Estilos

  • View
    3.674

  • Download
    0

  • Category

    Design

Preview:

DESCRIPTION

Diferentes estilos de acordo com o contexto histórico e alguns estilos característicos de diferentes regiões.

Citation preview

ESTILOS

Disciplina: Mobiliário Profa. Andresa

Estilos

Segundo dicionário: “conjunto de tendências, gostos,

modos de comportamento característicos de um

indivíduo ou grupo” – houaiss.uol.com.br

Segundo o livro Projetando Espaços, da Miriam

Gurgel: “manifestação visual de uma sociedade

que vive ou viveu em determinado momento

histórico.”

A importância da análise histórica

Um designer de interiores deve possuir um

conhecimento razoavelmente sólido de sua área e

ser capaz de reconhecer as figuras mais relevantes

que contribuíram para sua evolução e os principais

estilos.

Século XVII

O classicismo do Renascimento evoluiu para o estilo

barroco, caracterizado pela teatralidade e

exuberância dos ornamentos.

A Itália difundiu o estilo por toda a Europa. Quando

começou a se manifestar na França e na Inglaterra,

eram poucos os arquitetos que definiam os interiores

das edificações.

Durante este século, os mecenas foram fundamentais

para o desenvolvimento da arquitetura e do design de

interiores, principalmente na França.

Do Renascimento ao Barroco

Projetado por Gian Lorenzo Bernini entre

1624 e1633, o enorme baldaquino da

basílica de São Pedro, em Roma, confere um

forte caráter barroco ao espaço.

Estilo Barroco

Interior do palácio Charlottenburg, em Munique, projetado pelo arquiteto holândes

Arnold Nering, entre 1695 e 1699. Magnífico exemplo da riqueza e dramaticidade do

estilo barroco, que era especialmente adequado aos edifícios públicos, como igrejas e

palácios.

Estilo Barroco

Decorado por Charles Le Brun, o espetacular Salão dos Espelhos do Palácio de

Versalhes, tornou-se um dos exemplos mais significativos da arquitetura palaciana

da Europa.

Estilo Barrroco

Os pisos e tetos foram criados como partes

integrantes do projeto de Inigo Jones para a

Queen’s House em Greenwich, Inglaterra.

Características:

Adornos e decoração rebuscada;

Uso de ouro e pinturas com cores vermelhas e azuis;

Pinturas nas paredes ou tetos dando profundidade;

Lustres de cristal;

Mármores;

Entalhamentos na madeira;

Desenhos no piso;

Contraste do claro com escuro.

Uso atual

Estilo Barroco no Brasil

Catedral de São Francisco, Salvador. No

Brasil, tínhamos fachadas mais simples e o

interior rebuscado como forma de atrair fiéis

para dentro das igrejas.

Estilo Barroco no Brasil

Surge em meados do século XVIII.

No Brasil nos remete as casas de fazenda, à parte

rústica de nossa cultura;

Móveis em madeira maciça, de visual pesado

porém gracioso;

Piso em pedra, lajota ou madeira;

Rústico, agradável, simples, com telhas coloniais,

vigas aparentes e pilares robustos.

Barroco no Brasil

Século XVIII

Surge o rebuscado e exuberante estilo rococó em Paris, a partir da necessidade de maior informalidade.

Ainda era dependente do talento dos artesãos para a execução de seus interiores.

Estilo muito bem recebido pela aristocracia européia e pelas casas reais estrangeiras; a realeza recorria aos arquitetos franceses para a construção e decoração de seus edifícios emblemáticos.

Do Barroco ao Rococó

Os ornamentos em gesso e dourados no

salão central do palácio Stupinigi (1729-

33), nas imediações de Turim, combina

elementos dos estilos barroco e rococó.

Rococó

A sacristia de La Cartuja, em

Granada, é um grandioso exemplo

dos interiores ornamentados em

profusão, que predominaram na

Espanha do século XVIII.

Rococó

As formas sinuosas dos apliques em gesso

e os cupidos decorativos presentes no

salão oval do Hotel de Soubise, em Paris,

são elementos típicos do estilo rococó

francês.

