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CENTRO OESTE PAULISTA GiroRURAL CONFIRA CLASSIFICADOS NA PÁGINA 27 AS MELHORES OPORTUNIDADES EM PROPRIEDADES RURAIS ESTÃO NA IMOBILIÁRIA: ENTREVISTA Entrevista exclusiva com o secretário de agricultura de Marília, SP PÁGINA 16 45ª FAPI A maior feira de portões abertos do país PÁGINA 24 REFLORESTAMENTO Uma boa alternativa ambiental e financeira PÁGINA 34 UBALDO OLÉA, GRANDE JUIZ DA ABCZ, COM SUA PERSPICÁCIA E EXPERIÊNCIA FALA SOBRE COMO AVALIAR A QUALIDADE E VIDA REPRODUTIVA DOS ANIMAIS, APENAS COM UM OLHAR ATENTO E TREINADO. PÁGINA 12 SELEÇÃO DE GADO DE ELITE ANO 1 · N O 2 · JULHO/AGOSTO 2011 R$ 6,90 ESSÊNCIA TE GUADALUPE

Revista giro rura 2ª edição

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Page 1: Revista giro rura 2ª edição

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Giro

RURA

L CONFIRA CLASSIFICADOS NA PÁGINA 27

AS MELHORES OPORTUNIDADES EM PROPRIEDADES RURAIS ESTÃO NA IMOBILIÁRIA:

ENTREVISTAEntrevista exclusiva com o secretário de agricultura de Marília, SP PÁGINA 16

45ª FAPIA maior feira de portões abertos do país PÁGINA 24

REFloRESTAmENToUma boa alternativa ambiental e financeira PÁGINA 34

UbAldo oléA, gRANdE jUIz dA AbCz, Com SUA PERSPICáCIA E ExPERIêNCIA FAlA SobRE Como AVAlIAR A qUAlIdAdE E VIdA REPRodUTIVA doS ANImAIS, APENAS Com Um olhAR ATENTo E TREINAdo. PÁGINA 12

seleção degado de elite

ANO 1 · N O 2 · julhO/AgOstO 2011

R$ 6

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ESSÊNCIA TE GUADALUPE

Page 2: Revista giro rura 2ª edição
Page 3: Revista giro rura 2ª edição

Nossos parceiros nesta edição

A sua colaboração terá um imenso valor para que consigamos melhorar

sempre, portanto colabore conosco enviando sugestões, críticas e elogios

para o e-mail [email protected].

C om muita alegria publicamos a segunda edição da nossa

revista. Muito satisfeitos com a receptividade e confiança dos

leitores do Centro Oeste Paulista, dos nossos anunciantes e

parceiros. Por isso, gostaríamos de agradecer a vocês, que estão colabo-

rando para manter vivo o nosso sonho de levar informações relevantes ao

homem do campo da região.

Para este segundo exemplar preparamos com muito carinho matérias

nacionais e regionais interessantes, gostosas de ler e indispensáveis para lhe

manter bem informado. Trouxemos uma entrevista exclusiva com o secre-

tário da agricultura de Marília, Paulo Roberto de Oliveira Júnior, revelando

projetos, entraves e expectativas para o agronegócio regional.

Na seção “Gente da Terra”, contamos a história da família do Sr Ovídio

Oliveira, que mantém há mais de cinquenta anos uma propriedade de

produção leiteira no distrito de Avencas. Já na seção “Giro Equestre”, res-

saltamos a formação e fortalecimento de um núcleo regional da raça quarto

de milha na região, e para isso fomos conversar com João Maciel, que nos

apresentou o seu haras, Paraíso, localizado em Pompeia.

A revista Giro Rural presta uma homenagem ao Sr Ubaldo Oléa, grande

juiz da ABCZ, que marcou a história de seleção de gado de elite, não só

no Brasil, mas na América Latina. Com sua perspicácia e experiência em

avaliar a qualidade e vida reprodutiva dos animais, apenas com um olhar

atento e treinado.

Boa leitura!

OBRIGADO!sÓ teMos a aGraDeceraos leitores e eMpresÁrios Do centro oeste paulista

GrJu

lho/

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1

4 G i r o Ru r a l

Editorial

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LAZARINI

A aceitação de madeira de eucalipto tratada na

construção civil está cada vez mais alta nas apli-

cações em residências de médio e alto padrão,

como também em construções de hotéis, resorts, restau-

rantes, bares, quiosques de praia, decorações de jardins,

portões e muitos outros. O aumento do interesse ocorre

pela qualidade e durabilidade desta madeira, podendo

ser encontrada serrada, benefi ciada e tratada como

pranchas, vigas, caibros, ripas e decks. Além da constru-

ção civil, a madeira tratada também tem seu espaço em

redes elétricas, na utilização de postes, e ainda, em subs-

tituição de cruzetas de madeira nativa e de concreto.

Toda a matéria-prima vem de refl orestamentos, sem

explorar as fl orestas tropicais e gerando economia para

os produtores rurais que já encontraram no eu-

calipto uma cultura altamente rentável e de

baixa manutenção, podendo ser cultivado

nos mais diversos solos e terrenos.

Hoje, é possível encontrar madei-

ra tratada de qualidade em todo do

país, o que a torna um produto com

um custo muito inferior à madeira de origem nativa

considerando a distância em que é encontrada.

Portanto, para um ótimo resultado na

execução dos mais variados projetos,

contribuir com a preservação do

meio ambiente, gerar incremento

da economia local e ainda econo-

mizar dinheiro, a melhor opção

é ultilizar madeira de

eucalipto tra-

tada.

Page 4: Revista giro rura 2ª edição

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Gr

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7G i r o Ru r a l

EspecialSumário

[email protected](14) 3221-0342

Editor: Luiz Felippe Nogueira | Diretora Administrativa: Laura Whiteman | Diretora de Jornalismo: Cristiane Mattar – MTB62481/SP

Diretor de Arte: Gustavo Prado Ramos | Design grafico: Mauricio W. Santos | Fotografia: Karina Bertaco

Revisão: Lívia Figueiredo de Carvalho | Representação Comercial: Amaury Girardi | Impressão: Gráfica Impress | Tiragem: 3 mil

Circulação Regional: Centro Oeste Paulista | Distribuição dirigida: postada pelos correios aos produtores rurais do Centro Oeste Paulista

Pontos de distribuição: a disposição nas empresas anunciantes | A venda nas principais bancas de revistas da região centro oeste paulista.

Solicite reimpressões editoriais das melhores reportagens da Giro Rural – C.O.P. com a capa da edição. “Os artigos assinados não emitem, necessariamente, a opinião da Giro Rural – C.O.P. Publicação Mensal. Todos anúncios, imagens e artigos publicados e assinados são de responsabilidade de seus respectivos autores.”

CAPA

Gr

AG RON EGÓCIO, I N FOR MAÇÕE S E OPORTU N I DADE S. AN U NCI E E BON S N EGÓCIOS!

Ubaldo Oléa, grande

juiz da ABCZ, com sua

perspicácia e experiência

fala sobre como avaliar

a qualidade e vida

reprodutiva dos animais,

apenas com um olhar

atento e treinado.

8 Giro notas

360º de notícias do agronegócio

10 Agricultura

País ruma à liderança mundial na

produção de alimentos

14 Nelore de Elite

Essência Te Guadalupe

16 Entrevista

Secretário de Agricultura e

Abastecimento de Marília

22 Encontro de cafeicultores

Café colheita com qualidade

24 Evento

45ª Fapi

26 Sustentabilidade

Agricultura brasileira é sustentável

Dilma Rousseff

28 Gente da terra

Ovídio de Oliveira, produção leiteira.

30 Giro esquestre

Haras Paraíso

32 Controle biológico

Veterinário Jayme de Toledo Piza

34 Meio Ambiente

Reflorestamento um negócio promissor

36 Etanol

Uma Grande Riqueza Nacional

38 Giro Literário

12

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8 a b r i l · 2 0 1 1

Gir

o r

uralGr

16a b r i l · 2 0 1 1

Gir

o r

ural

a n Ú n c i o( 1 / 4 ) p Á G i n a

Faço votos que a “Giro” seja uma grande ferramenta de divulgação de nossa região. Material de qualidade, a região é promissora, o público alvo é carente de um veículo regional claro e que fale sobre as coisas de seu dia-a-dia. Chega em um momento importante, hora de mostrar a cara e ver o potencial do ‘Centro Oeste Paulista’ mostrar sua força, seus valores, seus personagens: falar de nós pra nós mesmos! Assim, a “Giro” se torna o ‘nosso 1º veículo de agronegócio’ e torcemos por seu sucesso!Cordial abraço!

Eng. Agr. José Tonon Junior

Gerente de Comunicação - Máquinas Agrícolas Jacto S/A’

Cartas

a n Ú n c i os a c a r i a

espaço Do leitor

milho laranja

IGC prevê produção mundialrecorde para o milho em 2011/12

Abiove prevê aumento na produção brasileira de soja

Safra paulista terá alta considerável na safra 2011/2012

Segundo as previsões

do Conselho Internacional

de Grãos (IGC), divulgadas

no final do mês de abril, a

produção mundial de milho

deve atingir um recorde de

847 milhões de toneladas

no ano safra 2011/12, um

aumento de aproximada-

mente 5% na comparação

anual. Mas o reduzido es-

toque mundial deve limitar

o crescimento da demanda.

