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Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região - 1º Grau
Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região - 1º Grau
O documento a seguir foi juntado ao autos do processo de número 0000255-26.2016.5.09.0129
em 08/03/2016 01:28:00 e assinado por:
- DELIANE FERNANDES MARINHO
16030801202989000000006858753
Consulte este documento em:https://pje.trt9.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seamusando o código: 16030801202989000000006858753
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Advocacia Marinho & Ramos Advogados AssociadosAv. São João, 2885 – Jd. Antares CEP 86039-290 – Londrina-Pr
Tel. (43) 3322-3360 / Cel. (43) 9651-8409 / 9813-1361
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DO TRABALHO DA ____ VARA DO
TRABALHO DE LONDRINA- PR
AMANDA CRISTINA FERREIRA, brasileira, solteira,
desempregada, inscrita no CPF/MF sob nº 092.442.019-76, portadora da
Cédula de Identidade sob nº 11.006.423-3 SSP/PR, PIS: 160.19109-5 e CTPS
sob nº 4667788, série 003-0-PR, residente e domiciliada na Rua Sete de
Setembro, nº 416, quadra 17, fundos, Distrito de São Luiz-Pr, por seus
advogados e procuradores ao final firmados, com escritório profissionalsito Avenida São João, n. 2885, Jd. Antares, em Londrina - Paraná, onde
recebem intimações e notificações, vem, respeitosamente, diante de
Vossa Excelência, propor a presente:
RECLAMAÇÃO TRABALHISTA, a ser processada pelo
Rito Sumaríssimo
em face de: 1. G. BABY INDÚSTRIA E COMÉRCIO DECONFECÇÕES E ACESSÓRIOS LTDA, pessoa jurídica de direito privado,
inscrita no CNPJ sob o nº 05.932.790/0001-67, com endereço para
notificação à Avenida Winston Churchil, nº 176 a 208, na cidade de
Londrina-PR, CEP: 86.076-000;
2. BEBEFACIL INDUSTRIA E COMÉRCIO DE
CONFECÇÕES E ACESSÓRIOS EIRELI ME, pessoa jurídica de direito
privado, inscrita no CNPJ sob o nº 13.334.499/0001-15, com endereço
para notificação à Rua Amapá, nº 879, na cidade de Londrina-PR, CEP:
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86.065-000;
3. FÁBIO GUERRA PEREIRA, brasileiro, empresário, com
endereço para notificação à Avenida Winston Churchil, nº 176 a 208, na
cidade de Londrina-PR, CEP: 86.076-000;
4. GUILHERME PEREIRA FONSECA, brasileiro, casado,
empresário, portador do RG nº 3.891.004-3, inscrito no CPF/MF sob o nº
015.743.277-71, residente e domiciliado à Rua Luiz Natal Bonin, nº 150,
casa 21, Jardim Tucanos, na cidade de Londrina-PR, CEP: 86.047-240;
5. CELUY MELISSA SINDESE FONSECA, brasileira,casada, empresária, portadora do RG nº 4.138.655-0, inscrita no CPF/MF
sob o nº 018.820.369-99, residente e domiciliada à Rua Luiz Natal Bonin,
nº 150, casa 21, Jardim Tucanos, na cidade de Londrina-PR, CEP: 86.047-
240;
01. Do Litisconsórcio Passivo
Todas as Reclamadas devem permanecer no pólopassivo da ação para efeito de pagamento das verbas postuladas pela
Reclamante.
a) A primeira Reclamada, foi quem admitiu a
Reclamante, como empregadora, tem responsabilidade direta e
pessoal pelos eventuais créditos deferidos à parte demandante (CLT,
artigo 2º);
Ainda, primeira Reclamada, vem passando por
dificuldades financeiras, começou a atrasar os pagamentos de salários,deixou de realizar os depósitos na conta vinculada do FGTS, além de
outras obrigações contratuais inadimplidas.
b) Do grupo econômico
A segunda Reclamada faz parte de um mesmo
grupo econômico, pois, embora tenha personalidade jurídica própria e
distinta, estão sob a mesma direção, controle e administração,
constituindo em verdadeiro agrupamento comercial, cuja simbiose
econômica justifica a responsabilidade solidária, além de que dirigiram
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e admitiram(em sentido lato), a prestação de serviços da
Reclamante(CLT artigo 2º, §2º), sendo certo que as atividades
econômicas de todas a Rés culminam no mesmo objetivo comum.
