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Conflitos Árabe- israelenses Israel e o “Mundo Árabe”

Conflitos árabe israelenses

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Conflitos Árabe-israelenses

Israel e o “Mundo Árabe”

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O Estado de Israel

Origens de Israel

O Sionismo

Nascimento do moderno Estado de Israel

Oposição Árabe

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Origens de Israel

O Povo de Israel ("Aquele que luta ao lado de Deus") surgiu de grupos nômades que habitavam a Mesopotâmia há cerca de cinco mil anos e que posteriormente rumaram para a região do Levante por volta do ano 2000 a.C.. No fim do século XVII a.C., por motivo de uma grande fome, Israel emigrou ao Egito, onde o governador da época era José, filho de Jacó (Israel). Dentro de um período de quatrocentos anos, com a morte de José e a sucessão do faraó, o Egito com medo do grande crescimento do povo israelita, escravizou Israel.

Após o fim do cativeiro no Egito, os israelitas vagaram pela região da Península do Sinai, reconquistando uma parte de seu território original no Levante, sob o comando do rei Saul por volta de 1029 a.C.. Segundo os relatos tradicionais, foi durante o reinado de Saul que, pressionados pelas constantes guerras com os povos vizinhos, as 12 tribos de Israel se unificaram, formando um único reino.

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O sionismo

O sionismo (de Sion, colina da antiga Jerusalém), surgiu na Europa em meados do século XIX. Inicialmente de caráter religioso, o sionismo pregava a volta dos judeus à Terra de Israel, como forma de estreitar os laços culturais do povo judeu em torno de sua religião e de sua cultura ancestral. O sionismo moderno aos poucos arrebatou e convenceu a maioria dos judeus de todo o mundo. Começaram as imigrações judaicas para a província palestina, onde estes pioneiros adquiriam terras dos árabes e estabeleciam colônias e fazendas coletivas.

A escolha da causa sionista pelo território da então província palestina derivava de todo o significado cultural e histórico que a antiga Israel bíblica possuía para o povo judeu. Os sionistas defendiam a criação de um estado judaico em todo o território original de Israel, o que incluiria hoje a atual Jordânia, embora propostas de cessão de territórios na Patagônia, no Chipre e em Uganda tenham sido estudadas.

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Nascimento do Moderno Estado de Israel

Após o término da Primeira Guerra Mundial e a queda do Império Turco-Otomano, a antiga província da Palestina passou a ser administrada pela Grã-Bretanha. Atendendo às solicitações do sionistas, os ingleses promulgaram em 1917 a Declaração de Balfour, onde a Grã-Bretanha se comprometia a ajudar a construir um "lar judaico" na Palestina, com a garantia de que este não colocasse em causa os direitos políticos e religiosos das populações não-judaicas. A ascensão do Nazismo inicia uma perseguição antijudaica sem precedentes. Os judeus da Europa começam a ser perseguidos e por fim aprisionados e massacrados, numa grande tragédia humana igualmente vivida por outros povos envolvidos na Segunda Guerra Mundial. A morte massiva dos judeus e de outros grupos denominou-se Holocausto.

Na Palestina, nacionalistas árabes foram insuflados a não aceitar a migração de judeus. Mohammad Amin al-Husayni, Grão-Mufti de Jerusalém (máxima autoridade religiosa muçulmana) se alia aos nazistas e promove perseguições antijudaicas.

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Ao término da Segunda Guerra Mundial, o mundo tomou conhecimento da dimensão do Holocausto e do massacre de seis milhões de judeus pelos nazistas.

Com a Europa destruída e os sentimentos anti-semitas ainda exaltados, uma enorme massa de milhões de refugiados deixava a Europa para se unirem aos sionistas na Palestina. Mas a política de restrição à imigração judaica era mantida pelo Mandato Britânico. Os grupos militantes judaicos procuravam infiltrar clandestinamente o maior número possível de refugiados judeus na Palestina, enquanto retomavam os ataques contra alvos britânicos e repeliam ações violentas dos nacionalistas árabes. Com as pressões se avolumando, a Grã-Bretanha decide abrir mão da administração da Palestina e entrega a administração da região à ONU. O aumento dos conflitos entre judeus, ingleses e árabes forçou a reunião da Assembléia Geral da ONU, realizada em 29 de novembro de 1947, presidida pelo brasileiro Osvaldo Aranha e que decidiu pela divisão da Palestina Britânica em dois estados, um judeu e outro árabe, que deveriam formar uma união econômica e aduaneira.

