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REFLEXÃO FINAL

LÍNGUA PORTUGUESA E TIC

REFLEXÃO FLINAL

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ESCOLA SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DE SETÚBAL

LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO BÁSICA 3º ANO TURMA A

UC: LÍNGUA PORTUGUESA E TIC

DOCENTES: HELENA CAMACHO E ROSÁRIO RODRIGUES

DISCENTE: ILDA MARIA FERNANDES BATISTA PEREIRA

ANO LECTIVO 2009/ 2010

“Mudam-se os tempos”… e as sociedades também mudam.

Felizmente, para nós, portugueses, também a nossa sociedade acompanhou, desde há

umas décadas para cá, os tempos de mudança, no que respeita à evolução verificada a

nível sócio/educativo. Contrariamente aos meus tempos de criança estudante, a nossa

sociedade tornou-se, actualmente, numa sociedade do conhecimento e da aprendizagem,

constituída, essencialmente, num processo que conduz à melhoria da qualidade da

educação básica, assente numa lógica de criação de uma cultura de iniciativa, de

responsabilidade e de cidadania activa.

A par de outros recursos, as tecnologias de informação e comunicação (TIC) ocupam, na

sociedade actual, um papel importante no desenvolvimento e sustentação da qualidade de

vida das pessoas. Neste contexto, surge, assim, uma emergência de conhecimento

científico – tecnológico que se tem generalizado ao longo dos tempos e, desta forma,

cresce o apelo a que se criem novas possibilidades de integração (diria obrigatória) das

TIC em contextos educativos – onde se devem alicerçar os primeiros contactos/

aprendizagens no mundo da informática –, proporcionando, igualmente, novas formas de

ensinar e de aprender nas várias áreas curriculares.

Foi baseada no quadro acima descrito que eu criei as minhas expectativas – e também

algumas dúvidas – em relação aos contributos que a Unidade Curricular, Língua

Portuguesa e TIC, iria ter na minha formação pessoal, académica e profissional.

Sempre gostei do estudo da Língua Portuguesa e interessei-me por toda a matéria de

índole linguística que me proporcione consolidar, alargar e aprofundar os meus

conhecimentos de literacia e de competências comunicativas oral e escrita. Pela

Informática, tenho mantido uma relação de “aproximação por necessidade”, não deixando,

por isso, de me preocupar em actualizar – me sempre que me surge a oportunidade. Na

minha vida pessoal e profissional, lido frequentemente com estas matérias, mas posso

dizer que com diferentes “afinidades” Criar uma estreita relação entre elas, em função de

uma prática pedagógica presente – enquanto aprendente –, e futura – enquanto

profissional da educação –, para mim, apresentou-se como um novo desafio. E várias

foram as questões que se me levantaram:

Que tipo de conteúdos científico – pedagógicos eu iria encontrar nesta UC com duas

vertentes, por um lado tão distintas, e por outro lado tão convergentes? Que tipo de

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correlação eu iria aprender em termos práticos/ teóricos visando um propósito educativo?

Que novas visões me iriam ser oferecidas em relação ao estudo da Língua Portuguesa?

Quais as competências tecnológicas que eu iria adquirir?

Como futuras profissionais da educação, penso que a forma algo persistente com que se

tem debatido as questões relacionadas com a televisão enquanto instrumento pedagógico

a vários níveis, nomeadamente, a literacia televisiva e o ensino – aprendizagem da Língua

Portuguesa, têm sido bastante importantes para nos capacitarem para uma melhor

compreensão/ interpretação na construção das suas significações. É evidente a

importância desta tomada de consciência na descodificação da televisão, pois só assim

poderemos agir crítica e conscientemente e tornarmo-nos mais selectivas nas produções

que pensarmos, futuramente, oferecer às nossas crianças como “material” educativo. Tal

como li nos textos da docente Fernanda Botelho, a televisão pode tornar – se um recurso,

potencialmente, de valor, mas, para que isso aconteça, cabe ao educador/ professor

desempenhar o papel de mediador entre as mensagens e as crianças, apoiando-as na sua

interpretação e reflexão; sendo essencial que faça, igualmente, uso das potencialidades

das novas tecnologias de forma a maximizar o estudo e a prática da Língua.

