. Ela avançou em direção ao PC. Os olhos

dele piscavam em verde e vermelho. Tocou a máquina. Feriu a tela plana LCD,

penetrou o disco rígido e devorou cada Mb da memória, engoliu a seco cada CD,

triturou com as mandíbulas ao desenhos do teclado, digeriu o mouse e em instantes o

PC foi sumariamente destruído. Mas ouviu o clic, seus olhos estavam vidrados e desta

vez todos da redação olhavam-na. Como uma capela: “A faxineira”, seguido de um

silencio ensurdecedor. Mal percebeu o barulho da

flanela embriagada e do espanador bailarino tocando o chão. Dirigiu-se em direção ao

PC principal da redação, plugou-o na tomada. Morte súbita do silencio. Mensagens,

telefones, anotações, cafés e risos, muitos risos. Não voltaria mais a sala da redação. O

PC ainda lhe distribuía olhares esverdeados, com sua enorme cara LCD catorze

polegadas.

Desconectou-se da rede. Estava sem endereço de web.

A noite quando deitou na sólida cama de solteiro do quarto de meio salário,

sentiu bem: memória cheia. Fez um backup, tomou um anti-vírus, reclinou a cabeça no

travesseiro e antes de iniciar a formatação ainda viu o teto refletir a tela LDC de muitas

polegadas, as paredes se recobrirem de preto internalizadas de fios coloridos plugados

consecutivamente, a porta revestida de metal tal qual a entrada USB. Seria um racker

que invadira seu sistema? Ou alguém conseguira descobrir sua senha? “Deletaram os

meus arquivos”. Iniciou a formatação. Mas ouviu bem quando chamaram o técnico

vestido de branco com olhos esverdeados para consertar a máquina.

No dia seguinte o Classificados do jornal oferecia uma vaga de emprego para

faxineira com segundo grau completo e curso de computação.

Gisláide Aparecida Ferreira de Sena.

Page 16: Texto Linux

Minha história

Minha história começa a mais ou menos 28 anos atrás, quando ainda morava na

minha terra natal em Santa Catarina. Meus pais trabalhavam fora para poder nos dar o

mínimo necessário, eu e meus três irmãos ficávamos em casa, eu e meu irmão mais

velho éramos responsáveis pelo serviço de casa, estudávamos um período e no outro

tínhamos muito o que fazer, na época do inverno, recolher lenha, fazer fogo, etc.

Mas, éramos crianças e gostávamos de assistir TV, esquecendo assim das tarefas

de casa. Até que minha mãe resolveu cadear a televisão, pois senão o serviço não era

realizado. Quanto sofrimento, sem assistir os desenhos favoritos, até que apareceu um

tio nosso “muito esperto” e nos ensinou a colocar uma extensão e ligar a tomada, não

necessitando assim abrir o cadeado, e nossa mãe não descobriria. Engano nosso, o

resultado foi: trabalho não realizado e uma surra bem dada. Quando nos mudamos para

Terra Nova do Norte em 1986, não tinha energia elétrica ( luz), não tinha como assistir

televisão, então, ouvia muito a Rádio Nacional da Amazônia, lembro que meu pai ficava

bravo pois eu gastava uma carga de pilha a cada dois ou três dias, em compensação fiz

muita amizade por correspondência, me correspondia com pessoas do Brasil inteiro.

Passado muitos anos, já cursando Pedagogia, em uma promoção realizada na Escola em

que eu trabalhava, decidiu-se comprar dois computadores para a sala de professores,

mas, tínhamos um porém, não sabíamos mexer com aquela “coisa”. Então um professor

do PAEM ( Programa Alternativo do Ensino Médio), chamado Vitório se propôs a nos

dar umas aulas, teve até cronograma, pois tinha muita gente interessada em aprender,

enquanto outros nem chegavam perto. Aprendemos a ligar e desligar, e usar o editor de

texto. Foi um grande avanço para a época.

Depois disso, fiz dois cursos de computação, mas, sempre com um pouco de

medo de estragar.Algum tempo depois apareceu o tal do celular, o meu marido tinha

um, mas eu não sabia mexer, certo dia tocou o celular e fui atender, sem perceber

apertei o botão para falar, e ainda perguntei pro meu marido se era no botão verde que

apertava, e a pessoa do outro lado disse; sim é no verde mesmo. Pensa no mico que

passei. Sem contar as vezes que o celular tocava e achava que não era comigo o barulho,

achando que era outra coisa. Agora tudo mudou, todos em casa têm celular, temos

computador com acesso a internet, estamos aprendendo cada vez mais, e procurando

perder omedo do novo.

Mara Caciane Renz Dalmolin

Page 17: Texto Linux

A tecnologia em nossas vidas

De acordo com o site Wikipédia, tecnologia é um termo que envolve o

conhecimento técnico e o cientifico e as ferramentas, processos e materiais criados e /

ou utilizados a partir de tal conhecimento. A tecnologia é um meio indispensável na

vida do ser humano, precisamos fazer uso da mesma para conseguirmos acompanhar as

evoluções e transformações que vem ocorrendo no mundo inteiro.

Eu como professora de Educação Infantil, acredito que a tecnologia e a

informática são fundamentais na vida de qualquer pessoa, já que hoje tudo esta

relacionado com as novas tecnologias, a cada dia surgem novidades e de certa forma

somos impulsionados à acompanhar tais transformações.

Antigamente, mais ou menos a vinte anos atrás, nem todas as pessoas tinham

televisão, rádio etc..., atualmente são poucas que não possuem tais tecnologias, e um

exemplo de como a tecnologia vem crescendo é o fato de hoje termos inúmeros modelos

televisão, a um certo tempo atrás as televisões eram pequenas e sua imagem era preto e

branco, hoje temos modelos dos mais avançados como: TV de plasma que é

praticamente um cinema dentro de casa.

A informática também vem se expandindo, ter um computador em casa hoje já é

comum, precisamos fazer uso do mesmo pois as situações que enfrentamos exigem seu

manuseio. Ter um computador conectado a internet se tornou uma necessidade do ser

humano, a informática surge para superar a necessidade do ser humano de registrar e

manipular dados em grandes quantidades com precisão e rapidez.

Muitos profissionais da área consideram que a palavra informática seja formada

pela junção das palavras informação + automática, pode dizer-se que a informática é a

ciência que estuda o processamento automático da informação por meio do computador.

Em sala de aula podemos perceber o quanto as crianças se interessam pelo

computador e principalmente pela internet, a maioria delas já sabe o que é um

computador e qual sua utilidade. Eu confesso que até pouco tempo não tinha contato

nenhum com o computador e internet, não sabia nem ligar um computador, mas ficava

observando as pessoas trabalhar e imaginava que não seria tão difícil manusear tal

máquina. Minha curiosidade aumentou quando há três anos iniciei minha faculdade de

Pedagogia em Educação Infantil. A todo o momento ouvia falar em assuntos

relacionados a internet, e assim logo foi necessário usar o computador para digitar

textos, provas, projetos bem como pesquisar na internet. Dessa forma meu interesse só

aumentava, passei a navegar pela internet, criei meu MSN e Orkut.

Hoje me sinto feliz usando o computador, navegando na internet, e a cada dia

aprendendo coisas novas e interessantes, sei que há muita coisa pra aprender, mas com

dedicação e empenho será possível conquistar. Enfim acredito que a tecnologia e a

informática estão sendo muito importantes para minha vida, pois irão contribuir para

meu crescimento pessoal e profissional.

Roseli Aparecida Cucolotto

Page 18: Texto Linux

Eu e a Tecnologia

De uma forma simples Tecnologia é a razão e a capacidade do homem em

resolver problemas na qual ele utiliza-se de meios por ele criado para facilitar a

resolução dos mesmos, ou seja, inventa algo para ajudar a resolver outras coisas. Sendo

assim a tecnologia está presente em tudo, dês do lápis de escrever à impressora jato de

tinta, da bicicleta ao avião, do rádio ao computador e assim vai...

Quando pequeno, eu e meus irmãos gostávamos muito de ouvir o rádio, aparelho

de comunicação mais usado naquele tempo, era a “Tecnologia da Época”. No rádio se

ouvia novela, jornal, futebol, rodeio, bingo e etc. Lembro-me quando meu pai trocou o

antigo aparelho por um novo, fizemos até uma festa, tempos que ficaram guardados na

lembrança.

Com a chegada da televisão ficou ainda melhor, com o som vieram as imagens,

dava pra ver o mundo inteiro dentro do televisor. A princípio pensávamos que a antena

seria posta em cima do telhado da nossa casa, mas descobrimos que não era preciso,

apenas em cima do televisor. A TV não era colorida, apenas em preto e branco, mas

quem ligava, o importante era assistir as novelas e ver os jogos que antes se ouvia

apenas pelo rádio.

Lembro-me quando ganhei meu primeiro Vídeo Game, era um Dynavision,

demorei aprender, tive dificuldades por não saber usar, mas criança aprende rápido,

principalmente quando se trata de jogo, depois que aprendi, passava horas brincando na

frente da televisão, minha mãe algumas vezes chegou até brigar comigo pra não jogar

muito, mas me divertia bastante tudo pra mim era novidade.

Em casa tinha uma máquina de escrever manual que meu pai usava para

digitar trabalhos, era muito interessante, mas às vezes ele ficava zangado quando errava

o texto, era necessário muita atenção, pois um erro não poderia ser corrigido e se errasse

muitas vezes tinha que começar tudo de novo. Meu pai não deixava ninguém mexer na

máquina de escrever, só ele, mas com o passar do tempo foi nos ensinando a usar aquele

instrumento de trabalho.

Os tempos foram passando e com a chegada do computador meu pai lançou-me

um desafio.

Ele disse:

__vou te dar um computador se você fizer o curso de informática e passar de

ano.

Aceitei o desafio, passei a fazer o cursinho básico e consegui passar de ano. O

curso teve duração de oito meses. Quando conclui, fui chamado para fazer um estágio

na escola de informática que eu fazia aula, comecei a fazer o estágio que durou seis

meses, junto com o instrutor Marcelo, terminado esse período, passei a pegar turmas

sozinho na sala, não foi fácil, mas com a ajuda de Deus consegui.

Ganhei meu primeiro computador e fui aprendendo aos poucos e até hoje estou

aprendendo, e acredito que continuarei a aprender cada vez mais, nesse mundo de

tecnologia que não tem fim.

Israel Brites Caldas

Page 19: Texto Linux

“Não desistir de voar”

Quando soube que teria que produzir um texto, sobre a tecnologia e qual

influência ela tem em meu cotidiano, logo pensei.

