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Educação das Pessoas Adultas Claudia Garcia Psicopedagoga Clínica 2009

Educação das Pessoas Adultas

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Educação das Pessoas Adultas

Claudia Garcia

Psicopedagoga Clínica

2009

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Índice

1. Conceito de velhice2. Mitos e estereótipos sobre a velhice3. Teorias sobre a velhice4. Planos gerontológicos e administração pública

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5. Eixos das políticas dirigidas às pessoas adultas e espaços profissionais do educador social

6. Conclusão

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1. Conceito de velhice

� É difícil estabelecer o início da terceira idade;� A idade para o estabelecimento desta situação não coincide nem em todos os países nem em todas as culturas;

� Quarta idade: aptidões físicas e psíquicas claramente decadentes, a pessoa não pode valer-se por si mesma e

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decadentes, a pessoa não pode valer-se por si mesma e está dependente da ajuda dos demais (>80 anos);

� O envelhecimento é um fenómeno natural, inerente à finitude biológica do organismo humano, mas é um processo diferencial em cada um de nós;

� Envelhecimento:� Cronológico – idade objectiva;� Biológico – molecular, celular, orgânico, estrutural e funcional.

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1. Conceito de velhice

� José M. Quintana (1995): o envelhecimento como processo biológico geral dos seres vivos e de grande complexidade:1) A velhice produz-se por acumulação de substâncias de

resíduo, tanto no interior das células como no organismo global – a lipofucsina vai-se depositando nos corpos celulares

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global – a lipofucsina vai-se depositando nos corpos celulares (arteriosclerose);

2) O envelhecimento consiste numa perda de capacidade de defesa do organismo às agressões;

3) Envelhecer é a consequência de um desgaste progressivo do organismo, o qual se empobrece cada vez mais.

� Modelo médico tradicional: concebe a velhice em termos de défice, acentuando a percepção de que se trata de um processo degenerativo;

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1. Conceito de velhice

� À medida que as pessoas envelhecem, aumenta de forma gradual o risco de adoecerem e de ter dificuldades funcionais motoras e sensoriais (entre outras); os indivíduos sentem-se mais fatigados e tornam-se mais lentos (Newmman, 1984);

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lentos (Newmman, 1984);� Frequentemente, o declínio das habilidades e capacidades deve-se mais à falta de entretenimento e ao abandono da actividade, do que ao processo de deterioração biológica propriamente dita;

� “Se o uso excessivo leva ao desgaste, a falta de uso leva à atrofia” (Perogrullo);

� Há muitas formas de envelhecer;

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1. Conceito de velhice

� Simmons (1969): ser velho, socialmente, é ser reconhecido como tal pelo grupo em que está inserido;

� Thomae (1982): a velhice é um destino social – são as características da sociedade que condicionam a quantidade e a qualidade de vida nesta etapa;

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e a qualidade de vida nesta etapa;� Townsend (1981): a situação actual de dependência dos idosos tem sido causada pela política social;

� Psicologia humanista: processo de crescimento e desenvolvimento de potencialidades;

� Começamos a envelhecer desde que nascemos e, entre a população da terceira idade, observa-se uma grande variabilidade de capacidades e deteriorações;

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2. Mitos e estereótipos sobre a velhice

� Butler (1977), Sánchez Caro (1982), Moragas (1991), Frenández Bellesteros (1992) e Pinillos (1994):� Mito do envelhecimento cronológico – a idade é um dado objectivo, quantificável com exactidão numérica, mas não corresponde ao estado psico-fisiológico do indivíduo que pode

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corresponde ao estado psico-fisiológico do indivíduo que pode apresentar graus muito variáveis nas suas funções vitais;

� Mito da improdutividade – na ausência de doença, o indivíduo pode permanecer produtivo e interessado pela vida;

� Mito da senilidade – o envelhecimento existe, mas não é uma doença nem tem que ser limitativo: a velhice é uma etapa da vida que pode ser tão sã como as outras;

� Mito do conservadorismo – o acreditar e não acreditar no homem e nas suas possibilidades não é uma questão de idade, mas sim de mentalidade, de cultura, de abertura de espírito;

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2. Mitos e estereótipos sobre a velhice

� Mito da desvinculação – teoria da desvinculação ou descompromisso: ser activo e participativo na sociedade é o melhor sistema para retardar o processo de envelhecimento, para um envelhecimento normal e não patológico e para melhorar a qualidade de vida da pessoa;