Rococó

A magnífica escada e os espaços que a

circundam, do Palácio de Würzburg, na

Alemanha, foram desenhados por Neumann

em 1735 e constituem excelentes exemplos

da rica decoração com apliques de gesso e

esculturas, típica do estilo rococó alemão.

Características do Rococó

Cores claras em tons pastéis;

Texturas suaves com inspiração na natureza e nas

curvas;

Linhas leves e elegantes;

Utilização do bronze, do mármore e de madeiras

variadas;

Técnica de marquetaria.

Uso atual

Século XVIII

Outro grande movimento foi o ressurgimento do

estilo paladiano neoclássico, que floresceu na

Inglaterra.

Estilo Neoclássico

O salão branco de Houghton Hall, na Inglaterra (1726-30), é um magnífico exemplo das belas

proporções que caracterizam o trabalho de William Kent. A decoração está em harmonia com o

projeto arquitetônico e inclui um conjunto de móveis desenhados especialmente para o salão.

Século XVIII

No ápice do prestígio de Napoleão Bonaparte,

grande admirador da arte da Roma Imperial, ele

convidou os arquitetos Charles Percier e Pierre-

François-Léonard Fontaine para trabalharem nos

palácios reais, desenvolvendo o original estilo

império.

Estilo Império

O interior da Malmaison, em Paris,

projetada pelos arquitetos Percier e

Fontaine para o imperador Napoleão

e sua esposa Josefina.

Características do Neoclássico e Império

Racional e de elegância contida;

uso de formas geométricas simples;

superfícies planas e lineares;

ornamentos com motivos gregos e romanos.

Uso atual

Século XIX

Ao longo deste século, a disputa entre diferentes

estilos fez com que a arquitetura e o design de

interiores se tornassem cada vez mais excessivos na

Europa e Estados Unidos.

Como reação aos interiores exagerados, surgiram

importantes movimentos mais simples e limpos.

Rumo à industrialização

A ornamentação dos interiores da mansão

Morse-Libby em Portland, Maine incorporou

as mais avançadas tecnologias da época,

como iluminação a gás e aquecimento

central.

Arts and Crafts

Arts and crafts na Inglaterra que valorizava o

design honesto, o uso de materiais de qualidade, o

trabalho dos artesãos e os ofícios tradicionais, e a

beleza do entorno.

Móveis geralmente em madeira, com linhas simples

e proporcional, com pés retos e pouco entalhe;

Uso da lareira nas salas de estar, pedras e tijolos

combinando com a arquitetura dos chalés.

Arts and Crafts

William Morris foi um dos influentes representantes do movimento Arts and Crafts,

defendendo a alta qualidade, a manufatura moveleira e os tecidos tingidos de forma

natural. Este pequeno dormitório da casa Kelmscott, é um exemplo típico do seu estilo.

Arts and Crafts

No design de interiores de sua casa em Taliesin, Wisconsin, Frank Lloyd Wright introduziu

dramaticidade através da elevação dos pés-direitos e do uso intenso de materiais em estado

bruto.

Arts and Crafts

Uso atual

Século XIX

Art Nouveau, com assimetria e formas curvilíneas.

Utilização de ferro e vidro;

Teve uma primeira corrente mais orgânica e uma

segunda mais geométrica.

Art Nouveau

O uso constante de formas curvas e ornatos na

decoração do vestíbulo da casa Calvet, em

Barcelona, Espanha, é característico do estilo

inconfundível da arquitetura e do design de

Antoni Gaudí.

Art Nouveau

Interior Casa Batló de Antoni Gaudí

Art Nouveau

A sala de jantar privativa do Colony

Club em Nova York, projetada por

Elsie de Wolfe, tal como aparece em

seu livro The House in Good Taste, de

1913.

Século XX

Projetado por Adolf Loos em 1908, o

American Bar, em Viena, constitui um

exemplo indiscutível do design de

interiores do ínicio do modernismo.

Uso atual

Século XX

O Art Déco foi um estilo extravagante, nascido na

França.

Muitas linhas retas, formas geométricas;

Gosto pelo exótico e étnico;

Uso de materiais nobres.

Art Déco

Roquebrune, na França, foi o lar de Eileen Gray, a influente designer de interiores e

móveis art déco.