De qual aparelho irei falar? Pensando assim, procurei escrever sobre o que estou

vivenciando no momento. Sendo convidada a participar do curso LINUX aceitei

prontamente mesmo estando em tempo reduzido, por outros compromissos, e o curso já

em andamento quando comecei a participar das aulas.

Assistindo então o filme de Santos Dumont notou-se a sua vontade de voar,

começando sua criação de uma forma bem primitiva, mas com perseverança, deu asas a

sua imaginação.

Hoje se pode usufruir de aeronaves com todo luxo e requinte, além de viagens

expressas, graças a sua força de perseverança. Incrível!!! Como evoluiu!!!

No entanto as mudanças ocorrem rapidamente e a evolução tecnológica. Já passa

a fazer parte do nosso cotidiano, e felizmente somos privilegiados com o uso desses

recursos.

Ainda lembro-me quando fiz curso de datilografia era uma velha máquina de

escrever. Como eram duras as suas teclas!!!

Sei que não foi fácil a conclusão do curso, pois morava vinte e sete quilômetros

de distância da cidade aonde acontecia o mesmo. Enfim concluído... Que bom!

Eu sabia datilografia, o que facilitou minha vida de estudante, datilografei

textos, poesias, musicas...

Mas... Tempos depois tive o primeiro contato com o computador. Que diferença

da máquina de escrever! As teclas eram mais leves, se errasse poderia apagar sem

danificar o texto. Lembrando que o primeiro programa foi o MSDOS (hoje extinto)

executei outros programas entre eles a digitação, que foi de grande relevância nos

trabalhos de faculdade.

E a internet!!!! Ah, essa é demais!!! Uma fonte inesgotável de pesquisa e

esclarecimento de dúvidas, traz o conhecimento para bem perto de nós.

A grande maioria pode acessá-la e se conectar com o mundo em questão de

minutos, esse benefício já está acessível para todas as pessoas, inclusive temos a

vantagem de obter programas especificados para crianças, fazendo com que desde cedo

já comecem a informatizar e estar preparados para vivenciar esses avanços que a

tecnologia pode oferecer.

Como educadora sinto-me mais preparada para ao transmitir esses

conhecimentos e para dar oportunidade aos pequenos de conhecer a máquina, ensinar-

lhes que não se deve fechar os olhos para o mundo e que desistir de voar não é nosso

lema, mas sim, ir em busca da realização dos nossos sonhos!!!!

Maria José

Page 20: Texto Linux

INTRODUÇÃO A INCLUSÃO DIGITAL

Sou professor de uma escola rural do Município de Terra nova do Norte MT,

denominada Escola Municipal Xanxerê, trabalho ha 20 anos no Ensino Fundamental

com crianças de 1ª a 4ª séries.

A tecnologia evolui com o passar do tempo, e a cada momento desperta

curiosidade, pois cada novidade precisa ser assimilada para ser utilizada pelas pessoas

em todas as partes do mundo, seja qual for a atividade que exerça , existirá sempre algo

que venha para aperfeiçoar, facilitar as atividades humanas. Podemos chamar isso de

progresso em benefício do ser humano das pessoas enfim, mas para que seja um

instrumento de inclusão precisa estar ao alcance também das minorias.

O século XX foi uma época em que o avanço tecnológico se deu de forma muito

acelerada, muitas vezes pela necessidade e também pela capacidade que o ser humano

desenvolveu em buscar melhorias. Mas às vezes nesta busca nem todos os avanços

podem ser considerados positivos devido aos efeitos colaterais de muitas invenções e

inovações como por exemplo o uso das máquinas agrícolas que substituíram a mão de

obra humana gerando desemprego no campo outro exemplo é o uso dos agrotóxicos

que por um lado possibilita a produção em grande escala de alimentos mas que ao

mesmo tempo gera transtornos de saúde .

Analisando o passado que tive e atentando para as particularidades da época entre

1973 e 1981 lembro-me que na luta árdua da agricultura, minha família passou por

muitas dificuldades devido a falta de conhecimento sobre a qualidade do solo, mudamos

do Paraná para Mato Grosso em 1973, em busca de melhoria de vida, adquirimos um

sítio em Sinop, Mato Grosso, passamos por muitas dificuldades por causa da falta de

conhecimento das culturas agrícolas que poderiam ser produzidas ali naquele solo,

assim sendo plantou-se café em terras impróprias para este cultivo, conseqüência disso

foi a dívida alta em financiamentos e a conseqüência da falta de produção , em 6 anos o

terreno foi a leilão , por falta de pagamento.

Hoje meus pais moram em uma chácara pequena criam gado de leite e corte

sempre procuram melhorar a qualidade dos animais para uma melhor produção de leite

e carne.

Na escola onde trabalho (Escola Municipal Xanxerê) as melhorias demoraram a

acontecer devido às condições da época os recursos tecnológicos que tínhamos era

muito poucos me lembro que nossa escola começou com um mutirão comunitário para

levantar as salas de aula e eram apenas duas salas com uma minúscula cozinha os

materiais pedagógicos eram escassos poucos livros e um mimeógrafo para ampliar

textos ou avaliações.

Os primeiros computadores chegaram em 1997/98 eram quatro máquinas, onde

pudemos aprender algumas noções de como usar a máquina. Eu aprendi um pouco,

consegui aprender a digitar textos, tabelas, gráficos etc. No Programa Windows 97/98.

Não pudemos aperfeiçoar e aprender muito devido à falta de prática e de tempo.

Por volta do ano de 1996/97, chegaram o 1º kit de TV, antena parabólica e vídeo

k7, para que a escola fizesse a gravação dos programas da TV Escola e utilizasse como

uma ferramenta pedagógica em sala de aula e para cursos de atualização de professores.

Muitos professores tiveram e ainda tem muita dificuldade em manusear aparelhos

eletrônicos como: dvd, vídeo k7, controle remoto etc., mas há sempre quem auxilie no

uso destes equipamentos.

Page 21: Texto Linux

Atualmente na escola onde trabalho teve melhorias nesse sentido temos o

laboratório de informática com Internet e agora podemos com esse curso, aperfeiçoar

nosso conhecimento para poder maximizar o uso dessa tecnologia em sala de aula.

Professor Marcos D.Rohden.

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OS AVANÇOS TECNOLÓGICOS EM NOSSO DIA – A -DIA

Eu Laercio Roberto Ferst, sou professor a nove anos, na mesma escola em

que cursei da Primeira série até o Ensino Médio.

Em 1981, minha família juntamente com outras tantas migrou do Rio

Grande do Sul para Terra Nova, mais precisamente para 9ª Agrovila, onde na

oportunidade tinha apenas cinco anos de idade. Essa era uma região nova, ainda

intocada, onde as notícias só chegavam em cartas ou jornais dos grandes centros,

geralmente trazidas em mãos por pessoas que vinham de viagem.

Perante essa realidade, não é difícil imaginar o quanto era raro a noticia ou o

aparecimento de uma nova tecnologia, senão as já conhecidas e usadas em nosso dia-a-

dia.

Em 1983 ingressei na escola, primeira série, época em que comecei a

manusear algumas tecnologias (como materiais pedagógicos) que não eram muito

comuns para mim, pois minha irmã não permitia que mexesse nos materiais escolares

dela. Nessa época ganhei meu primeiro calçado, era para ser uma "conga" - calçado de

tecido que se usava na época -, mas como não serviu, e meu pai trocou por um sapato

social. Foi um problema, porque eu não tinha calça comprida, e então tive que usar com

calção e uma meia vermelha que para que eu usasse, meu pai disse que era do

internacional. Alegria que durou pouco, pois logo começaram a me chamar de sapatudo,

e nunca mais usei o calçado.

Por volta de 1986, compramos o primeiro rádio, da marca "Norton", que

mais parecia uma caixa de abelha de tão grande. Só pude começar a manuseá-lo depois

de uns três anos, pois meus pais diziam que não deveríamos mexer, pois além de ser

movido a pilha, na época muito cara, também poderia estragar.

Em 1990, com o surgimento do garimpo e conseqüentemente uma melhoria

nas condições financeiras, compramos nossa primeira televisão, em preto e branco que

funcionava a bateria e uma antena rabo de peixe. Era uma maravilha assistir aos jogos

de futebol no final de semana, com a casa cheia de vizinhos, embora quase não

víssemos a bola, de tão mal que pegava. Porém nessa época já estava bem crescidinho e

até já resolvia pequenos problemas que dava com a máquina.

Assim que comecei o ensino médio, apareceu na escola um Senhor

interessado em dar cursos de datilografia. Alguns dias depois já me sentia "o cara", pois

era um dos melhores alunos do curso. Também pudera, tinha força nos dedos para bater

aqueles botões emperrados das velhas máquinas. Um ano depois fiz um curso básico de

computação, um medo terrível de apertar um botão que estragasse o computador, mas

só aprendi de verdade quando precisei fazer meus trabalhos e outras atividades da

faculdade.

No ano passado (2007) recebemos do governo federal um laboratório de

informática e recebi o convite para trabalhar como orientador. Nos primeiros dias me

senti um quase analfabeto, pois essas máquinas vieram providas do Sistema

Operacional Linux, até então ignorados por mim, mas foi com grande insistência e

contribuição de vários colegas que consegui aprender um pouco.

A maior dificuldade que tenho e sinto que meus colegas de trabalho também

têm, é quanto ao uso do computador como uma ferramenta pedagógica, talvez por ser

uma tecnologia nova para nós. Porém faz-se necessário que procuremos romper com

esse medo do novo, pois nossos alunos não tem, e cada vez mais cobrarão de nós.

Laercio Roberto Ferst

Page 23: Texto Linux

TECNOLOGIAS...

A tecnologia na vida do cidadão se tornou indispensável, pois, a cada dia que

passa, nossas vidas se tornam mais corridas e atarefadas.

Desde criança, valorizei muito a tecnologia a minha volta mesmo que simples

fosse.

Cresci sempre ouvindo a “Rádio Nacional da Amazônia”, mas a chegada

primeira televisão preto e branco em minha casa, se deu em 1985. Meu pai conseguiu

comprar um motor estacionário com um gerador de energia pequeno na Oficina

Mecânica em que trabalhava e, a partir daí tivemos energia elétrica e televisão em casa.

A família ia do centro da cidade (aqui em Terra Nova) até o bairro industrial próximo ao

Laticínio para poder assistir o jornal e a então famosa novela da época “Roque

Santeiro”.