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� Mito da inflexibilidade, da incapacidade para a mudança e adaptação a situações novas – a capacidade de adaptação, de assimilação do novo, de aprendizagem e enriquecimento está mais relacionada com o carácter e o nível sociocultural do que com a velhice cronológica;

� Mito da serenidade – muitos idosos estão submetidos a um maior stress que outros grupos de idades, são mais propensos a depressões, sofrem mais doenças crónicas, padecem, em muitos casos, de solidão e isolamento;

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2. Mitos e estereótipos sobre a velhice

� Mito da sexualidade enervada – aumenta a ternura, a capacidade de amar e a emotividade: as vivências afectivas nesta fase são básicas para um equilíbrio emocional;

� Mito da velhice necessariamente desgraçada – muitas pessoas vivem esta etapa com plenitude, equilíbrio, paz e bem-estar

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vivem esta etapa com plenitude, equilíbrio, paz e bem-estar pessoal; Mito da sobrevalorização da juventude – a velhice pode ser um rico caudal de experiência que pode ser muito útil às gerações jovens.

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3. Teorias sobre a velhice

� Teoria da desvinculação intrínseca de relações:� As relações sociais diminuem com a idade, excepto no caso dos parentes mais próximos e mesmo com estes, a qualidade das interacções altera-se;

� Havighurst & Goldhamer (1949): o envelhecimento implica a

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� Havighurst & Goldhamer (1949): o envelhecimento implica a redução das relações pessoais, da participação social, das expectativas de felicidade e do interesse geral pela vida;

� A desvinculação não é um fenómeno natural, voluntariamente aceite, não se apresenta com carácter universal, nem automaticamente se relaciona com o bem-estar e a satisfação;

� O idoso senta medo dos fracassos e afasta-se cada vez mais dos contactos sociais, refugiando-se nos grupos mais íntimos e familiares, naqueles em que se sente mais seguro e protegido (resistência à mudança).

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3. Teorias sobre a velhice

� Teoria da actividade:� Tartler (1961): só o indivíduo activo se sente feliz e satisfeito;� Maddox (1962, 63 e 65): estabelece uma relação positiva entre actividade e moral, devendo-se portanto defender taxativamente a hipótese da desvinculação intrínseca;

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taxativamente a hipótese da desvinculação intrínseca;� Se uma pessoa, durante a sua vida laboral, foi capaz de ocupar o seu tempo livre com actividades, não há dúvida de que, durante a velhice, saberá ocupar esse tempo livre com as actividades que sempre realizou;

� Erikson (1985): deve manter-se uma função generativa – por um lado, produzir e criar, por outro, relacionar-se com os demais e sentir-se responsável por eles;

� Descobrir a beleza das coisas quotidianas e desfrutar ao máximo os momentos de recreação e alegria.

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3. Teorias sobre a velhice

� Teoria do contexto social:� Gubrium (1973): o comportamento, ao longo da terceira idade, depende de certas condições biológicas e sociais;

� Segundo o mesmo autor, seriam 3 os factores a destacar:� A saúde;

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� A saúde;� Os condicionamentos económicos;� Os apoios sociais.

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3. Teorias sobre a velhice

� Teoria da velhice como subcultura:� A terceira idade constitui um grupo à parte;� Rose (1968): as características comuns das pessoas que constituem este estrato social explicam que formem tal grupo à parte;

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à parte;� Havighurst (1968): a relação entre o nível de actividade e o grau de satisfação é profundamente influenciado pelo tipo de personalidade que, muito provavelmente, se vem arrastando de etapas anteriores;

� Neugarten (1972): a velhice não nivela as diferenças individuais.

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4. Plano Gerontológico

� Plano Gerontológico: 1982;� 5 áreas do Plano Gerontológico:

1. Pensões;2. Saúde e assistência sanitária;

Serviços sociais;

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3. Serviços sociais;4. Cultura e ócio;5. Participação.

