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Foradospadrões

Moscou, uMa das Mais iMportantes

capitais do Mundo, deManda

teMpo, paciência e dedicação para

uMa visita coMo a cidade Merece

Por Jeff SantoS

Destaque maior da arquitetura do

Kremlin, a mítica Catedral de São Basílio

Fotos: arquivo pessoal

Prezados clientes, os preços são por pessoa, em apto duplo e estão sujeitos a reajuste sem prévio aviso. Passagens aéreas: Confins/Buenos Aires/ Confins. Consulte outras datas e hotéis. Não inclui taxa de embarque. Financiamos com cartões de crédito e cheques. Confirmação de reservas sujeita à disponibilidade de lugares em voos e hotéis. Todos os valores estão convertidos de acordo com o câmbio vigente do dia 17/05/2011, sendo US$ 1,00 = R$ 1,70 e deverão ser recalculados na data da compra. Material liberado para publicação em 26/05/2011.

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no parágrafo anterior. principalmente, porque nas estações nada é escrito em inglês. portanto, fica a dica: antes de ir, estude o cirílico, o alfabeto do idioma russo. vai parecer difícil, e é, mas a mínima no-ção do que querem dizer aqueles r e n espelhados vai ajudar no mo-mento em que você achar que está perdido.

o ponto inicial de qualquer visita à capital russa é a praça verme-lha. ela é o centro político e geográfico da cidade. Fechada ao caó-tico trânsito moscovita, a praça vermelha é o símbolo de Moscou. ali estão os cartões-postais da cidade, os ícones facilmente reco-nhecidos. saber o que é cada um deles é fácil: o grande muro em um dos lados da praça guarda o Kremlin, ainda sede do governo. Bem no centro está o Mausoléu de Lenin. a indescritível catedral de são Basílio, com suas cúpulas que lembram cupcakes, guarda uma das pontas. do lado oposto o que se destaca é o vermelho marcante do Museu da História de Moscou. e à frente do Kremlin está o GuM, um shopping center que não deixa nada a desejar aos ricos centros de consumo do ocidente (com exceção, talvez, que lá tudo seja duas ou três vezes mais caro).

visitar o Kremlin é programa obrigatório. estar dentro da “fortale-za” (kremlin, em russo) e conhecer um pouco mais da história dos czares russos exige, entretanto, (adivinha o quê?) paciência e de-dicação. as visitas, guiadas, ocorrem apenas quatro vezes por dia e as filas, como se poderia imaginar, são quase sempre gigantes. Mas vale o esforço. não muito longe da praça estão outros pontos que valem a visita, como a sede da antiga KGB (na praça Lubyanka) e o mitológico balé Bolshoi, que está fechado para reforma, previs-to para reabrir em outubro.

além da praça vermelha, outros dois pontos que concentram um grande número de turistas na cidade são a ulitsa arbat e o Merca-

do de izmaylovo, ao norte, próximo ao parque do mesmo nome. a primeira é a rua mais antiga da cidade e se tornou um calçadão onde os turistas têm a chance de encontrar algumas tribos urba-nas da cidade. o segundo é um mercado que mistura artesanato e antiguidades da era comunista. dizem ser o melhor lugar para se comprar matrioskas, as tradicionais bonecas russas.

dois outros locais também merecem entrar no roteiro de quem vi-sita a cidade. o convento de novodevichy, ao sul, foi construído em

Estação de metrô Mayakovskaya,

considerada um marco da era stalinista

Shopping na Praça Vermelha, Gum tem todas

as grandes marcas internacionais. Mas os

preços são pelo menos três vezes maiores do

que em outras capitais europeias

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das atrações que tinha listado. também pudera: a capital russa tem uma população tão grande quando a de são paulo e mesmo com um sistema de transporte público eficiente, fica difícil chegar a todos os destinos. esta, aliás, é a primeira coisa que se nota em Moscou: seu belo e eficiente sis-tema de metrô. passear pelas estações é um dos programas turísticos obrigatórios na cidade. Bas-ta comprar uma passagem (que custa a bagate-la de 28 rublos, ou cerca de r$ 1,50) e passar uma tarde andando e conhecendo as estações. pode parecer estranho, mas vá se acostumando: em Moscou, o estranhamento está sempre presente.

