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Uma Aventura

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labirinto

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Um grupo de amigos, através de um anúncio de Internet, inscrevem – se no Clube Foto Natureza, tinham como objectivo ocuparem – se durante as férias e aprenderem a trabalhar com máquinas fotográficas profissionais.

Duas raparigas ( gémeas ), Luísa e Teresa e três rapazes, Chico, João e Pedro foram contratados por uma amiga do monitor – chefe, para substituir os seus ajudantes que iam de férias e assim eles punham em prática o que tinham aprendido no curso de fotografia.

Charlene explicou que andava a fazer um estudo sobre jardins portugueses que têm labirintos. O jardim que iam estudar é uma quinta e tem um palacete com mais de cem anos, e está envolvido num mistério que nunca ninguém conseguiu desvendar.

Charlene autorizou que as gémeas levassem o seu pequeno caniche ( Caracol ) e João o seu pastor – alemão ( Faial).

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Charlene levou – os até á quinta e ficaram a conhecer a dona da casa: era velha, magra e alta, tinha um sorriso pensativo e enigmático. Gostava de cães e tinha uma cadela de pêlo branco e sedoso chamada Soraia.

A Condessa Eleonora informou que eles iam ficar nas antigas cocheiras que tinha mandado arranjar para os hóspedes.

A chave encontrava – se á porta dentro de um vaso. A Condessa informou que não contassem com ela antes do meio – dia e que os convidava para o jantar, pois não almoçava.

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Charlene dividiu o grupo para explorar o labirinto: os rapazes vão subir para o telhado do casarão para fotografar o labirinto visto de cima, de várias perspectivas. As raparigas ficam comigo e vão explorar o interior do labirinto, Luísa segues pela direita e Teresa segues pela esquerda, levem papel quadriculado para desenhar os percursos que dão saída.

No cimo do telhado os rapazes viam muito bem o jardim, o lago e um pequeno bosque e as gémeas circulando dentro do labirinto. Perceberam que uma das gémeas caiu e não se levantou e foram em seu auxilio. Cada um tomou um caminho diferente, mas rapidamente se deram conta que estavam perdidos. O João chamou o Faial e este ao ouvir a voz do dono seguiu – lhe a pista a trote, acompanhado pelo Caracol e pela Soraia. Os cães conseguiram juntar os amigos rapidamente.

Luísa, a gémea que tinha desmaiado continuava a sentir – se mal e foi para casa deitar – se, acompanhada pela irmã. Acabaram por adormecer as duas.

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Só acordaram perto da hora do jantar. Arranjaram- – se rapidamente pois a secretária da Condessa, Nuria Maria, esperava – os para mostrar a casa enquanto ela não descia. No cimo da escada a secretária explicou que era uma casa muito antiga e que pairavam sobre ela perigos inexplicáveis. Disse também que a Condessa se fechava na biblioteca, depois do jantar, até ás quatro ou cinco da manhã, ninguém sabe a fazer o quê, e que sobre esse assunto ninguém devia fazer perguntas ou aproximar- – se daquela porta. Havia outras divisões da casa também proibidas. Disse com efeitos estranhos. Quem lá passa desmaia e se lá voltar adoece e essa doença não tem cura. Disse que achava mal eles dormirem na casa, pois de escuro os perigos eram maiores.

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O jantar decorreu normalmente, falou – se de coisas banais e os rapazes fartaram – se de bocejar. Charlene levantou – se e despediu – - se e os rapazes seguiram – na. As gémeas pediram para ficar a ver televisão, pois tinham dormido a folga.

Receberam autorização da Condessa para ficar até a cozinheira se ir embora. Luísa deixara o telemóvel na casa de banho, no piso de cima, para ter um pretexto para ir lá acima, ambas tinham vontade de dar uma espreitadela no quarto proibido. Não conseguindo ver nada pelo buraco da fechadura, pois estava escuro, tentaram várias chaves de outras portas até que a chave da casa de banho abriu a porta, entraram e fecharam – se. Com a luz do telemóvel viram que havia um berço, era um quarto de criança, havia teias de aranha, um cavalo de pau a baloiçar sozinho. Atarantadas esbarraram entre si e accionaram uma caixa de musica, aterrorizadas fugiram não se sabe se com medo do brinquedo ou com medo de serem surpreendidas pela dona da casa. Quando chegaram á cocheira os rapazes dormiam profundamente. Estavam excitadíssimas com a aventura e a Luísa tinha trazido a chave do quarto no bolso.

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Choveu toda a noite torrencialmente. Que tempestade no Verão. Charlene ficou desesperada com a chuva não podia trabalhar. As gémeas continuavam a dormir. Os rapazes gastaram toda a manteiga a fazer ovos mexidos para o pequeno almoço. Chico foi pedir manteiga á cozinheira e esta pergunta – lhe pela chave da casa de banho.