Já em relação ao plantio

mundial do grão, o aumento

deve ser mais discreto e

gira em torno de 3% frente

ao ano safra 2010/11, isso

ocorre devido aos preços

elevados, segundo o IGC.

O Conselho estima que

o aumento do consumo

seja contido em até 1,3%

em função do baixo nível

das reservas mundiais,

mesmo com o provável

crescimento da produção

global. As ofertas totais

de milho devem cair 0,8%

nesta temporada.

Devido ao clima favorável para

o cultivo da soja em todo o país, a

Abiove (Associação Brasileira das

Indústrias de Óleos Vegetais) ele-

vou sua estimativa para a produção

brasileira do grão, neste ano, de

70,1 para 71,1 milhões de toneladas.

A previsão para as exportações,

assim como para produção de farelo

de soja, também foi elevada. No

caso das exportações, a expecta-

tiva de crescimento é de 24 para

32,4 milhões de toneladas. Já na

produção de farelo, estima-se o

valor de 27,3 milhões de toneladas,

ante 26,9, último número divulgado

pela Abiove.

A boa notícia chega para animar

os produtores, que mantêm grandes

expectativas para a safra 2011/2012

e sentem-se mais seguros de que

estas serão atendidas. Além disso, as

perspectivas são muito boas para a

próxima safra, que deverá ser ainda

melhor, segundo Fábio Trigueirinho,

secretário-geral da associação, isso

se deve aos produtores, que certa-

mente estarão mais preparados para

o plantio e possivelmente consegui-

rão aumentar a área plantada.

Boa notícia para os citri-

cultores do estado São Pau-

lo, responsável por cerca de

77% da produção nacional

da laranja, a safra paulista

deve ser 20% maior do que

a de 2010.

A produção da fruta

vem deixando os agricul-

tores cada vez mais con-

tentes. Além disso, o estado

de São Paulo está se consa-

grando cada vez mais como

o maior produtor, conquis-

tando espaço e mantendo

uma larga vantagem em

relação aos outros estados.

De acordo com a Faesp,

a Federação da Agricultura

do Estado de São Paulo,

cerca de 80% dos produ-

tores de laranja do estado

fecharam contratos anteci-

pado, as caixas atingiram

um preço de R$ 12,00 a R$

15,00, sendo que o valor

de custo é de aproximada-

mente R$ 9,00, o que está

deixando os produtores

muito satisfeitos.

360º De notÍcias Do aGroneGÓcio

Giro notas

soja

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Page 6: Revista giro rura 2ª edição

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1

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paÍs ruMa à

LIDERANçA MUNDIALna proDução De aliMentos

O ministro da Agricultura, Pecuária e

Abastecimento, Wagner Rossi, apresen-

tou em meados de junho, as estimativas

para o agronegócio brasileiro na próxi-

ma década. Os números mostram que

o Brasil está pronto para contribuir no

grande desafio da economia mundial,

que é enfrentar a fome.

“Os organismos internacionais

têm levantado a existência de uma

população de 1 bilhão de pessoas que

ainda passam fome”, observou Wagner

Rossi, no lançamento das Projeções do

Agronegócio 2010/2011 a 2020/2021.

Elaborado pela Assessoria de Gestão

Estratégica (AGE) do Ministério, em

conjunto com a Empresa Brasileira

de Pesquisa Agropecuária (Embra-

pa), o estudo mostra que a produção

agropecuária do país deve crescer

23%, em volume, com incorporação

de 9,5% de novas áreas cultivadas

no período.

“O Brasil tem potencial para se

tornar o maior fornecedor de pro-

teína animal e vegetal do mundo”,

destacou Wagner Rossi. Ele ressal-

tou que os dados apresentados são

conservadores. Atualmente, o Brasil

é o segundo maior fornecedor no

mercado internacional de alimen-

tos, mas, segundo as projeções, se

aproximará cada vez mais dos Esta-

dos Unidos, que detém a liderança.

“Esta radiografia mostra que o

Brasil, nos próximos anos, continuará a

marchar firmemente em direção a essa

meta, de se tornar o maior agente no

mercado internacional de alimentos”,

disse.

O país é líder mundial em produtos

como carne de frango e de boi, além de

manter o primeiro lugar na produção

de açúcar, café e suco de laranja. Outro

produto tradicional, o algodão, deve ter o

maior incremento na produção (47,84%)

e nas exportações (68,4%) na próxima

década.

As estimativas mostram ainda grande

potencial na celulose e no leite. “Temos

uma janela de oportunidade muito signi-

ficativa nos lácteos, já que os países que

têm protagonismo na produção estão

no seu limite”, observou Wagner Rossi.

A confiança do ministro na força da

agricultura brasileira decorre da utiliza-

ção intensiva de tecnologia e da situação

do mercado internacional nos próximos

anos. O cenário é de uma demanda maior

por alimentos e em expansão, graças às

mudanças no perfil econômico dos paí-

ses, especialmente os emergentes, que

antes tinham menos acesso à alimentação,

sobretudo ao consumo de proteína.

Ele destacou a importância das

projeções para orientar a alocação dos

recursos naturais, humanos e financeiros

disponíveis da melhor maneira.

Wagner Rossi diz que projeções da agricultura mostram país pronto para enfrentar o desafio mundial da fome

Texto cedido por Ministério daAgricultura, Pecuária e Abastecimento.

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ters

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Quem vê a simplicidade e o

jeito humilde de Sr Ubal-

do Oléa, nem imagina que

este já foi um dos, se não o me-

lhor, juiz de gado de elite que este

Brasil já teve. Durante mais de 40

anos, dedicou a vida em realizar

análises e avaliações da qualidade

dos valiosos animais, mundo afora.

Com muitas boas histórias para

contar, foi em parceria com um pe-

queno grupo de pecuaristas, um dos

fundadores da Examar, há mais de

vinte anos. Acreditavam no potencial

de Marília para o agronegócio e na

possibilidade de torná-la a primeira do

estado de São Paulo em produção de

gado de corte. Confiava que a exposi-

ção traria à cidade maior visibilidade

e movimentaria o setor, aumentando

as chances de alcançar o objetivo.

Convidado para ser presidente de

honra da Nova Examar, sentiu-se or-

gulhoso e contente, acreditando que

os muitos esforços de anos atrás não

serão desperdiçados, nem tão pouco

ficarão apenas na memória e história

da cidade.

Com uma invejável vocação, pro-

vou frente a multidões possuir um

olhar infalível, que não deixava passar

qualquer defeito que o animal pudesse

apresentar. Após participar, em 1982,

de um curso com o americano J. C.

Bosman, na cidade de Barretos, e ser

um dos poucos a concluí-lo, Ubaldo

aprendeu a treinar o seu olhar para

diversas características que deveria

levar em conta nas suas avaliações.

Porém, com os anos de experiência,

ele aumentou de 5 para 13 os pontos

a serem observados e, por meio de

análise minuciosa de cada um deles,

conseguia relatar, sem erros, a vida

reprodutiva da vaca.

Lembra-se de uma viagem para

a Venezuela, onde após realizar a

avaliação da fêmea, a última da noite,

nelore De elite

Capa

constatou que esta não poderia mais

reproduzir, devido à idade avançada.

Mas na ficha do locutor os dados não

conferiam essa informação. Após afir-

mar confiar no que estava revelando,

alguns organizadores foram verificar

a procedência do animal e puderam

confirmar que a ficha estava realmente

equivocada e que a vaca já possuía

cerca de 6 anos, idade já não adequa-

da para a reprodução. Quando ficou

constatado que ele realmente havia

acertado, a plateia que assistia ao

julgamento veio à loucura, encantados,

todos vibravam com aquele senhor

que apenas ao observar externamente

o animal, não havia cometido erro

algum. Ao contar esta história, seu

sorriso transparecia todo o orgulho

e alívio que, provavelmente, sentiu

naquele momento.

Durante os anos trabalhados como

juiz da ABCZ (Associação Brasileira

dos Criadores de Zebu), recorda-se

de haver tirado o título de uma vaca

para dar a outra nos últimos minutos,

quando tudo já parecia estar certo. Ao

anunciarem o resultado, ele se mani-

festou afirmando que a vencedora

deveria ser a outra vaca, já que a que

estava levando o mérito havia sofrido

um aborto e não poderia mais repro-

duzir. Todos ficaram em choque, mas

mais uma vez ficou constatado que o

seu olhar não costumava falhar, muito

perspicaz conseguia averiguar dados

por meio, principalmente, dos chifres,

da maçã do peito e do cupim.

Até hoje, sente-se orgulhoso e

apaixonado pelo trabalho que realizou

e afirma que tentou passar os seus

conhecimentos adiante e que está

confiante de que alguns de seus alunos

também se destacarão nos julgamen-

tos, utilizando apenas um dom, o olhar.