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4. Plano Gerontológico

� Objectivos do Plano:1. Desenvolver o sistema de prestações não contributivas

dirigidas aos maiores de 65 anos com insuficientes recursos económicos e oferecer um complemento de pensão aos maiores de 80 anos que perderam autonomia pessoal;

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maiores de 80 anos que perderam autonomia pessoal;2. Melhorar as pensões mínimas e o resto das pensões

contributivas, garantindo a sua revalorização automática segundo o índice de preços ao consumo;

3. Promover a saúde dos mais velhos e melhorar o seu bem-estar físico, psíquico e social;

4. Garantir a prevenção e a assistência ao idoso mediante uma adequada atenção primária e hospitalar;

5. Assegurar os serviços sociosanitários aos idosos;

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4. Plano Gerontológico

6. Fortalecer as estruturas administrativas para o desenvolvimento, coordenação e distribuição equitativa de recursos, assim como para garantir o estudo, a investigação e a formação permanentes sobre temas relacionados com o envelhecimento e com a velhice;

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7. Oferecer serviços sociais idóneos para dar resposta às necessidades das pessoas idosas, potenciando sobretudo o desenvolvimento daqueles que propiciam a sua autonomia pessoal, a permanência no domicílio e a convivência no seu ritmo habitual de vida;

8. Facilitar o acesso das pessoas idosas aos bens culturais e fomentar entre elas o emprego criativo do ócio e do tempo livre, para melhorar a sua qualidade de vida e a sua capacidade de se sentirem úteis;

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4. Plano Gerontológico

9. Incrementar na sociedade o conhecimento do envelhecimento da população e as características psicofísicas dos idosos, o apreço e reconhecimento de todos os valores e património cultural das pessoas que alcançaram uma idade avançada, assim como a participação e responsabilidade das mesmas no desenvolvimento da política social;

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desenvolvimento da política social;10.Expandir o conceito de participação democrática, de maneira

a que a sociedade integre as pessoas mais velhas e estas se incorporem realmente a todas as actividades da vida social.

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4. Plano Gerontológico

� Profissões gerontológicas:� Médico geriátrico;� Farmacêutico gerontológico;� Psicólogo clínico gerontológico;� Sociólogo gerontólogo;

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� Sociólogo gerontólogo;� Assistente social especializado em Gerontologia;� Assistente técnico sanitário especializado em Geriatria;� Fisioterapeuta geriátrico;� Pedagogo com orientação gerontológica;� Animador sociocultural gerontológico;� Voluntários gerontológicos.

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5. Eixos das políticas dirigidas aos idosos

� Saúde e auto-cuidado� Saúde: estado de bem-estar físico, psicológico, social e espiritual, que permite às pessoas realizarem as suas actividades diárias com o máximo de eficiência e autonomia;

� Há muitos factores que influenciam o estado de saúde;

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� Há muitos factores que influenciam o estado de saúde;� A forma de vida que se adopte mais determina, em grande parte, o nosso nível de saúde;

� Auto-cuidado: participação das pessoas no cuidado da sua própria saúde;

� São fundamentais o conhecimento relacionado com o cuidado da saúde e a prevenção do risco de adoecer;

� O cuidado da saúde é importante em qualquer etapa da vida;

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5. Eixos das políticas dirigidas aos idosos

� Educação para a saúde: conseguir um aumento do nível de cultura sanitária tanto da população da terceira idade e da sua família, como da comunidade, para modificar condutas e atitudes que influenciem negativamente a saúde do idoso;

� Contribuição da Educação para a Saúde:

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� Contribuição da Educação para a Saúde:� Eliminar hábitos e costumes nocivos em relação a:

� Alimentação;� Higiene em geral;� Hábitos tóxicos.

� Diminuir os factores de risco existentes no meio:� Residência;� Ao redor.

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5. Eixos das políticas dirigidas aos idosos

� Treino da família do idoso para ter um maior cuidado com este.

� Fomentar o auto-cuidado.� Fomentar actividades:

� Físicas e mentais;

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� Físicas e mentais;� Recreativas, culturais e sociais.

� Fomentar a participação da população.� Fomentar a aceitação do idoso no meio familiar e social.� Recuperação e reabilitação do idoso doente.

� Estes objectivos requerem o trabalho conjunto dos distintos profissionais.

