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ALTO-RENASCIMENTO 1480 – 1520 MICHELANGELO PARTE 3 Pelo Professor Gilson Nunes

Michelangelo: Alto-Renascimento - Parte 3

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ALTO-RENASCIMENTO

1480 – 1520 MICHELANGELO

PARTE 3

Pelo Professor Gilson Nunes

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Michelangelo, o maior escultor, pintor e arquiteto da História.

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Quando sua mãe morreu tinha seis anos, foi morar com um escultor, perto da fazenda do pai, onde possuía uma mina de mármore. Mais o pai queria que estudasse gramática, até porque o pai trabalhava como administrador judicial. Mas, se desentendeu com o pai e queria era ser artista, uma profissão desconhecida da época.

Sebastiano del Piombo. Retrato de Michelangelo, 1520-1525.

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Aos treze anos, manteve contato com o pintor Francesco Granacci. Aos 18 anos Freqüentou o atelier de Domenico Ghirlandaio. Foi influenciado pelo estilo de Giotto, Masaccio e Donatello.

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As estátuas gigantescas para ostentar os grandes homens públicos e os afrescos para exaltar os santos do cristianismo. Educação através do olhar.

The Last Judgment (detail). 1534-1541. Fresco. Sistine Chapel, Vatican.

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Ao criticar o trabalho de Torrigiano dei Torrigiani, foi golpedo violentamente que quebrou-lhe o nariz, carregando para sempre essa mutilação. Talvez o motivo pelo qual valorizava exaustivamente a estétca do corpo perfeito, a legitimação divina personificada no ser humano.

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Entre 1488-1490 passou a estudar as esculturas do jardim do palácio dos Médici, que posteriormente os convidara para morar no palácio, pois a perfeição dos seus trabalhos era de uma grandeza divina. Posteriormente, passou a ser requisitado pela nobreza e pelo clero.

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Neste ciclo de convivência, passou a freqüentar a academia dos nobres intelectuais, filósofos e professores protegidos pela nobreza.

Salientando que muitos desses intelectuais eram membros influentes da igreja. O conhecimento reservado aos escolhidos.

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Sentia-se um escultor grego, que personificava a alma humana na escultura.

Michelangelo. Pietá, túmulo da Basílica de São Pedro, 1497. Roma.

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Em apenas um ano, 1497, esculpiu a Pietá, para o Túmulo do cardeal Jean Bilheres, que morrera dois anos após a confecção da escultura.

Michelangelo. Pietá, (detalhe) túmulo da Basílica de São Pedro, 1497. Roma.

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Não foi o primeiro artistas, alemãs e franceses também produziam antes dele. Mais sua obra superou as demais, pela força naturalista.

Michelangelo. Pietá, (detalhe) túmulo da Basílica de São Pedro, 1497. Roma.

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O rosto da virgem demasiadamente jovem para ser a mãe de cristo, ou seja, a virgem era tão pura que não envelhecia, o elixir da eternidade plena. (aos 23 anos de idade).

Michelangelo. Pietá, (detalhe) túmulo da Basílica de São Pedro, 1497. Roma.

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Imagem realista e dramática de dor, pela qual o observador não estranha o tamanho da virgem em relação ao filho, que se pusesse de pé seria bem alta, disfarçou numa volumosa roupagem que encobre o fato. Mão aberta em expressivo gesto de compaixão.

Michelangelo. Pietá, túmulo da Basílica de São Pedro, 1497. Roma.

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O Papa Júlio II, impressionado com o artista declarou: “Se pudesse, daria meu sangue para prolongar a vida de meu adorado artista”. Morreu aos 88 anos de idade e ainda lúcido e produzindo arte.

Para seu biografo Vasari: “É, sem dúvida, um milagre que um bloco disforme de pedra poderia ter sido reduzido a uma perfeição que a

natureza dificilmente é capaz de criar carne”. (1550)

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O maior escultor da história da arte, aos 26 anos começou a trabalhar um bloco e mármore abandonado ao lado de uma igreja há mais de 40 anos, que inicialmente estava reservado para o escultor Duccio esculpir um profeta. Finalmente, o Davi de cinco metros de altura, concluindo, em 1504.