Art Déco

Uso atual

Século XX

O Art Déco foi substituído pelo movimento moderno, surgido na

Bauhaus, a influente escola de design alemã que defendia o

funcionalismo.

Surgindo assim o estilo moderno e minimalista, onde “menos é mais”;

Celebração do espaço vazio e a arte de viver com o mínimo;

Cores básicas, sem muitas variações: branco, preto, cinza e marrom;

Poucas e boas peças de design;

Iluminação natural e sem diferenças de texturas;

Predominam linhas retas e formas geométricas;

Materiais tecnológicos (aço, vidro, plástico, fibra de vidro, etc.);

Os adornos ficam por conta das obras de arte assinadas.

Estilo minimalista

A casa Tugendhat em Brno, na República Tcheca, foi projetada por Mies Van

der Rohe, um dos arquitetos mais proeminentes

Estilo minimalista

Uso atual

Século XX

A profissão de decorador foi uma inovação do

século XX e a decoração residencial converteu-se

em um hobby cada vez mais popular.

Após a Segunda Guerra Mundial, os arquitetos e

designers se viram sem atividades. Decoradores

ingleses difundiram um estilo sóbrio e elegante em

casas de campo, que passou a ser chamado de

rústico e tornou-se popular nos Estados Unidos.

Estilo Rústico

Cores claras, principalmente o branco com tons pastéis;

Objetos antigos ou envelhecidos;

Móveis com pátina ou desgastados e de fibras naturais;

Tecidos naturais, listrados, xadrezes e florais;

Cimento liso e tapetes de fibras;

Cortinas levemente transparentes;

Ornamentos e louças simples, com valor histórico.

Estilo Rústico

Os projetos de interiores de Ann

Grafton, leves e suaves, combinam

as melhores características do estilo

da Nova Inglaterra e do rústico

inglês contemporâneo.

Estilo Rústico

Estilo Rústico

Uso atual

Século XX

Também tivemos o modernismo dos anos 50, 60 e 70.

Mobiliários moldados em plástico, peças infláveis, pés de palito,

madeira pau-marfim, estofados com almofadas soltas;

Cores em tonalidades vivas acompanhadas de preto ou cinza;

Patchwork;

Experiência lúdica, estilo alegre, irreverente, criativo, gráfico e

com bordas arredondadas;

Uso de papéis de parede coloridos e com formas geométricas;

Cobogós e ladrilhos hidráulicos nas construções;

Pisos em tacos de madeira, cimento queimado ou cerâmicas

quebradas.

Estilo moderno

Estilo moderno

Estilo moderno

Uso atual – estilo retrô ou vintage

Uso atual – estilo retrô ou vintage

Uso atual – estilo retrô ou vintage

Outros estilos

Provençal ou French Country – cores ensolaradas

com amarelos e azuis, rosas e vermelhos.

Nas paredes tons bem fracos “off-white”.

Pisos de lajotas ou madeiras;

e móveis em madeiras ou com pátina branca.

Estilo Provençal

Estilo Provençal

Outros estilos

Toscano – das residências da região central da

Itália.

Usa paredes internas em tons rosas, ocre ou creme

desbotado.

Pisos em terracota, tijolos, cerâmica ou “pietra

serena” (pedra local).

Móveis elegantes, grandes e formais em madeira

ou cobertos por tinta.

Estilo Toscano

Estilo Toscano

Outros estilos

Santa Fé – ligado ao calor e à poeira da região

dos Estados Unidos, próxima ao México.

Paredes espessas, recobertas internamente por

pedras ou “caiadas”, em tons de terra ou branco

para amenizar o calor.

Pisos em terracota, tijolos ou pedra, recebem

móveis em madeiras escuras ou claras.

Os acessórios são de influência dos índios nativos

norte-americanos e dos mexicanos.

Estilo Santa Fé

Outros estilos

Étnico-eclético – mistura elementos culturais de

outros países a peças funcionais.

Os tapetes, na maioria dos casos, são peças

originais e artesanais provenientes do México,

Índia, Oriente, África, etc.

As paredes podem receber máscaras, pratos, ou

qualquer outro tipo de coleção, como cestos.

Entre os móveis utilizados, peças de bambu, palha

ou qualquer outro material natural.