Ainda, na pior das hipóteses, do 3º ao 5º Reclamado,
mesmo que não figurem como sócios oficiais ou grupo econômico, tem-
se que o terceiro e o quarto são sócios de fato da primeira Reclamada,
e a quinta Reclamada é esposa do quarto Reclamado, razão pela qual
a inclusão e a declaração de responsabilidade é medida impositiva.
Com finca no que dispõe o artigo 50 do código civil,
se faz imprescindível a legitimação extraordinária das pessoas físicas
Reclamadas logo no processo cognitivo, garantindo que não ocorra odesfazimento do patrimônio, assegurando a satisfação de eventual
crédito trabalhista.
Diante do exposto, requer seja admitido o
litisconsórcio passivo, consequentemente, a condenação de todos os
Reclamados de forma solidaria, sucessivamente, de forma subsidiaria.
02. Da situação de Insolvência da Reclamada
A Reclamada G BABY está insolvente nas obrigações
trabalhistas, pois está fechando suas portas, deixando os trabalhadores
desamparados, sem qualquer direito rescisório a receber.
Neste caso, a Reclamante já foi dispensada, sendo
certo que, até o presente momento nenhum direito rescisório foi pago.
Assim, a presente medida judicial visa, em um
primeiro momento, resguardar os interesses e os direitos da parte
Reclamante, perante os bens e patrimônios da Reclamada ou de seussócios.
03. Do Contrato de Trabalho
A Reclamante foi admitida pela primeira Reclamada
em 04/06/2013, para exercer a função de Auxiliar de Costura I, com
jornada de trabalho de segunda-feira a sexta-feira das 07h33min às
17h33min, com 01h15min de intervalo para refeição. Aos sábados não
havia expediente.
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A rescisão contratual ocorreu por demissão sem justa
causa, deu-se em 29/01/2016, nada tendo recebido a título de verbas
rescisórias.
3.1. Prêmio-Produção
Em todo o pacto laboral, a Reclamada promovia o
pagamento de prêmio vinculado à produtividade intitulado “Bônus
Prêmio”, conforme estampa o recibo de pagamento anexo, na ordem
de R$ 150,00(cento e cinquenta reais) por mês.
Trata-se de parcela de feição nitidamente salarial evariável. Como tal, incorporou ao pacto laboral.
Entretanto, a Reclamada fez a rescisão contratual
da Reclamante, considerando apenas o salário base, excluindo a
referida verba do cálculo.
Nesta toada, os verbas rescisórias, devem ser
calculadas considerando a média salarial com o “Bônus Prêmio” , para
tanto, requer-se os reflexos em 13º salário, férias, FGTS e multa fundiária,
aviso prévio, demais verbas de natureza salarial, por observância aosprincípios tuitivo, da estabilidade financeira, da irredutibilidade salarial e
demais postulados que regem o direito do trabalho.
04. Das Verbas Rescisórias
A Reclamada não pagou as verbas rescisórias a que
a Reclamante tem direito.
Desta forma, requer seja a Reclamada compelidaao pagamento das verbas rescisórias devidas.