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5. Eixos das políticas dirigidas aos idosos

� Envelhecer em casa: serviço de apoio ao domicílio� Assembleia de Viena (1982): princípio de viver ou envelhecer em casa frente à solução clássica da institucionalização;

� Pretende-se evitar tanto os efeitos negativos do internamento definitivo dos idosos sem grandes problemas físicos em lares,

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definitivo dos idosos sem grandes problemas físicos em lares, como a hospitalização daquelas pessoas cuja situação não o justifica do ponto de vista médico;

� Facilitar ao idoso o acesso a determinados bens e serviços que de outro modo lhes estariam inacessíveis (vacinas, actividades recreativas e culturais, serviços de apoio ao domicílio…);

� Serviço de apoio ao domicílio: melhoramento da qualidade de vida dos idosos que, para poderem permanecer na sua residência, requerem uma assistência especial;

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5. Eixos das políticas dirigidas aos idosos

� O cumprimento deste objectivo depende, fundamentalmente, de 3 elementos:1) Da provisão de serviços alternativos ao ingresso nos lares,

em particular a atenção ao domicílio nas suas diferentes modalidades: cuidado médico, ajuda nas tarefas

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modalidades: cuidado médico, ajuda nas tarefas domésticas, serviço de refeições, acompanhamento em determinadas actividades, etc…;

2) Das condições de habitabilidade das residências dos idosos;

3) Da possibilidade de contar com outras pessoas de determinados serviços e cuidados.

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5. Eixos das políticas dirigidas aos idosos

� Serviço social – 2 tipos de atenção:1. Atenções básicas: sociais, sanitárias, educativas e

assistenciais, do tipo preventivo e reabilitador, cobertas por pessoal técnico e profissional;

2. Atenções complementares: fazer companhia, conversar,

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2. Atenções complementares: fazer companhia, conversar, sair e passear, cobertas por pessoal voluntário.

� José Luis Malagón (1995) – equipa integrada do serviço de apoio ao domicílio:� Trabalhador social (coordenador);� Enfermeiro;� Educador social;� Auxiliar sanitário;� Auxiliar de lar;

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5. Eixos das políticas dirigidas aos idosos

� Reforma: necessidade de uma preparação� A reforma é uma fase marcada pela dependência (os idosos podem depender dos seus descendentes ou de outras pessoas ou instituições) ou pelo facto do indivíduo, ao reformar-se, sente que perdeu já a sua função social;

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sente que perdeu já a sua função social;� O trabalho, além de ser um meio de subsistência, oferece outros elementos: organização do tempo (dia, semana, ano) e do espaço (local de trabalho), status, contactos sociais, actividade e identidade pessoal;

� Lehr (1980): a diminuição de contactos sociais está associada a vivências negativas;

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5. Eixos das políticas dirigidas aos idosos

� Kalish (1983): as relações sociais no âmbito laboral são um dos factores que mais incidem na satisfação pessoal e a sua perda é uma das mais graves que se sofre;

� Critérios sociopsicológicos: quando o trabalho desaparece, ocorre um “desenganche” social que gera sentimentos de

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ocorre um “desenganche” social que gera sentimentos de inutilidade, não só da perspectiva do reformado, mas também da perspectiva da sociedade;

� Durante a terceira idade há uma porta aberta a processos psíquicos e físicos indesejáveis, a sedentarismos e outros males que podem anular a pessoa de idade avançada;

� Dar conteúdo a este tempo livre consistirá em vivê-lo de forma criativa, de maneira a facilitar a auto-realização pessoal, favorecer a saúde e propiciar a participação na dinâmica social;

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5. Eixos das políticas dirigidas aos idosos

� 4 perigos que podem ocorrer na reforma:� Falta de mobilidade física;� Mental;� Afectiva;� Social.

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� Social.� É de extrema importância que os reformados tomem consciência de que têm um papel a desempenhar na sociedade, que se sintam úteis, vivos, activos, com ilusões, aspirações e esperança;

� Programa de preparação da reforma:a) Finanças e pensões;b) Saúde;c) Dimensão educativa, cultural, relações sociais, actividades.

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5. Eixos das políticas dirigidas aos idosos

� Acção pedagógico-social do educador social nos centros de dia da terceira idade� Facilitar o acesso dos idosos aos bens culturais;� Fomentar entre eles o emprego criativo do tempo livre através de uma educação para o ócio;

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de uma educação para o ócio;� Melhorar a qualidade de vida do idoso e a sua capacidade de se sentir útil;

� Implementar uma cultura de solidariedade e de participação;� Papel dos centros de dia:

� Propiciar os contactos humanos entre as pessoas;� Estimular e promover todo o tipo de actividades socioculturais, ocupacionais, artísticas e recreativas;

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5. Eixos das políticas dirigidas aos idosos

� Fomentar e potenciar a consciência de cidadania, as relações colectivas e a condição de membros úteis e activos de e para a sociedade, estimulando as acções solidárias, respeito pelas restantes idades e lutando contra qualquer forma de discriminação ou marginalização.

