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13 de Junho 2000

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À boleia do sucesso de outros títulos, lá vamos parindo os nossos. A intertitularidade é uma área fascinante no campo da produção titular para a imprensa. Nesta apresentação, referência a alguns títulos da imprensa inspirados em títulos do mundo do futebol, da música, da televisão, da guerra, da publicidade... Para saber mais sobre a arte e as técnicas de titular na imprensa, assim como sobre a “Intertextualidade”, visite http://www.mediatico.com.pt/manchete/index.htm (necessita de ter instalado o Java Runtime Environment), e www.youtube.com/discover747 Visite outros sítios de Dinis Manuel Alves em www.mediatico.com.pt , www.youtube.com/mediapolisxxi, www.youtube.com/fotographarte, www.youtube.com/tiremmedestefilme, www.youtube.com/discover747 , http://www.youtube.com/camarafixa, , http://videos.sapo.pt/lapisazul/playview/2 e em www.mogulus.com/otalcanal

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13 de Junho 2000

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Arte e Técnicas de TitularArte e Técnicas de Titular

Instituto Superior Miguel Torga 2006/2007

Dinis Manuel AlvesDinis Manuel Alves

http://www.mediatico.com.pt

IntertitularidadeIntertitularidadeIIIIII

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9 de Março 2006

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9 de Março 2006

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9 de M

arço 2006

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PUBLICIDADEPUBLICIDADE

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Foi Você Que Pediu Foi Você Que Pediu Um...Um...

Bom Título?Bom Título?

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Foi Você Que Pediu Foi Você Que Pediu Um...Um...

““Herman-SIC”?Herman-SIC”?

O Avante, 10.02.2000O Avante, 10.02.2000

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Foi Você Que Pediu Foi Você Que Pediu Um...Um...

Cordofone?Cordofone?

Tinta Fresca – Jornal de Arte, Cultura & CidadaniaTinta Fresca – Jornal de Arte, Cultura & Cidadania

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Foi Você Que Pediu Foi Você Que Pediu Uma...Uma...

Constituição Constituição Europeia?Europeia?

Pacheco Pereira, Público, 29.05.2003Pacheco Pereira, Público, 29.05.2003

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Em circuito fechadoEm circuito fechado

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Ao atentarmos nos exemplos referentes a

títulos de imprensa inspirados no cinema,

literatura, música e televisão, verificamos

que os títulos dos programas de TV servem

para encabeçar notícias do cinema, enquanto

os títulos dos filmes servem para notícias

sobre o mundo da televisão, ou dos livros, ou

da música. Como à música vão os jornalistas

buscar alguns títulos de canções para se

referirem ao cinema, ou à literatura. E assim

por diante…

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Prática que nos indicia a força de alguns

títulos (independentemente do meio que os

veicula), para noticiar outras obras

intituladas de forma mais débil.

Força do título que pode advir da felicidade

da sua construção sintáctica, da eficácia do

jogo de palavras de que é continente, como

pode resultar da actualidade de tal título, da

sua novidade; ainda por ter dado nome a um

programa ou obra que esteja na berra ou

tenha suscitado polémica recente.

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Começando pelos títulos de filmes utilizados para

noticiar outros meios, temos “A Guerra das Estrelas”,

“Sozinho em Casa”, “Tramo-te Teresa”; “Febre de

Sábado à Noite”, “Nascido para Morrer”, “Sexo:

Mentiras… e vídeo!”, “Beleza Americana”, todos

utilizados para falar de televisão. Ainda “Play it again,

boy”, adulteração da célebre frase de Ingrid Bergman

em “Casablanca”.

Do lado da TV, a cortesia é correspondida através de

“Queridos Inimigos” ou “Corpo a Corpo”, títulos

publicados respectivamente no Expresso e na Visão,

para falar dos filmes “Dois Novos Rabujentos” e “Lua

de Mel, Lua de Fel”. Ainda “Sim, Sr. Presidente”, para

o filme “Dave — Presidente por um Dia”; ou “Caça ao

Tesouro”, para o filme “Três Reis”.

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Títulos de filmes para artigos sobre música

encontramos bastantes : “Instinto Fetal”, “O Ex-

Império Contra-Ataca”, “O Clube dos Rockers Mortos”,

“Noites Escaldantes”, “Sem Sombra de Pecado”, “A

Última Valsa”, “Em Nome do Pai”, “África Nossa”,

“Suavemente no Verão Passado”, “Tentação de

Vénus” e “A Idade da Inocência”.