Oléa deixou algumas valiosas di-

cas para que os leitores da Giro Rural

não cometam erros na hora da aqui-

sição de um bom gado. Veja ao lado.

INFERTILIDADE:Para detectar fêmeas subférteis, que são aquelas que produzem um

bezerro a cada dois ou três anos, quando o ideal seria uma prenhez por ano,

13 pontos devem ser observados:

1. Colo: nas subférteis o pescoço

é grosso e largo;

2. Cabeça: as subférteis possuem

cabeça masculinizada e mandí-

bula pesada;

3. Peito: Em fêmeas subférteis a

massa do peito é de tamanho

maior que o normal, crescendo

para frente e para baixo;

4. Pelo: fica arrepiado. No lombo o

redemoinho de pelos está sem-

pre espetado e, tanto no cupim

quanto na paleta, eles crescem

em sentido contrário;

5. Dianteiro: crescimento despro-

porcional da parte dianteira. Cos-

tuma-se dizer que a vaca está,

nesse caso, começando a perder

suas características femininas.

6. Cauda: nas vacas férteis ela

cai perpendicularmente. Nas

subférteis ela desce acompa-

nhando a forma arredondada

do traseiro;

12. Úbere: quase imperceptível. As

tetas estão recolhidas;

8. Músculos: são de formato ar-

redondado. Por trás a aparência

é masculina, semelhantes aos

machos da espécie.

7. Gordura: aparecem maneios

de gorduras isolados por todo o

corpo. São mais aparentes entre

as escápulas, adiante do úbere, na

anca, no cupim e abaixo da vulva;

9. Vulva: pequena com orifício

vaginal deslocado e de difícil

acesso durante a monta. Acú-

mulo de gordura entre as coxas;

10. Postura: crescimento exagerado

das patas dianteiras. Parte do osso

se desenvolve mais, provocando

desequilíbrio estético e físico;

11. Tamanho: gigantismo. As vacas

subférteis, ou com tendência,

são enormes e pesadas. As

férteis são magras, com os os-

sos traseiros aparecendo sob o

couro;

13. Chifres: Fêmeas que se torna-

ram inferteiz possuem chifres

lisos, porcelanizados.

AboRTo:Peito: uma vaca que já sofreu aborto traz saliente sob a pele do peito

uma pelota do tamanho de uma bola de pingue-pongue. Para cada

gestação mal sucedida, uma nova marca é criada.

Chifres: podem apresentar anéis em baixo relevo, significando abortos

ou estresse.

FERTILIDADE:Fêmeas: o chifre de parideiras tem osso lascado, mal acabado e apre-

senta um anel em alto relevo para cada cria bem-sucedida.

Macho: A percepção da fertilidade nos machos é menos complicada.

É possível detectar um touro fértil analisando sua postura. Estes andam

com a cabeça erguida e a libido se manifesta sempre que está preso e

vê uma fêmea passar do outro lado da cerca. A pelagem também é ca-

racterística, os machos bons de cobertura apresentam pelos escuros na

paleta. Outro fator a ser considerado para qualificar a fertilidade do boi é

através da medida da circunferência escrotal do testículo esquerdo, que

deve ser de aproximadamente 35 centímetros, aos 18 meses de idade.

UBALDO OLéA,o Dono De uM olhar infalÍvel

Cerimônia de posse de Ubaldo na Diretoria da Divisão Regional Agrícola de Marília. Na foto acima, da esquerda para a direita é o segundo, ao alto. Abaixo é o terceiro da esquerda para a direita

Ubaldo oléa, inesquecível juiz da AbCZ

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essÊncia te GuaDalupe

Uma verdadeira campeã que produz campeãs.A Essência TE Guadalupe foi a

primeira grande campeã do plantel

da Unimar. Filha de Hierarca, outra

grande campeã, Essência, em

2001, no envento Elo de Raça, foi

considerada um dos animais mais

valorizados do país, tendo sido ad-

quirida pela universidade paulista.

Além de ser campeã nacional

em Uberaba em 2001, Essência

também tem em seu "currículo"

o fato de ser mãe de Elegance I

(reservada campeã bezerra em

Uberaba 2003), mãe de Elegance

II (campeã nacional de 2006),

mãe de Dália M4 (recordista na-

cional de preço no leilão Elo de

Raça de 2006) e super campeã

nas pistas.

Recordista nacional de ven-

da de prenhezes. Reservada

Campeã Nacional Progênie de

Mãe/06, medalha de ouro melhor

matriz ranking ACNB/06.

Animais Nelore apresentam estado

geral sadio e vigoroso. A ossatura é

leve, robusta e forte, com muscula-

tura compacta e bem distribuída. A

masculinidade e a feminilidade são

acentuadas.

Apresentam pelagem branca ou

cinza-clara, sendo que os machos

apresentam o pescoço e o cupim

normalmente mais escuros. A pele é

preta ou escura, solta, fina, flexível,

macia e oleosa. Os pêlos são claros,

curtos, densos e medulados.

A cabeça tem formato de ataúde,

com a cara estreita, arcadas orbitárias

não salientes e perfil ligeiramente con-

vexo. A fronte é descarnada, apresen-

tando uma linha média no crânio, no

sentido longitudinal, uma depressão

alongada (goteira).

O Chanfro é reto, largo e proporcio-

nal nos machos. Nas fêmeas, é estreito

e delicado. O focinho preto e largo, com

as narinas dilatadas e bem afastadas,

é outra característica da raça. A boca

tem abertura média e lábios firmes.

As orelhas do nelore são curtas,

com boa simetria entre as bordas

superior e inferior, terminando em

ponta de lança, e a face interna do

pavilhão deve ser voltada para a frente

e apresentar movimentação.

A raça pode ser dividida em

animais que apresentam chifres e

mochos. Os chifres são de cor escura,

firmes, curtos de forma cônica, mais

grossos na base, achatados e de seção

oval, de superfície rugosa e estrias lon-

gitudinais. Nascem para cima, acom-

panhando o perfil, bem implantados

na linha da marrafa, assemelhando-se

a dois paus fincados simetricamente

no crânio. Com o crescimento, po-

dem dirigir-se para fora, para trás e

para cima, ou curvando-se para trás

e para baixo.

Nos machos, o pescoço é muscu-

loso e com implantação harmoniosa

ao tronco. Nas fêmeas, é delicado. A

barbela começa debaixo do maxilar

inferior e se estende até o umbigo,

sendo mais abundante e pregueada

nos machos. O peito dos animais é

largo e com boa cobertura muscular.

Nos machos, o cupim deve ser

bem desenvolvido, apoiando-se so-

bre o cernelha, Nas fêmeas, deve ser

reduzido.

A região dorso-lombar é larga e

reta, levemente inclinada, tendendo

para a horizontal, harmoniosamente

ligada à garupa com boa cobertura

muscular.

O Nelore possui ancas bem afas-

tadas e no mesmo nível. A garupa é

comprida, larga, ligeiramente inclina-

da, no mesmo nível e unida ao lombo,

sem saliências ou depressões e com

boa cobertura de gordura. Sacro não

saliente, no mesmo nível das ancas.

A cauda é inserida harmoniosa-

mente, estendendo-se até os jarretes e

vassoura preta. O tórax é amplo, largo

e profundo. As costelas são compridas

e largas, bem arqueadas, afastadas e

com espaços intercostais revestidas de

músculos e sem depressão atrás das

espáduas. O umbigo deve ser propor-

cional ao desenvolvimento do animal.

Membros anteriores e posterio-

res devem apresentar comprimento

médio, com ossatura forte e músculos

bem desenvolvidos. As coxas e per-

nas são largas, com boa cobertura

muscular, descendo até os jarretes,

com calotes bem pronunciados. As

pernas devem ser bem aprumadas e

afastadas. Os cascos devem ser pretos

e bem conformados.

As fêmeas devem ter o úbere de

volume pequeno, com o formato das

tetas de maneira que facilite a apro-

PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS RACIAIS

DO NELORE DE ELITE

ximação dos bezerros. A vulva deve

possuir conformação e desenvolvi-

mento normais.

Os machos devem possuir a bolsa

escrotal fina e bem pigmentada, com

os dois testículos bem desenvolvidos.

A bainha deve ser proporcional ao

desenvolvimento do animal e bem

direcionada. O prepúcio deve ser

recolhido.

Grnelore De elite

Capa

Fonte: ACNB Associação dos Criadores de Nelore do Brasil

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paulo roberto De oliveira JÚniorsecretÁrio De aGricultura eabasteciMento De MarÍlia-sp

Entrevista

Qual a contribuição da agro-

pecuária para o crescimento

e desenvolvimento regional?A história com cavalos vem da

minFundamental. Marília, assim como

a grande maioria das cidades do

interior do estado de SP, construiu-se

em cima do agronegócio, principal-

mente do café, amendoim e algodão,

que tivemos muito aqui no passado.

