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RAMALHO RAMALHO CIDADÃO CIDADÃO

Zé ramalho cidadão

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Page 1: Zé ramalho   cidadão

ZÉ RAMALHOZÉ RAMALHO

CIDADÃOCIDADÃO

MÚSICA MUITO VERDADEIRAMÚSICA MUITO VERDADEIRA

Page 2: Zé ramalho   cidadão

Tá vendo aquele edifício moçoTá vendo aquele edifício moçoAjudei a levantarAjudei a levantarFoi um tempo de afliçãoFoi um tempo de afliçãoEram quatro conduçãoEram quatro conduçãoDuas prá ir, duas prá voltarDuas prá ir, duas prá voltar

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Hoje depois dele prontoHoje depois dele prontoOlho prá cima e fico tontoOlho prá cima e fico tontoMas me vem um cidadãoMas me vem um cidadãoE me diz desconfiadoE me diz desconfiado"Tu tá aí admirado?"Tu tá aí admirado?Ou tá querendo roubar?"Ou tá querendo roubar?"

Page 4: Zé ramalho   cidadão

Meu domingo tá perdidoMeu domingo tá perdidoVou prá casa entristecidoVou prá casa entristecidoDá vontade de beberDá vontade de beberE prá aumentar meu tédioE prá aumentar meu tédioEu nem posso olhar pro prédioEu nem posso olhar pro prédioQue eu ajudei a fazer...Que eu ajudei a fazer...

Page 5: Zé ramalho   cidadão

Tá vendo aquele colégio moçoTá vendo aquele colégio moçoEu também trabalhei láEu também trabalhei láLá eu quase me arrebentoLá eu quase me arrebentoFiz a massa, pus cimentoFiz a massa, pus cimentoAjudei a rebocarAjudei a rebocar

Page 6: Zé ramalho   cidadão

Minha filha inocenteMinha filha inocenteVem prá mim toda contenteVem prá mim toda contente"Pai vou me matricular""Pai vou me matricular"Mas me diz um cidadão:Mas me diz um cidadão:"Criança de pé no chão"Criança de pé no chãoAqui não pode estudar"Aqui não pode estudar"

Page 7: Zé ramalho   cidadão

Essa dor doeu mais forteEssa dor doeu mais fortePor que é que eu deixei o nortePor que é que eu deixei o norteEu me pus a me dizerEu me pus a me dizerLá a seca castigavaLá a seca castigavaMas o pouco que eu plantavaMas o pouco que eu plantavaTinha direito a comer...Tinha direito a comer...

Page 8: Zé ramalho   cidadão

Tá vendo aquela igreja moçoTá vendo aquela igreja moçoOnde o padre diz amémOnde o padre diz amémPus o sino e o badaloPus o sino e o badaloEnchi minha mão de caloEnchi minha mão de caloLá eu trabalhei tambémLá eu trabalhei tambémLá foi que valeu a penaLá foi que valeu a penaTem quermesse, tem novenaTem quermesse, tem novenaE o padre me deixa entrarE o padre me deixa entrar

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Foi lá que Cristo me disse:Foi lá que Cristo me disse:"Rapaz deixe de tolice"Rapaz deixe de toliceNão se deixe amedrontarNão se deixe amedrontarFui eu quem criou a terraFui eu quem criou a terraEnchi o rio, fiz a serraEnchi o rio, fiz a serraNão deixei nada faltarNão deixei nada faltarHoje o homem criou asaHoje o homem criou asaE na maioria das casasE na maioria das casasEu também não posso entrarEu também não posso entrar

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Fui eu quem criou a terraFui eu quem criou a terraEnchi o rio, fiz a serraEnchi o rio, fiz a serraNão deixei nada faltarNão deixei nada faltarHoje o homem criou asasHoje o homem criou asasE na maioria das casasE na maioria das casasEu também não posso entrar"Eu também não posso entrar"

Hié! Hié! Hié! Hié!Hié! Hié! Hié! Hié!Hié! Oh! Oh! Oh!Hié! Oh! Oh! Oh!

Formatado por Beto Parpaioli NardonFormatado por Beto Parpaioli Nardon [email protected]@gmail.com Mogi Guaçú - SPMogi Guaçú - SP