Tais títulos vindos do celulóide servem para anunciar

artigos que tratam desde a música dos Beatles à

morte do vocalista dos Nirvana.

E a música também é alfobre para títulos de notícias

sobre o cinema. Temos então “Indo eu, Indo eu…”

para o filme “Longe Daqui”; “Até que a Voz lhe Doa”

para o filme “Vozes da Ira”; “Não Venham Mais

Cinco” para a película intitulada “Não digam à Mamã

que a Babysitter morreu”.

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Para a arte teatral, o celulóide empresta

títulos tais como “Mulheres à Beira de um

Ataque de Nervos” ou “A Criada, a Patroa e o

amante das duas”. Títulos publicados no DN

e no Público, para artigos sobre as peças “A

Partilha” e “O Estranho Caso da Tia do

Melro”. “La nave va…” não vai a Fellini mas

serve para intitular um balanço do teatro

português (Expresso).

Ainda o título “Regresso ao Futuro”, este em

artigo que se passeia pelo teatro e também

por uma exposição de pintura.

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Do cinema para a literatura, encontramos

“Apocalypse Now”, no Público, para crítica

aos livros “O Novo Messias” e “Joaquim, o

Último Profeta”; n’ O Independente, “Era

uma vez na América” para o livro “Um

homem em cheio”, de Tom Wolfe; “As

verdades da mentira” para “Entre a mentira

e a ironia”, de Umberto Eco (Expresso).

Do cinema para a rádio, um título fácil de

adaptar: “Os Dias da Rádio”.

De referir ainda o título “Danças Com

Escaravelhos” (glosando “Danças com

Lobos”), para noticiar um festival de

marionetas.

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Do cinema para a fotografia, “Aos meus

amores”, o filme de Pialat para uma

exposição de fotos de Álvaro Rosendo.

Dos livros para o cinema, referência a “Hanks

no País da SIDA”, para o filme

“Philadelphia”; “Dick Tracy no País das

Maravilhas”, “Formosa e Segura”, “Crónica

do Pesadelo Anunciado”, “Crítica da Paixão

Pura” e “Crime e Castigo”, este último para o

filme “Os Irmãos Kray”.

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Continuando a deambular por esta estrada atafulhada

de cruzamentos, peguemos de novo nos títulos da

literatura.

Os títulos “A Insustentável Crueldade do Ser”, “Júlio

no país das maravilhas” e “Mau Tempo no Canal”

encabeçam artigos sobre televisão.

“Pedro No País do Pandemónio”, “As Vinhas da Ira”,

“Apocalípticos e Desintegrados”, “The Smashing

Pumpkins — A insustentável tristeza de ser”, “A

insustentável leveza da arte pop”, “A insustentável

leveza dos sons” e “Descalça vai para a Fama” —

utilizados para artigos sobre música.

“Crónica de uma Morte Anunciada”, serviu ao Público

para nos falar da “Orquestra Som do Mundo”; no

Correio da Manhã, o mesmo título para a notícia da

morte de um vocalista de um grupo de rock.

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“A Queda de um Ângelo” serve para o teatro, tal como

“Alice na Wilsonlândia” e “Robert Wilson no País das

Maravilhas”.

Por sua vez, a música dá ao teatro o título “Até que a

memória nos doa”. Ao teatro, a televisão oferece “Na

Cama Com a Madrasta” e “Assédio, Disse Ela”. O

teatro retribui com “Quem tem medo do Loch Ness?”

para o novo álbum dos Mogwai.

À música, a televisão fornece os títulos “Em inglês é

que a gente se entende”, para um disco dos Cocteau

Twins, artigo do Público; ou “A Caça ao Tesouro” para

um disco de Amélia Muge, em artigo do Expresso.

Títulos de programas televisivos que não esquecem a

literatura, como acontece em “Agora Escolha”; não

esquecem a rádio, como nos exemplos “Rádio, Dizem

Elas” e “Chuva de Estrelas”.

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Voltando à música, esta oferece à literatura

o título “Um Lugar ao Sul”. Quanto a artigos

sobre televisão, encontramos “Para Elisa” e

“Juntaram-se os dois à esquina”.