05. Do Salário de Dezembro de 2015 em Atraso
A Reclamante não recebeu o salário referente ao
mês de dezembro de 2015, conforme ressalva do termo de rescisão
anexado, portanto, requer o pagamento de R$1.237,44(mil duzentos e
trinta e sete reais e quarenta e quatro centavos);
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06. Do Saldo de Salário
Requer-se o pagamento do saldo de salário de 29
dias, referente ao mês de janeiro de 2016, no importe de R$1.392,43 (mil
trezentos e noventa e dois reais e quarenta e três centavos);
07. Do Aviso Prévio Indenizado
O pagamento do aviso prévio indenizado de 36 dias,
no importe de R$1.728,54(mil setecentos e vinte e oito reais e cinquenta
e quatro centavos);
08. Da Segunda Parcela do 13º Salário de 2015 em
Atraso + 13º Proporcional 1/12 avos e 13º Proporcional Aviso Indenizado
A Reclamada deixou de efetuar o pagamento da
segunda parcela do 13º salário do ano 2015, conforme ressalva no
termo de rescisão em anexo, portanto, requer-se o pagamento de
R$591,62(quinhentos e noventa e um reais e sessenta e dois centavos),ainda, o valor proporcional do 13º salário de 1/12 avos, no valor de
R$120,04(cento e vinte reais e quatro centavos) e 13º salário
proporcional do aviso prévio indenizado(1/12 avos), no valor de
R$120,04(cento e vinte reais e quatro centavos), totalizando o valor de
R$831,70(oitocentos e trinta e um reais e setenta centavos);
09. Das Férias Vencidas
A Reclamada não concedeu férias à Reclamante
do período aquisitivo de 04/06/2014 a 04/06/2015, conforme o termo de
rescisão em anexo, bem como, deixou de efetuar o pagamento das
férias no ato da homologação da rescisão contratual, como as demais
verbas, logo, requer-se o pagamento de R$1.440,45(mil quatrocentos e
quarenta reais e quarenta e cinco centavos)+terço constitucional sobre
as férias vencidas, no valor de R$480,15(quatrocentos e oitenta reais e
quinze centavos), totalizando o montante de R$1920,60(mil novecentos
e vinte reais e sessenta centavos);
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10. Das Férias Proporcionais
Como as demais verbas rescisórias, as férias
proporcionais de 8/12 avos + 1/3 (com projeção do aviso prévio
indenizado), não foram pagas, desta forma, requer-se o pagamento
totalizando o valor de R$1.440,45(mil quatrocentos e quarenta reais e
quarenta e cinco centavos).
11. Do FGTS e Multa 40%
A Reclamada não deposita o FGTS da Reclamante
desde dezembro de 2014, razão pela qual, havia apenas o valor de
R$2.044,54(dois mil e quarenta e quatro reais e cinquenta e quatro
centavos), conforme comprovante em anexo.
Baseando-se nos últimos salários da Reclamante,
deveria ter disponível para saque, aproximadamente o montante de
R$3.542,61(três mil quinhentos e quarenta e dois reais e sessenta e um
centavos).Em razão disto, requer-se a condenação da
Reclamada ao pagamento da diferença do FGTS + 40% de todo o
período laborado, qual seja, aproximadamente o valor de
R$2.915,11(dois mil novecentos e quinze reais e onze centavos).
12. Da Multa do Artigo 477 da CLT
Tendo em vista o não pagamento das verbas rescisórias,requer seja a Reclamada condenada ao pagamento da multa prevista
no art. 477 da CLT, qual seja, o valor de R$1.440,45(mil quatrocentos e
quarenta reais e quarenta e cinco centavos), último salário da
Reclamante.
13. Da Multa do Artigo 467 da CLT
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Deve a Reclamada ser condenada ao pagamento
da multa do art. 467 da CLT, em caso de não pagamento das verbas
rescisórias em audiência.
14. Dos Danos Morais - Ausência de Pagamento das
Verbas Rescisórias e FGTS
A Reclamada deixou de pagar as verbas contratuais
e rescisórias, tendo acarretado angústia, constrangimentos, humilhação
à Reclamante, além do transtorno financeiro, uma vez que depende do
salário para sua subsistência e colaborar no sustento de sua família.A falta de pagamento das verbas rescisórias
demonstra a total inexistência de humanidade da Reclamada, pois
todos sabemos as dificuldades por que passa o empregado demitido.
Ressalta-se que a partir de dezembro de 2015, a
Reclamada começou a atrasar o pagamento de salários, gerando
prejuízos à parte Reclamante.
Salienta-se que a Constituição Federal em seu art. 7,
X, trata a proteção do salário como direito fundamental, constituindocrime sua retenção dolosa.
Cabe esclarecer que a Reclamada também deixou
de depositar o FGTS da Autora e o depósito da multa de 40%.
Destaca-se, ainda, a violação do artigo 5º, X, CF,
que sustenta a inviolabilidade intimidade, vida privada, honra e
imagem das pessoas, sendo-lhes assegurado o direito a indenização
pelo dano material ou moral decorrente de sua violação.
Corroborando com o entendimento acima, a jurisprudência do E. TRT da Nona Região:
"INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. ATRASO NO
PAGAMENTO DE SALÁRIOS. CABIMENTO. É inegável que
o atraso dos salários traz prejuízos ao trabalhador, que
depende de sua remuneração para garantir o
pagamento daquelas despesas essenciais de seu
orçamento pessoal e familiar, bem como da própria
alimentação. Ao atrasar o pagamento dos salários em
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sentido amplo, a empresa causa grande
constrangimento ao empregado, que depende do
salário para sua subsistência e de sua família.
