Raccord e elipse

Preview:

DESCRIPTION

Material do Curso de Realização e Edição de Video

Citation preview

Raccord e elipse

Hugo Valter Moutinho

Raccord e elipse

A continuidade da narrativa pode ser

assegurada, entre outros aspectos, por

ligações credíveis nas passagens de uns

planos para os outros

Raccord

Tipos de raccord

1. movimento ou acção

2. de elementos fixos

3. técnicos

Raccord

1. Movimento ou acção

Ex:

se uma personagem entra pela esquerda e sai pela direita no plano 1,

deve entrar pela esquerda no plano 2,

se não quisermos que o espectador julgue que ele vai voltar para trás...

Raccord

1. Movimento ou acção

Ex:

se no plano 1 a personagem leva um copo à

boca, no plano 2 ela deve continuar a beber...

se no plano 1 a personagem A olha para a

personagem B, da esquerda para a direita, no

plano 2 B olha para A, da direita para a esquerda

Raccord

1. Movimento ou acção

pode então ser construído relativamente

ao ângulo de visão ou à escala,

à direcção, ao gesto, ao olhar,

ao campo/contra-campo (regra dos 180º),

Regra dos 180 graus

A regra dos cento e oitenta graus é a que permite evitar planos cruzados. Para uma dada sequência, devemos traçar um eixo imaginário que atravesse a acção e colocar a câmara sempre do mesmo lado dessa linha. Respeitando a regra dos 180 graus as personagens estão sempre do mesmo lado do ecrã. Nos jogos de futebol, quando isso não acontece, aparece a observação “ângulo inverso”.

Regra dos 180 graus

Quando uma das câmeras ultrapassa o eixo dos 180 graus, dizemos que ela “saltou o eixo”

Regra dos 180 graus

Dois planos que tenham entre si um ângulo menor ou igual a 30 graus e que estejam a capturar o mesmo objecto em planos parecidos não podem ser montados, pois a montagem fica estranha (dá um salto), dando a sensação de que a câmara foi desligada e que a voltaram a ligar enquanto estavam a gravar.

Regra dos 30 graus

Raccord

2. de elementos fixos

Cuidado com os “toques” que se dão aos adereços entre o registo do plano 1 e do plano 2.

Ex.: cinzeiros, candeeiros, cadeiras, outros objectos do cenário...

ou relógios que trocam de braço, fitas de cabelo, mudanças de roupa sem justificação de mudança no tempo...

Raccord

3. Raccords técnicos

Mudanças na luz,

nas condições da captação de som,

utilização de câmaras que dêem

imagens muito diferentes, etc.

A elipse

forma de “fabricar” a condensação do tempo

resumir uma acção, suprimindo uma quantidade de elementos narrativos e/ou descritivos

é indispensável que, apesar dessa supressão se transmitam dados suficientes para fazer supor que aqueles elementos existem

A elipse

Ex.:

O nosso protagonista entra na cama e

apaga a luz (plano 1)

O nosso protagonista está a tomar o

pequeno almoço (plano 2)

Resultado: espectador admite que

tivessem passado algumas horas

A elipse

A ELIPSE PODE SERVIR PARA

TORNAR A NARRATIVA MENOS

PESADA