Michelangelo. Davi. 1501-4, Mármore, alt. 4,089 . Museu da Academia, Florença.

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Conseguiu exaltar a beleza atlética dos deuses gregos, que se assemelhavam aos humanos.

Quais os instrumentos de trabalho para chegar ao resultado da obra?

A estátua iria ficar exposta em uma praça pública em Florença. Porém, o povo chocado com a nudez, decapitou a estátua, em nome da moral.

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Martelo e o cinzel dentado. O cinzel dentado impedia que a pedra lascasse. Diziam que quando a superfície do mármore era perfurada, se tornava uma pedra macia e amanteigada. Para dar o acabamento final a estátua ele usava uma pedra-pomes (espécie de esponja endurecida).

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Trabalhava o mármore com uma furiosa energia, algumas vezes trabalhando sem parar, por muitos dias e noites, sem sair do abrigo, dormindo poucas horas, no mesmo local da obra.

O Davi, sua obra mais famosa, carregando uma funda (laçada de couro para lançar pedra) no ombro.

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Foi o primeiro artista a ter uma bibliografia publicada em 1550 por Giorgio Vasari, que escreveu: “E o Senhor do Paraíso decidiu enviar à Terra um artista apto para todas as artes, cuja obra serviu para nos ensinar como atingir a perfeição”.

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Quando terminou de esculpir Moises, bateu violentamente com um martelo no joelho da obra e gritou: por que não falas?

Moiséis. c.1513-1516. Marble. San Pietro in Vincoli, Rome, Italy.

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Atlas, parece está lutando para libertar a sua cabeça de um imenso bloco de pedra, uma luta que estará condenado a lutar por toda a eternidade. Via a natureza como inimiga, que tinha que superá-la.

Para o artista a sua função era libertar as formas que estavam dentro da pedra.

Michelangelo. Atlas. 1520.

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Ele perdeu a mãe e foi criado pelo pai. Representado nesta obra, quando sua mãe num gesto contorcido, a Virgem, entrega o filho (Michelangelo) ao pai São José.

Michelangelo Buonarroti. A sagrada família. 1504. Este quadro foi o precursor do Maneirismo

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Teto da Capela Sistina – 1508-12. Oportuno lembrar que antes o teto já havia sido pintado pelo pintor Piermatteo d’Amelia, 1505. Sem muito sucesso. Tinha na época 33 anos de idade. Porém, a capela foi construída em 1475, quando havia nascido o artista.

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Deitado de costas, com tinta pingando sobre o rosto, ora curvado, ora em pé ou ajoelhado sobre um andaime. Para o biografo Ascanio Condivi, foram os inimigos do artista que convenceram o papa a chamá-lo para pintar, pois esperavam que fracassasse, perdendo o prestígio do papado.

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Michelangelo propôs Rafael, que já trabalhava para a igreja, que pintasse o teto. Mais aceitou o convite, porém, mandou colocar tapumes para que seus inimigos não o visse trabalhando. Passou 4 anos.

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O Velho testamento nos conta que Noé, proprietário de vinhedos, ficou bêbado e dormiu nu. Seu filho Cam com o seu dedo mostra para os irmãos Jefet e Sem, que desviam os olhos.

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Noé e sua família permaneciam salvos na arca.

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O sacrifício, Noé construiu um altar para agradecer a Deus por ter sido salvo.

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Observe o feixe de lenha, se parece com tora de madeira?

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Cada tora de madeira equivale a um tendão do punho da mão.O jovem em primeiro plano entrega as víceras do cordeiro a outro jovem. Nesse gesto ele examina o punho daquele que recebe as víceras.

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Do lado esquerdo, Eva num giro de corpo quase que impossível, se volta para trás para pegar a fruta proibida, da Árvore do Conhecimento, que lhe é oferecida pela serpente.

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A serpente é retratada metade mulher, metade réptil, responsabilizando a mulher pela tentação, o estigma do mal.