David Ben-Gurion discursa na Declaração do Estado de Israel em 14 de maio de 1948.

A decisão foi bem recebida pela maioria das lideranças sionistas, embora tenha recebido críticas de outras organizações, por não permitir o estabelecimento do estado judeu em toda a Palestina. Mas a Liga Árabe não aceitou o plano de partilha. Deflagra-se, então, uma guerra entre judeus e árabes.

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Oposição Árabe No período entre a Declaração de Independência e a Guerra de

Independência, Israel recebeu cerca de 850 mil imigrantes, em especial sobreviventes de guerra e judeus oriundos dos países árabes.

Ainda no período da Independência foi executada a Operação Tapete Mágico, para resgatar os judeus do Iêmen.

Instigados pela propaganda árabe, a população muçulmana local e com a ajuda da polícia deu início a uma série de perseguições. Em 1947 82 judeus foram mortos e centenas de residências e casas comerciais destruídas.

No ano seguinte, um boato de que duas meninas haviam sido mortas por judeus em um ato religioso provocou uma nova onda de protestos. Com isso, a situação econômica dos judeus do Iêmen se deteriorou e a American Joint Distribution Committee resolveu transportar toda a comunidade judaica daquele país para Israel. Entre junho de 1949 e setembro de 1950 cerca de 50 mil judeus iemenitas foram retirados em vôos secretos. Tentativas de sabotagem e ataques da aviação egípcia tornavam as viagens arriscadas. Entretanto, nenhum dos 380 vôos da Operação Tapete Mágico foi mal sucedido.

Até o fim de 1951 desembarcaram em Israel 37 mil judeus da Bulgária, 30 mil da Líbia e 118.940 da Romênia.

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Embates Árabe-israelenses

Guerras de 1948 a 2008

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Guerra e Pós-Guerra de 1948

A guerra árabe-israelense de 1948, também conhecida como a "guerra de independência" começou após a retirada britânica e com a declaração do Estado de Israel a 14 de Maio de 1948.

Os árabes rejeitaram o plano de partilha da Palestina (Resolução 181 de 29 de novembro de 1947 da Assembléia Geral das Nações Unidas), que propunha o estabelecimento de um estado árabe e outro judaico na região da Palestina. Milícias árabes começaram campanhas com vista ao controle de territórios dentro e fora das fronteiras estabelecidas.

Tropas da Transjordânia, Egito, Síria, Líbano e Iraque invadiram a Palestina, ao que Israel, Estados Unidos, União Soviética e Trygve Lie agressão ilegítima. A China deu o seu apoio às pretensões árabes. Os estados árabes declararam o propósito de proclamar um "Estado Unido da Palestina" em detrimento de um estado árabe e de um estado judaico. Eles consideravam que o plano das Nações Unidas era ilegal porque vinha em oposição à vontade da população árabe da Palestina. Reclamaram também que a retirada britânica tinha deixado um vazio legal em termos de autoridade, tornando necessário a sua atuação com vista à proteção dos cidadãos árabes e das suas propriedades. Aos palestinos que abandonaram ou foram expulsos das áreas ocupadas pelos israelitas não foi permitido o regresso às suas casas. Deslocaram-se para campos de refugiados localizados em países vizinhos tais como o Líbano, a Jordânia, a Síria e para a área que mais tarde se tornaria conhecida como a Faixa de Gaza. A Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Próximo Oriente foi criada para melhorar as condições destes refugiados.

Durante as décadas seguintes ao fim da guerra de 1948, entre 700 e 900 mil judeus abandonaram os países árabes onde viviam. Em muitos casos isto foi devido a um sentimento anti-judeu, ou devido a expulsão (no caso do Egito) ou ainda devido a opressões legais (no Iraque). Deste número, cerca de dois terços acabaram por se deslocar para campos de refugiados em Israel, enquanto que os restantes migraram para França, Estados Unidos da América e para outros países ocidentais (incluindo a América Latina).