Atualmente, cerca de 30% do que se

movimenta na cidade de Marília vem

do campo. Hoje temos dez mil pesso-

as morando em áreas rurais, fora isso,

muitas mais envolvidas com o campo.

Marília é hoje um polo industrial,

temos um setor de alimentação muito

forte, que demanda a compra de pro-

dutos que vêm do campo. A vocação

da cidade é agrícola. A nossa ideia é

mostrar para a cidade, para os pro-

dutores que temos total condição de

melhorar e aumentar o crescimento

do PIB do agronegócio aqui na região.

Dentre as universidades pri-vadas, a Unimar é a pioneira em trazer a clonagem para o seu plantel, o Sr acompanhou essa realização? Poderia nos contar como decorreu esse processo?

Por volta de três anos atrás co-

meçou-se a falar muito de clones,

principalmente clonagem de nelore, e

quem começou com esse trabalho foi

o doutor Rodolfo Rumpf, pesquisador

da Embrapa, juntamente com o pro-

prietário do laboratório Geneal, Jonas

Barcelos,que em parceria passaram a

pesquisar a realização da produção

do clone em larga escala. Em 2008

surgiu o interesse do Márcio Mesquita

Serva, reitor da Unimar, em clonar as

vacas Essência e Página, duas gran-

des campeãs da universidade, desde

então estamos acompanhando as pes-

quisas e conferindo os resultados. No

ano passado nasceram sete bezerras,

cópias genéticas de Essência. Agora

estamos colhendo o material de

outras doadoras que serão subme-

tidas ao processo de clonagem. Este

ano estamos inserindo os alunos no

contato com esses animais clonados,

o início desse processo se deu com

uma palestra Dr. Rodolfo na universi-

dade, em abril.

Quais atividades estão em ascensão na cidade?

Principalmente pecuária de cor-

te, que hoje é um grande negócio,

Secretário de Agricultura e Abastecimento de Marília Paulo Roberto de oliveira Júnior faz uma análise do mercado e revela seus projetos e expectativas

Desde criança é acostumado a respirar os ares do campo e aproveitar todas as maravilhas que a vida na fazenda tem a oferecer. Nascido em Oswaldo Cruz, nas proximidades de Marília, Paulo Roberto acompanhava de perto, ainda

pequeno, a lida com o gado de corte na propriedade da família. Aos 17 anos, quando estava se decidindo por cursar veterinária, foi conhecer a dinâmica agrária do Centro Oeste brasileiro, encantou-se com a lavoura e retornou ao estado de São Paulo com a certeza de que cursaria a faculdade de agronomia, para assim ampliar seus conhecimentos na área rural, que sempre foi sua paixão.

Após concluir a faculdade em Marília, foi convidado para trabalhar na Unimar e desde o ano de 2000, gerencia e dirige não só a fazenda experimental de gado de leite, a mesma onde realizou seu estágio obrigatório, como as demais fazendas da universidade. Após anos de experiência e uma vida profissional admirável, foi convidado pelo prefeito Mário Bulgareli para assumir o cargo de secretário de agricultura de Marília, papel que desempenha desde janeiro de 2011. Para conhecer as perspectivas do agronegócio para a cidade e região, a revista Giro Rural conversou com aquele que organiza e administra projetos e melhorias voltados ao homem do campo.

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GrNome da seçãononononono nonono nonononononononononononono nonono nononono

o preço do café também melhorou

muito, o que torna a atividade mais

interessante, o trabalho com o gado

leiteiro está cada vez mais valorizado

e retomando aos poucos a importân-

cia que sempre teve para a região.

Temos algumas promessas para o

futuro, é o caso da laranja, que parece

chegar com muita força na região, do

reflorestamento, da ovinocultura. Esse

desenvolvimento e aprimoramento

nas atividades já realizadas na região

são muito importantes, da mesma for-

ma que a chegada de novas culturas e

produções, pois precisaremos dobrar

a produção de alimento em um curto

espaço de cerca de dez anos.

Como diretor social da Asso-ciação Paulista dos Criadores de Nelore, como avalia a raça no mercado de São Paulo e no brasil?

Muito importante, hoje ela repre-

senta 85% do rebanho nacional. A raça

começou a ganhar destaque no país

na década de 60, quando pecuaristas

renomados trouxeram da Índia alguns

gados que caíram no gosto dos cria-

dores, devido a sua resistência a altas

temperaturas e aos carrapatos. Até

então, as raças que predominavam no

Brasil eram as europeias, que não resis-

tiam ao intenso calor, já que eram mais

preparadas para o frio. Então quando

se começou a usar o nelore as pessoas

perceberam se tratar de um gado mais

rústico, um animal que dava menos

trabalho, mais fácil de lidar, e com isso,

hoje, 80 a 85% de nosso rebanho tem

cruzamento com a raça nelore.

Existem projetos voltados para a agricultura familiar? Quais?

Na secretaria de agricultura temos

um cuidado especial com a agricultura

familiar e com os pequenos produtores.

Há alguns projetos que estamos viabili-

zando em parcerias com a Universidade

de Marília, com o SEBRAE e com o

Banco do Brasil. Um dos projetos é a

pecuária de leite, em andamento há

dois meses, com ele estamos levando

para 15 produtores da cidade de Marília

acompanhamento técnico, por meio

de profissionais da secretaria de agri-

cultura, juntamente com os estagiários

de agronomia, zootecnia e veterinária

por um período de um ano. Nos seis

primeiros meses, estamos fazendo uma

avaliação da dinâmica das proprie-

dades, para a partir do mês de julho,

apresentar o levantamento realizado e

as soluções propostas pelos alunos e

técnicos e realizar melhorias dentro do

poder aquisitivo de cada produtor. Com

esse projeto esperamos que pequenas

mudanças, coisas simples e acessíveis,

tragam uma condição melhor de tra-

balho e renda para cada uma dessas

famílias, além de gerar empregos na

propriedade e, dessa forma, quere-

mos fixá-las no campo em condições

dignas. Também pretendemos retomar

ou chegar o mais próximo possível da

posição que tínhamos até 1980, ser a

maior bacia leiteira de leite B do Brasil.

Fora esse projeto, também estamos

iniciando o projeto do “Cinturão Ver-

de”, com o qual pretendemos produzir

quantidade suficiente de hortaliças

necessária para a demanda da popu-

lação da cidade. Hoje importamos de

outras cidades cerca de 90% do que

consumimos de folhas e tubérculos.

Com isso pretendemos aumentar a

oferta de empregos no campo, já que

é necessária uma quantidade signifi-

cativa de funcionários, pois é preciso

o cuidado diário para não haver perda

excessiva de folhagem.

Há também o serviço oferecido

pela secretaria chamado “Patrulha

Rural”, onde colocamos a disposição

do produtor rural, com propriedades

de até 30 alqueires, máquinas e im-

plementos agrícolas a preço de custo.

Há o projeto de melhoria das es-

tradas rurais, pois quando questiona-

dos, 80% dos produtores queixaram-

se sobre as más condições em que

as vias se encontram, o que prejudica

muito o transporte de seus produtos,

assim como o acesso às propriedades.

Temos também um projeto onde

prestamos assistência total no plantio

de eucalipto para o reflorestamento,

fornecemos as mudas por um preço

simbólico ao produtor e para auxiliá-lo

no plantio enviamos um técnico.

Há o projeto “Horta Comunitária”,

onde a prefeitura cede um terreno

disponível em áreas carentes, disponi-

biliza adubo, sementes e o que for ne-

cessário para a criação da horta. Quem

dá continuidade na manutenção são

os moradores da região, coordenados

pela associação de moradores local.

Contamos com um viveiro que pro-

duz cerca de 350 mil mudas por ano,

fornecemos as mudas para a prefeitura

plantá-las em praças, vias, escolas, etc.

Quais os principais desafios para o desenvolvimento da agropecuária em Marília?

Existem alguns desafios a serem

superados. Eu acredito que o nosso

maior problema seja a logística,

principalmente a logística interna das

propriedades. Nós temos também o

problema sério das estradas, que tem

que ser tratado como prioridade. É

um grande desafio também mudar a

forma de pensar do produtor, transfor-

mar suas ideias de produtividade para

o próprio consumo em produtividade

para negociação. Ou seja, transformar

a mentalidade de que a propriedade

rural é apenas o seu lar e fazê-lo en-

xergar que ela precisa funcionar como

uma empresa. Então ela tem que ter

lucro, balancete, tem que apresentar

o retorno do investimento, porque

geralmente são áreas de alto valor.

Queremos auxiliá-los no aumento

da sua produção dentro do mesmo

espaço de terra ocupado. Ou seja,

pretendemos otimizar sua atividade,

paulo roberto De oliveira JÚnior secretÁrio DeaGricultura e abasteciMento De MarÍlia-sp

Entrevista

Page 11: Revista giro rura 2ª edição

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20 G i r o Ru r a l

ORGULHO DE SER BRASILEIRA

Parceria de sucesso!

claro que respeitando sempre o meio

ambiente, pois acho que a palavra

da vez é sustentabilidade, em todos

os setores da economia, inclusive no

agronegócio.

Como avalia o impacto do novo código florestal em Marília?