Após a leitura/ reflexão individual e colectiva dos vários textos/ projecções que foram

analisados em sala de aula, penso que foi bastante elucidativo o papel que as novas

tecnologias desempenham, actualmente, na sociedade, em geral, e no contexto educativo,

em particular. Todas ficámos, decerto, mais conscientes da dimensão deste “fenómeno

social”, de como todos, inevitavelmente orbitamos em seu redor, e como devemos lidar

com este desafio de forma responsável e construtiva.

Em criança – quando as tecnologias ainda eram primárias e pouco acessíveis – recordo-

me de ter raras oportunidades de contactar com a máquina de escrever. Mas era algo que

me fascinava, teclar e ver aparecer escrito no papel as letras uma a uma, numa construção

“mágica” de palavras, como uma sinfonia letrada. Adorava a experiência!

Os tempos realmente mudaram … e as sociedades também.

Actualmente, esta disponibilidade tecnológica, felizmente, banalizou-se... apesar de

continuar a existir grupos com diferentes oportunidades de acesso e utilização, o que

constitui um sinónimo de desigualdade social, por vezes, até de exclusão.

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Fui responsável pelo jornal da Instituição para onde trabalho, há uns anos. A sua edição

era realizada numa sala com vários recursos informáticos, onde eu dinamizava actividades

jornalísticas com as crianças – nível de 1º Ciclo do Ensino Básico – e lembro-me de vê-las

desinibida e entusiasticamente a pesquisar na Net, a redigirem textos no computador, a

discutirem a organização do espaço (página do jornal) … enfim, um envolvimento pleno! É

neste sentido que o profissional da educação deve apostar, contamos com uma vantagem

acrescida: as crianças estão intrinsecamente motivadas para trabalhar com tecnologias;

não podemos pretender que vivam isolados deste “novo mundo”, temos o dever e a

obrigação de os preparar para o enfrentar de forma crítica e responsável.

Das aprendizagens que realizei nas aulas de TIC, gostei de todas as novas ferramentas

que nos foram dadas a conhecer pela Professora Rosário: o JClic, o PhotoStory e outras

mas gostei, particularmente, de aprender a criar um Blog, apesar de ter representado para

mim um processo algo difícil, e em certos momentos até desesperante – mas compensador

–, uma vez que foi tudo descoberto a partir do patamar zero. Penso que esta é uma

estratégia pedagógica muito interessante para motivar um grupo de crianças a um trabalho

colectivo e partilhado. A sua criação e dinamização representa um excelente recurso que

permite muitas explorações pedagógicas, diferentes das “tradicionais,” conducentes ao

desenvolvimento de múltiplas competências, quer ao nível do domínio das TIC, quer ao

nível do domínio de outras áreas curriculares, nomeadamente, a Língua Portuguesa.

O JClic apresenta-se como sendo um fabuloso instrumento pedagógico pelas suas

potencialidades que são muito diversificadas. O conjunto de aplicações informáticas que o

integram podem constituir um excelente recurso nas práticas educativas das várias áreas

curriculares, seja com crianças do Pré ou com crianças em idade escolar; a adequabilidade

do seu uso ficará à responsabilidade do professor/educador.

Quanto ao PhotoStory, se o aplicarmos ao estudo da Língua Portuguesa, poderemos

considerar esta ferramenta como um excelente artefacto para criar histórias com recurso a

imagens retiradas da Internet e como apoio à leitura de obras literárias infantis com a

digitalização das suas imagens e a posterior projecção.

No conjunto, considero estas umas excelentes estratégias que certamente irão encantar as

nossas crianças no acto educativo, e o que realmente queremos é re-encantar a educação!

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Penso que seriam necessárias mais algumas horas de aulas de TIC para que as alunas

se sentissem mais aptas a dominar estas “novas” ferramentas digitais, principalmente

aquelas que as contactam pela primeira vez – caso do Blog. As suas potencialidades

são inúmeras e tenho a certeza que muitas delas ficaram por conhecer, o que é

atribuível à falta de tempo. É lamentável que esta sensação de “contra – relógio” esteja

subjacente a várias UCs deste Curso, onde não se consegue atribuir culpas nem

apontar culpados, mas, unicamente, encontrar lesados.

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