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Guerra de 1956 e Entre 1956 e 1967

A Guerra do Suez, de 1956, foi uma operação conjunta de Israel, Reino Unido e França, na qual Israel invadiu a Península do Sinai e as forças francesas e britânicas ocuparam o porto de Suez para ostensivamente separar as partes conflituosas, apesar de a real motivação destes dois últimos países ter sido a de proteger os interesses dos investidores no Canal do Suez. Esses interesses tinham sido afetados devido à decisão do presidente egípcio, Gamal Abdel Nasser de nacionalizar o canal.

Israel justificou a invasão do Egito pela necessidade de se proteger de ataques à sua população civil pelos fedayin e de restaurar os direitos de navegabilidade pelo estreito de Tiro, que os egípcios reclamavam estar nas suas águas territoriais. As forças invasoras concordaram em se retirar, sob pressão internacional, particularmente dos Estados Unidos da América e da União Soviética. Israel se retirou da Península do Sinai, que foi ocupada por uma força da Nações Unidas (UNEF), em troca de garantias de utilização e navegabilidade no canal, que afinal ficou sob o controle do Egito. Durante este período deu o surgimento do Nasserismo; a proclamação da República Árabe Unida em 1958 e o seu colapso em 1961; disputas entre Israel e Síria relacionadas com áreas fronteiriças terrestres e marítimas: a continuação dos ataques dos fedayin, principalmente a partir da Síria e da Jordânia e represálias israelitas; e o aumento do alinhamento dos estados árabes com a União Soviética, principal fornecedora de armas.

No início da década de 1960, os estados árabes estabeleceram a OLP. O artigo 24º da carta (ou pacto) de fundação da OLP, de 1964 estabelecia: "Esta Organização não exerce qualquer soberania territorial sobre a Cisjordânia, sobre a Faixa de Gaza e sobre a Área de Himmah."

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Guerra de 1967 e Guerra de 1968-1970

A Guerra dos Seis Dias decorreu entre 5 e 10 de Junho de 1967. Foi desencadeada por Israel contra o Egito e a Jordânia nos termos de uma guerra preventiva, já que o estado israelita sentia-se ameaçado pela política pan-árabe do presidente egípcio Nasser (que se traduziu em alianças militares com a Síria e a Jordânia) e pela partida de forças das Nações Unidas presentes no Sinai desde 1956. Sendo iminente um ataque do Egito e da Jordânia, que também mobilizavam suas tropas, Israel antecipou-se, atacando preventivamente.

Em consequência da guerra, Israel expandiu-se territorialmente, ocupando a Cisjordânia (conquistada à Jordânia), a Faixa de Gaza e a Península do Sinai (conquistadas ao Egito) e os Montes Golã (conquistados à Síria). A parte da Cidade Antiga de Jerusalém (também chamada Jerusalém Oriental), tomada a 7 de junho por Israel à Jordânia, seria reunificada por Israel com a Cidade Nova, formando um único município sob jurisdição israelita. Em 1980, uma lei israelita declarou Jerusalém como capital eterna e indivisível de Israel, mas a ocupação de Jerusalém Oriental é considerada ilegal do ponto de vista do direito internacional, tendo sido condenada por uma resolução das Nações Unidas. A Guerra de Desgaste foi uma guerra entre Egito e Israel de 1968 a 1970. Foi iniciada pelo Egito com o objetivo de recapturar a Península do Sinai de Israel, o qual a havia ocupado desde a Guerra dos Seis Dias. A guerra terminou com um cessar-fogo assinado entre os países em 1970 com as fronteiras no mesmo lugar de antes de a guerra começar.

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Guerra de 1973 e Operação Litani

A 6 de Outubro de 1973 os exércitos do Egito e da Síria atacaram de surpresa Israel durante a celebração do Yom Kippur, com o objetivo de reconquistarem os territórios que tinham perdido.

A Guerra do Yom Kippur (1973) começou quando Egito e Síria lançaram um ataque surpresa em conjunto, no dia do jejum judeu, no Sinai e nas Colinas de Golã. Os egípcios e sírios avançaram durante as primeiras 48 horas, após o que o conflito começou a balançar em favor de Israel. Na segunda semana da guerra, os sírios foram completamente expulsos das Colinas de Golã. No Sinai ao sul, os israelitas atacaram o ponto de encontro de dois exércitos egípcios invasores, cruzaram o Canal de Suez (antiga linha de cessar-fogo), e cortaram todo o exército egípcio assim que um cessar-fogo das Nações Unidas entrou em vigor. As tropas israelitas finalmente retiraram-se da região oeste do canal e os egípcios mantiveram as suas posições sobre uma estreita faixa no leste permitindo-lhes a reabrir o Canal de Suez e clamar a vitória.