Demonstrada a mora salarial, fica caracterizado o dano
moral, o que merece reparação. Recurso da reclamante
a que se dá provimento. (TRT-PR-21558-2008-010-09-00-2-
ACO-47268-2013 - 2A. TURMA. Relator: CÁSSIO
COLOMBO FILHO. Publicado no DEJT em 26-11-2013).
ATRASO NO PAGAMENTO DOS SALÁRIOS E DAS VERBAS
RESCISÓRIAS. DANO MORAL. CONFIGURAÇÃO. Esta C.
4ª Turma, com a nova composição, passou a entender
que o atraso na quitação dos salários e das demais
verbas, acarreta dano presumível ao obreiro, posto que
os prejuízos sofrido são previsíveis, uma vez que ele
depende do salário mensal para fazer frente às suas
despesas essenciais, relativas ao seu orçamento pessoal e
familiar. Assim, comprovado o atraso no pagamento dossalários e das verbas rescisórias, resta caracterizado o
dano moral. Incidência do inciso I da OJ nº 59 desta C. 4ª
Turma. (TRT-PR-05835-2011-513-09-00-5-ACO-26468-2013 -
4A. TURMA. Relator: LUIZ CELSO NAPP. Publicado no DEJT
em 02-07- 2013).
Em razão do exposto, nos termos dos artigos 186 e
927 do CC, pede-se a condenação das Reclamadas ao pagamento deindenização por danos morais sofridos pelo Reclamante, cujo valor não
seja inferior a R$3.000,00(três mil reais), ou outro valor que entender justo
e razoável o MM. Julgador.
15. Da Assistência Judiciária Gratuita
A assistência judiciária gratuita é integral ao
hipossuficiente que comprovar tal fato constitui direito de qualquer
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pessoa, uma vez que alcançou o nível de garantia constitucional,
conforme o artigo 5º, inciso LXXIV da Carta Magna.
Atualmente a Reclamante está desempregada, não
tem condições de suportar as despesas e custas do processo, pena de
comprometimento do seu próprio sustento e de sua família.
Ante o exposto, requer-se a concessão dos
benefícios da assistência judiciária gratuita à Reclamante, nos moldes
do artigo 4º da Lei 1.060/50 e do art. 14 da Lei 5.584/70.
16. Dos Honorários Advocatícios
Devem ainda, as Reclamadas serem condenadas
no pagamento de honorários advocatícios no importe de 20% sobre o
valor da condenação.
Em primeiro lugar, nos termos dos artigos 20, do CPC,
é devido o deferimento dos honorários de sucumbência, em base
condizente com os requisitos do § 3º, do art. 20, do CPC.
No âmbito trabalhista, para o deferimento dos
honorários de advogado, exige-se ainda simples declaração deinsuficiência econômica na inicial, nos termos da Lei 1.060/1950, com as
alterações promovidas pela Lei 10.537/2002.
A sistemática legal da gratuidade judiciária e
honorários foi modificada pela Lei 10.537/2002, que conferiu nova
redação ao artigo 789 da CLT, dispositivo que, em conjunto com a Lei
1.060/1950, passou a reger a assistência judiciária gratuita no Processo
do Trabalho, cujo gênero compreende a justiça gratuita e os honorários
assistenciais ou advocatícios, não mais constituindo aquela, monopólioda entidade sindical profissional, possibilitando o pagamento ao
beneficiário da justiça gratuita.
Desta forma, para o deferimento da assistência
judiciária gratuita, na qual se encontram inseridas tanto a justiça
gratuita quanto os honorários advocatícios ou assistenciais, é suficiente
a declaração, pelo trabalhador, de dificuldade econômica para
demandar em Juízo, conforme autoriza a Lei 7.510/1986, que alterou a
Lei 1.060/1950.