Charlene saiu para dar uma volta, ia localizar os escoadores do jardim. Seguiu por um caminho viu a água a desaparecer pelo chão a dentro como se estivesse a ser sugada, aproximou – se e sentiu um ardor no nariz que se transformou em tonturas e dor de cabeça, recuou e agarrou . Se aos ramos para não cair, foi andando na direcção á saída sempre cambaleando, conseguiu chegar á cocheira onde abriu a porta e caiu desamparada. Luísa, conversando com Charlene chegou á conclusão que acontecera o mesmo a ambas. Pensaram na maldição do labirinto e Pedro resolveu ir falar com a Condessa de Milreu, Eleonora.

Entrou pela cozinha, pois a porta estava aberta, como não viu ninguém resolveu subir. Ia no terceiro degrau e ouviu um ruído estranho, parou para escutar, era vozes de pessoas. Quem seria e o que estavam a fazer debaixo da escada?

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Pedro continuou a escutar nas escadas e foi surpreendido pela Condessa, que lhe perguntou se tinha acontecido alguma coisa para ele estar ali tão cedo, este respondeu que sim e que tinha que lhe falar com urgência. Subiram para a biblioteca e Pedro não sabia se também devia falar dos ruídos estranhos que ouviu debaixo das escadas, mas resolveu concentrar – se no assunto que o trazia ali.

- Ontem uma das gémeas desmaiou no labirinto, hoje desmaiou a Charlene. Como a sua secretária nos disse que existe uma maldição que faz desmaiar, adoecer e morrer quem lá entra, resolvi vir falar consigo. Eu sei que essas histórias não passam de lendas, mas pode haver algum perigo real, como plantas venenosas. A Condessa tentou convencer Pedro que não havia nada de anormal no labirinto, mas perante a insistência deste, ela resolveu contar tudo o que sabia.

- O avô do meu marido tinha a mania de feitiçarias, pertencia á irmandade do sol e da lua. Os azulejos da entrada era um emblema deles e tinha significado. O sol revela os segredos do dia, a lua abre a porta dos segredos da noite. Foi ele quem mandou construir esta casa e gabava – se de ser só ele a conhecer os recantos secretos.

- Também havia passagens secretas por dentro das paredes? – perguntou o Pedro.

- Sim, mas tu vieste cá por causa do labirinto. O avô Milreu mandou plantar o labirinto porque achou que era uma boa protecção contra o inimigo. Os inimigos eram os sócios da outra irmandade, que se chamava da luz e das trevas. Ele achava que tinha organizado forças vegetais capazes de baralharem os adversários, se estes lá entrassem não conseguiam sair. Um ruído de passos no corredor, deixou a conversa em suspendo

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Quem já vinha era Nuria e ficou fula ao ver Pedro. Mas a Condessa disse que estava tudo bem. Pedro apanhou um livro de cima da secretária e perguntou á Condessa se gostava de Felix Donald, um escritor policial com ideias completamente loucas. O telefone tocou e Pedro deu a conversa como terminada, mas ao levantar – se viu jornais com títulos de primeira página que o deixaram estupefacto: « colecção de jóias aspiradas » e fez o seguinte comentário : - Já viu isto, alguém usa as ideias loucas de Felix Donald para fazer assaltos!

- Pois foi – disse a Condessa levantou – se e acompanhou – a á porta, dando a conversa como terminada. Pedro desceu as escadas e de passagem pelo alpendre, olhou o painel de azulejos e deu – se conta que ainda lhe faltava saber o significado dos macacos.

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Pedro revela a Chico que tem muita coisa para lhe contar, mas este impede – o de começar e informa – o que as gémeas conseguiram entrar no quarto proibido, só resta saber porque motivo fecham a sete chaves o quarto de uma criança. Como Charlene só voltava á noite, Pedro resolveu contar tudo o que tinha visto e ouvido desde que saiu da cocheira. Decidiram entre todos os que tinham de voltar ao palacete pois todos ficaram curioso com as passagens secretas, só tinham que neutralizar Charlene. Mas, a oportunidade surgiu nessa tarde, quando a Condessa aparece na cocheira e informa que vai sair e que Nuria e Laurinda, a cozinheira, não vão estar em casa

Há dias de sorte, sem ninguém em casa, a senhora Condessa levou a cadela, e laurinda deixou a janela da cozinha inclinada, tudo óptimo para grandes descobertas. Depois dos cães tratados, pois eles ficaram fechados na cozinha, preparam – se para sair, todos vestidos de preto.

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Entre todos no palacete pela janela da cozinha, mas Pedro,

antes de subir teve que ir espreitar a parte inferior da escadaria, e ficou completamente surpreendido: - Era um ginásio.

Subiram e Luisa esqueceu – se da chave, teve que voltar á cocheira, acompanhada de Teresa e Chico, João e Pedro ficaram e aproveitaram para ir espreitar na biblioteca. Pedro abre a gaveta da secretária e descobre que a Condessa é o escritor Felix Donald estava a escrever um novo livro que se chama: “ Assalto ao hotel ’’, Pedro gela de repente: - será que a Condessa põe em prática as suas próprias ideias para fazer assaltos?