Operação Litani: foi o nome oficial da invasão de Israel no Líbano até o rio Litani. A invasão foi um sucesso militar, já que as forças da OLP foram empurrados para norte do rio. No entanto, o clamor internacional levou à criação das forças de paz FINUL e de uma retratação parcial israelita.

Mas foram pegos de surpresa devido a ajuda dos Estados Unidos em relação à armamentos.

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Guerra de 1982 e ocupação e Intifada de 1987-1993

A Guerra do Líbano de 1982 começou quando Israel atacou o Líbano, justificada por Israel como uma tentativa de remover os militantes Fatah liderados por Yasser Arafat do sul do Líbano, onde tinham estabelecido, durante a guerra civil do país, um enclave semi-independente utilizado para lançar ataques terroristas a civis israelenses.

A invasão, que levou à morte de 20 mil libaneses, foi amplamente criticada tanto dentro como fora de Israel, especialmente após o ataque da milícia cristã aos palestinos da região, no episódio que ficou conhecido como massacre de Sabra e Shatila.

Embora o ataque tenha obtido sucesso em exilar Arafat na Tunísia, Israel se indispôs com diversas milícias muçulmanas locais (especialmente o Hezbollah), que lutava pelo fim da ocupação militar israelense. Em 1985, Israel se retirou do território libanês, exceto por uma estreita faixa de terra designado por Israel como a Zona de Segurança Israelense. A Resolução 425 do Conselho de Segurança das Nações Unidas confirmou que, a partir de 16 de junho de 2000, Israel tinha retirado completamente as suas tropas do Líbano. Apesar das resoluções 1559 e 1583 do Conselho de Segurança das Nações Unidas, o Hezbollah mantém ativa participação no conflito. A Primeira Intifada (1987-1993) começou como uma revolta dos palestinos, em particular os jovens, contra a ocupação militar israelense na Cisjordânia e Faixa de Gaza. Líderes da OLP exilados na Tunísia rapidamente assumiram o controle, mas a revolta também trouxe um aumento da importância dos movimentos nacionais palestinos e islâmicos. A Intifada iniciou por um grupo de jovens que começaram a atirar pedras às forças de ocupação israelense forças na Jabalia (Faixa de Gaza), em dezembro de 1987. Crianças da Palestina foram os líderes desta revolta e foram chamados Atfal Al-Hijara, que significa as crianças das pedras. A Intifada terminou com a assinatura dos Acordos de Oslo entre Israel e OLP.

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Guerra de Golfo de 1990-1991 e Intifada de 2000

A Guerra do Golfo (1990-1991) começou com a invasão iraquiana e anexação do Kuwait e não teve inicialmente envolvimento militar direto com Israel. Uma coligação internacional liderada pelos Estados Unidos, que incluía forças árabes foi montada para retirar as forças iraquianas do Kuwait. Para chamar Israel para o confronto e dividir a coligação multinacional, o Iraque lançou mísseis Scud sobre cidades e instalações nucleares israelenses perto de Dimona. No entanto, sob forte pressão dos Estados Unidos, que temiam que o envolvimento direto de Israel pudesse ameaçar a unidade da coalizão, Israel não promoveu retaliações ao Iraque e a coalizão multinacional afastou as forças iraquianas do Kuwait. Durante a guerra, a liderança palestina e o Rei Hussein da Jordânia apoiaram a invasão iraquiana do Kuwait. A Intifada de Al-Aqsa começou no fim de setembro de 2000, na época em que o líder da oposição israelense Ariel Sharon e um grande contingente de guardas armados visitaram o complexo Monte do Templo/Al-Haram As-Sharif em Jerusalém e declararam a área território eterno israelita. Amplos motins e ataques eclodiram em Jerusalém e em muitas das grandes cidades israelenses, e se espalharam por toda a Cisjordânia e a Faixa de Gaza. Um grupo israelense de direitos humanos, B'Tselem, estimou o número de mortos em 3.396 palestinos e 994 israelenses, embora esse número seja criticado por não mostrar toda a imagem, e não distinguir entre combatentes e civis (terroristas suicidas, por exemplo, são contados entre os mortos) .