Neste sentido a jurisprudência:
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TRT-PR-22-01-2010 HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS DEVIDOS
AOS BENEFICIÁRIOS DA JUSTIÇA GRATUITA VENCEDORES
NA DEMANDA. - ENTENDIMENTO PERFILHADO PELA 2ª
TURMA DO E. TRT/9ª REGIÃO - Independentemente da
assistência sindical, são devidos os honorários
advocatícios aos beneficiários da justiça gratuita, nos
termos da OJ 348 da SDI-1 do c. TST. Apesar de ser
inaplicável nas ações trabalhistas o princípio amplo da
sucumbência ditado pelo processo civil, em face da
subsistência do jus postulandi no processo do trabalho,
são devidos os honorários de advogado no caso em
apreço, ante a declaração de hipossuficiência (na
acepção jurídica do termo), cumprindo o reclamante
com os requisitos do art. 4º da Lei nº 1.060/50. Tal
declaração, não desconstituída, é o requisito da Lei
1060/50 para a concessão de honorários de advogado
no âmbito da Justiça do Trabalho. Após a edição da Lei
nº 10.537/02, entende-se revogada a disposição contidano artigo 14 da Lei nº 5.584/70, que continha a exigência
de assistência sindical, aplicando-se a Lei nº 1.060/50,
com a redação da Lei nº 7.510/86, para a concessão de
honorários de advogado, na forma prevista pela súmula
450 do e. STF (São devidos honorários de advogado
sempre que vencedor o beneficiário de justiça gratuita).
Como escreveu Pontes de Miranda enfatizando a
significação do direito de escolha atribuído ao litigante(Comentários ao CPC/39, art. 67): a escolha de
advogado pela parte marca a evolução da justiça
gratuita no Brasil e, para dar corpo ao preceito
constitucional que atribui ao Estado o dever de prestar
assistência jurídica integral e gratuita aos que
comprovarem insuficiência de recursos (artigo 5º, inciso
LXXIV), acolhem-se os honorários advocatícios em 15%
sobre o valor líquido da condenação. TRT-PR-01557-2008-
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664-09-00-2-ACO-01321-2010 - 2A. TURMA; Relator: PAULO
RICARDO POZZOLO; Publicado no DJPR em 22-01-2010
A orientação da Súmula 219, inciso I, do TST
estabelece duas condições para assegurar a verba honorária.
Contudo, basta a presença de apenas uma delas à percepção do
benefício, consoante se extrair do pronunciamento exarado pelo STF
descrito e na Revista da LTR de setembro de 2008:
Constitucional - Acesso à justiça - Assistência judiciária -
Lei n. 1.060, de 1950 - CF, art. 5º, LXXIV. A garantia do art.
5º, LXXIV - assistência jurídica integral e gratuita aos que
comprovarem insuficiência de recursos - não revogou a
de assistência judiciária gratuita da Lei n. 1.060, de 1950,
aos necessitados, certo que, para obtenção desta, basta
a declaração feita pelo próprio interessado, de que a sua
situação econômica não permite vir a juízo sem prejuízo
de sua manutenção ou de sua família. Essa norma
infraconstitucional põe-se, ademais, dentro no espírito deConstituição, que deseja seja facilitado o acesso de
todos à Justiça. (CF, art. 5º, XXXV). (STF-AI-557.195-2 - RS,
RE 205.746, julgado em 15/12/2005 e publicado em
08/02/2006 - Revista LTR 72-09/1030).
A demandante faz jus a concessão da Justiça
Gratuita, conforme declaração no sentido de que a autora não se
encontra em situação econômica que lhe permite demandar semprejuízo do seu próprio sustento.
Assim sendo, há que ser deferido o pedido de
pagamento de honorários advocatícios sucumbenciais à razão de 20%
sobre o valor da condenação, o que se requer.
17. Da Tutela Antecipada
Ante a narração fática trazida anteriormente,
verifica-se que a parte Reclamante foi desamparada pela sua
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empregadora, por ato irregular de seus administradores, que, efetuando
atos de gestão visando a insolvência trabalhista, dispensaram a
Reclamante e, ainda, não efetuaram o pagamento dos direitos
rescisórios.
A situação é grave e merece atenção por parte do
Poder Judiciário Trabalhista, sendo que eventual acolhimento da
pretensão tem natureza alimentar.
Assim, consoante a regra do art. 273 do CPC, a
parte poderá requerer ao Juiz a antecipação dos efeitos da tutela
pretendida na inicial, de forma parcial ou total, desde que exista nos
autos prova convincente da verossimilhança da alegação, além deque haja fundado receio de dano irreparável ou de difícil reparação ou
que fique caracterizado o abuso de direito de defesa ou manifesto
propósito protelatório.