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� Os centros de dia facilitam a participação, integração e convivência quotidiana, assim como o desenvolvimento de habilidades sociais e o intercâmbio de experiências entre os idosos;

� Oferecem vários serviços: cabeleireiro, podologista…;� Reabilitação e cuidados fisioterapêuticos;� Equipamentos de serviços sociais não residenciais, destinados a prestar atenção psicossocial, preventiva e de reabilitação aos idosos em regime diurno;

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5. Eixos das políticas dirigidas aos idosos

� Funções do educador social:� Entrevistar os sócios e elaborar uma entrevista socioeducativa (ex: nível de formação);

� Educá-los à participação;� Educar para o ócio e os tempos livres (organizar

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� Educar para o ócio e os tempos livres (organizar actividades);

� Educar para a saúde;� Promover comissões de trabalho;� Organizar cursos de preparação para a reforma;� Impulsionar o associacionismo e o voluntariado.� Deve-se incentivar os idosos a terem vontade de viver, estimulá-los a manterem-se activos, a comprometerem-se socialmente e não cair na passividade e abandono;

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5. Eixos das políticas dirigidas aos idosos

� Animação cultural: estabelecer as estruturas que permitam a comunicação humana e suscitar as condições de uma maior participação cultural;

� A animação cultural é um processo permanente de informação, formação, análise e superação da própria realidade – cultivo da

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formação, análise e superação da própria realidade – cultivo da profunda capacidade de ser pessoa, protagonista e criadora.

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5. Eixos das políticas dirigidas aos idosos

� Acção pedagógico-social do educador social nos lares da terceira idade� Aparecimento de novas modalidades de alojamento dos idosos;

� Aumento considerável de pessoas com mais de 80 anos;

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� Aumento considerável de pessoas com mais de 80 anos;� Diminuição do potencial de cuidadores informais (incorporação da mulher no mercado de trabalho, diminuição do número de filhos…);

� Animação sociocultural num lar: processo de um grupo que parte de uma situação concreta e que vai gerar convivência e participação;

� A cultura é um processo global que abarca a vida humana em toda a sua extensão;

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5. Eixos das políticas dirigidas aos idosos

� O lar como centro gerontológico: espaço aberto à comunidade, à participação, às relações humanas, à solidariedade, à cultura, de que façam parte agentes externos (familiares, amigos dos residentes, etc…) e que o protagonista principal seja a própria pessoa idosa;

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� 4 dimensões da animação sociocultural num lar:� Dimensão sociológica;� Dimensão pedagógica;� Dimensão comunitária;� Dimensão teleológica.

� 3 níveis de acção pedagógico-social: com os idosos, com o centro, com a comunidade.

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5. Eixos das políticas dirigidas aos idosos

� INSERSO (1993): lares são centros que oferecem atenção integral e morada permanente a pessoas maiores de 60 anos que, pela sua problemática familiar, social e/ou económica, não podem ser atendidas nos seus próprios domicílios e necessitam destes serviços;

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� Acção socioeducativa na terceira idade:� Autonomia;� Desenvolvimento;� Relação;� Participação;� Convivência;� Criatividade;� Utilidade.

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5. Eixos das políticas dirigidas aos idosos

� A escola: centro para a solidariedade e para o diálogo entre gerações� Arroyo (1984): a sua função de transmissão e geração de valores sociais (compreensão, solidariedade, comunicação, responsabilidade social, etc…) obriga a adoptar um papel

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responsabilidade social, etc…) obriga a adoptar um papel activo na modificação das situações de marginalização em que vivem alguns idosos;

� A escola deve ser um centro democrático de convivência, um lugar onde imperem a tolerância e a igualdade, onde não existe nenhum tipo de discriminação, onde se respeitem as peculiaridades de cada um e se aprenda a estimar a diversidade e o pluralismo;

� Favorece a exercitação da agilidade mental e manual, da sua capacidade de dinamismo e abertura;

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5. Eixos das políticas dirigidas aos idosos

� Discussão de temas transversais (educação moral e cívica, educação para a paz, para a saúde, para a igualdade entre os sexos, educação ambiental, sexual, etc…) � desenvolver uma educação que fomente o diálogo entre gerações;

� Finalidades:

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� Finalidades:� Contribuir para a educação integral dos alunos, favorecendo o seu desenvolvimento pessoal e social;

� Aspirar a conseguir que as novas gerações construam uma sociedade mais justa e respeitadora.