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Iniciativa de paz de 2000 e Retirada israelita de 2005

Em 2002, a Arábia Saudita ofereceu um plano de paz no The New York Times e em uma reunião de cúpula da Liga Árabe em Beirute. O plano baseia-se nas Resoluções 242 e 338 do Conselho de Segurança das Nações Unidas, mas vai além: basicamente propõe a retirada plena, a solução para o problema dos refugiados palestinos e a criação de um Estado palestino com sua capital em Jerusalém Oriental, em troca de relações totalmente normalizadas com todo o mundo árabe. Essa proposta recebeu o apoio unânime da Liga Árabe pela primeira vez.

Em resposta, o Ministro das Relações Estrangeiras de Israel Shimon Peres disse que "… os detalhes de cada plano de paz devem ser discutidos diretamente entre Israel e os palestinos, e para tornar isto possível, a Autoridade Palestina tem de pôr um fim ao terror, às atrocidades que assistimos ontem à noite em Netânia", referindo-se ao ataque suicida realizado em Netânia. Em 2005, Israel evacuou de forma unilateral os assentamentos e os postos militares avançados da Faixa de Gaza e do norte da Cisjordânia.

O plano de desocupação foi uma proposta apresentada pelo Primeiro-Ministro israelense, Ariel Sharon, adotada pelo governo e aprovada em agosto de 2005, para remover a ocupação permanente de Israel da Faixa de Gaza e de quatro assentamentos ao norte da Cisjordânia. Os civis foram evacuados (muitos de forma forçada) e os edifícios residenciais foram demolidos após 15 de agosto, e a retirada da Faixa de Gaza foi concluída em 12 de setembro de 2005, quando o último soldado israelita deixou a Faixa de Gaza. A retirada militar do norte da Cisjordânia foi concluída dez dias mais tarde.

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Conflito israelo-libanês de 2006 e Bombardeio da Faixa de Gaza de 2008

O conflito israelo-libanês de 2006 teve início em 12 de julho de 2006, com um ataque pelo Hezbollah contra Israel. Três soldados israelenses foram mortos, e dois foram capturados e feitos prisioneiros no Líbano. Em uma operação de busca e salvamento para libertar os soldados capturados, mais cinco soldados da Força de Defesa de Israel foram mortos. Isso marcou o início de uma nova onda de confrontos entre Israel e o Hezbollah, que viu a capital libanesa, o único aeroporto internacional libanês, e grande parte do sul do Líbano serem atacados por Israel enquanto milícias libanesas, provavelmente do Hezbollah, bombardeavam o norte de Israel, atingindo até a cidade israelense de Haifa, ao sul do país. Centenas de civis foram mortos, inclusive 90% das vítimas libanesas de ataques aéreos israelenses. Crescem as preocupações de que a situação venha a ficar ainda pior, com a possibilidade de Síria ou Irã envolverem-se. Mas um cessar-fogo foi assinado, entrando em vigor em 14 de agosto de 2006. Todavia, já em 27 de dezembro de 2008, as Forças de Defesa de Israel iniciaram a sua mais intensa operação militar contra um território palestino desde a Guerra dos Seis Dias (1967). Oficialmente, o objetivo da operação era interromper os ataques de foguetes do Hamas contra o território israelense.

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Grupos Extremistas Islâmicos

Os extremistas islâmicos podem ser considerados grupos que se opõem à paz. A partir da revolução iraniana, quando o fundamentalismo foi instituído no país, houve uma grande difusão entre os povos do Oriente Médio. Nos anos 80 emergiram movimentos armados que buscavam incessantemente a destruição de Israel e a fundação de um Estado Islâmico Palestino.

Hamas corresponde a um movimento organizado que possui ideais islâmicos, emergiu no ano de 1987. A organização atua na área política e também militar. Esse grupo combate Israel militarmente e ao mesmo tempo oferece serviços sociais, como creches, escolas e hospitais. Fato esse que promove o movimento entre a população. Todos os jovens que queiram morrer em prol das causas da organização podem se recrutar no Hamas. O principal objetivo é destruir Israel e implantar um Estado palestino gerido pelo código islâmico (Sharia).

