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BatuíRa Juliana Ramires

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Batuíra

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António Gonçalves da Silva, conhecido como Batuíra, nasceu em Águas Santas, Portugal em 19 de março de 1839

Emigrou com onze anos de idade para o Brasil, tendo vivido até aos quatorze no Rio de Janeiro, então capital do Império

Mudou-se para Campinas, no interior da então Província de São Paulo, onde trabalhou por alguns anos na agricultura

Trabalhou em 1875 na cidade de São Paulo como entregador de jornais “A Província de São Paulo”

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Nessa época, recebeu dos seus fregueses e amigos a sua alcunha, que nele identificavam uma pessoa ativa e extrovertida comportamento semelhante ao da narceja, ave pernalta, de vôo rápido, que em tupi recebe o nome de

Batuíra

Convivendo com os acadêmicos de Direito da Faculdade do Largo de São Francisco, passou a se dedicar ao palco tendo montado um modesto teatro à rua Cruz Preta atual Rua Senador Quintino BocaiúvaQuando entrava em cena, sempre muito aplaudido, os estudantes lhe dedicavam versos como estes:

"Salve, grande Batuíra,com teus dentes de traíra, com teus olhos de safira

Com tua arte que me inspira nas cordas da minha lira estes versos de mentira."

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Em 1873, por ocasião da terrível epidemia de varíola que assolou a capital da província, ele serviu de médico, de enfermeiro de pai para flagelados, deu-lhes não apenas o remédio e os desvelos, mas também o pão, o teto e o agasalho.

Daí a popularidade de sua figura. Era baixo, entroncado e usava longas barbas que lhe cobriam o peito amplo

Com o tempo, essa barba se fez branca e os amigos diziam que ele era tão bom, que se parecia com o Imperador

Também nessa altura, iniciou-se no comércio de fumo, fabricando artesanalmente charutos que vendia, o que lhe trouxe relativa prosperidade

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Com os recursos assim amealhados, adquiriu diversos lotes de terreno no Lavapés, onde ergueu a sua residência e, ao lado, uma rua particular com casas, que alugava aos mais humildes, e que atualmente se denomina rua Espírita

Partidário da causa abolicionista, nela militou ativamente ao lado de personalidades como Luís Gama e Antônio Bento protegendo inúmeros escravos que se evadiam rumo à liberdade

Muitos encontravam abrigo em sua própria residência, de lá só saindo de posse da respectiva Carta de Alforria.

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Ao abraçar a Doutrina Espírita, dedicou-se de corpo e alma ao socorro aos aflitos e necessitados

Aos doentes, atendia com recursos de homeopatia, oferecidos muitas vezes em sua própria residência, um misto de albergue, asilo, hospital, farmácia e de escola, onde difundia os princípios espíritas

Acerca desse comportamento, afirmava-se à época que "um bando de aleijados vivia com ele". Quem chegasse à casa, fosse quem fosse, tinha cama, mesa e medicação

Em 25 de maio de 1890 fundou o Jornal Verdade e Luz, que ele próprio compunha a imprimia, destinado à divulgação doutrinária e que alcançava, à época, a notável tiragem média de cinco mil exemplares

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Além disso, proferia conferências espíritas em diversas cidades, criando grupos espíritas em São Paulo, Minas Gerais e no Rio de Janeiro. Fundou a Livraria e Editora Espírita, onde era impressor e tipógrafo.

Casou-se em primeiras núpcias com Brandina Maria de Jesus, com quem teve um filho, Joaquim Gonçalves Batuíra. Em segundas núpcias, teve outro filho, que faleceu com apenas doze anos de idade.

Abriu mão de seus bens em favor dos necessitados, com destaque para a doação de sua casa, no Lavapés, que

serviu como sede da instituição beneficente "Verdade e Luz"

Desencarnou em São Paulo no dia 22 de janeiro de 1909

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Formatação: Juliana Ramires

Texto: “Biografia de Batuíra”

Música: “Gente Humilde” Baden Powell

[email protected] – 06/03/2009