“Art. 273 – O juiz poderá, a requerimento da parte, antecipar,
total ou parcialmente, os efeitos da tutela pretendida no
pedido inicial, desde que, existindo prova inequívoca, se
convença da verossimilhança da alegação e:I – haja fundado receio de dano irreparável ou de difícil
reparação; ou
II – fique caracterizado o abuso de direito ou manifesto
propósito protelatório do réu.”
Portanto, a lei concede ao Juiz a possibilidade de
antecipar a tutela pretendida na inicial.
No presente caso, os elementos da tutelaantecipada encontram-se presentes, na medida em que, conforme já
demonstrado, a Reclamante foi vítima de má administração da Ré,
havendo lesão aos seus interesses individuais, eis que, demitido, nada
recebeu de salários e verbas rescisórias.
Há, pois, o fundado receio da Autora de que, ao
final de um tormentoso e longo processo judicial, os efeitos maléficos da
demora na prestação jurisdicional possa ocasionar maior lesão aos
direitos da parte trabalhadora.
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Assim, temos que o perigo da demora no decreto
judicial é definido no sentido de que ocorra uma alteração na situação
de fato existente ao tempo da controvérsia e a situação ao tempo do
provimento jurisdicional.
Tal requisito, com certeza, existe, pois efetivamente
há o temor de que ocorra uma mudança na situação atual quando
houver a prestação jurisdicional final, pois, ao final, não poderão existir
bens suficientes para a satisfação do crédito da parte autora.
Destarte, a melhor hermenêutica é a de que a
antecipação da tutela, embora não envolva o mérito propriamente
dito, deve ser concedida quando houver fundado receio de que umaparte, antes do julgamento da lide, cause, ao direito da outra, lesão
grave e de difícil reparação.
Dessa forma, a expressão “fundado receio de dano
irreparável ou de difícil reparação” prevista no inciso I do art. 273 do
Código de Processo Civil, significa o temor que possa ser demonstrado
com fatos e circunstâncias que ora se apresentam.
Permitimo-nos colacionar o precioso entendimento
do festejado Humberto Theodoro Junior:
“Para a antecipação da tutela, não é preciso demonstrar -se
cabalmente a existência do direito material em risco, mesmo
porque es se, frequentemente, é litigioso e só terá sua
comprovação e declaração no processo principal. Para
merecer a tutela cautelar, o direito em risco há de revelar-se
apenas como o interesse que justifica o “direito de ação”, ou
seja, o direito ao processo de mérito”.(Curso de Di reito Civil, vol.II, 16a. ed.,Forense, 1996, p. 371).
Assim, havendo sempre algum vestígio de bom
direito e a possível demora na prestação jurisdicional, faz-se necessária
a garantia da tutela antecipada.
“Para a obtenção da tutela antecipada, a parte deverá
demonstrar fundado temor de que, enquanto aguarda a tutela
definitiva, venham a faltar circunstâncias de fato favoráveis à
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própria tutela. E isto pode ocorre quando haja risco de
perecimento, destruição, desvio, deterioração, ou de qualquer
mutação das pessoas, bens ou provas necessários para a
perfeita e eficaz atuação do provimento final do processo
principal” (Curso de Direito Civil, vol. II, 16a. ed., Forense, 1996,
p. 372)
Diante de todas essas considerações, a Autora
clama a atenção do Juízo, a fim de deferir a tutela antecipada, sem a
oitiva da parte adversa, nos seguintes termos:
a) promova a penhora bancária on line da parte Ré,ora empregadora, pelo valor acima descrito;
b) ato contínuo, seja determinado o impedimento
de alienação de bens da Ré (bloqueio de bens), expedindo-se
mandado genérico, proibindo a ré de efetuar vendas de seus bens,
como maquinários, estruturas, sede, veículos, tudo sob pena de
anulação, ou, tendo esta já ocorrido em fraude, seja advertida das
consequências legais, inclusive quanto à ordem de desobediência, que
se constitui em crime.c) seja afixado pelo sr. Oficial de Justiça cópia do
mandado de bloqueio de bens, em local visível junto à Ré, inclusive
afixando-se nos próprios bens bloqueados, até o limite da presente
obrigação pecuniária, determinando-se que a Ré se abstenha de retirar
cópia do mandado judicial.