Jihad islâmico é uma organização que apresenta as mesmas características do Hamas, no entanto, de menor expressão. Esse grupo também recebe incentivos e apoios do Irã. A organização em questão é limitada quanto ao número de integrantes, no entanto, isso possibilita uma maior discrição do grupo perante as autoridades. O foco principal é a destruição do Estado de Israel para a implantação de um Estado islâmico. Suas ações são violentas, possui muitas vezes a participação do Hamas.

É bom ressaltar que Israel também possui grupos armados voltados para a luta contra os palestinos.

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Terrorismo Islâmico

O terrorismo islâmico também conhecido como terrorismo islamita, é também religioso praticado por aqueles cujas motivações estão enraizadas nas suas interpretações do Islão.O Islão é uma religião, ou seja, um conjunto de crenças relacionadas com aquilo que os seus praticantes consideram como divinas e sagradas. Assim o Islão constitui, um sistema, não apenas espiritual religioso, mas também ideológico. O Islão é, por isso, um sistema compreensivo, com uma lei Alcorão. Concluímos que Terrorismo tem o sinônimo de terror, violência e o Islão de paz. Porém, e apesar do Islão significar paz alguns grupos de terrorista cometem atos violentos e de terror invocando o nome de Deus (Allah) ou a religião Islâmica. As controvérsias em redor do assunto recaem em determinar se o ato terrorista é auto-defesa ou agressão, auto-determinação nacional ou supremacia Islâmica; o alvejar não-combatentes; se o Islão alguma vez poderá compactuar com terrorismo; se alguns ataques descritos como terrorismo Islâmico são meramente atos terroristas cometidos por Muçulmanos ou nacionalistas; quanto apoio ao terrorismo há no mundo Islâmico

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Atualidades Vivemos um momento histórico. O vento da revolução sopra nos países árabes, cujas

ditaduras ou regimes de partido único, dirigidos pelos que, no Ocidente se chamavam senhores feudais, vão ser substituídos por regimes pluripartidários e democráticos.

Os EUA e a Europa se posicionam e condenam tardiamente os ditadores, como se, de repente, descobrissem a necessidade de se respeitar os direitos humanos. Mas, nem todos somos de memória curta. Ainda há pouco, todos se banqueteavam com os ditadores, vendiam-lhes armas e os recebiam com tapete vermelho, submetendo-se aos seus caprichos.

A desculpa era a ameaça dos fanáticos islamitas. Não queriam que a institucionalização da democracia tivesse o mesmo resultado das eleições na Argélia, há cerca de vinte anos, quando os islamitas mostraram sua força e poderiam instalar um regime teocrático ao lado da Europa.

Vivemos um momento histórico. O vento da revolução sopra nos países árabes, cujas ditaduras ou regimes de partido único, dirigidos pelos que, no Ocidente se chamavam senhores feudais, vão ser substituídos por regimes pluripartidários e democráticos.

Os EUA e a Europa se posicionam e condenam tardiamente os ditadores, como se, de repente, descobrissem a necessidade de se respeitar os direitos humanos. Mas, nem todos somos de memória curta. Ainda há pouco, todos se banqueteavam com os ditadores, vendiam-lhes armas e os recebiam com tapete vermelho, submetendo-se aos seus caprichos.

A desculpa era a ameaça dos fanáticos islamitas. Não queriam que a institucionalização da democracia tivesse o mesmo resultado das eleições na Argélia, há cerca de vinte anos, quando os islamitas mostraram sua força e poderiam instalar um regime teocrático ao lado da Europa.

Verdade ou desculpa esfarrapada, o fato é que se assim se convenceram os políticos e a opinião pública. Sem Ben Alli e sem Mubarak as hordas de Bin Laden chegariam ao poder e ameaçariam o mundo ocidental. E, já que o menos mal era aceitar tais ditaduras, o jeito era ir negociando com elas, vendendo armas e comprando petróleo.

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Em seu discurso, Kadafi disse que está havendo um complô do ocidente para colonizar o país e controlar o petróleo. O ditador disse também que o ocidente não entende o sistema político líbio, classificado por ele como uma "democracia direta". O que ficou bem claro é que Kadafi não pretende deixar o poder.Logo, logo, os navios de guerra americanos com pelo menos dois mil soldados, helicópteros e mísseis vão aparecer nos radares de Muamar Kadafi. Mesmo assim, o tom dos discursos não mudou. Pelo contrário. Kadafi disse que se os americanos tentarem invadir o país haverá resistência.

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Quanto ao Futuro?

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Resta-nos a Esperança.