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O economista chefe da Confederação Nacional do Comércio (CNC) fez palestra na Fecomercio PE em 04/09/2014 sobre o cenário macroeconômico brasileiro.
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Carlos Thadeu de Freitas Gomes
Recife, 4 de setembro de 2014
Conjuntura econômica atual e
seus reflexos no desempenho do
varejo: análise e perspectivas
Cenário externo:
• EUA:
– Crescimento mais sustentado, com recuperação do mercado de trabalho.
– Perspectiva de normalização da política monetária mais rápido que o esperado.
• Europa:
– Heterogeneidade da recuperação entre os países da Europa e do Euro.
– Dilema da Zona do Euro: risco ainda substancial de deflação e atividade ainda fraca vs. moeda mais forte.
– Japanização da dívida europeia: redução dos prêmios de risco sem os ajustes necessários .
– Moderação da atividade econômica na região aumenta a probabilidade de uma nova rodada de alívio
monetário a ser adotada pelo Banco Central Europeu.
– Essa recente frustração com o desempenho da economia europeia, em grande medida, está refletindo as
tensões que ainda persistem na Ucrânia, que impactam a confiança e as exportações.
– Ao mesmo tempo, a retomada do mercado de trabalho segue bastante lenta, limitando a expansão da
demanda doméstica.
• China:
– Desaceleração e incertezas relacionadas à transição do modelo de crescimento econômico.
– Os índices PMIs da indústria de transformação mostraram queda na passagem de julho para agosto,
sugerindo alguma moderação da atividade econômica no período, após expressiva recuperação no
segundo trimestre.
– De modo geral, esses resultados sugerem que a recuperação da economia chinesa segue frágil e reflete a
desaceleração do setor imobiliário, ainda bastante dependente de estímulos.
EUA: Economia se recupera e o ajuste monetário se aproxima
Jul/14 6,2
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2,0
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Taxa de Desemprego (%)
Taxa de desemprego -EUA (%)Média histórica (5,8%)
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-14
PIB EUA x PIB potencial
PIB a preços de 2009 - Com ajustesazonal
PIB potencial a preços de 2009
8,0%
4,7%
Fonte: Fred – Federal Reserve St. Louis.
Índice Dollar spot Bloomberg O índice Dollar spot Bloomberg monitora o desempenho de uma cesta das dez principais
moedas mundiais em relação ao dólar americano.
Fonte: Bloomberg
900
920
940
960
980
1000
1020
1040
1060
julho-10 julho-11 julho-12 julho-13 julho-14
BRL – USD
Fonte: Bloomberg
1,5
1,6
1,7
1,8
1,9
2
2,1
2,2
2,3
2,4
2,5
Retorno à vista das moedas
% acumulado no ano
Fonte: Bloomberg
O Real é a moeda com maior variação dentre os
emergentes.
-22,13
-10,46
-1,51
-3,96
0,03
-1,63
0,49
0,55
0,5
0,95
1,18
6,44
-25 -20 -15 -10 -5 0 5 10
Peso argentino
Peso chileno
Renminbi chinês
Euro
Rand sul-africano
Novo Soles(Peru)
Peso mexicano
Lira turca
Iene
Libra esterlina
Peso colombiano
Real
Retorno dos juros
% acumulado no ano
Fonte: Bloomberg
Gráfico referente a uma aplicação teórica de
janeiro a agosto de 2014. A taxa de juros
brasileira é a que tem o maior retorno
0,04
0,15
0,34
1,26
1,94
2,28
2,67
2,72
3,7
5,81
6,97
7,22
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Iene
Euro
Libra esterlina
Renminbi chinês
Peso mexicano
Peso colombiano
Peso chileno
Novo Soles(Peru)
Rand sul-africano
Rublo russo
Lira turca
Real
Cenário interno
• Crescimento
– Mesmo após o retorno às condições normais no pós-Copa, a atividade econômica ainda
não mostrou sinais convincentes de recuperação.
– A recessão por que passa a economia brasileira - confirmada pela divulgação do segundo
trimestre consecutivo de queda no Produto Interno Bruto (PIB) – deverá ter reflexos sobre
a atividade além de 2014.
– A queda do PIB foi muito influenciada pelo investimento, pois a formação bruta de capital
fixo caiu expressivos 5,3% no 2ºT, a quarta queda seguida, segundo dados divulgados
pelo IBGE.