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A Árvore do Conhecimento na qual a serpente está enroscada funciona como divisor entre a cena da esquerda em relação a direita.

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Tendo comido o fruto da Árvore do Conhecimento, descobriram a diferença entre o Bem e o Mal.

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O anjo com a espada, é o guardião do Jardim do Éden, ou seja, funcionário do divino.

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O rosto de Eva na imagem da esquerda é uma mulher bela e livre. O rosto da Eva da direita é transfigurado de medo, enrugado, marcado pelo peso da mortalidade.

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Adão com o braço direito estendido para o anjo num suplicio, como se não fosse o culpado e o braço esquerdo declinado sobre o pecado de Eva.

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Um pequeno tronco junto ao dorso de Eva é uma descrição do arco aórtico com as coronárias emergindo da base, o tronco braquiocefálico, artéria carótida comum, artéria carótida interna e externa.

Aos 13 anos começou a dissecar cadáveres.

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A criação de Eva.

Tronco da árvore que Adão repousa é semelhante a árvore braquicéfala.

O manto de Deus corresponde a estrutura de um fígado ou pulmão.

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Deus ordena com sua mão que Eva se levante ao lado do sonolento Adão, que dorme ancorado ao lado de uma veia do coração.

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A criatura e o criador. A representação da vida através do toque.

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Os olhos de Adão e de todos os anjos sem asas olham a mão esticada de deus.

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A mão inerte de anão ainda não foi tocada pela energia vital de Deus.

Adão como se estivesse acabado de acordar, prestes a receber a energia da vida.

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Ser criado e ser criador, Deus e Adão, homem e Deus, uma junção desigual, dois seres inigualáveis, juntos numa aproximação ao mundo dos sentidos.

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Dois corpos que antecipam a magia do toque; vontades suaves de transcendência; ânsia do toque físico que completará a unidade já formada pelo espírito.

O humano completará o divino que sempre existiu, no domínio intemporal do sagrado.

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Quem é a mulher que aparece por baixo do braço de Deus ?

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Eva, a futura esposa de Adão, que olha atentamente os seus olhos, num desejo carregado de mistérios. Olhar de tensão psicológica, como se anunciasse o pecado dos homens.

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Adão, despido, ingênuo é o verdadeiro todo poderoso, o centro do universo. A imagem serena de um homem submisso, num entanto o seu peito está cheio de força. O seu poder, criador e destruidor, sobrepõem-se ao velho de barba branca (Deus).

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O velho de barba branca, Deus, a primeira representação da história que a humanidade venera.

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Por trás do velho, anjos sem asas, o medo de não ser, de não existir; em breve serão humanos e tornarão a serenidade de Adão, a dimensão física que levará ao paraíso, dos sonhos e sofrimentos; do mundo sagrado.

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Podemos observar que os homens não são mais belos e ingênuos como Adão, quando se aproximam das cenas do dilúvio acima. A ira de Deus contra esses homens que destruíram a beleza.

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Adão está posicionado no centro do teto, o homem, centro do universo, rodeado do profano que o criador lhe ofereceu. O mundo não é o paraíso celestial; é carne, é vida, é concreto, material. O homem em breve deixará de ser submisso, e tudo lhe pertence, sua forma transforma a criação.

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A Vênus grega de Sandro Botticelli, que referenciava a mulher, foi substituída pela força masculina. E Deus representado como homem, uma negação as divindades femininas da Grécia antiga. A beleza do corpo masculino superior ao feminino.

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Os profetas pintados ao lado do painel central testemunham a partilha do poder masculino, a afirmação do mundo nas mãos do ser humano.

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O cérebro humano, a imagem do criador. (questão do vestibular)

A) o Criador dando a consciência ao ser humano, manifestada pela função do cérebro.

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Um Deus atemorizante, com suas vestes revoltas ao criar o firmamento arremessa o sol e a lua para posição do universo.

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A primeira imagem da entrada na capela, Deus separando a luz da escuridão, organizando-os em um cenário atrás de si, a criação da luz. Como se uma janela abrisse para o infinito, onde o tempo perde o poder de senhor e converte-se em anfitrião, antes o que você não imaginaria ver ou conhecer.

