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As Cores do Outono

O Outono

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Resolvi sair em defesa do outono e me surprendi com tanta beleza que a natureza nos proporciona nessa época do ano.

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As Cores do Outono

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Jacques Prevert poeta francês nascido no começo do século passado, talvez tenha escrito uma das mais belas poesias  sobre a dor da separação. A poesia chama-se ”Les Feuilles Mortes” ( Folhas Mortas) e tem o outonocomo pano de fundo.

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De tão bela, na tristeza de seus versos, esta canção de amor, em pouco tempo transformou-se em música e em filme, “Les Portes de La Nuit” (As Portas da Noite), estrelado por Yves Montand. em 1946.

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Mas foi nos anos cinqüenta que a versão americana dessa música, conhecida por “Autumn Leaves” (Folhas de Outono), tornou-se imortal na voz de Nat King Cole.

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Quem quiser ouvir a versão dessa maravilhosa canção, em francês, veja o clipe de Andrea Bocelli, no Youtube. Vale a pena conhecer as duas composições.

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O outono traz em si mesmo uma conotação de tristeza, de separação, de coisas que caem, de belezas que findam, de vida que se esvai. Afinal, chegado o outono, as alegrias do verão já pertencem ao passado, o céu se tinge de cinza, desaparece o calor do sol e as folhas morrem.

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Símbolo do triste ocaso de uma estação de luz e da vida, o outono tem inspirado muitos artistas além de Prevert. 

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“Folhas Mortas” também foi tema para uma composição de Ari Barroso. Será que alguém se lembra deste samba canção?:

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“Tive carinhos... Já tive sonhos,Os dissabores levaram minh'alma...Por caminhos tristonhos.Hoje sou folha morta, que a corrente transporta ...Oh, Deus! Como eu sou infeliz!”

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O colombiano Gabriel Garcia Marques, laureado com o Nobel de literatura, escreve sobre o triste fim de um ditador em ”Outono do Patriarca”.

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Ingmar Bergman, no magnífico filme ”Sonata de Outono”, produziu uma obra prima sobre uma pianista de meia idade que, ao ver bem próximo o fim de sua carreira de sucesso, tenta recuperar o amor da filha que por anos negligenciara.

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Não é portanto sem razão que o Dicionário Michaelis define outono como: ... idade que precede a velhice; decadência, declínio, ocaso; o primeiro período da velhice.

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Ou seja, o outono tem tudo para ser doloroso, monótono e triste. Mas eu descobri aqui, nestas latitudes boreais, que o outono tem um lado desconhecido.

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Acho que Tom Jobim já tinha percebido isso quando compôs “Águas de Março” e, já prevendo a chegada do seu outono, canta os versos:

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"São as águas de março fechando o verão

São promessas de vida no meu coração"

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Foi o que de melhor achei na internet, assinado por Lorenzo Madrid, ao pesquisar tudo sobre outono.

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Na verdade, procurei intensamente comentários a respeito do outono, pois sempre achei que fazíamos injustiça com essa linda estação do ano.

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Encontrar o comentário de Lorenzo muito me ajudou, enquanto descobria as lindas fotos do site http://ildesantos.multiply.com/photos/album/45#25.

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As fotos, por si só, já me seriam suficientes para sair em defesa do outono, até então apenas uma estação do ano que vem depois do verão, e proclamar os seus encantos, cantados em versos por Tom Jobim e outros compositores.

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Sempre indaguei: por que tratarmos o outono com menos importância e entusiasmo do que aferimos às demais estações?

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Sobre o fenômeno das cores que explodem nos galhos das árvores, dizem que se dá por um stress da natureza, em decorrência da falta da chuva e dos raios solares na proporção exata de sua necessidade.

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Daí o nosso empenho para sair em defesa desse período tão desprivilegiado e mal valorizado. Talvez porque a ele se segue o inverno, época de isolamento e frio, essa proximidade contagie a estação das “ Falling Leaves”.

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Mas até o inverno tem sua beleza e oferece ocasião de prazer.Quem pode curte suas lareiras com os fondues e raclettes e, de acordo com suas posses, alguns vão para Aspen, outros para Bariloche e o sul do Brasil, nessa época, também atrai turistas que se maravilham ao contato com a neve.

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E depois há ainda todo aquele clima de espera da primavera com suas cores e beleza. Com o poema de Cecília Meirelles que transcrevemos a seguir, a estação primaveril já se faz presente com todo o seu carisma e frescor.

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“A primavera chegará, mesmo que ninguém mais saiba seu nome, nem acredite no calendário, nem possua jardim para recebê-la. A inclinação do sol vai marcando outras sombras; e os habitantes da mata, essas criaturas naturais que ainda circulam pelo ar e pelo chão, começam a preparar sua vida para a primavera que chega.”

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A primavera sempre teve incontáveis poetas a louvá-la e defini-la com amor.Ao verão, bastaria “Águas de Março” de Tom Jobim, que já se tornou conhecida internacionalmente, para enaltecer a calorosa estação.

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O inverno também tem seu charme, sugerindo lindos trajes especiais, proporcionando festivais, competições e várias manifestações culturais e esportivas. Enfim, é uma estação inspiradora pelas lindas paisagens e que se impõe pelo diferencial.

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Daí minha proposta de sair em defesa do outono. Argumentos? Precisamos de mais, além das lindas fotos que estampamos nessa apresentação?

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Admiremos suas cores e formas, na certeza de que Deus nos deu os dias para serem vividos intensamente.Cada qual com seus encantos, características e excentricidades.

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Compete a nós contemplar e usufruir a beleza e o estímulo que se apresentam aos nossos olhos, motivos suficientes para nos manter vivos, felizes e agradecidos sempre. É preciso perceber que o belo e o fantástico se fazem presentes em toda essa diversidade.

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Fiquem com as imagens e a beleza ímpar do outono. Só por elas, nossa homenagem e reconhecimento.

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Texto e apresentação por Renato Cardoso.

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Com o outono vem a escassez da chuva e as árvores sentem.Mas como querendo mostrar que estão vivas, se esforçam e nos exibem flores com cores únicas... só possível nessa época do ano.

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