Considero muito importante o que

foi aprovado, porque a grande maio-

ria dos produtores rurais estava na

ilegalidade. Acompanhamos aqui em

Marília uma palestra do deputado Aldo

Rebelo, nela ele expôs o resultado de

muitas pesquisas, de um intenso traba-

lho onde realizou inúmeras audiências

com todo o segmento do agronegócio,

conversas com ambientalistas, ou seja,

se cercou de informações. Por isso

acreditamos que ele fez o justo. O pro-

dutor também não é a favor do desma-

tamento, há aqueles que desrespeitam

o meio ambiente, mas muitas vezes

generalizam e na verdade temos muita

gente séria, interessada apenas em

realizar o seu trabalho com dignidade.

O Brasil precisa dobrar sua produ-

ção até 2020, mas mesmo assim não

somos a favor de desmatarmos flores-

tas, existem maneiras de aumentar a

produção sem derrubar uma árvore.

Queríamos apenas que a situação

fosse definida, regularizada, para que

soubéssemos a maneira correta de

agir, o caminho certo a seguir.

Foi uma vitoria muito grande, mas

muitas coisas ainda virão. Ganhamos

a primeira etapa e já estamos muito

contentes com isso. Precisamos es-

perar as próximas, mas certamente

estamos mais confiantes.

Quais as principais dificul-dades enfrentadas por um produtor rural no brasil?

Os impostos. O governo deseja

levar alimento barato do campo para

a cidade e nos cobra cerca de 35% de

impostos. Como conseguiremos fazer

isso? Também somos a favor que mais

pessoas tenham acesso a uma melhor

alimentação, mas para conseguirmos

isso é preciso haver uma redução nos

tributos cobrados, pois temos aqui no

Brasil uma das taxas tributárias mais

altas do mundo.

Produzir no Brasil é uma grande

luta, o produtor não sabe quanto vai

conseguir produzir, precisa contar

com a chuva, com o sol e, se não bas-

tasse isso, ainda precisamos contar

com os preços. Quem acompanha o

agronegócio já viu pessoas trabalha-

doras perderem tudo do dia para a

noite, e não podemos contar nem com

um seguro agrícola decente.

Muitas vezes o produtor é tratado

como uma pessoa extremamente

extrativista, como alguém que está ali

apenas para explorar o funcionário

dele no campo, e não é nada disso. Nós

estamos sendo cada vez mais eficien-

tes, estamos produzindo cada vez mais,

e queremos ser reconhecidos por isso.

Quais seus principais desa-fios enquanto secretário da agricultura?

O maior desafio é o tempo, ou seja,

conseguir fazer uma boa gestão com

o tempo que nos resta. A minha inten-

ção é realmente marcar a passagem

pela secretaria de agricultura, como

alguém extremamente técnico, que

ajudou a transformar principalmente a

estrutura física da secretaria. Nos cinco

meses que assumimos, conseguimos

dar uma mudada na estrutura, aumen-

tar a rede de computadores e o acesso

à informação, com isso pretendemos

deixar o ambiente de trabalho mais

agradável e onde os profissionais se-

jam capazes de produzir mais.

Além disso, pretendo focar muito

no pequeno produtor. Minha intenção

é ajudar o pequeno produtor, pois

sei das dificuldades que eles têm.

Então este ano trabalhamos naqueles

dois projetos que já citei, o de leite e

o “cinturão verde”que são extrema-

mente voltados ao pequeno produtor.

Ano que vem pretendemos mais dois

projetos voltados ao mesmo público.

Também pretendo unir as entida-

des representativas do agronegócio

em prol dos produtores. E juntos

mostrar para eles que podemos fazer

acontecer, mostrar ao homem do

campo que ele tem condições de

melhorar sua produção e se destacar

cada vez mais.

Outro grande desafio que temos

agora é o de reativar a Examar.Ano

passado tivemos uma, a nova Examar,

e a prefeitura foi a maior incentivadora.

Este ano pretendemos fazer uma feira

muito forte, definindo grandes shows

e levando mais empresas do agrone-

gócio, pois sentimos que isso ficou a

desejar no ano passado, queremos

também trazer animais para exposi-

ção. A intenção é realizar uma Examar

como Marília nunca teve, para ficar

marcada na história da cidade.

Como o Sr avalia a inicia-tiva da revista Giro Rural para Marília e região?

Eu acho muito importante, porque

no segmento do agronegócio, aqui

na região, não temos uma revista

especializada no assunto. Com essa

iniciativa teremos um canal para di-

fundir informações e unir forças pelo

agronegócio.

Existem no mercado algumas

revistas de circulação nacional, que

muitas vezes apresentam em seu

conteúdo técnicas de produção que

são inviáveis na região. Quando exis-

te uma revista comprometida com a

região fica muito mais fácil o acesso

à informação relevante e possível de

ser concretizada.

A revista poderá mostrar técnicas

aplicáveis e compatíveis com o nosso

clima, nosso solo, nossas condições.

Acredito que possa ser muito útil na

difusão de novas tecnologias.

paulo roberto De oliveira JÚnior secretÁrio DeaGricultura e abasteciMento De MarÍlia-sp

Entrevista

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Gr

A Cooperativa dos Cafeicultores

da Região de Marília realizou, no dia

cinco de maio, a abertura da 11ª cam-

panha “Café Colheita com Qualidade”.

Aproximadamente 300 cafeicultores e

representantes do setor foram orienta-

dos sobre o cultivo de suas lavouras,

cuidados durante a colheita e pós-co-

lheita, comercialização do seu produto

e certificação de propriedades.

Além de um café da manhã espe-

cial com cappuccino, drink de café

com laranja e licor de café, feitos pelo

consultor e barista, Leandro Moeda

Dias, uma equipe de enfermeiros da

Unimed realizou aferição de pressão e

teste de glicemia para os participantes

interessados em checar a saúde.

A série de palestras foi aberta pelo

pesquisador científico do Instituto

Agronômico de Campinas (IAC), Prof.

Dr. Gerson Silva Giomo, enfatizando

os principais cuidados durante a pós-

colheita e qualidade do café.

“Muitos detalhes fazem diferença

durante a secagem do café, por isso

o cafeicultor deve estar atento a tudo,

pois a boa comercialização vai depen-

der das boas condições do café. Mais

de 50% da qualidade do produto final

depende do próprio produtor”, alerta

o pesquisador.

O cafeicultor e pecuarista de

Guaimbê, Sérgio Yoshiaki Tinen, que

está no ramo há pouco tempo, aprovei-

tou todas as dicas. “São informações

essenciais, pois estou começando

agora. A gente aprende e já coloca

em prática. As orientações sobre co-

lheita, secagem e estocamento do café

contribuem bastante, principalmente

para quem é novo na cafeicultura”,

comenta.

Para o presidente da Câmara

Setorial de Café e diretor executivo

da Associação Brasileira da Indústria

de Café (ABIC), Nathan Herszkowicz,

o importante é o cafeicultor oferecer

boa qualidade para alcançar melhores

preços. “Temos condições de produ-

zir um café bom para o Brasil e para

o exterior. Muitos dos nossos cafés

são iguais aos melhores do mundo. O

consumidor quer um café melhor e

existe mercado para café de qualidade

no Brasil”, afirma.

Ele ainda destaca o Programa

por reGiane ferreirafotos: paulo cansini /

aDilson Montorini

Encontro de cafeicultores

“CAFé COLHEITA COM QUALIDADE”

“Consumidor quer um café melhor e existe mercado para café de qualidade no Brasil”, afirma diretor executivo da ABIC.

Encontro de cafeicultores discute melhor qualidade do café e inicia as comemorações do cinquentenário da Coopemar

de Qualidade do Café, da ABIC, que

identifica três qualidades de café: o

Tradicional (qualidade menor), Supe-

rior (intermediário) e Gourmet (alta

qualidade), com o objetivo de agregar

valor e ampliar o consumo a partir da

melhoria contínua dos cafés. É o único

programa que se tem conhecimento

no mundo que avalia a qualidade do

café torrado e moído (as demais certi-

ficações avaliam o café verde, apenas).

“Assim a ABIC consegue moni-

torar a qualidade do café que está

sendo vendido no Brasil. As marcas

são certificadas e depois fiscalizadas

regularmente”, explica Herszkowicz.

O que determina a categoria é

a nota final, numa escala de 0 a 10,

obtida pelo produto: para Cafés Tra-

dicionais, nota igual ou superior a

4,5; Cafés Superiores, nota igual ou

superior a 6,0 pontos e até 7,3; e Cafés

Gourmets nota igual ou superior e 7,3

até 10. Segundo Herszkowicz, “das

430 marcas certificadas no País, 110

são Gourmets”.

Depois do almoço de confrater-

nização, os participantes visitaram os

stands e receberam informações de

produtos e maquinários agrícolas. Ao

fim do dia, o presidente da Coopemar,

François Regis Guillaumon, comemo-

rou o sucesso do encontro. “No ano em

que vamos celebrar o nosso jubileu

esperávamos ver a casa cheia e foi

o que aconteceu. Até, porque, é um

momento bom para a cafeicultura e

devemos aproveitar essa boa época,

pois o café ajuda os outros setores a

superarem as dificuldades. Isso é o

cooperativismo”, diz.