Passos no corredor anunciam o regresso dos amigos, já com a chave, entraram no quarto fantasmagórico. Depois de analisarem muito bem o quarto, apesar da pouca luz, deram – se conta que no tecto estavam os simbolos da irmandade, as mesmas figuras dos azulejos. Num canto, o sol; No outro, a lua. Nos outros dois, os macacos. Era suposto que a alavanca para a passagem secreta estava numa das figuras, e estava! Chico tocou na lua e as tábuas do chão deslizaram lentamente.

Os rapazes decidiram ir explorar o misterioso esconderijo e as raparigas ficaram de guarda. Impacientes com a demora dos rapazes puseram – se de cócoras e chamaram os amigos em voz média, mas não obtiveram resposta. Luisa, ouviu um “ croc ’’ e as tábuas começaram a fechar – se automaticamente, outro “ croc ’’ e a abertura por onde os rapazes tinham entrado desapareceu.

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Depois de muito andarem chegaram a uma enorme sala subterrânea. Giraram as luzes das lanternas em todas as direcções, numa parede estavam os símbolos da irmandade. Pressionaram toda a placa na tentativa de encontrar uma abertura, mas foi tudo em vão. Decidiram ir até ao final para ver se havia outra saída, encontram uns panos cinzentos que cobriam qualquer coisa volumosa, levantaram uma ponta e depararam – se com um tesouro.

No outro lado, as pobres gémeas, tentaram trepar até ao tecto, na tentativa de chegarem á lua para abrirem a entrada secreta. O quarto proibido encontrava – se num estado miserável o que certamente podia vir a dar bronca, mas neste momento o importante é salvar os amigos. Resolveram sair do quarto para procurar um escadote para chegar á lua.

Os rapazes continuavam deslumbrados com a exploração do tesouro, conseguiram também abrir a placa da irmandade, onde estava imensa papelada, quando os três estavam debruçados sobre os papéis, na tentativa de descobrirem o enigma da irmandade, ouviram um grito de gelar o sangue. Pedro estremeceu e entrou em pânico, voltaram – lhe á cabeça as desconfianças sobre a Condessa. – Aqueles caixotes estão cheios de coisas que ela roubou…só podia ser! Sentiram – se encurralados e desataram a fugir escada acima, na esperança de saírem e fecharem a abertura das passagens secretas.

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Na volta os corredores parecem mais compridos, a determinada altura deram – se conta que haviam dois caminhos possíveis. Pedro pensou no que lhe tinha dito a Condessa: - O labirinto tem partes ocultas e na afirmação do avô Milreu “ Quem entra, não consegue sair porque é um labirinto muito misterioso ’’, mas não fez este comentário pois sabia que ia assustar ainda mais os amigos. As gémeas tinham procurado o escadote por a casa toda, resolveram levar o martelo dos bifes para desfazerem as tábuas á martelada. Ao atravessarem a sala ouviram ruidos estranhos. Eram os amigos que estavam do outro lado a informar as gémeas que estavam perdidos. Ao vaguearem pela casa as gémeas acabaram por cair na sala do tesouro, os rapazes perceberam e foram ao encontro delas. Ao mesmo tempo surgiram do lado oposto, três figuras vestidas de branco com caras tapadas por mascaras de rede. Esgrima! – Pedro conseguiu perceber os ruídos que ouvira debaixo das escadas…eram dois tipos a fazer esgrima!... Não teve tempo de dizer nada pois estes estavam a atacar as gémeas á estalada. Gerou – se uma grande luta onde todos se atacavam. O adversário de João caiu e debruçou – se para lhe arrancar a mascara de rede e reconheceu – a.

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É a Nuria! Gritaram as gémeas assim que o João lhe pôs a cara á mostra. Pedro deitou a mão á rede que tapava a cara do que estava mais perto e, outra surpresa, era o jardineiro, e o outro era um homem que nenhum deles conhecia. Surgiram mais dois tipos disfarçados com equipamento de esgrima, com revolvers em punho. – Rendam – se: gritou uma voz feminina. – Mãos ao ar!: disse uma voz masculina. Os primeiros a erguer os braços foram Nuria, o jardineiro e o desconhecido.

O mistério rapidamente se esclareceu: era a Condessa e o inspector Gavião. Nuria e a sua quadrilha roubavam as ideias do escritor Fenix Donald para fazer assaltos. O inspector Gavião obrigou os bandidos a carregar os sacos de viagem que tinham trazido e que eram a prova do crime. No jardim já estavam carrinhas da policia á espera.

A Condessa convidou o grupo para tomar o pequeno almoço e Laurinda, a cozinheira, confessou que Sabia de tudo, mas que não tinha participado nos roubos

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Eleonora confessou ao grupo que foi tudo planeado por ela e pelo inspector Gavião para apanharem os bandidos, mas nunca pensou que a sua casa fosse o esconderijo.

Os jovens puseram a par a Condessa dos vários enigmas da casa e juntos continuaram a tentar decifrar todos os enigmas deixados pelo avô Milreu

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