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Finalizamos com exemplos de títulos que servem para

falar de títulos ou de factos dos mesmos meios.

Na literatura, encontramos o título “Afirma Tabucchi”

para crítica ao livro “Afirma Pereira” (Expresso); “Cem

anos de discussão” para o livro “O Século dos

Intelectuais” (Expresso).

Na música, os títulos “Cheira Bem, Cheira a…” para

um artigo sobre música rap, dado à estampa no

Público; “O que Faz Falta”, título de uma canção de

Zeca Afonso para artigo sobre as novas roupagens

dadas a obras daquele autor e intérprete (O

Independente); “Vivo para a Múgica”, no mesmo

semanário, para artigo sobre Amélia Muge;

“Presumidos & Implicados”, ainda n’ O Independente,

para artigo sobre o agrupamento espanhol Presuntos

& Implicados.

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Na televisão encontramos “A Febre do

Dinheiro”, título de programa da SIC para

falar de problemas na RTP (O Independente);

“Cheers, aquele bar… açoriano”, para uma

nova série em produção na

RTP-Açores (Público); e “Doença, disse ela”,

para a telenovela “Filhos do Vento”.

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Como não podia deixar de ser, é no cinema

que encontramos um maior número destes

últimos casos.

“Apocalipse Agora” e “Apocalypse Now”,

servem aos jornais Expresso e Público para

nos falarem dos mesmos filmes: “Nu” e

“Chuva de Pedras”. Coincidência no tema,

coincidência nos títulos, apesar do primeiro

aparecer em versão portuguesa. “Apocalypse

Now” que o Público já utilizara para intitular

artigo sobre literatura.

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“Os padres também se abatem” serve para

encabeçar crítica ao filme “A Morte de Um

Inocente”; “O Silêncio dos Inocentes” para

artigo sobre o filme “Philadelphia”; “Alma

Mortífera” para o filme “Maverick”; “O pai

tirano” para “Linhas Cruzadas”; “O Império

Contra-ataca” para “Sunshine”;“Manoel não

mora aqui” para “Quando Troveja”; “O

Inferno dos Sentidos” para “Romance”; e

“Saltos Rasos”, para o filme “Kika”.

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Noutros casos, os títulos dos filmes não são

utilizados em artigos de imprensa que fazem

referência a outros filmes, mas sim a

personagens do mundo do cinema, ou outros

factos referentes a este universo específico.

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É assim que encontramos “Renasceu uma

Estrela” para falar da actriz Cybill Shepard;

“A Casa dos Espíritos” para um festival de

cinema fantástico; “Feios, Porcos e Maus”

para artigo sobre os heróis musculados do

cinema; “O Rei da Comédia” para artigo

sobre Leslie Nielsen; “Era uma Vez na

América” para falar do realizador Francis

Ford Coppola; “A escolha de Sofia” e

“Nasceu uma cineasta” para a estreia de

Sofia Coppola na realização; e “Belle de

Jours” encabeçando artigo sobre a actriz

Andie Mc Dowell.

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A força de determinados títulos não é aproveitada

apenas pelos jornalistas. O cinema, televisão,

literatura e demais artes costumam, por vezes,

recorrer ao mesmo expediente. Citemos meia dúzia de

exemplos. No cinema encontramos “O último tango

em Nova Orleães”, com Nicholas Cage; “O barbeiro

que se vira”, filme brasileiro de Eurides Ramos; “E

tudo o sono levou” (Mick Jackson, 1994); “A Star is

Porn”, pornográfico exibido no Sexi Hot. Na televisão

“Hora Selvagem: Vestido para jantar” (Discovery

Channel); “Dependance Day” no ARTE;

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“3001, l’Odyssée de l’Espèce”, programa da

televisão pública francesa Cinquième; “Os

dragões da Távola Redonda”, série exibida

pelo canal Panda; “Nascidos para lutar”,

programa de boxe tailandês, no Odisseia; “As

pupilas do Sr. Doutor” na TVI. “Janela

Indiscreta” é título de livro de Alfredo

Barroso sobre televisão ; “Apocalipse Nau”

um livro de Rui Zink; “Em busca do autor

perdido”, livro de Helena Carvalhão Buescu.