A campanha será encerrada em

setembro ou outubro com a realização

do 11º Concurso Café Colheita com

Qualidade, que elege os melhores

cafés da região, aberto para todos os

cafeicultores, mesmo que não sejam

cooperados. “Momento em que, além

de tudo, comemoraremos os 50 anos

da cooperativa e a vitória da agri-

cultura da nossa região. Esperamos

melhorar ainda mais a qualidade do

café para competirmos com cafeicul-

tores de todo o Estado de São Paulo”,

finaliza Guillaumon.

Para reforçar a união dos agriculto-

res da região, o cafeicultor mariliense

Lúcio de Oliveira Lima Júnior deixa o

seu recado. “Acredito que toda reunião

de pessoas com o mesmo propósito,

ou seja, na atividade agrícola e no

incentivo ao cooperativismo, é muito

importante nos dias de hoje. Pela

simples razão: toda união tem força”.

Coopemar 50 anos - Nathan Herszkowicz e François Guillaumon: Sindicato da Indústria de Café do Estado de São Paulo e Câmara Setorial de Café de São Paulo homenageiam a Cooperativa dos Cafeicultores da Região de Marília.

Tarde de Campo

As esposas dos cooperados participaram de programação especial com palestras e bingo.

Qualidade do café: Cerca de 300 pessoas receberam informações e esclareceram dúvidas sobre o cultivo do produto.

Tarde de Campo: Almoço e visita aos stands, com demonstração de máquinas e produtos.

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Evento

F inal do rodeio, show de fogos e

cavalgada marcaram o último

dia da maior feira de portões

abertos do país.

O recorde de público para o

último dia de feira já era esperado e

os fãs não decepcionaram. Mais de

cem mil pessoas lotaram o Recinto

Olavo Ferreira de Sá no domingo, 12,

para o último show da programação

da 45ª Fapi – Feira Agropecuária e

Industrial de Ourinhos, realizada de

02 a 12 de junho.

O último dia de feira foi iniciado

pela tradicional cavalgada, conside-

rada uma das mais bonitas e bem

organizadas de toda a história do

evento, na qual comitivas, cavaleiros e

amazonas percorreram as principais

ruas de Ourinhos rumo ao Recinto

Olavo Ferreira de Sá, reunindo mais

de duas mil pessoas.

Durante todo o dia, as pistas de

julgamento de animais receberam as

últimas provas e a arena do rodeio, as

eliminatórias dos três tambores.

O Recinto Olavo Ferreira de Sá

registrou o maior movimento de públi-

co durante todo o dia de sua história,

num desfecho ideal para um evento

que é considerado a Festa da Família.

Milhares de crianças, pais, pessoas

de diversas idades aproveitaram da

estrutura oferecida pelo recinto, lo-

tando pavilhões, estantes, pistas de

julgamento e o Yupie Park.

O Bloco do R, de Itu, animou o

público no meio da tarde, atendendo

um convite especial do presidente da

feira, Eduardo Luiz Bicudo Ferraro, o

Brigadeiro, que foi integrante do bloco

quando morava na cidade de Itu.

Outra atração que chamou a aten-

ção foi a apresentação da Escola de

Volteio, da Polícia Militar, realizada

horas antes da grande final do rodeio,

considerada uma das mais disputadas

da história da feira.

Rodeio - Para chegar ao grande

vencedor do rodeio da 45ª Fapi, o

público presente na arena do rodeio

pôde assistir duas etapas. Na primeira,

foram selecionados cinco melhores

tempos entre dez competidores.

Depois, na grande final, os cinco me-

lhores disputaram o ford ká zero qui-

lômetro, sagrando-se campeão, com a

totalidade de 425.50 pontos marcados,

Elton José de Souza, de Pompéia.

O cantor Luan Santana já estava no

camarim, preparando-se para o show

e atendendo a imprensa local, quando

o grande show de fogos iluminou o céu

de Ourinhos, para o deleite das mais

de cem mil pessoas que aguardavam

o cantor para o grande show da noite

e um dos mais esperados da progra-

mação da 45ª Fapi.

“Ourinhos vai ficar para sempre

em nosso coração, afinal, foi aqui que

tivemos nosso primeiro recorde de

público, no ano passado. Este ano, já

ficamos sabendo que batemos o re-

corde de público do último dia de feira

e é com alegria que também fazemos

parte da história deste grande evento”,

comemorou o cantor.

O presidente da feira, Eduardo Luiz

Bicudo Ferraro, o Brigadeiro, agrade-

ceu o público presente, patrocinadores

e apoiadores por mais um ano de

grande sucesso. “Todos os anos, assu-

mimos o desafio de superar a edição

anterior e estamos conseguindo esse

grande êxito. Agradecemos os patroci-

nadores, apoiadores e colaboradores,

e, principalmente o público, que mais

uma vez deu exemplo de respeito e

de que realmente a Fapi é a festa da

família”, destacou o presidente.

feira aGropecuÁria e inDustrial De ourinhos45a fa

pi

Luan Santana encerra programação da 45ª FAPI

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26 a b r i l · 2 0 1 1

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A presidenta Dilma Rousseff

afirmou no f inal do mês

de junho, que a agricultura

brasileira é uma potência ambiental.

“Temos produzido alimentos com a

menor redução de florestas no mun-

do”, disse a presidenta, que anunciou

em Ribeirão Preto o Plano Agrícola e

Pecuário para a safra 2011/2012.

Dilma Rousseff mencionou como

exemplo de produção sustentável o

programa brasileiro do etanol, que

produz energia renovável por meio

da cana-de-açúcar. “O etanol – um

combustível renovável - depende da

agricultura”, lembrou. A presidenta

também falou da importância do Pro-

grama Agricultura de Baixo Carbono

(ABC) para o cumprimento das metas

assumidas durante a conferência de

Copenhagen (COP15). O ABC incen-

tiva o uso de práticas que reduzem

a emissão de gases de efeito estufa

gerados pela atividade agropecuária,

um dos compromissos voluntários

estabelecidos pelo governo brasileiro

na conferência.

“O programa visa também a asse-

gurar a competitividade da agricultura

brasileira no mercado internacional ao

oferecer um alimento produzido de

forma sustentável. Tem juros de 5,5%

ao ano que incentivam o produtor a

contratar o crédito”, enfatizou Dilma

Rousseff.

Ela também reforçou o papel do

Brasil como grande fornecedor de

alimentos em longo prazo. Para a presi-

denta, com o aumento da renda da po-

pulação e o consequente crescimento

da demanda por alimentos, a função

do Brasil como importante produtor

agropecuário ficará mais evidente.

“Também é fundamental que consi-

gamos abastecer o mercado interno

crescente com alimentos de qualidade

a preços acessíveis”, completou.

As melhores condições de finan-

ciamento estipuladas no novo Plano

Agrícola e Pecuário foram também

lembradas pela presidenta. Segundo

ela, o governo tem a estratégia de dar

as condições adequadas para que o

Brasil possa competir com qualquer

país no mundo. Por isso, 80% dos R$

107,2 bilhões destinados à agricultura

comercial estão disponíveis a juros

fixos de até 6,75% ao ano. “Temos as

armas para competir lá fora e aqui

dentro”, disse.

A presidenta finalizou falando do

papel social da agricultura. “A ativi-

dade agrícola também pode ser uma

potência social porque o alimento é

essencial para que a nossa população

tenha condições de sair da desigual-

dade e para nos orgulharmos da situ-

ação social do país”, concluiu.

Texto cedido por Ministério da Agricultura,Pecuária e Abastecimento.

Sustentabilidade

AGRICULTURA BRASILEIRA é SUSTENTÁVEL,Diz presiDente DilMa

Para a presidenta, a atividade no Brasil tem produzido alimentos com a menor reduçãode florestas no mundo

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FAzENdA

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Sr. ovídio de oliveira e seus dois filhos, Wander e Sidney, família proprietária do Sítio Santa Cecília

Sobreviver com o dinheiro da agropecuária não é tarefa fácil, conversando com diversos produtores, constatamos esse fato. Todos reclamam das taxas abusivas de impostos, da dependência de uma estabilidade climática, que vem se tornando cada vez mais imprevisível, devido aos fenômenos naturais originados pelo uso e abuso irresponsável do ser humano na natureza. Portanto, o simples fato de uma família conseguir se manter exclusivamente com a renda adquirida do campo é algo nem tão simples assim, que se tornou até mesmo especial nos dias de hoje, merecendo destaque em nossa revista. Por isso, trouxemos para os leitores a história da família Oliveira, que apesar dos apuros e apertos, não desistiu de investir em gado leiteiro e, com isso, tem conseguido se reerguer crise após crise.

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Nesses mais de cinquenta anos

dedicados ao gado leiteiro, viram

mudanças significativas acontece-

rem. Ainda lembram-se dos tempos

sem a ordenha, em que o leite era

tirado manualmente e sem os cui-

dados necessários com a higiene.