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Essas figuras masculinas nuas com corpo atlético são ignudi, que seguram medalhões de bronze que servem para ligar a história cristã à antiguidade grega. O esforço da humanidade para alcançar a redenção.

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O papa perguntou quando ele terminaria a obra, respondeu: “Quando conseguir acabar!”. Enfurecido, o papa ameaçou: “Quer que eu o atire fora do andaime neste instante?”

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O para pediu ao artista que ornamentasse os profetas com cores vivas e tons dourados. O mestre respondeu que os profetas eram homens santos que desprezavam a riqueza.

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Podemos observar o manto do profeta o osso temporal direito incluindo a estrutura do ouvido com o poro acústico externo.

A carta que o profeta corresponde ao arco zigomático .

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Pista: Querubim aponta para a têmpora de Joel

1 - Extremidade pontiaguda do papel é igual à do arco zigomático

2 - Torção do osso perto do orifício do ouvido corresponde à torção do papel lido por Joel

3 - Os contornos do manto de Joel correspondem ao contorno do osso temporal

4 - A estrutura triangular em que Joel apóia o braço corresponde ao processo mastóide

5 - O nicho escuro abaixo do braço direito corresponde ao orifício do ouvido

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Símbolos da religião da Grécia antiga e símbolos do cristianismo.

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Sibila Líbia: Vivia reclusa em caverna e mergulhada no silêncio. Em transe escrevia mensagens para os humanos, se esses não viessem pegá-las, eram levadas pelo vento. Muitas mensagens precisavam de um interpretação para serem compreendidas. A sibila era uma mortal, se tivesse aceito o amor de Apolo poderia ser imortal.

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A mais famosa sibila foi Cumas, que revelou a Enéias como entrar no inferno.Mantinha guardados livros de profecia aos quais poderiam recorrer em caso de necessidade.

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Humor do artistas: quando prende parte do vestido da sibila sob um bloco de pedra, pela qual se equilibra, numa posição que se contorce para manter as páginas aberta. Sibila Líbia.

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Os querubins que indicam com aos mãos a peça anatômica camuflada.

Pista 5 - Há mais realce de cor e luz na veste que oculta a peça anatômica

Pista 4 - Existe mais luz no ombro

Pista 3 - Os meninos nas colunas examinam seus ombros

Pista 2 - O querubim aponta para o próprio ombro

Pista 1 - A sibila dirige o olhar para o ombro

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Detalhe: À esquerda, a parte da pintura que contém a peça anatômica, de cabeça para baixo

Pista 2 - Cavidade glenóide

Pista 1 - Cabeça do úmero

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Michelangelo realizou a ambição de sua vida no coração do vaticano: a sabedoria da ciência e as restrições da fé. (Sibila Prisca)

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Sibila Dafne ou Delphica: com poderes proféticos sob inspiração de Apolo. Os olhares são sempre direcionados para a estrutura anatômica das genitálias.

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Conseguiu reunir símbolos cabalísticos, judaicos e cristãos e uniu o seu amor pela beleza masculina ao seu amor por Deus.

Estudo de Adão para Capela Sistina, 1510.

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Tommaso foi um jovem de 20 anos, que Michelangelo encontrou em Roma, quando tinha 50 anos, que o retratou em diversos desenhos, que ficou encantado com sua beleza física, passando a representá-lo em diversos trabalhos. O relacionamento durou até a morte do artista.

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Cabeça de João Batista, o enviado, mais importante que Cristo, divergência religiosa deceparam o Santo.

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20 anos depois (com 60 anos) ele foi convidado para pintar o Juízo Final, na parede do altar da Capela Sistina. De início recusou o convite pois havia assinado contrato com a familia Della Rovere. O papa foi até a casa do artista e disse: “Cadê esse contrato? Quero rasgá-lo”.

Michelangelo. O juízo final. 13,7 x 12,2 m 1534-1541. Capela Sistina. Roma.

