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ELEIÇÃO VACATATÁ - 2011 Neste ano os alunos da Turma 51 foram os responsáveis pela apresentação das candidatas à VACATATÁ – 2011. Reconhecendo o estilo dos desenhos de boitatás feitos por Franklin Cascaes e a partir da leitura dos textos abaixo, os alunos criaram uma companheira para o Boitatá do Rio Tavares. Ajude-nos a escolher a melhor pretendente votando, uma única vez, no número de sua candidata preferida.

Vacatatá

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ELEIÇÃO VACATATÁ - 2011

Neste ano os alunos da Turma 51 foram os responsáveis pela apresentação das candidatas à VACATATÁ – 2011.

Reconhecendo o estilo dos desenhos de boitatás feitos por Franklin Cascaes e a partir da leitura dos textos abaixo, os alunos criaram uma companheira para o Boitatá do Rio Tavares. Ajude-nos a escolher a melhor pretendente votando, uma única vez, no número de sua candidata preferida.

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Os boitatás de Franklin Cascaes

Alguns estudiosos de Arte consideram os desenhos de Cascaes sobre os BOITATÁS, sua obra mais bela.

O boitatá é um mito de origem indígena incorporado pelos açorianos na convivência com os caboclos que por aqui já viviam. Na língua Tupi quer dizer cobra de fogo.

Mboy = cobra

Tatá = fogo

“Mboy” passou de ‘cobra’ a ‘boi’ pela semelhança do som e, no imaginário do povo, se tornou um boi que soltava fogo, aterrorizando pessoas que não cuidassem da Natureza.

Cascaes criou sobre o mito toda uma família de boitatás, inclusive uma vacatatá para aplacar a solidão do boitatá e reproduzir a espécie. A vaca-tatá está registrada apenas em alguns esboços; Cascaes não finalizou os desenhos, mas nos presenteou literariamente com a sua criação: (veja no quadro ao lado)

“(...) Encontrando em um sonho um boitatá muito tristonho, chorando dentro de um banhadão, nas margens da Lagoa do Jacaré, no Rio Tavares, Ilha de Santa Catarina, o artista indagou: ‘o que falta para seres feliz, boitatá?’

‘Uma companheira, amigo artista!’

‘Bem, vou dar-te’

Cortei as pontas do chifre dele, as pontas das patas; algumas penas das asas; pontas das orelhas; e outros elementos naturais. Fiz um desenho de uma vaca na terra e coloquei cada elemento em seu devido lugar e sobre as asas um pouco de fogo. Para dar vida boitatarina ao desenho pronunciei as palavras ‘hidrogênio proto carbono fosforado: de cemitérios, de pântanos ou de depósitos de lixo, nasça deste desenho mirabolante e fantasmagórico uma vacatatá prenhe de pretensão reprodutora para que ajude o meu amigo boitatá a lutar brava e, supersticiosamente, pela preservação e desenvolvimento da espécie tatarina sobre toda a extensão desta Ilha de Santa Catarina: a Ilha Amor, Repouso e Encanto.’ (...)

Passados sete meses, eu fui fazer uma visita à Lagoa do Jacaré e lá fui surpreendido com uma voz boitatarina que me comunicava o seguinte:

‘Serei pai dentro de dois meses do primeiro filho que nascerá sobre o chão da mais bela Ilha da Terra, a Ilha de Santa Catarina. A minha vaquinha-tatá está esperando seu primeiro bebê. Ele nascerá na Pedra da Feiticeira da Praia Braba e será batizado na Pedra da Feiticeira do Morro das Pedras.’

‘Sim’, indaguei: ‘esperas um bebê ou uma bebea?’

‘Tenho plena certeza boitatarina que é um bebê. Se não houvesse o encontro imaginário entre nós dois, espírito amigo artista, minha espécie estava extinta nesta Ilha. O meu bebê, espírito amigo artista, receberá o nome de Bezerro-tatá ilhéu. E ainda mais, avistei-me há poucos dias com uma benzedeira cartomante, a Dinidinha Tibicosa, que, lendo um baralho, me deu notícia de que, depois do bebê, vem aí uma bebea-tatá. (...) Breve estarei sendo vovô-tatá, porque é um pialo a passagem dos dias nesta terra’. (...)”

F. Cascaes. Anotações nos esboços de Tavau, 1962; Vaca-tatá Enrea, 1962. (Adapt.)

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