Contam que regras de higienização

vêm ganhando espaço e rigidez en-

tre os produtores, e que os cuidados

com a qualidade do produto final

se inicia com ela, antes mesmo da

mangueira ser colocada nas tetas

da vaca. Pois tornou-se necessário

lavá-las e secá-las para dar início ao

procedimento de retirada do leite.

Paralelamente a atividade lei-

teira, o cultivo do amendoim tinha

se tornado muito lucrativo para a

família, até que, com a transição dos

governos FHC para o governo Lula,

o valor da saca do fruto despencou

para menos da metade do valor que

estavam acostumados a receber.

Com isso, as dívidas dos maquiná-

rios adquiridos para o investimento

na produção se acumularam, e a

família precisou se desfazer das

máquinas e de um terreno de sua

propriedade. Mesmo após enfren-

tarem essa difícil crise, não desis-

tiram do agronegócio, se uniram

e investiram na atividade da qual

nunca abriram mão, e conseguiram

provar a eles mesmos e aos outros,

que a melhor maneira de se ganhar

uma guerra é não desistir de uma

batalha, por mais difícil que ela

possa parecer.

ovÍDio De oliveira

1155-44x4

cafeeiro

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linha de tratores de 11 cv a 75 cv.

T udo teve início quando o pai

do Sr. Ovídio de Oliveira se

instalou na região de Marília,

em 1927, de lá para cá a família se de-

dica exclusivamente à agropecuária.

Com altos e baixos, já investiram na

cultura de diversos produtos, como

melancia, amendoim e milho, sempre

paralelamente à produção de leite,

atividade que nunca abriram mão,

desde que iniciaram, há mais de

cinquenta anos.

Na propriedade trabalham Sr.

Ovídio, seus dois filhos, Sidney e

Wander e mais um funcionário.

Atualmente possuem 65 vacas na

ordenha e tiram uma média de 400 a

500 litros de leite por dia, destinados

ao laticínio Gege, de Oscar Bressane.

No entanto, consideram a quantidade

produzida insuficiente para uma boa

margem de lucro. Pretendem atingir

1000 litros em até um ano, e acreditam

que com essa produção conseguirão

tornar a renda da família satisfatória.

Para atingirem o objetivo desejado,

adquiram no último mês mais sessenta

novilhas de girolando, gado que consi-

deram o melhor para a atividade, pois

apesar de produzir menos do que o

holandês é mais resistente e mais fácil

nos cuidados, já que se alimentam

quase que exclusivamente de forra-

geiras, precisando de complementa-

ção como ração e silagem de milho

ou sorgo apenas na época da seca.

hÁ trez Gerações na aGropecuÁriaFAMíLIA OLIVEIRA,

Gente da terra

Page 16: Revista giro rura 2ª edição

O sucesso do trabalho em família.

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O Centro Oeste Paulista tem

se tornado cada vez mais

um núcleo importante para

a criação de Quarto de Milha. Diver-

sos criadores e apaixonados pela raça

encontram-se na região, um deles é

João Maciel, proprietário do haras Pa-

raíso, na cidade de Pompeia. Ele abriu

as porteiras de sua propriedade e de

sua vida revelando antigos desejos e

projetos para o futuro.

Há seis anos, João conseguiu trans-

formar em realidade um sonho de in-

fância que se fazia presente não só na

imaginação, mas que constantemente

era passado para o papel em dese-

nhos e esboços, o seu haras. “Lembro

que na escola eu fazia desenhos no

caderno de como eu faria minhas

cocheiras e os piquetes”, comenta.

Sua paixão por cavalos vem desde a

infância, graças ao interesse de seu

pai, Aristides Garcia, pelo animal.

Pai orgulhoso, sente-se privilegia-

do em ter passado aos filhos sua pai-

xão, pois para ele a criação foi um fator

importantíssimo que colaborou muito

com a transmissão de valores impres-

cindíveis para a educação, como res-

ponsabilidade, confiança e lealdade.

“Eu sempre digo aos meus amigos,

que uma coisa que eu não me arre-

pendo foi de ter direcionado a vida dos

meus filhos para o cavalo. Acredito que

tenha sido um fator preponderante na

educação deles, porque eu percebo

que o cavalo trouxe responsabilidade

para os dois”, afirma. “Cavalo não é

um brinquedo que seu filho acaba

de brincar e deixa jogado na sala ou

em qualquer lugar. Ele precisa de

cuidados, ou seja, quando acaba o

treinamento não pode simplesmente

soltá-lo no pasto, é preciso dar um

banho, verificar se há algum ferimento

ou torção, alimentá-lo para só depois

levá-lo à baia destinada, piquete ou

pasto onde ele vai ficar”, conclui.

Mesmo com pouca idade, seu filho

mais velho, Leonardo, já apresenta

estar maduro e seguro do que deseja

para sua vida. Aos 15 anos, o jovem

participa de competições, e após

chegar da escola dedica todas as suas

tardes ao haras, cuidando dos animais

e aplicando aulas de equitação.

A rotina do haras não é tarefa fá-

cil, o local conta com cerca de vinte

animais, e os cuidados com cada um

deles demanda tempo e disposição. É

preciso de uma equipe de profissio-

nais preparados para se fazer um bom

trabalho. Esta é composta por um trei-

nador, tratador, ferrador, competidores

e assistência de dois veterinários, Dr.

Fernando Costa e Dr. Lucas Comino,

que dão suporte na reprodução e

acompanhamento geral dos animais.

Os treinamentos estão a cargo do

Giro equestre

Wladimir Lesia, com a colaboração

de Leonardo Garcia.

Além disso, o retorno do inves-

timento na criação dos animais é

de pelo menos cinco anos, segundo

João. “O investimento no cavalo é

de longo prazo. Após realizar todo o

planejamento para uma gestação, o

novo animal nascerá somente após 11

meses,ou seja, já terá se passado um

ano para conferir o resultado daquele

tão desejado cruzamento. Depois do

nascimento do animal será preciso

mais ou menos dois anos e meio para

iniciar os treinamentos. Após esse pe-

ríodo ainda levará cerca de um ano e

meio para ele se tornar um craque ou

um campeão de tambor ou de outra

modalidade do quarto de milha, claro

que existem algumas exceções, mas

no geral é isso. Então desde a idealiza-

ção de um animal até fazer com que

aquilo se torne realidade em termos

de nascimento e competição, leva-se

no mínimo cinco anos.

Com os sonhos praticamente

realizados, João ainda tem algumas

metas para concretizar. Deseja possuir

uma criação de excelência, ou seja,

os melhores animais da raça. Para

atingi-la, procura comprar os animais

levando em consideração mais do que

a beleza, o pedigree. Busca mais do

que a classificação do próprio animal,

sempre aqueles com os melhores

progenitores.

Da esquerda para a direita, Leonardo Garcia, sua irmã Laura eseus pais Márcia e João Maciel

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GrNome da seçãononononono nonono nonononononononononononono nonono nononono

32 G i r o Ru r a l

o veterinário Jayme de Tole-

do Piza, atento a procedi-

mentos promissores que

auxiliem a criação e cuidados com os

animais, fez um alerta para uma nova

técnica da Universidade Federal de

Viçosa, publicada recentemente no

jornal Folha de São Paulo e que está

em estado avançado de testes, aguar-

dando apenas registro no Ministério da

Agricultura. Esta consiste em utilizar

o poder natural que alguns tipos de

fungos possuem para combater ver-

mes e é realizada adicionando uma

espécie de pó concentrado do fungo

à ração do gado.

Embora letais para os ovos e larvas

dos vermes, esses fungos são inofen-

sivos aos animais e às plantas, assim

como aos seres humanos que vierem

a consumir a carne e o leite desses

rebanhos.

Com o avanço dessa inovação,

possivelmente haverá diminuição de

gastos com vermífugos para aplicação

no rebanho. Não que o medicamento

deixará de ser utilizado, mas proje-

ções apontam que ao utilizá-lo em

combinação com o pó concentrado

do fungo na alimentação dos animais,

futuramente sua necessidade cairá

significativamente. Já que as fezes

possuirão esse antídoto natural, e em

contato com o ambiente este se espa-

lhará, exterminando ovos e larvas e di-

minuindo, assim, possíveis infestações.

veterinÁrio JayMe De toleDo piza

Controle biológico

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34 G i r o Ru r a l

A aceitação de madeira de eucalipto tratada na

construção civil está cada vez mais alta nas apli-

cações em residências de médio e alto padrão,

como também em construções de hotéis, resorts, restau-

rantes, bares, quiosques de praia, decorações de jardins,

portões e muitos outros. O aumento do interesse ocorre

pela qualidade e durabilidade desta madeira, podendo

ser encontrada serrada, benefi ciada e tratada como

pranchas, vigas, caibros, ripas e decks. Além da constru-

ção civil, a madeira tratada também tem seu espaço em

redes elétricas, na utilização de postes, e ainda, em subs-

tituição de cruzetas de madeira nativa e de concreto.