Mais tarde, quando nos mudamos para a cidade de Matupá, minha mãe dava aula o dia

inteiro, então resolveu comprar uma máquina de lavar roupas para ajudar no serviço de

casa. Nessa época a energia elétrica da cidade acabava a meia noite, então dava tempo

de minha mãe chegar da escola e lavar até tarde da noite. Quando meu pai conseguiu

comprar uma televisão um pouco maior e colorida, estava no auge o programa “Xou da

Xuxa” (1986 – 1987). Eu e meus irmãos ficávamos em casa na parte da manhã e

tínhamos que dar conta do serviço de casa, com tarefas que minha mãe deixava para

cada um fazer. Mas, a tentação de assistir o programa da Xuxa com suas músicas que

adorávamos cantar, os desenhos (Heman, Sherra, Caverna do Dragão, etc.), era tão

grande que quando estava dando a hora da mãe chegar e o serviço não tinha sido

terminado e a televisão quase pegando fogo de tanto assistirmos a manhã inteira, a única

solução que víamos era pegar vários cubinhos de gelo e colocar em cima da televisão

para tentar esfriar para que quando a mãe chegasse, não perceber que a TV esteve ligada

por várias horas. E, o triste fim da TV não muito tempo depois veio. A coitada queimou

de tanto derretermos gelo em cima dela para esfriá-la.

Quando mudamos para o Estado do Pará, que tristeza... Adeus energia elétrica,

máquina de lavar roupa, TV, geladeira, ferro elétrico. Voltamos a lavar roupa na velha

tábua e puxar água com balde da mina de água, passar roupa com o ferro a brasa,

lamparina e lampião a gás... E o pior era que no outro dia o nariz da gente estava puro

carvão da lamparina.

Depois de um certo tempo morando no sítio, meus pais retornaram para o Estado

de Mato Grosso pois tinham que dar continuidade nos estudos dos filhos, pois, no sítio

só tinha até a 4 série do Ensino Fundamental.

Nesse período tive oportunidade de fazer o curso de datilografia que na época

era muito requisitado e, mais tarde o curso de informática onde ainda se fazia o “MS

DOS”.

Hoje, observo como avançou todos os recursos tecnológicos a nossa volta. Os

alunos têm acesso a inúmeras tecnologias. E nós temos a obrigação de acompanhar tudo

isso para facilitar o nosso dia-a-dia e melhorar a nossa prática na sala de aula.

Alexandra Magalhães Frighetto

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INSTRUMENTOS TECNOLÓGICOS

A tecnologia está presente em nosso meio, variando de forma e constantemente

aumentando sua capacidade, tornando-se cada vez mais necessária devido ao seu grande

avanço, sendo que há várias máquinas em uma só, como o celular, que se torna um

computador de tantas funções, nele as pessoas conseguem fazer as funções das outras

máquinas, como enviar mensagem entrar na internet, telefonar e até mesmo mandar e

entrar em seu e-mail.

Primeiro instrumento tecnológico que tive acesso creio eu que foi a televisão, até

então não muito diferente da de hoje. O rádio foi outro instrumento tecnológico que não

mudou muito, pois continua com a mesma função que é a de informar e distrair. Agora

ao me deparar com o computador tremia ansiosa e com medo de estragar, pedia ao meu

professor se realmente existia todas as letras e se eram em ordem alfabética. Eu não tive

acesso ao computador na escola, paguei um curso de informática, para me capacitar.

Hoje quase todos os alunos têm acesso ao computador, devido ao avanço e importância

que isso traz ao meio escolar, pois o aluno ao mexer em um computador se encanta com

o maravilhoso meio tecnológico, conhecendo todas as funções conseguindo conversar

com pessoas dos outros países, criando até mesmo uma nova língua, no caso o internets

a nova linguagem do MSN.

Todavia a tecnologia é fundamental e indispensável ao meio escolar, pois ao

fazer uma pesquisa o aluno poderá utilizar vários meios tecnológicos, como no jornal da

televisão em notícias na rádio, pelo celular e até mesmo pelo indispensável computador.

Portanto o governo federal está implantando em todas as escolas o laboratório de

informática, envolvendo todos para a inclusão digital, tanto alunos como os

profissionais de educação que estão necessitando de capacitação para melhorar o

método de ensino, e envolver cada vez mais os alunos ao meio tecnológico.

Perante o vídeo “o sonho nos ares” deixa bem claro que a persistência e a

capacitação deve haver sempre para se conseguir alguma coisa, assim é o estudo, tudo

que se quiser tem que haver a persistência e interesse em aprender.

KÁTIA FABIANE SCHEID BIANCHIM

Page 25: Texto Linux

O CABOCLO

De uns tempos pra cá

vejo uma coisa esquisita

Uns rapazes ajeitados

e umas moças bonitas

Andam falando sozinhos

dão risada fazem “fita”

e que está acontecendo

contando , ninguém acredita.

2

Depois de muito observar

O que está havendo agora

Resolvi me informar

A quem pudesse explicar

O mundo tranqüilo de outrora

E essa pessoa falou

Que é o tal computador

A grande invenção da história

3

Estas coisas que o senhor vê

Não são estranhas, pode acreditar

Elas não falam sozinhas

Do outro lado da linha

Tem alguém a lhes escutar

Compram vendem até namoram

Sem precisar se encontrar

Mesmo os grandes negócios

são feitos por celular

4

Ela explicou que as coisas

Acontecem como magia

Basta dar um “tal de clik”

Nas máquinas de hoje em dia

Você fala lá no Japão

Com seu irmão ou sua tia

Toda esta facilidade

Isso é a tecnologia.

5

Inda fiquei matutando

Esse moço endoidou

Ele está fazendo um “deus“

Desse tal computador

E depois esse tal de clik

Isso ta meio suspeito, sei não

Eu nem tenho parente no Japão.

6

Outra coisa muito suspeita

Grande invenção da história

Sujeito esquisito,

Page 26: Texto Linux

Parece que não tem memória

E o rádio, a televisão,

O navio e o avião

Pois ele não sabe então

Que não são coisas de agora?

7

Ele se esquece dos inventos

Da terra do céu e do mar

De todo tempo e trabalho

Do homem, pra inventar

Imagine se Santos Dumont

Montado no 14 Bis

Esperasse o tal do clik

Pra fazer ele voar?

8

Foi preciso muito esforço

Pesquisar, trabalhar

Desenvolver a ciência

Sob o sol ou sob o luar

Não ficar buscando atalho

Sentar na frente da máquina

Pra copiar e colar.

9

Estas coisas eu escutei

E comecei a observar

Principalmente os mais jovens

Não querem saber de pensar

Pra quê, se tà tudo pronto

Não tem mais o que inventar

Se eu tenho tudo à mão

Computador, internet, celular?

10

Alguns quase nem saem

Pra bater papo, namorar

Fazem isso on line

Não precisa se preocupar

Fazem isso falando sozinho

Na rua por celular.

11

Estão deixando de lado

As boas coisas da vida

A busca constante do outro

Pra poder se completar

Pois ninguém é uma ilha

Se ficarmos isolados

Os problemas tendo a aumentar.

12

O contato com o outro

É uma coisa sem igual

Ter amigos, passear na praça

Page 27: Texto Linux

Que era muito natural

Virou coisa do passado

Dizem que a moda agora

É o sexo virtual.

13

A informática tomou conta

De todo comércio do lugar

O funcionário olha é pra máquina

Não dá nem pra papiá

Busca numa tal de tela

Tudo que eu fui perguntar

Aquelas máquinas esquisitas

Sabem de tudo informar.

14

No mercado eu não entendo

Como ela faz pra acertar

Eu entro pra fazer compras

Ela não sai do lugar

Mas quando eu chego perto

Nem precisa perguntar

Essa maquina bisbilhoteira

Já sabe o tanto que eu vou ter que pagar.

15

No banco ainda é pior

Nem sei se posso explicar

Eles enfiam um trem na máquina

E vai nuns botão apertar

Aí ela cospe dinheiro

Pra pessoa que ta lá

Acho que é o fim do mundo

Não sei nem o que pensar.

16

Me lembrei quando menino

Uma história que ouvi contar

De uma árvore que dava dinheiro

Comecei imaginar

Plantar umas moedinhas

Pra elas poder aumentar

Eu com uma máquina dessas

Nem ia mais trabalhar.

17

Comecei pensar na escola

Como está nesse momento

Com tanta informação

Jogada como que pelo vento

Ela deve parar pra pensar

No mal que pode causar

Se não souber aproveitar

Pra produzir conhecimento.

18

Page 28: Texto Linux

Resolvi então visitar

A escola lá da vila

Pra poder observar

Como é lá, no dia- a- dia

Ver como estão convivendo

Com tanta tecnologia

Pois todo canto que se vai

Usam a máquina como magia.

19

Vi que até aqui na vila

Já tinha computador

Ligado na internet

Para aluno e professor

Muitos viviam clicando,

Digitando, conectando

Mas alguns, principalmente os mais velhos, tinham verdadeiro pavor.

20

Assim segue a rotina

Quase todos a conectar

Sempre tinha alguém

Pra elogiar ou criticar

Porém, o importante é entender

Que tudo que se faça na escola

Seja para aprender ou para ensinar.

LAURECI

Page 29: Texto Linux

Lembranças

Quando eu era menino, trabalhava muito, todos os dias de manhã ia à escola e,

ao retornar mal acabava de almoçar, pegava minha bicicleta e ia pra roça ajudar meus

irmãos mais velhos. Nossa família era humilde e não tinha condições de adquirir as

novidades da tecnologia. Éramos sete irmãos em casa e mamãe não podia nem

acompanhar os desejos de nossos estômagos.

No dia em que a energia elétrica foi instalada na minha rua, brincamos a noite

toda comemorando aquela maravilhosa novidade que clareava nosso bairro, mesmo

sabendo que ao retornar para casa iríamos deitar a luz de lamparinas ou fazer a tarefas

de casa sentindo aquele cheiro horrível de óleo que ficará para sempre no meu

subconsciente e no pulmão.Na escola ouvi alguém falar em calculadora, objeto

revolucionário mais ágil que a professora de Matemática, então com muita tristeza

entendi que para conseguir uma, teria de somar mais e mais trabalho, diminuir as

compras de doces na cantina da escola onde eu poderia comprar só um doce por

semana, multiplicar minha vontade de decorar toda tabuada, pois de tanto eu pedir

minha mãe fez essa promessa e quando ganhasse, teria de dividir com meus irmãos. O

tempo passou, fiquei sabendo de uma coisa chamada telefone que deveria ser chamado

de telerico porque só eles através de alguma coisa denominada ações poderiam comprar.

Lembrei-me da encantada televisão, porque até então conhecíamos o rádio,

agora poderíamos ver os artistas dentro da nossa casa; melhor, na casa do vizinho que

não assistia nada sozinho, era só ligar o aparelho que nós estávamos todos lá fazendo

companhia até o momento em que ele dava uma desculpa e mandava todos embora.