� Nieto (1994): ocasião de se relacionar com pessoas distintas, de mostrar os seus trabalhos e de aprender;

� Oficinas: desenvolvem uma metodologia activa – “aprender fazendo”;

� Exemplos: fotografia, cozinha, pintura, dramatização, música…

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5. Eixos das políticas dirigidas aos idosos

� Actividades e considerações metodológicas� Actividades:

� As actividades que se podem realizar nos centros de dia, centros culturais, aulas da terceira idade, universidades séniores, lares e associações são muito variadas e têm que

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séniores, lares e associações são muito variadas e têm que fazer face aos perigos em que caem algumas pessoas ao chegar a esta etapa da vida: passividade, aborrecimento, solidão e isolamento.

� Considerações metodológicas:� A metodologia deve ser motivadora, possibilitadora, não competitiva, grupal, coerente, flexível, activa e participativa.

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5. Eixos das políticas dirigidas aos idosos

� Outros aspectos que reforçam a participação dos idosos:� Objectivos claros e concretos;� Metas facilmente alcançáveis;� Lei do afecto, bom ambiente e convivência;� Periodicidade e repetição das actividades;

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� Periodicidade e repetição das actividades;� Variedade, criatividade e inovação;� Possibilitar canais de participação e colaboração;� Repartir tarefas, funções e responsabilidades;� Promover o diálogo, perguntar e pedir opiniões;� Tempos e ritmos adequados, etc…

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5. Eixos das políticas dirigidas aos idosos

� Lehr (1980) – factores que devem ser considerados no processo de aprendizagem dos idosos:� Os velhos aprendem pior quando o material carece de sentido – com material dotado de sentido, os resultados da sua aprendizagem são equiparáveis aos dos jovens;

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sua aprendizagem são equiparáveis aos dos jovens;� Os velhos adoecem com frequência de uma certa técnica de aprendizagem (“debilidade de codificação”) – cabe reparar essa falta a fim de compensar o consequente défice de aprendizagem;

� Todo o material que se apresente demasiado rápido ocasiona maior dificuldade ao velho que ao jovem – se se elimina o factor tempo, nivelam-se as diferenças correspondentes à idade;

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5. Eixos das políticas dirigidas aos idosos

� Os velhos necessitam de mais repetições para alcançar o mesmo nível que os jovens;

� O pior “rendimento de aprendizagem” dos velhos não é ser tanto uma pista do declive da “capacidade de aprendizagem”, mas a insegurança dos idosos, que dificulta

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aprendizagem”, mas a insegurança dos idosos, que dificulta a reprodução do que já foi aprendido;

� Os velhos aprendem mais facilmente quando o material lhes é apresentado de forma ordenada;

� O processo de aprendizagem é mais susceptível de interrupção e de variáveis perturbadoras nos velhos do que nos jovens;

� A aprendizagem por partes é mais favorável para os jovens, enquanto que a aprendizagem global o é para os velhos;

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5. Eixos das políticas dirigidas aos idosos

� O factor dotação (a experiência de aprendizagem) é mais importante que o factor idade;

� Os factores exercício e entretenimento assíduo durante toda a adultez têm também grande importância;

� O factor saúde desempenha um papel relevante na

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� O factor saúde desempenha um papel relevante na capacidade de aprendizagem – um estado físico e psíquico saudável favorece esta capacidade;

� Exercem uma especial influência na aprendizagem os factores motivacionais, de disposição interna e de interesse.

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6. Conclusão

� Há muitas terceiras idades e quando trabalhamos com os mais velhos é necessário conhecer com que terceira idade estamos a trabalhar.

� O trabalho com a terceira idade é hoje uma realidade na acção pedagógico-social e um desafio para a educação

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acção pedagógico-social e um desafio para a educação social no terceiro milénio.