Toda a matéria-prima vem de refl orestamentos, sem

explorar as fl orestas tropicais e gerando economia para

os produtores rurais que já encontraram no eu-

calipto uma cultura altamente rentável e de

baixa manutenção, podendo ser cultivado

nos mais diversos solos e terrenos.

Hoje, é possível encontrar madei-

ra tratada de qualidade em todo do

país, o que a torna um produto com

um custo muito inferior à madeira de origem nativa

considerando a distância em que é encontrada.

Portanto, para um ótimo resultado na

execução dos mais variados projetos,

contribuir com a preservação do

meio ambiente, gerar incremento

da economia local e ainda econo-

mizar dinheiro, a melhor opção

é ultilizar madeira de

eucalipto tra-

tada. o estilo de vida dos países

industrializados, sejam

eles desenvolvidos ou em

desenvolvimento, agrediu a natureza

de diversas formas. Tanto na emissão

de gases poluentes, decorrentes do

funcionamento das indústrias, dos

motores dos automóveis, da produção

de gado em larga escala, entre outras

coisas, quanto no desmatamento de

florestas e áreas nativas para a planta-

ção de produtos rentáveis, criação de

pastos, ocupação urbana, ou seja, para

a realização de diferentes atividades.

Nos últimos anos a natureza tem apre-

sentado, de maneiras não muito agradá-

veis, as consequências do descaso do

ser humano. Com fenômenos ambientais

que devastam milhares de vidas, e vêm

aumentando de frequencia ultimamente,

tornou-se consenso mundial a necessi-

dade de mudanças em algumas práticas

como, industriais, urbanas e agrícolas.

No que diz respeito a mudanças de

postura no campo, é perceptível que o

reflorestamento vem ganhando desta-

que entre as atitudes mais praticadas.

Isso porque a exploração sustentável

de lenha, celulose e madeira é um ne-

gócio promissor, já que tem mercado

garantido.

Muitas ONGs, cooperativas e

municípios desenvolvem programas

e beneficiam agricultores e pecua-

ristas que apresentam a iniciativa do

reflorestamento. É o que acontece em

Marília e região. A prefeitura da cidade

disponibiliza mudas de eucalipto a

custo simbólico, assim como presta

gratuitamente a assistência de técnicos

para produtores que desejam iniciar

a atividade. A Coopemar também

realiza um serviço semelhante a seus

cooperados, o que torna possível a

prática não somente no município, mas

em municípios vizinhos.

Pelo que se tem visto, o refloresta-

mento está em grande crescimento na

região, o que é muito interessante, não

só para a economia local, como para a

saúde das pessoas e do planeta.

uM neGÓcio proMissor

Meio Ambiente

REFLORESTAMENTO, uMa boa alternativa aMbiental e financeira

São Paulo é o maior estado consumidor de produtos

florestais do Brasil e, além disso, provavelmente

haverá, em breve, o incentivo e investimento de

países do Hemisfério Norte, para atividades que

tenham como fins o sequestro de carbono.

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GrNome da seçãononononono nonono nonononononononononononono nonono nononono

Produção de biocombustível mais viável na atualidade é liderada pelo Brasil

N a intensa busca por soluções

de combustíveis renováveis

e que agridam o menos pos-

sível o meio ambiente, o Brasil possui

uma importância significativa, já que

é o maior produtor da cana de açúcar

e, consequentemente um dos maiores

produtores do etanol, combustível que

mais se destaca do ponto de vista am-

biental e econômico. Pois além de ser

uma fonte renovável, ainda apresenta

baixas emissões de gás carbônico em

relação aos combustíveis fósseis.

O Brasil dificilmente perderá a

liderança para algum outro país nes-

se campo, pelo menos a curto prazo.

O país tem realizado com excelên-

cia a produção em larga escala de

combustíveis renováveis, favorecido

pelas condições climáticas, extensão

territorial, relevo e reservas de água. A

produtividade é, sem dúvida, a maior

do mundo. Pois, nos Estados Unidos,

maior produtor mundial de etanol

atualmente, cada hectare da cultura

gera menos da metade de litros do

que a mesma quantidade de terra no

Brasil, onde são produzidos 6800 litros

de álcool, ante os 3200 litros norte

americanos. Esse fator pode estar re-

lacionado com o fato do etanol ameri-

cano ser produto do milho, enquanto o

nacional é extraído da cana. Outro fator

que conta a favor do Brasil é o preço

da produção, o litro custa cerca de 20

centavos de dólar, ante 47 centavos do

álcool de milho americano.

Numa época em que o mundo vem

assistindo e sofrendo as consequên-

cias das ações irresponsáveis do ser

humano sobre a natureza, os países

passaram a buscar algumas formas de

amenizar e diminuir o crescimento de-

senfreado de agentes causadores dos

problemas. Com isso quem apresenta

boas alternativas tende a conquistar

espaço mundialmente. O Brasil é sem

dúvidas um dos países que continuará

a ter destaque enquanto produtor de

combustível renovável. Só resta fazer

com responsabilidade, sem compro-

meter a produção de outros alimentos

ou promovendo o desmatamento ile-

gal, pois de nada adianta procurar so-

lucionar um problema gerando novos.

Para continuar apresentando essa

relevância, é preciso superar alguns

entraves que dificultam, e muito, o

maior crescimento e desenvolvimento

no mercado,como por exemplo o meio

de transporte pelo qual o etanol é dis-

tribuído, atualmente é realizado quase

que exclusivamente por caminhões, o

que encarece o valor final. A construção

de dutos, o investimento em ferrovias

e hidrovias, assim como portos me-

lhores equipados, se tornam medidas

necessárias para não frear ou limitar as

possibilidades do Brasil no setor.

Com a expectativa de um futuro

promissor do país no ramo do bio-

combustível, o estado de São Paulo só

tem a ganhar, já que é responsável por

pouco menos de 60% de toda a pro-

dução nacional. Mais um dos diversos

produtos importantes para a economia

do Brasil que o estado paulista lidera.

xxxxxxxxxxxxxxx

xxxxxxxxxx

Etanol

UMA GRANDERIQUEZA NACIONAL

Page 20: Revista giro rura 2ª edição

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a n Ú n c i o( 1 / 4 ) p Á G i n a

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— Outro dia pesquei uma traíra de quase um metro, diz um deles.

O segundo não desanima e re-truca:

— Ainda não faz quinze dias pes-quei um dourado de metro e meio...

Nisso, o terceiro estica o braço como se estivesse indicando uns trinta centímetros:

— Ah, mas o pacu que eu pesquei era mais ou menos assim...

— E qual é a novidade num pacu desse tamanhico,” cumpadi”? - riem os outros dois caipiras.

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Nos últimos anos, a bovinocultura de corte tem passado por profundas mudanças em nosso país, sendo necessária a aplicação de tecnologias adequadas a cada situação. Para alcançar este objetivo, novos conhecimentos estão sendo utilizados a fim de melhorar a produção. No Brasil, o sistema de produção de bovinos de corte mais utilizado é o de pastagens, devido às condições climáticas típicas de regiões tropicais, com duas estações bem definidas: uma chuvosa e outra seca. Em conseqüência disso, o produtor deve dar ao seu rebanho uma correta alimentação, visto que ela interfere diretamente nos processos produtivo e reprodutivo dos bovinos.O presente trabalho vai orientar os leitores sobre os principais procedimentos para a alimentação de bovinos de corte no período da seca, desde o conhecimento das fases de criação de bovinos de corte e os fatores determinantes da sua produção até as alternativas para a alimentação no período da seca.Os procedimentos são apresentados em fotografias, acompanhadas por textos curtos e objetivos, e inserções de atenções - que visam à produtividade e à obtenção de um produto de qualidade - e de precauções, que são recomendações para a execução das operações sem o mínimo de risco para o operador e para terceiros.

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Atualmente, os problemas ambientais globais (o efeito estufa, o aumento do buraco na camada de ozônio, a perda da biodiversidade, a ameaça de escassez de energia e da água) contribuem para que diferentes atores sociais percebam a extensão da crise ecológica na qual estamos inseridos. Seus sinais mais evidentes para o público são: o aquecimento global, as mudanças climáticas, a intensificação da extinção de espécies, o aumento da poluição do ar, do solo e das águas e a destruição das florestas. Muito da intensificação da pressão sobre o meio ambiente tem suas raízes no aumento substancial do consumo nos últimos 200 anos, e a perspectiva a curto e médio prazo é o seu crescimento contínuo, devido a que muitos países em desenvolvimento (como a China, índia, Rússia etc.) adotaram o modelo seguido pelos países mais ricos.A alternativa é uma profunda mudança em toda a sociedade: nos valores sociais, nos padrões de consumo, na adoção de tecnologias verdes, implantação da gestão ambiental em todo processo produtivo etc. Essa perspectiva envolve um papel mais ativo do marketing, de modo que contribua para as mudanças de comportamento e procure satisfazer as necessidades, em termos mais sustentáveis, levando em consideração os aspectos ecológicos.

Page 21: Revista giro rura 2ª edição

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