Quando fazia faculdade fiquei perplexo quando vi um acadêmico usando um telefone

sem fio que poderia ser levado para qualquer lugar. Por muito tempo fiquei apenas

sonhando com o celular, já trabalhava, mas tinha de ajudar comprando apostilas para a

universidade por isso não dava para ter os dois.

Depois de alguns anos pude conhecer o computador, porém só ficaria no

conhecimento porque adquiri-lo era muito caro e teria de continuar sonhando um dia ter

aquela maravilhosa máquina em casa.Hoje sou adulto e apesar das dificuldades e de não

poder acompanhar as transformações tecnológicas, aprendi os verdadeiros valores

humanos e lutar pelos meus objetivos mesmo que eu demore um pouco mais para

alcançá-los.

Sou professor há cinco anos, hoje tenho celular, computador e outras tecnologias

essenciais de sobrevivência, mas ainda faltam muitos aparelhos para adquirir e aprender

a fazer uso desses que já tenho.

O curso do Linux Educacional veio trazer a oportunidade de me incluir no

processo educacional na sociedade. Até onde vou? Não sei não, porque enquanto viver

as lembranças nunca vão terminar e isso me faz lembrar que nunca posso desistir de

lutar e tentar acompanhar os avanços tecnológicos.

Vanderley da Silva

Terra Nova do Norte-MT.

Page 30: Texto Linux

FORMAÇÃO OU EDUCAÇÃO?

Acostumamo-nos com a flexibilidade, e a influencia de mídias em nossas vidas;

a cada dia novas dinâmicas são apresentadas e somos obrigados a fazer parte desse

sistema, se não inserimos estamos fora dessa fluidez então seremos acometidos e

entrelaçados pela ausência de garantias, sejam elas relativas à vida pessoal, ao emprego

ou à organização social. Quanto mais risco, mais variação.

Quanto mais garantias, mais estabilidade e participação nesse sistema e por fim

mais capacidade de aprendizagem, tanto do emissor de conhecimento quanto do

recebedor. Ao contrário; o poder perdeu a sua centralidade e não somos nós professores

que ensinamos, são os alunos conectados que nos ensinam o sutil mundo da informação,

é claro que nem todos, mas o mundo da

aprendizagem está repleto de alunos informatizados e críticos que negam

conscientemente a existência de uma única verdade ou de um só mundo. Para muitos a

ausência de verdades absolutas significa também o fim dos totalitarismos, embora

alguns apontem formas mais sofisticadas de controle em nossos dias... Seria então a

informática uma forma de controlar os serelepes alunos problemas? Segundo Chomsky,

com a extrema vigilância que reina nos dias atuais as formas de controles se tornaram

sutis e eficazes. A sutileza de um computador poderia atuar lado a lado com o professor.

Não temos mais um novo discurso universal, pois seria algo dispensável na

pluralidade de centros em que vivemos, cairia na questão financeira onde nem todos

teriam acesso a essas tecnologias enfim, nova dicotomia e nova briga, pois não

necessitamos mais de verdades permanentes.

Tomemos duas áreas fundamentais da vida humana que foram bastante flexibilizadas,

tornando-se completamente fluídas. A educação e a profissão. Ambas deixaram de ser

uma eleição única, para toda a vida. Perderam a característica de obrigação e escravidão

e ganharam em ludicidade e não seriedade.

O conceito de vocação, relativo à esfera educacional, foi substituído pelas

experimentações, enquanto a auto-realização vinculada à escolha de uma profissão deu

lugar à busca do reconhecimento e muitas vezes do êxito fácil e imediato, que leva a um

desapego aos princípios básicos da educação. Há sem dúvida uma valorização excessiva

do sucesso rápido em detrimento da experiência e do aprofundamento. Discernir,

avaliar, separar, formar profissionais, escolher impõe-se, portanto como exigências

básicas de nossa época, uma tarefa cotidiana e contínua. Surgirá daí novas utopias e

implementações de novas técnicas do conhecimento, como a informática.

Valdecir de Carvalho

Page 31: Texto Linux

A Revolução tecnológica esta presente em nossas vidas

Através de analises realizadas sobre o avanço tecnológico no decorrer do

processo histórico, pode-se constatar que a tecnologia faz parte do cotidiano da maioria

das pessoas, pois com a chegada da globalização que ocorreu maior avanço no setor, foi

com a revolução técnico científica.

Desde os tempos mais remotos a busca constante por inovações esta presente,

sendo imprescindível no período moderno, desde os primeiros equipamentos que foram

utilizados até os mais sofisticados. Hoje podemos mencionar que a revolução

tecnológica esta acentuada principalmente na área dos computadores com acesso á

internet, o mundo ficou interligado, com os novos programas “softwares” criando a

chamada “Aldeia Global”.

Tendo em vista que os meios de comunicação estão em constante transformação,

quer dizer, estão se tornando cada vez mais sofisticados, nós como fazedores de toda

essa revolução temos também que estarmos nos aperfeiçoando através de capacitações

que devemos buscar como aperfeiçoamento profissional na área de trabalho.

Diante dessas perspectivas como profissional da área de educação, procuro

aperfeiçoar o conhecimento em termos de tecnologia, pois temos observado essa

constante instabilidade no “mundo tecnológico”, desde os televisores, rádio, celulares e

a rede da informática com os computadores.

O computador foi um dos instrumentos tecnológicos que jamais imaginei que

teria acesso, pois tinha resistência quanto a máquina e as possibilidades que poderia

encontrar na mesma, mas tudo isso foi mudando quando fiz meu primeiro curso de

informática ao terminar o Ensino Médio no ano de 2000. O mercado de trabalho exige

como conhecedor da máquina, sendo que ela se torna um instrumento imprescindível.

Hoje, várias resistências foram superadas, como profissional na área da educação, tenho

procurado conhecer o computador como instrumento pedagógico.

A estrutura pedagógica das Escolas está passando por grandes alterações, com a

implantação dos laboratórios de informática, como exemplo pode-se mencionar a

Escola Municipal Xanxerê, cuja ganhou um laboratório no ano de 2007 com 10

computadores e acesso a internet. Algo inovador e com grande carga de conhecimento

quanto ao ensino/aprendizagem. Esse “novo método” foi algo preocupante pela grande

maioria dos profissionais na área da educação, pois de imediato ocorreu resistência ao

manusear o equipamento. Atualmente estamos recebendo capacitação, sendo que é de

suma importância para aperfeiçoamento profissional.

A persistência como o filme “ Do sonho aos ares” é um dos exemplos que

devemos seguir diante das dificuldades que nos deparamos e em seguida por em prática

esse método para obtermos melhores resultados.

Jussara Schneider Costa Lisbinski

Page 32: Texto Linux

Minha Biografia

Meu nome é Lina Cristiane Cavalheiro Trombeta, nasci no dia 13/06/81 na

cidade de Capitão Leonidas Marques estado do Paraná, filha de Nilton Pit Cavalheiro e

de Maura Stela da Silva Cavalheiro. Hoje sou casada, tenho 27 anos de idade, sou ma de

uma linda menina chamada Larissa e estou grávida pela segunda vez. Aos 35 dias após

meu nascimento viemos para MT, Terra Nova do Norte, num vilarejo que recebeu o

nome de 8ºAgrovila Minuano. Após 2 anos e meio,mudamos para um sítio na BR 163.

Com o passar dos tempos comecei a estudar, fiz até a 4º nesta localidade.

Quando passei para a 5º série voltamos morar na vila novamente, nesta escola

conclui o ensino fundamental e médio, no ano seguinte comecei um curso superior -

Pedagogia, onde me formei. Hoje sou pós graduada e já fazem nove anos que atuo na

área da educação,como professora de pré a 4º série, e temos ao nosso meio os avanços

tecnológicos fluindo a cada momento. Mesmo quando fazia a faculdade, algumas vezes

usava o computador, mas com certo receio, na verdade sentia obrigada a utilizar devido

aos trabalhos, mas quase sempre deixava as colegas fazer esta parte.

Quando fala-se em tecnologia devemos ter em mente que não refere-se apenas

ao computador, celular, etc. É desde uma simples caneta a um meio de comunicação,

meio de transporte por mais simples que sejam,em fim são tantas as tecnologias que nos

cercam que temos que ir aperfeiçoando cada vez mais. Minha lembrança do tempo de

criança referente ao meio de comunicação, foi de um rádio que meu pai tinha e só

podíamos ligar para escutar a hora, as notícias do meio dia e raramente o programa da

tia Heleninha, não podia deixar ligado o tempo todo para não descarregar as pilhas.

Com isso, demorei a entender que quando desligasse o rádio o programa prosseguia

normalmente, minha imaginação era que quando desligava o rádio o programa ou a

musica que estivesse passando também parava por ali.

Os tempos foram passando, então quando vi pela primeira vez programas na

televisão achei fantástico porque além de escutar a gente também via as imagens e

minha visão de mundo foi mudando. Hoje vejo e percebo uma série de coisas que as

crianças têm mais facilidade de lidar com essa máquina do que as pessoas adultas.

Na minha faze de criança, eram poucas as pessoas que tinham esse acesso. Diferente de

nossa atualidade, onde desde os mais novos aos mais velhos todos têm acesso à internet,

uns com mais outros com menos facilidade. Quanto a esse avanço eu ainda me sinto um

pouco frustrada não sei se é receio ou mesmo falta de interesse mesmo em lidar com

essa maquina, mas pretendo superá-las e aperfeiçoá-los cada vez mais.

Lina

Page 33: Texto Linux

Infância; medo e curiosidade

O tempo passa, as coisas mudam se transformam e vão surgindo novos

inventos, uns com pouco sucesso e outros superando todas as expectativas. Assim é a

ciranda das descobertas, dos avanços científicos, enfim, das mudanças que afeta a vida

comum do homem no mundo moderno. Hoje me deparo com as lembranças de minha

infância, como era difícil o acesso as informações, pois tudo era distante e as pessoas

viviam de forma isolada num mundinho tranqüilo a mercê da ignorância e certo

abandono, mas ao mesmo tempo muito felizes e solidários.

Lembro-me, quando garota com os olhos faiscando e ouvido colado naquela

tamanha caixa que de dentro saia vozes, sons de jeito inexplicável, tudo mais parecia

uma mágica, aqueles botões, pilhas e ao toque dos dedos pessoas falavam, riam,

escutava-se música e tudo aquilo era tão próximo que na inocência de criança,

acreditava no que papai dizia; “que havia pessoas ali dentro daquela caixa”, a qual

muitas vezes tentei conversar para ver se realmente me ouviam, mas era sempre em

vão..É claro, pois afinal, aquele objeto era o mais importante aparelho informativo

chamado Rádio.