diz a lenda que as estações, construídas durante os anos em que o país ficou fechado ao ocidente, por conta do comunismo, deveriam fazer com que o cidadão se sentisse em um palácio. e a sensação é mesmo essa. as estações são ricamente decora-das com painéis, estátuas, quadros, revestimen-tos em mármore e luminárias, tudo lindamente conservado. apenas na estação de ploshchad re-volutsii, bem no centro da cidade, são 72 enormes esculturas em bronze. se não bastasse a beleza, o metrô é abissal: são 12 linhas que percorrem 180 estações que se espalham por mais de 300 qui-lômetros, cobrindo toda a cidade. surpreenden-temente, a espera máxima por um trem é de 3 minutos. o que não significa que os trens corram vazios. pelo contrário: cerca de nove milhões de pessoas usam o metrô diariamente, o que exige de nós, turistas, aqueles três requisitos colocados

vou confessar uma coisa: Moscou não estava na minha lista “cidades e países que quero visi-tar nos próximos anos”. nesta lista estão Japão, istambul, na turquia, o interior da itália e nova délhi, na Índia. pois acabou passando na frente de todas as outras por um simples motivo: uma promoção daquelas que você olha e diz: é agora ou nunca. Foi agora, felizmente.

visitar Moscou requer tempo, paciência e dedica-ção. É impossível conhecer a cidade em uma via-gem rápida. em uma semana, não visitei metade

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O metrô mOscOvita é uma atraçãO à parte. cOm frequência diária de nOve milhões de pessOas, cObre, em 300 quilômetrOs, tOda a cidade. suas principais estações sãO cOmO paláciOs, cOm painéis, estátuas, quadrOs e luminárias muitO cOnservadOs

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1500 e, por estar num ponto estratégico, numa das curvas do rio Moscou, serviu por muitos anos como forte. adjacente ao convento está o cemité-rio de mesmo nome, onde muitas das personali-dades russas estão enterradas. outro local que merece entrar no roteiro é o parque tsaritsyno. um dos locais mais bonitos da cidade, o parque é ponto de encontro dos habitantes locais. em 1786, a imperatriz catarina, a Grande, mandou derru-bar o palácio do lugar. o belíssimo palácio que lá está começou a ser construído 10 anos depois e ainda está inacabado.

Mas nem tudo em Moscou é resgate das tradi-ções czaristas ou lembranças do comunismo. É possível encontrar na cidade locais como a Win-zavod, um centro de arte contemporânea que ocupa as antigas instalações de uma vinícola e abriga, além de uma dúzia de galerias de arte, lojas e cafés e vem se tornando uma referência no mundo das artes. ou o novo distrito comer-cial de Moscou, empreendimento que começou a ser construído em 1995 e abriga uma dezena de arranha-céus que não deixam nada a dese-jar ao que vem sendo erguido em dubai. Fruto do boom econômico que o país vem passando, o MMdts, como é conhecido, ainda tem alguns prédios em construção, mas é possível tomar um drinque no club 59, bar que fica no 59º an-dar do Federation Building.

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para ter uma vista completa de Moscou, a dica é ir para vorob’evy Gory, a colina dos pardais. dali se tem, de um lado, o imponente edifício sede da MGu, a universidade estatal de Lomonosov, co-nhecido como um dos sete arranha-céus stalinis-tas. do outro, uma vista panorâmica da cidade. a pouco mais de 200 metros de altitude, a coli-na propicia uma vista da vastidão moscovita. de novo, chegar a este ponto exige uma boa cami-nhada, mesmo estando próximo – para padrões russos – de duas estações de metrô.

para não passar por estas caminhadas interminá-veis em Moscou existem duas soluções. a primei-ra é andar de táxi. deixe de lado o belo sistema de transporte público e se aventure nas negociações, em russo, com os motoristas locais. Fica o alerta: pegar táxi em Moscou não é aconselhável, uma vez que qualquer carro pode fazer corrida (os tá-xis oficiais são raros), os preços variáveis e a ne-gociação será complicada, mesmo se você falar russo. a segunda alternativa é visitar Moscou com uma excursão. vai poupar a você tempo e sola de sapato, da mesma forma que vai privá-lo de visi-tar e descobrir algumas curiosidades da cidade. da minha parte, ainda prefiro viajar levando tem-po, paciência e dedicação na minha bagagem.

Jeff Santos, 39 anos, é planejador de marketing e tem mais rela-tos sobre viagens no blog http://excursionismo.wordpress.com

Cúpulas das igrejas ortodoxas marcam o cenário moscovita

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