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Aos 15 anos, Michelangelo foi fortemente influenciado pelas pregações do monge Savonarola, isso em 1490, suas pregações eram de aterrorizar as pessoas em relação ao Juízo Final e que Deus em breve desceria. Guardando em seu pensamento por muitos anos a impressão surrealista do inferno e do castigo, revelada em seus afrescos.

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Passou um ano sem receber salário pelo trabalho, passando privacidade e humilhação, chegando até ser agredido a bengalada pelo papa, irritado porque não terminava a obra. Passou cinco anos pintando a apoteose de corpos contorcidos sem nenhum gesto repedido.

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Um amontoado de corpos suplicam clemência a um Deus irado. Usou o movimento dos braços e das mãos para disfarçar a genitália. Como também usou o recurso da luz para destacar a musculatura dos corpos. Jesus no centro sem barba e com cabelo curto.

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Em virtude das concepções da Reforma de Lutero. Era preciso com a pintura promover uma Contra-Reforma, e alfabetizar o fieis com imagem do castigo.

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O pulsar dos corpos que se dirigem à figura central de Cristo, ou dele desviam, lembra o acúmulo de corpos dos fiéis que ocupam as ruas de Roma, corpos em vez de carros.

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Depois que o papa Paulo III viu o trabalho concluído, caiu de joelhos e implorou a Deus que não relembrasse seus pecados no dia do juízo final.

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Cesena, um mestre de cerimônia do vaticano chegou para o papa e reclamou que essas imagens que haviam sido pintadas estavam obscenas era preciso mandar apagá-las. O papa respondeu que não mandava no inferno. O artista sabendo do fato, resolveu reproduzir a imagem de Biagio da Cesena simbolizando Minos, o príncipe do inferno.

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Os demônios assumem a forma humana acrescidos de garras e cores diferentes. Os humanos incapazes de resistirem aos castigos, são paralisados pelo medo e arrastados para o inferno.

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Muitos criticaram o Juízo Final, privado de qualquer beleza espiritual. Os órgãos genitais, nem mesmos nos prostíbulos, as pessoas seriam capazes de tapar os olhos.

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Maria ao lado de Cristo ele, na posição de Juiz, ela tem uma aparência Jovem e atraente, seu corpo externa uma sensualidade e movimento. Porém, assustada com o cenário.

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Enquanto Tommaso representava a beleza física, Vittoria, viúva do marques da Pescara, representou a beleza espiritual. Representada aos pés de Maria. Sua grande paixão. A mesma morreu sem que o mesmo pudesse sequer beijar a sua face, o seu maior sonho.

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O olhar de Cristo gira até a sua esquerda, onde os condenados se precipitam aos infernos. Sua mão esquerda aponta para cicatriz ao lado do peito.

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A construção teve início em 1506 pelo arquiteto Bramante, depois de sua morte em 1514, assumiu os trabalhos o Pintor Rafael Sanzio que também foi arquiteto, após sua morte em 1520, assume os trabalhos Michelangelo, como arquiteto trabalhou por 17 anos na construção da Basílica de São Pedro – 1546.

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Em 1555, o papa Paulo IV pediu para que o artista tornasse o afresco adequado. Respondeu o artista: “Digam ao papa que esse é um problema de fácil resolução; basta que ele torne o mundo um lugar mais adequado, e a pintura logo se mostrará ajustada ao modelo”. Por este motivo foi chamado de “inventor delle porcherie” – Inventor das obscenidades.

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Depois da morte do artista, seu aluno Daniele Ricciarelli foi convidado a cobrir algumas imagens nuas, consideradas obscenas, em 1564. Apelidado de braghettone, ou seja, cuecão.

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Referencial

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Criação e autoria:

Gilson Cruz Nunes Especialista em Artes Visuais – UFPB

Professor da Disciplina de Artes das Escolas: Dr. Hortênsio de Sousa Ribeiro – Rede Estadual Pe. Antonino e Lafayete Cavalcante – Rede Municipal. Campina Grande, 12 de janeiro a 25 de fevereiro de

2010. Paraíba - Brasil [email protected]

www.professorgilsonunes.blogspot.com