Foi pelo rádio que comecei apreciar a música e seus ritmos. Ah, já ia esquecendo

de dizer que nos ligávamos o rádio somente quando papai não estava em casa, pois esse

direito só cabia a ele. Logo na sua ausência, quanta alegria em poder ouvir músicas em

meio conversas e gritos com as irmãs menores, depois breve silêncio para escutar e

copiar rapidamente a letra da música preferida no papel e cantar. Também tinha os

programas da Tia Leninha, com o quadro “História da minha vida”; e as novelas do

rádio que me encantava e fazia sonhar com um mundo cheio de fantasia.

Mas este encanto durou até eu perceber que no mundo o homem era um ser

fantástico, capaz de fazer coisas incríveis com sua inteligência brilhante. Assim como o

rádio aconteceu com o telefone, a energia elétrica. Tudo foi ocupando lugar em minha

vida com situações muitas vezes cômica.

A evolução da lamparina, foi também um episódio marcante de minha vida, pois

com seu uso noturno levantava de manhã com a ponta do nariz todo preto, cabelo

cheirando fumaça e entre brincadeiras os pêlos do braço sapecado no fogo dando cheiro

de pena queimada. Quanta maluquice! Você deve estar achando estranho não è? Pois

acontecia isso e muito mais sobre a luz da lamparina, resultado das tarefas da escola

deixada para fazer a noite, sob pressão da mamãe que incansavelmente sabia que o

incentivo aos estudos era tudo que poderia dar a seus filhos. Enquanto isso a passos

largos, lá fora já estava em processo de aperfeiçoamento, uma das descobertas mais

incríveis e inovadoras que iria ligar o mundo, as pessoas, sem distinção racial ou social,

o “Computador”.

Hoje, essa máquina misteriosa cada vez mais vem nos surpreendendo, com sua

multiplicidade de uso. A maioria dos jovens e crianças já tem acesso a ela e são

chamados de nativos, pois sabem lidar e controlar de maneira que não deixam qualquer

novidade passar em vão e sobre um click inofensivo vão descobrindo coisas

mirabolantes. Enquanto muitos adultos mal têm a coordenação motora sobre aquele

“ratinho” chamado Mouse. Meus filhos são exemplo claro disso, pois ao me ver

conversando com alguém on-line no MSN ou orkut ficam zombado, falam que durante

o bate-papo eu escrevo muito certinho, com todas as regras gramaticais do Português,

enquanto eles abreviam o mínimo possível, chegando até a inventar loucas palavras,

criando sua própria linguagem virtual.

É, sou realmente uma migrante no meio da informática, ainda tenho medo de

tocá-la assim como o rádio, pois com a repreensão dos meus pais em limitar o que

Page 34: Texto Linux

poderia mexer sem estragar, criou-se o trauma de infância com a incapacidade e o medo

de ir além. Coisas que só a psicologia explica. Minha intimidade com o computador não

foi muito diferente, pois tive muita resistência em aproximar-me realmente dela e querer

descobrir e aprender seus benefícios.

Talvez hoje, ainda me considero uma analfabeta digital em relação ao

conhecimento sobre a utilização do computador como ferramenta de trabalho, mas

acredito que conforme as necessidades vão surgindo e para não me sentir um “peixe

fora d’água” tenho procurado me inteirar e aprender sobre essa tecnologia e suas

linguagens para competir com meus filhos a arte da descoberta no mundo conectado.

Neila R.Torres,

Page 35: Texto Linux

O Telefone

Estamos acostumados a ouvir sobre a importância da tecnologia em nossas

vidas. Por meio do aperfeiçoamento tecnológico foi possível ao homem chegar à Lua,

encontrar a cura para inúmeras doenças, trocar informações via e-mail e também a

conquista mais importante para muitos: a possibilidade de cada indivíduo,

independentemente da etnia, cor e religião, possuir seu próprio celular. Alguns

acreditam que chegamos ao ápice da civilização, pois não precisamos mais “catar”

gravetos para fazer sinais de fumaça. Para outros (mais apocalípticos) é o início do fim

da civilização judaico-cristã ocidental.

O interessante é que estamos de fato no futuro, já que a alguns anos, facilidades

tecnológicas como as atuais (microondas, controle remoto, internet...) eram vistas

somente em seriados como “Jornada nas Estrelas” e em filmes como “De volta para o

futuro”; bom é claro que ainda não conseguimos viajar no tempo, ainda. Mas nossa

história se passa numa cidadezinha do interior do Estado de São Paulo há mais ou

menos 15 (quinze anos). Nessa época ter um telefone em casa era um luxo para poucos.

Acredito que isso seja marcante na minha vida pelo fato de o meu pai trabalhar no Mato

Grosso e para conseguirmos falar com ele, precisávamos ir à casa do meu avô esperar a

ligação que acontecia em média a cada vinte dias.

Pois bem, voltando ao assunto, lembro- me que no ano da privatização da

telefonia foram disponibilizados para a minha cidade natal, 2000 linhas telefônicas

residenciais e 500 linhas para celulares. Foi a febre daquele verão. As pessoas

interessadas tinham que preencher um cadastro na TELESP e aguardar um sorteio.

Nesse dia meu pai estava em casa e a realização do sorteio se deu no antigo cinema da

cidade (desativado devido à proliferação da modernidade dos vídeo cassetes de “sete

cabeças”) e as pessoas aguardavam ansiosas pelo ) sorteio. Fomos “contemplados” com

a linha de telefonia fixa (R$ 1500,00) e com a de celular (R$ 900,00).

O dia da instalação do telefone em casa, foi uma festa entre eu e meus irmãos.

Afinal, telefone era status, podíamos falar para nossos amigos que tínhamos telefone.

Estávamos agora (mesmo sem saber na época) entre as famílias, que segundo as

estatísticas do governo, tinham alcançado um nível social maior, passando de classe

média baixa para classe média. Nada se comparou, entretanto, ao dia que o celular

chegou. Meu pai foi receber o aparelho na TELESP e veio para casa como se estivesse

com o pino de centro quebrado, seu “tijorola” analógico deixava seu corpo levemente

inclinado para o lado. Nessa época usava-se esses aparelhos pendurados no cinto. Era o

máximo. Mal esperávamos a hora do celular tocar: Nossa que coisa incrível, fora do

comum! Lembro-me de um amigo que disse que éramos ricos por ter telefone em casa e

um celular.

Naquele ano, outro amigo viajou para o Oriente e na volta contou que em Israel até os

feirantes possuíam celular. “Meu Deus que país rico” era o que mais se ouvia.

Atualmente os tempos são outros. Inúmeras transformações ocorreram até

agora. Os aparelhos de celular estão cada vez menores, os serviços cada vez melhores e

as facilidades de comunicação atuais, fazem do mundo uma aldeia onde todos podem ter

acesso a qualquer tipo de informação, configurando um mundo sem delimitações ou

divisas, interligado por uma rede invisível, tecida pela globalização.

José Adrião

Page 36: Texto Linux

Tecnologia em Minha Vida

Segundo fontes do site www.gobiernoelectronico.org, tecnologia pode ser

definida como conjunto complexo de técnicas, artes e ofícios (techné) capazes de

modificar/transformar o ambiente natural, social e humano (cognitivo), em novas

realidades construídas artificialmente. De acordo com este pressuposto, e como bem

sabiam os gregos clássicos, a técnica (Techné) não é boa, nem má, nem neutra, mas

política.

A tecnologia sempre fez parte da minha, vida de forma direta ou indireta, desde

o meu nascimento até esse exato momento, desde de muito cedo tenho fascínio por

tecnologias, seja ela qual for, sou um grande adepto das novas tecnologias, apesar de as

vezes sofrer para compreende-las, acho que o mundo seria vazio , sem graça, se não

houvesse as tecnologias, pois não teríamos evoluído e seriamos todos primatas.

O filme de Dumont retrata bem a tecnologia, pois além de a construção do avião

ser uma nova tecnologia, era um sonho a ser conquistado e a tecnologia foi e sempre

será um sonho, que estamos sempre tentando acompanhar. Apesar de ouvir muito rádio

na minha infância, confesso que não é a mídia que mais aprecio, pois sou fissurado

pelas imagens e a televisão foi a mídia que mais me cativou, até a chegada do

computador em minha vida é claro, que aconteceu na faculdade, até então este também

não tinha importância nenhuma, mesmo precisando, às vezes o evitava, só então em

2007 é que meu interesse pela informática atingiu o seu ápice, com a proposta de eu ser

um coordenador do laboratório de informática, desse dia para cá a televisão perdeu seu

espaço em minha vida, principalmente depois da compra do meu PC.

Acredito que a educação deu seus primeiros passos para a mudança, com o

auxílio da informática e principalmente com a ferramenta mais importante que é a

internet, o professor com esses recursos tem a possibilidade de trabalhar com seus

alunos o assunto do dia em sua disciplina, sem contar os trabalhos maravilhosos que

podem ser elaborados pelos alunos com o auxílio dos professores.

Josias Barbosa Leite

Page 37: Texto Linux

O MUNDO DAS TECNOLOGIAS

Para falar em tecnologias não poderia deixar de falar sobre meu trabalho como

educadora já há 18 anos e tenho orgulho de dizer que gosto do que faço. Quando iniciei

meu trabalho na escola o material didático era apenas o livro do professor, onde os

conteúdos eram passados no quadro para que os alunos fixassem a leitura e a escrita.

Isso fazia com que o aluno decorasse os conteúdos, pois não havia nem sequer rádio na

escola.

Aos poucos foram chegando os livros didáticos para os alunos e assim foram

melhorando e ficando mais fáceis de trabalhar, pois as turmas eram multi-seriadas. Logo

as escolas foram polarizando, foram chegando mais livros, já havia uma máquina de

datilografia que na época só era usada para redigir documentos para a secretaria de

educação, logo surgiu o aparelho de fita cassete depois de muitos pedidos veio a

televisão e o vídeo que foi um dos momentos mais comemorado na escola e finalmente

o sonhado computador com impressora facilitando mais o trabalho de digitação de

documentos na escola, alguns alunos já faziam trabalho escolares fazendo uso do

computador.

O primeiro contato que tive com a máquina foi com a realização de trabalhos

para faculdade. Hoje o avanço tecnológico da informática veio para facilitar o trabalho

da maioria das pessoas, apesar das dificuldades encontradas no manuseio da máquina,

nos compromissos pessoais e profissionais não tendo tempo disponível para se dedicar e

aperfeiçoar os conhecimentos na área da informática que também está constantemente

mudando suas tecnologias.

Assim como o avanço da informática vem crescendo o homem voa cada vez

mais longe em busca de sucesso na satisfação sentimental e profissional, pois a

exigência da qualificação profissional do mundo moderno cresce constantemente.