• Câmbio – No curto prazo, o Banco Central deverá continuar a ajustar a rolagem dos swaps cambiais
de forma a evitar movimentos bruscos no mercado de câmbio.
– O aumento das taxa de juros nos EUA e a situação do balanço de pagamentos do país
devem pressionar por maior depreciação cambial até o final do ano.
• Inflação – Produtos agrícolas tem contribuído para desacelerar o ritmo de alta dos preços.
– Queda recente nos alimentos traz alívio temporário.
• Mercado de trabalho
– Continua a apresentar contrastes entre seus diferentes termômetros. O CAGED teve o pior resultado para o mês julho desde 1999, com crescimento de cerca de 11,8 mil empregos formais.
– No entanto, os resultados da PME, restritos a quatro regiões metropolitanas devido à greve do IBGE, mostram a menor taxa de desemprego de julho da série histórica: 4,5%, a mesma de junho.
• Contas públicas
– O superávit primário segue em queda. O resultado convencional acumulado em doze meses recuou de 1,4% do PIB em junho para 1,2% em julho.
– A dívida líquida do setor público subiu de 34,9% do PIB em junho para 35,1% em julho. No acumulado no ano, a dívida líquida subiu 1,5 ponto percentual do PIB.
Cenário interno
-4,0
-3,5
-3,0
-2,5
-2,0
-1,5
-1,0
-0,5
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Transações Correntes/ PIB em 12 meses (%)
Fonte: Banco Central do Brasil
Desequilíbrios macro: déficit em conta corrente
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Resultado Primário e Nominal – Setor público consolidado
Déficit Nominal do Setor público consolidado acumulado em 12 meses/ PIB - %
Resultado primário do setor público consolidado acumulado em 12 meses/ PIB - %
Fonte: Banco Central do Brasil.
Desequilíbrios macro: Necessidade de financiamento público
0,0%
5,0%
10,0%
15,0%
20,0%
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Inflação: Livres x Monitorados
IPCA
IPCA - Preços monitorados
IPCA - Itens livres
Fonte: Banco Central do Brasil
Desequilíbrios macro: Inflação persistente e represada
Índices de Confiança do Consumidor
100
105
110
115
120
125
130
135
140
145
FGV CNI CNC
Fonte: Bloomberg
-2,0
-1,0
0,0
1,0
2,0
3,0
4,0
5,0
6,0
7,0
8,0
9,0PIB Total, Serviços e Consumo das Famílias
SERVIÇOS
PIB total
Consumo das Famílias
Fonte: IBGE
Consumo desacelera para o menor nível desde 2003
-10,0%
-8,0%
-6,0%
-4,0%
-2,0%
0,0%
2,0%
4,0%
6,0%
8,0%
10,0%
fev/
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4
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5
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6
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Massa de rendimentos
Massa de rendimentos ajustada (86%) Massa de rendimentos Total
Fonte: IBGE
Condicionantes da demanda interna: massa de renda
real (emprego, salários e preços)
0,0%
5,0%
10,0%
15,0%
20,0%
25,0%
30,0%
35,0%
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Recursos livres - Pessoas físicas - Var.% anual
Recursos direcionados - Pessoas físicas - Var.% anual
Fonte: Banco Central do Brasil
Condicionantes da demanda interna: crédito às famílias
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34
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Taxa média de juros das operações de crédito com recursos livres - Pessoas físicas - Total - %
a.a.
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Prazo médio das concessões de crédito com recursos livres - Pessoas físicas -
Total - Meses
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Endividamento
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ago/…
mar/…
ou
t/1
3
Comprometimento de renda
Fonte: Banco Central do Brasil
Endividamento e condições de crédito
11,1
3,1
6,4
13,6
9,9
6,8
12,2
6,6 8
3,6
0,5
-3,7
9,2
4,8 6,2
9,7 9,1
5,9
10,9
6,7
8,4
4,3 4,0
8,1 7,5
2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014*
Varejo x Indústria
PMC ampliada PMC restrita Média 2004-13 Média 2004-13
Fonte: IBGE e DE/ CNC.
Desaceleração do varejo
Perspectivas para 2014 e 2015
• Economia quase estagnada.
– Taxas de juros altas.
– Vendas fracas.
– Inflação ainda elevada.
– Dólar em ascensão.
• Consequências:
• Não acumular estoques desnecessários dado que para carregá-los
custa muito caro, além do custo de oportunidade de tirar proveito dos
juros altos no mercado de capitais.
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