Étnico eclético

Étnico eclético

Século XXI

A prática do design de interiores mudou radicalmente nos últimos cinquenta anos, o que era campo de amadores talentosos e criativos, constituiu uma profissão reconhecida que requer conhecimento técnico aliado ao talento criativo.

Na era da globalização, temos uma flexibilidade muito grande no design de interiores, mesmo que os materiais construtivos não sejam os mesmos, conseguimos aplicar os critérios fundamentais de qualquer estilo em qualquer parte do mundo.

Século XXI

Também nunca tivemos tantos modismos na

decoração de interiores. Muitos designers de moda

que voltaram para o design de interiores.

Segundo James Law, arquiteto britânico, ele

acredita que o “futuro do design de interiores e da

arquitetura será totalmente flexível, mutável, de

acordo com as necessidades do momento”.

Estilo Contemporâneo

Clean e simples, com mobiliário largo, baixa (muitas vezes rente ao chão) e superfícies

completamente lisas. A marcenaria ampla e embutida.

Uso de vidro, pedra, cimento, metal, aço, mármore, madeira clara e escura.

Utilizam-se muito as formas geométricas em elementos decorativos e peças de arte.

Cores neutras, onde se destaca o preto, branco, cinza, azul-acinzentado, bege, creme e

castanho. Estes tons podem ser dinamizados com a aplicação de algumas cores mais

fortes, como o amarelo, laranja, vermelho ou berinjela.

Tetos em branco com iluminação artificial dramática em sua maioria embutida;

O uso do papel de parede também empresta um toque de contemporaneidade.

O uso de plantas e flores deve ser reservado a espécies grandes, vistosas e

despretensiosas, exibidas em vasos lisos e modernos, com pedras ou raspas de madeira

a cobrirem a terra.

As janelas são decoradas com cortinas leves e esvoaçantes ou despidas para a entrada

total de luminosidade.

Piso com madeira, pedra polida ou porcelanato.

Estilo Contemporâneo

Estilo Contemporâneo

Estilo Contemporâneo

Século XVII ao Século XXI

Barroco

séc. XVII

Barroco no Brasil

Séc. XVIII

Rococó

Séc. XVIII

Neoclássico e Império séc. XVIII

Arts and Crafts

séc. XIX

Art Nouveau séc. XIX

Art Déco

séc. XIX

Modernismo e Minimalismo séc.

XX

Contemporâneo séc. XXI

Bibliografia

GURGEL, Miriam. Projetando Espaços. São Paulo: Senac São Paulo, 2007.

GIBBS, Jenny. Design de Interiores – Guia útil para estudantes e

profissionais. Espanha: Ed. Gustavo Gili, 2010.

www.holiday-apartment-tuscany.net

http://manequim.abril.com.br/faca-e-use/artesanato-e-casa/moveis-e-

objetos-de-decoracao-barroca-557105.shtml?page=page1

http://www.viladoartesao.com.br/blog/2009/06/aparadores-estilo-

rococo-em-versao-moderna/

http://assimeugosto.com/2010/07/03/estilos-de-decoracao/

http://mobeinteriores.blogspot.com.br/

http://www.obravipblogs.com.br/dica-de-decoracao/7978/

http://romarainha.blogspot.com.br/2012/03/borboletas-na-

decoracao.html

Bibliografia

http://deniseomerdesign.fr/habitat/inspiration-art-deco/

http://www.estiloambientacion.com.ar/estilosminimalismo.htm

http://www.cenaset.com.br/projetos/arquitetura/residencial/case_residncia_anos_50

http://www.lugarcerto.com.br/app/402,62/2013/04/12/interna_noticias,46688/cobogos-famosos-nos-anos-50-voltam-com-tudo-na-decoracao.shtml

http://mangacompimenta.com/2010/10/04/o-seu-signo-revela-a-decoracao-da-sua-casa/

http://www.lojaskdblog.com.br/blog/2011/04/05/estilo-retro-os-anos-dourados-estao-de-volta/#.UXafvLXU_ao

http://decoracion.facilisimo.com/blogs/estilos/estilo-santa-fe_759240.html

http://www.casadevalentina.com.br/profissionais/caroline-gabriades/minimalismo-com-alma.html