Maria de Lourdes Dias.

Page 38: Texto Linux

Tecnologicamente falando...

Ah, a tecnologia...

Como viver sem ela?

Foi ela quem proporcionou a evolução do rádio, da televisão, da Internet... É

através destes meios de comunicação que nós, reles mortais, temos acesso a idéias

ultramodernas e revolucionárias de filósofos fabulosos como uma Tati Quebra Barraco,

um MC Serginho... É por meio deles que esses pensadores poderosos, atuais e de

grandes conhecimentos culturais, científicos, sociais e, principalmente, sexuais nos

trazem créus, cachorras, cerol, tapinhas, eguinhas, cavalinhos e pocotós. Nossa! Isso

tudo me deu uma saudade dos meus tempos de menino lá no interior do Mato Grosso do

Sul. Tempos difíceis aqueles... Naquela época nossa casa não tinha energia elétrica, mas

o sistema de iluminação da residência era dotado de alta tecnologia. O utensílio

utilizado tinha o nome de lamparina. Dentro dela havia um tecido longo que percorria

todo o seu corpo e sua ponta ficava fora dela, numa espécie de bico. Seu mecanismo de

funcionamento era super interessante. O que o acionava era um sistema operacional

chamado “fósforo” que, quando friccionado e encostado no bico da lamparina, liberava

uma substância que atendia pelo nome de “querosene”, que, imediatamente escalava o

tecido por toda a sua extensão e, em contato com o fósforo, como num passe de mágica,

acendia-se. Esse sistema era bem prático, portátil e pequeno. Podíamos levá-lo aonde

quiséssemos.

Também tínhamos um grande rádio de pilha que nos trazia notícias do mundo,

músicas e novelas (quanta imaginação, quantos cavalos, tiros, correntes, mocinhos e

bandidos). À noite nós o ligávamos e nos sentávamos em cadeiras de corda no terreiro.

Ouvíamos os programas e olhávamos o céu. Observávamos as estrelas e, de repente

alguém dizia “olha o apareio!”. Traduzindo do caipirês: aparelho – traduzindo mais

ainda: jato. Como nossa imaginação voava. Mal sabia eu que aquele “aparelho” fora

inventado por Santo Dumont, um brasileiro lá de Minas, sô. Vixe, bateu uma nostalgia

maior do que a que estou sentindo... Essa atmosfera rural, essa pasmaceira, essa calma...

Lembrei-me de Drummond, daquele poema que retrata bem a minha infância,

Cidadezinha qualquer:

“Casas entre bananeiras

mulheres entre laranjeiras

pomar amor cantar

Um homem vai devagar.

Um cachorro vai devagar.

Um burro vai devagar.

Devagar... as janelas olham.

Eta vida besta, meu Deus.”

Nós, como Santos Dumont, voávamos e imaginávamos tantas coisas, tantos

mistérios naquelas noites estreladas.

Mas outra tecnologia entrou igual a um foguete em nossas vidas anos mais tarde;

a televisão.

Ainda não tínhamos energia, porém nosso vizinho de sítio comprou uma TV

preto e branco, fabulosa, de umas 8 polegadas e, para ela funcionar, usava uma bateria.

Uau! Tecnologia de ponta!

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Nós, para não perdermos mais esta novidade, plugados em alta tecnologia como

éramos (praticamente uns “nativos digitais”), fomos ver de perto a novidade e apreciar a

sua programação.

Éramos sete neste grupo: este corajoso que vos fala, minha mãe, minhas três

irmãs, meu irmão e sua esposa.

Só que, para chegar até ela, tínhamos de andar cerca de dois quilômetros

atravessando terras cultiváveis e pastagens. Entremeio nossa casa e a casa da televisão

havia um rancho que diziam ser mal-assombrado. Segundo o povo, aparecia por ali uma

mulher toda de branco. Como passávamos à noite, nossos corações batiam acelerados.

Na ida, tudo bem. Passamos ilesos. Mas na volta... Conseguimos passar pelo

rancho, ufa! No entanto, uns 500 metros à frente, minha irmã mais velha resolveu olhar

para trás e ao lado do rancho, vinha um vulto nos seguindo. Estando com passadas

normais, minha irmã começou a acelerar

“Café com pão

Café com pão

Café com pão

Virge Maria que foi isso maquinista?

Agora sim

Café com pão

Agora sim

Voa, fumaça

Corre, cerca

Ai seu foguista

Bota fogo

Na fornalha

Que eu preciso

Muita força

Muita força

Muita força

Oô...

Foge, bicho

Foge, povo

Passa ponte

Passa poste

Passa pasto

Passa boi

Passa boiada

Passa galho

Da ingazeira

Debruçada

No riacho

Que vontade

De cantar!

Oô......”

De repente estávamos todos correndo.

Meu irmão, que teoricamente deveria proteger o grupo, estava grudado na mão

de sua esposa a uns dois passos a sua frente (se ela o soltasse, nunca mais o veríamos),

Page 40: Texto Linux

porém, contrariando a sua falta de coragem, ele dizia “me solta, me solta que eu volto

lá”.

Palavras ao vento. Se ela realmente o soltasse, era capaz de ele morrer do coração ou

pelo menos pedir o divórcio. A mulher também deve proteger o marido. Minha mãe,

tadinha, fora de forma e com uma certa idade, corria como um atleta olímpico.

Minha cunhada também corria muito. Perdeu os chinelos e bem mais precioso; o

filho que esperava.Minhas irmãs estavam bem à frente e eu, para não contrariar o grupo,

corria também.

Ao chegarmos à estrada principal, resolvemos parar e encarar o “fantasma” de frente.

Ele foi se aproximando, se aproximando... Suas feições pareciam familiares. Quando

nos preparávamos para o pior, percebemos que, quem se aproximava era outro dos meus

irmãos, coitado, também sem fôlego. Novamente meu irmão casado tomou a palavra e

esbravejou “vo-você n-num t-tem vê-ve-vergonha, n-não!?

Os outros estavam sem fala, inclusive o propenso fantasma. Minha irmã mais

velha conseguiu chegar até a nossa casa e, inexplicavelmente, conseguiu abrir a tramela,

por fora. Chamou o meu pai e logo logo eles apareceram para nos salvar. Meu pai

empunhava um machado. Nós nunca mais quisemos voltar. Mas, enfim, a energia

elétrica chegou. Outro irmão meu (ora, não encha! Tenho seis irmãos e três irmãs e

posso chamá-los de outro / outra quando quiser – lembrar o nome de todos eles é difícil)

que se casou, construiu uma casa perto da nossa, no mesmo sítio, e comprou, de

segunda-mão, uma televisão colorida. Que empolgação!

Quando eles saiam para trabalhar, deixavam as chaves da casa com a minha mãe

para ela poder assistir às novelas da tarde. Eu, claro, ia junto.

Aquela TV tinha um pequeno problema: quando a gente ia mudar de canal, às

vezes levava um baita choque. Um dia fui ligá-la e o choque estava lá. Fiquei tão

traumatizado que tenho formigamentos até hoje. Minha mãe, como São Tomé, só

acreditou vendo e meteu a mão no botão. Levou um choque, lógico. Recuou e disse-me

carinhosamente, daquele jeito que só as mães conseguem quando querem enaltecer a

bem dotada inteligência do seu filhinho querido “desliga isso, besta! Vambora! Não

desliguei. Peguei um pano e mudei de canal e conseguimos assistir à novela, um

dramalhão mexicano intitulado “Os ricos também choram”. Jesus, se as novelas deles

que não têm choro no nome já são uma choradeira só, imaginem essa? Passou-se o

tempo e hoje sei que tenho uma relação bem mais tranqüila com a tecnologia. Estou

aqui em um curso de mídias.

Sei também que sou um “imigrante digital”, não um “nativo digital” como

dissera outrora, mas quero aprender. Não custa sonhar, como Dumont, na construção de

seu 14 Bis. Espero navegar bastante. Afogar, jamais!

Sidnei Rocha

Page 41: Texto Linux

A Influência da Tecnologia em Minha Vida

Durante minha infância, adolescência obtive pouco contanto com as diversas

tecnologias existentes, pois nasci no ano de 81, em Sinop e os meus pais chegaram a

essa terra, Terra Nova do Norte no ano de 78. Aqui não havia tecnologia alguma, tudo

era manual, ou seja, serviço braçal, o único equipamento mais moderno na época era o

maquinário para derrubar mato, tudo dependia de ferramentas tradicionais e nem mesmo

existia energia elétrica.

Para dizer que não havia tecnologia, o radio à pilha era o aparelho mais

cobiçado dos moradores que aqui haviam chegado, moradores estes que andavam cerca

de dois a três km para ouvir noticias jornal e radio novelas, a TV chegou anos mais

tarde, antes mesmo da energia elétrica, as TVs eram ligadas através das baterias e sua

imagem era em preto e branco somente e quem tinha uma TV eram os mais fortes

economicamente. Só tempos depois foi chegando energia elétrica, aparelhos eletrônicos

mais modernos, tipo rádio, TV, geladeira, freezer, antenas receptoras de canais, ferro

elétrico, ou seja, aparelho ligado à energia.

Por volta dos anos 90 chegaram os telefones convencionais na cidade, onde

nesta época podia conversar com os parentes de outras regiões, até então a única forma

de comunicação era através de cartas manuscritas, que demorava mais de meses para

chegar ao endereço desejado. Também por volta dos anos 90, chegaram às antenas

parabólicas e TV colorida, onde podia assistir as noticias ao vivo, além dos jogos,

novelas, filmes, desenhos animados entre outros.

O próximo “luxo” que chegou por aqui foi o aparelho celulare, que também

quem tinha um celular era o “tal”, hoje em dia faz parte do dia-a-dia da população, um

objeto indispensável para muitos. E agora nos últimos anos, os computadores chegaram

para ficar, trazendo informações e conhecimentos das mais diversas áreas, seja ela na

parte da educação, agricultura, agropecuária, indústrias, comércios, ou seja, em todos os

setores os computadores são ferramentas indispensáveis para o bom andamento das

mais variadas atividades a serem desenvolvidas. Sem citar os maquinários modernos em

indústrias, máquinas equipadas e adaptadas para trabalhar na agricultura, no campo e os

aparelhos que chegaram para facilitar a vida das pessoas, principalmente auxiliando as

donas de casa.

Todas essas inovações, tecnologias trouxeram coisas boas, mas também

deixaram muitas pessoas desempregadas, em especial no setor industrial e na

agricultura, se não foram as maquinas modernas que chegaram para fazer os serviços de

várias pessoas juntas, vieram com tecnologia muito avançada, que muitos perderam

seus empregos por não conseguirem manusear os equipamentos e/ou maquinas

computadorizadas. O que mais se vê nos dias atuais são pessoas preocupadas em fazer

cursos de aperfeiçoamento em equipamentos modernos que cada vez mais estão fazendo

parte do dia-a-dia da vida da população mundial. Falando um pouco de mim, posso

dizer que sou uma pessoa de sorte, pois pude vivenciar e ainda estou vivenciando as

tecnologias que estão chegando a cada momento, usufrui dos rádios tocado a pilha,

TVs preta e branca e ligadas em baterias, a chegada da energia, parabólica, celular e por

fim computadores, onde tive o primeiro contato com 14 anos de idade, na escola onde

estudava, tive a oportunidade de fazer um curso básico de windows, excel, paint, entre

outros, e no ano de 2000 meus pais me presentearam com um micro computador, fiquei

muito feliz, mas com o passar dos tempo e com a chegada cada dia mais rápido das

novas tecnologias, meu micro se tornou um micro computador ultrapassado na questão

de funcionamento, foi então que consegui adquirir um notebook no fim do ano de 2007.

Page 42: Texto Linux

Esses foram os avanços tecnológicos que aconteceram na minha vida. Já na

questão da influência da tecnologia, são varias, hoje consigo manusear vários aparelhos

elétricos e computadores com mais facilidade, consigo trabalhar com meus alunos com

vários materiais pedagógicos, por exemplo: TV, DVD, aparelho de som, computadores,

pois nossa escola esta equipada com 10 computadores com o programa Linux

educacional, pode-se fazer aulas diferenciadas e oportunizando os alunos o contato,

vivencia e manuseio do computador.

Posso concluir que as tecnologias existentes em nossa região estão diminuindo a

distancia dos nossos alunos com o mundo tecnológico, principalmente através dos

computadores interligados na internet é o caso de centenas de moradores da zona rural

que nunca haviam sonhado em ter um computador em casa e agora além de obter o seu

micro computador, estão ligado na internet, ou seja, esta conectado com o mundo.

Praticamente saímos da Era dos dinossauros e estamos na Era digital e interligado com

o mundo através dos computadores. Mas é importante fazer o uso da tecnologia com

sabedoria pois no mundo virtual tem algumas armadilhas nas entrelinhas, ou seja, tem

coisas boas, ótimas, excelentes, bem como coisas impróprias para determinada faixas

etárias e até mesmo surpresas desagradáveis.

Cledecir Brigo.

Page 43: Texto Linux

Tecnologia e exclusão

Queria escrever um poema que falasse de tecnologia,

Mas que rimasse com nostalgia

E soletrado com sabedoria,

Que pudesse falar da humanidade

Talvez começasse pelo fogo

Indo depois das pedras e aos metais,

Em suas conquista e descobertas

Com a técnica o homem dominou florestas,

Oceanos e mares,

Também desertos, montanhas e os ares

Dominou, explorou, expropriou...

Da maquinaria não mais parou

Até chegar ao micro chip do computador.

Fez o mundo gigante em seu redor

Em um espaço reduzido,

Em que a maioria é conduzido

Para a exclusão das melhorias.

Não quero meu poema pela metade

Mas sim inteiro na igualdade,

Que a técnica combinasse

Com as batidas do coração

Que no mundo digital

As pessoas fossem a figura fundamental

Queria um poema justo e solidário

Com tecnologia a serviço do humano,

Para gerar a grande dádiva

Do benefício a toda gente.

Profª Deonice Maria Castanha Lovato

Page 44: Texto Linux

Tecnologia em minha vida...

O que falar de tecnologia; Para mim fica difícil poder me expressar sobre o

assunto, pois quando vim ao mundo tudo já estava tão avançado, já tínhamos televisão,

radio, toca-discos, geladeira e todas essas parafernálias modernas, até mesmo no colégio

quando eu iniciei estava tudo as mil maravilhas, já tínhamos o acesso ao lápis, canetas,

pinceis, livros, vídeos, até mesmo livros em três dimensões: não era o máximo! Mas em

minha família existe historias bem interessantes sobre tecnologia, meu pai mesmo me

conta historia de quando viu a primeira televisão em sua frente; Nossa exclama ele,

como era impressionante aquele “aparelho”, no entanto só podia ver esse tipo de

aparelho na casa do visinho e isso quando meu avô os deixavam ir até o visinho.

No tempo de escola lápis, caneta era luxo... tinha somente quem era denominado

de “rico”, meu pai sempre foi de família humilde, então nunca teve acesso a isso, mas

sempre podia contar com o velho carvão para poder escrever, ou quando conseguia

logra minha avó e pegar alguns trocados para poder comprar um simples lápis. Com o

passar dos anos a coisa foi melhorando, na casa do meu avô chagava a primeira

televisão em preto e branco mas era uma televisão: só que para assistir o aparelho do

futuro tinham que se reunir os doze irmãos e ficar no máximo uma hora assistindo, era o

permitido pelo meu avô, isso tudo para não desgastar o televisor. Comigo foi tudo mais

fácil, ou menos complicado, aos quatorze anos de idade comecei a trabalhar como

mecânico, e já tínhamos todas as tecnologias necessárias para desenvolver essa

atividade, pois já contávamos com motor elétrico para limpeza, bombas de água com

enorme pressão e uma infinidade de chaves.

Algum tempo depois mudei de profissão e aos dezessete anos fui trabalhar na

Prefeitura Municipal de Terra Nova, aonde tive a oportunidade de conhecer pela

primeira vez um computador, e a onde eu podia manusear, ali fiz varias descobertas

muito interessantes a respeito do tal computador, o tempo passando e a tecnologia cada

vez evoluindo, até a chegada de uma tal de internet que me deixou com os cabelos em

pé. Passado algum tempo fui trabalhar em um afirma de sistema comercial, como

representante da mesma, fazia parte da venda e manutenção do sistema, até me deparar

com um problema sério que se chamava e-mail, uma coisa do outro mundo para mim

naquele momento, pois já tinha visto internet, navegado nela e pensava que aquilo era

só para olhar noticias, engano tremendo o meu, pois com um problema em um de

nossos clientes meu patrão por telefone me fala: Remove o banco de dados da maquina

e me envia por e-mail que eu resolvo o problema por aqui. Ai que o meu mundo que eu

pensava ser tão grande se tornou em um grão de areia bem pequenininho. Já imaginou

retirar algo de uma máquina e mandar para outra pessoa bem distante dali, algo

impossível para mim naquele instante.

Mas tudo foi resolvido ao passar do tempo. E hoje eu não consigo me imaginar

sem essa tal de tecnologia em minha vida, pois quando fico dias sem internet já fica me

faltando algo, sem contar com tudo de novo e moderno que nos temos, pen-driver,

maquinas digitais onde podemos ver a foto na hora, celular que ao eives de ser um

aparelho para comunicação esta sendo usado para tocar musica em mp3 mp4,

fotografar, filmar, com GPS, são as maravilhas do mundo moderno. O que mais me

deixa com o pensamento a mil é até aonde isso vai.

Rodrigo Zatta

Page 45: Texto Linux

Tempos modernos

No meu curso de mídias

Vou fazer comparação

Para ver o que mudou

E se houve evolução

Em outro tempo passado

Que nos trás a razão

Não³ se via curta película

Não tinha televisão

Lembrome,

ainda pequena

Como fiquei faceira

Quando em casa chegou

Uma TV de madeira

Minha mãe no batedor

Lavava toda a sujeira

Passava com ferro de brasa

Sobre uma cantoneira

Enceradeira era coisa doutro mundo

A fundo limpava o chão

Com a vassoura de pinçava

Dava brilho com o escovão

Pra começo de conversa

Água só vinha do poço

E no fogão a lenha

Mamãe fazia o almoço

De manhã café quentinho

Torrado no torrador

Depois tinha que moer

E passar pelo coador

Não posso esquecerme

do banho

E o chuveiro de latão

Suspenso por uma corda

E água fria no verão

Mas quando chegava o inverno

Gelava até o coração

Mas a água era quentinha

Aquecida no fogão

Quando chegava a noite

A lamparina a casa mal clareava

Com o lampião a gás,

Mais brilho na noite dava

E pra guardar as lembranças

O fotografo dá¡o efeito

Atrás de uma máquina tripé

Embaixo de um pano preto

Mas para ficar bem chique

Na velha fotografia

Page 46: Texto Linux

Numa antiga máquina Elgin

Minha mãezinha cozia

Mas como o tempo muda

A tecnologia entrou em ação

Trocando o velho pelo novo

Nessa tal evolução

A mudança veio de cima

Veja o caso do avião

Santos Dumont com o 14 bis

Fez a história da aviação

Os televisores sofreram

Grande transformação

Veja o ferro de passar

A sua evolução

Gral Bell fez o telefone

Que também se modernizou

Ventilador e ar condicionado

Nada ficou parado,

A nova era chegou

A luz elétrica acendeu as lâmpadas

Surgiram novas fontes de energias

Abriu se as portas do século XX

Deu asas as tecnologias

Muda se a máquina de lavar

Televisão e geladeira

O fogão a gás facilita

A vida da cozinheira

O velho ficou mais moço

Pra escrever a história

Troca a pena pela máquina

A invenção faz a glória

A Ciência se multiplica

O mundo se industrializa

Na corrida tecnológica

A mídia muda a camisa

As máquinas se transformaram

Chegou o computador

Vídeo, DVDs, disquete, Cd, Pen drive,

Note book, data shwol

Só sei que estou vivendo

No mundo da Multimídia

A educação fica velha

E tudo se moderniza

Correr atrás do prejuízo

Hoje é a solução

Ficar inerte é dar bobeira

No mundo da evolução

As mídias se multiplicam

Não existe nada igual

A internet hoje faz parte

Page 47: Texto Linux

Do mundo virtual.

O tempo de ontem é passado

O conhecimento é eterno

O antigo, vira novo

Vivendo em tempos modernos.

Ivaní Martins Móta

Page 48: Texto Linux

O avanço da tecnologia em minha vida

Relacionando o vídeo de Santos Dumont com a evolução da tecnologia, percebemos

que desde aquela época ele já procurava aperfeiçoar em suas invenções.Essa evolução

tem afetado a minha vida sinto que estou sempre em desvantagem aos avanços dessa

tecnologia. No mundo em que estamos vivendo precisamos está sempre buscando novos

conhecimentos, procurando nos aperfeiçoar a cada dia e a informática é um caminho

para que tenhamos acesso a diversas informações, mas devido a necessidade em

exercer uma carga excessiva de trabalho sinto-me prejudicada em relação a esses

avanços.

Já tive oportunidade em participar de diversos cursos relacionados a computador

[webquest, blog, movie maker, etc...], porém não foram praticados e acabo esquecendo

as vezes posso semanas sem ler meus email, fico com vergonha em ver meus colegas

fazendo descobertas incríveis e eu parecendo aqueles alunos que demonstram interesse

mas que se sente incapaz de acompanhar as exigências que estão a minha volta. Por

outro lado, preciso reagir sei que a informática é uma ferramenta do processo de ensino

e que está presente no nosso dia-a-dia sei também, que nunca vou dominar essa

máquina, mas tenho que procurar meios e formas de esta inserida nesse contexto.

É maravilhoso crescer, evoluir, comunicar-se com tantas tecnologias de apoio.È

frustrante pro outro lado, contatar que muitos só utilizam essas tecnologias nas suas

dimensões mais superficiais e alienantes prejudicando a si mesmo. A necessidade de

acessar a internet veio com o avanço das tecnologias, trazendo novos desafios

pedagógicos para as escolas e professores, desta forma defrontamos com novas

possibilidades, desafios e incertezas no processo ensino aprendizagem.

Hoje não estou em sala de aula, mas futuramente posso esta. Para um professor

não importa onde esteja exercendo sua função ele tem que agir como se estivesse

sempre em sala porque suas ações serão sempre voltadas para o aluno, sabendo que

ensinar é gerenciar e organizar informações para transformá-la em conhecimento, em

sabedoria, em um contexto rico de comunicação, não pode ver a tecnologia como uma

solução mágica para modificar a ação pedagógica, mas ela possibilita a escola a ser um

espaço de inovação, de experimentação de novos caminhos.

Maria Aparecida Ferreira Buss.

Page 49: Texto Linux

Novas Tecnologias “O Encantamento do Mundo”

Assistimos, lemos, ouvimos que as tecnologias estão provocando profundas

mudanças em nossas vidas. Sem dúvida elas vêm colaborando para modificar o mundo.

A energia elétrica, o telefone, o carro, o avião, a televisão, o computador as redes

eletrônicas contribuíram para o grande crescimento do capitalismo. É possível criar

inúmeros usos para as tecnologias, nisso esta seu encantamento. Os fabricantes

pesquisam o que nos interessa e o criam, adaptam e distribuem para nos aproximar cada

vez mais. As pessoas aos poucos partem do uso inicial previsto, para outras formas de

utilização inovadoras e inesperadas.

Com a Internet podemos pesquisar informações dos mais diferentes gêneros, nos

comunicar, enviar e receber mensagens, ganhar dinheiro, fazer compras, nos divertir ou

apenas navegar curiosos pelo mundo virtual. Há um grande encantamento pelas

tecnologias, pois participamos de uma interação muito mais intensa entre o real e o

virtual, estou conectada com milhares de pessoas ao mesmo tempo, navego sem move-

me, converso com pessoas que não conheço e talvez nunca verei ou encontrarei de

novo.

As tecnologias trazem um novo encantamento também para as escolas, ao sair

de seu mundo e possibilitar que seus alunos pesquisem e se comuniquem com outros

alunos no seu próprio ritmo. Assim também acontece com os professores. As pesquisas

podem ser compartilhadas por outros alunos e divulgadas instantaneamente na rede para

quem quiser ler. Professores e alunos encontram inúmeras bibliotecas eletrônicas, sons e

imagens, que facilitam a tarefa de planejar as aulas, fazer trabalhos e ter materiais

atraentes para apresentar.

O processo de ensino-aprendizagem pode ganhar assim um dinamismo,

inovação e poder de comunicação imensa. O encantamento, em fim, não esta somente

nas tecnologias, cada vez mais sedutoras, mas em nós, na capacidade de nos tornar

pessoas plenas, em um mundo de grandes mudanças. É extraordinário crescer, evoluir,

se comunicar plenamente com tantas tecnologias de apoio.

Jane de Lourdes Zdepski

Page 50: Texto Linux

De Volta as Raízes.

O que vou contar aconteceu comigo numa cidadezinha chamada Candói, no

Estado do Paraná. Tinha cinco anos de idade, morava numa casa de estuque no meio de

uma fazenda, tudo o que via era animais e mato o único contato que tinha com pessoas

era os que moravam em casa, nunca tinha visto um carro, pois o único meio de

transporte era através de animal. Minha família mudou-se para cidade de Guarapuava

imaginem o meu espanto (carros, luzes, casas umas encima das outras), foi estonteante.

Na casa em que fomos morar tinha energia elétrica, conheci rádio, televisão,

porém nós não tínhamos, sem contar que meus pais não deixavam assistir, entre outras

coisas a própria casa era de madeira com assoalho... tudo era novidade. O tempo foi

passando e minha família mudou-se para mundo novo Mato Grosso do sul: Pensei

finalmente de volta as origens, lugar pequeno com aspectos bem mais voltado para

coisas que eram do meu conhecimento, “natureza coisas simples”. O único automóvel

que tinha na cidade era um jipe.

Completei sete anos fui para a escola, aprendi a ler e escrever, comecei a

conhecer o mundo através dos livros e revistas, porém meus pais não deixavam ler

revistas principalmente as de fotonovelas, quantas dessas revista forraram meu colchão.

Assim como eu a cidade também cresceu, mas em menor proporção, estava na sétima

série, ainda não tínhamos TV, muitas vezes matei aula para assistir a novela “Cuca

Legal” numa vizinha perto da escola. Como toda a cidade pequena chegou o momento

em que já não tinha mais estudo para mim. Então fui para o Rio de Janeiro de novo ao

extremo...

Quantas novidades e eu apenas “uma caipirinha” com o passar do tempo fui

adquirindo novas experiências, no entanto sentia que as minhas raízes estavam longe,

foi então que tive que utilizar da tecnologia mais acessível o telefone... tinha perdido o

endereço da minha filha que ficaram em Mato Grosso do Sul, foi através do telefone

que consegui localizá-los. Estavam morando em Mato Grosso numa cidadezinha

chamada Terra Nova do Norte, que na época tinha apenas um posto telefônico, não

tinha energia elétrica, tinha apenas a Escola Estadual 12 de Abril, o que tinha muito era

hospitais pois a economia da cidade era gerida pelo garimpo e por consequencia disso

os garimpeiros eram acometidos de varias doenças entre elas a malaria era a que mais

derrubavam a população muitos nem sobreviveram a ela. Até então nesse vai e vem

tudo o que não fiz foi continuar meus estudos.

Recomecei estudar na Escola 12 de Abril em mil novecentos e oitenta e sete

(1987). Em mil novecentos e noventa e um (1991) comecei fazer o Magistério pelo

Logos II, finalmente sou professora, mas a luta continua, fiz o curso de Pedagogia pela

UFMT na Modalidade NEAD a Distancia, foram se abrindo os horizontes. Neste

intervalo de tempo pude contribuir na Fundação da Escola Municipal Vista Alegre onde

atuo como Professora efetiva, também atuei nesta mesma função nas Escolas Estaduais

Norberto Shwantes e Chapeuzinho Vermelho bem como na Escola 12 de Abril onde

tive o meu primeiro contato direto com um computador, Vídeo cassete, entre outras

tecnologias acessíveis na escola. Apesar de tudo isso, nunca fiz curso algum para lidar

com as novas tecnologias, mas minha curiosidade me levou a aprendizagem pratica.

Assim como eu a cidade foi se desenvolvendo, hoje Terra Nova já é comarca temos

acesso a telefonia celular, internet entre outras tecnologias. E foi assim através da

internet, que após 40 anos consegui localizar o restante da família que ficou em Candói

no Estado do Paraná. Hoje estou fazendo o curso Linux “Introdução a Educação

Digital” oferecida pelo MEC/ SEED Programa Nacional de Formação Continuada em

Tecnologia Educacional PROINFO.

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Maria da Luz Almeida da Silva

Page 52: Texto Linux

Evolução

Era uma vez em uma cidadezinha de interior, uma familia humilde que havia

tido seu primeiro filho. O menino desde pequeno era mexerico, pois vivia futricando em

tudo, no radio velho e na televisão preta e branca que se encontrava em cima de uma

mesa num canto da sala. O pai cansado de ir pela vizinhança e encontrar em todas as

casas televisores coloridos e de imagens maravilhosas, resolveu comprar em novo

aparelho para sua família. O menino quando viu o novo aparelho, fico paralisado,

admirado com aquela maravilha, mais não demorou muito e o menino já sabia mexer

em todos os botões do aparelho.

O pai do garoto admirado com o interesse do menino para mexer com tecnologias

avançadas, resolveu matriculá-lo num curso básico de informática, que havia saído por

aqueles dias. O menino ficou muito alegre com a noticia, e ele sabia que poderia

decepcionar seu pai, pois ele sabia que a família não tinha muitas condições.

Chegou o grande dia, o menino vai para seu primeiro dia de curso todo faceiro,

mas ao chegar na sala sentiu-se meio humilhado pois era bem atrasadinho perante seus

companheiros, todos tinham aquelas maquinas esquisitas em suas casas. Mas o menino

com muita garra e força de vontade aprendeu um pouco e conseguiu terminar o curso

com uma boa nota 8.7 foi uma alegria para seus pais saber que seu filho mesmo sem

computador para por em pratica o que havia aprendido tinha tirado uma nota tão boa.

Passaram muitos anos o menino cresceu, começou a trabalhar e ajudar sua

família, depois de um dia de trabalho cansativo o rapaz chega em casa e fala para seus

pais.

-Vai ter um novo curso de informática e eu vou fazer. O pai do rapaz não falou nada já

sua mãe exclamou:

-Você vem cansado do serviço e agora vai querer sair e ficar até tarde na rua? Como

você vai trabalhar outro dia?

Então o rapaz respondeu:

- A o que é que tem vai que um dia eu precise.

Na semana seguinte o rapaz começou a fazer o curso. Aquele era pra ser um

curso basico, como aquele que ele havia feito, mais aquele tinha algo de diferente o

rapaz sentiu que estava apreendendo mais, tanto que passou no curso entre os primeiros.

Ao pegar seu diploma correu para casa mostrar a seus pais e disse:

-Agora tenho dois, isso ainda vai me ser util.

E não é que o menino tinha razão, se ele não tivesse força de vontade, interesse e

acima de tudo coragem hoje todos que aqui estão não estariam ouvindo e lendo esta

história, e muito menos eu teria o prazer de estar trabalhando ao lado daqueles que um

dia me ajudaram a ver o mundo com outros olhos, que fizeram de mim uma pessoa de

bem.E também não estaria hoje fazendo aquilo que gosto e que me ajuda a viver.Quem

diria um dia eu paguei para aprender hoje me pagam

para ensinar.

DIEGO FERNANDO HERMANN

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