18. Dos Pedidos
Em vista do exposto, requer os seguintes direitos e
verbas:
a. O reconhecimento e declaração da
sucessão entre a primeira e segunda Reclamadas, bem como seja
admitido o litisconsórcio passivo e declarado a responsabilidade
solidária/subsidiária de todos os Reclamados;
b. A condenação da Reclamada ao
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pagamento do salário referente ao mês de dezembro de 2015,
totalizando o valor de R$1.237,44(mil duzentos e trinta e sete reais e
quarenta e quatro centavos);
c. A condenação da Reclamada ao
pagamento do saldo de salário 29 dias, referente ao mês de janeiro de
2016, totalizando o valor de R$1.392,43 (mil trezentos e noventa e dois
reais e quarenta e três centavos);
d. A condenação da Reclamada ao
pagamento do aviso prévio indenizado de 36 dias, totalizando o valor
de R$1.728,54(mil setecentos e vinte e oito reais e cinquenta e quatro
centavos);e. A condenação da Reclamada ao
pagamento da segunda parcela do 13º salário em atraso+13º
proporcional 1/12 avos e 13º proporcional aviso indenizado , totalizando
o valor de R$831,70 (oitocentos e trinta e um reais e setenta centavos);
f. A condenação da Reclamada ao
pagamento das férias vencidas + terço constitucional, totalizando o
valor de R$1920,60(mil novecentos e vinte reais e sessenta centavos);
g.
A condenação da Reclamada aopagamento das férias proporcionais de 8/12 avos + 1/3 (com projeção
do aviso prévio indenizado), totalizando o valor de R$1.440,45(mil
quatrocentos e quarenta reais e quarenta e cinco centavos);
h. A condenação da Reclamada ao
pagamento da diferença do FGTS não depositado acrescido da multa
de 40%, totalizando aproximadamente o valor de R$2.915,11(dois mil
novecentos e quinze reais e onze centavos);
i.
Requer seja a Reclamada condenada aopagamento da multa prevista no art. 477 da CLT, totalizando o valor de
R$1.440,45(mil quatrocentos e quarenta reais e quarenta e cinco
centavos);
j. A condenação da Reclamada ao
pagamento das verbas rescisórias incontroversas na primeira audiência,
sob pena de pagá-las acrescidas de 50%, conforme disposto no artigo
467 da CLT;
k. A condenação das Reclamadas ao
pagamento de indenização por danos morais, no valor R$3.000,00(três
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mil reais), ou outro valor que entender justo e razoável o MM. Julgador;
l. A concessão dos benefícios da Assistência
judiciária gratuita;
m. A condenação ao pagamento de
honorários advocatícios;
n. Seja deferida a TUTELA ANTECIPADA:
n) Promova a penhora bancária on line da
parte Ré, ora empregadora, pelo valor acima descrito;
o) Ato contínuo, seja determinado o impedimentode alienação de bens da Ré (bloqueio de bens), expedindo-se
mandado genérico, proibindo a Ré de efetuar vendas de seus bens,
como maquinários, estruturas, sede, veículos, tudo sob pena de
anulação, ou, tendo esta já ocorrido em fraude, seja advertida das
consequências legais, inclusive quanto à ordem de desobediência, que
se constitui em crime.
p) Seja afixado pelo sr. Oficial de Justiça cópia
do mandado de bloqueio de bens, em local visível junto à Ré, inclusiveafixando-se nos próprios bens bloqueados, até o limite da presente
obrigação pecuniária, determinando-se que a ré se abstenha de retirar
a cópia do mandado judicial.
Total.........................R$15.906,72(quinze mil novecentos e seis reais e
setenta e dois centavos).
19. Dos Requerimentos Finais
Isto posto, requer se digne Vossa Excelência, em
determinar a NOTIFICAÇÃO das Reclamadas, no endereço da exordial,
para, querendo, comparecerem em audiência a ser designada e
apresentarem defesa, sob pena de revelia e confissão.
Protesta provar o alegado por todos os meios de
prova em direito admitido, máxime, pelo depoimento pessoal do
representante legal das Reclamadas, pena de confesso, oitiva de
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testemunhas, perícias e vistorias, se necessário, bem como juntada de
outros documentos, desde que assim exija o controvertido dos autos.
Requer finalmente, seja julgada PROCEDENTE a
presente Reclamação, com a condenação das Reclamadas ao
pagamento do principal, acrescido dos juros de mora e correção
monetária, custas processuais, honorários advocatícios e demais
cominações legais.
20. Do Valor da Causa
Dá-se a causa, o valor de R$ 15.906,72(quinze milnovecentos e seis reais e setenta e dois centavos).
Nestes Termos
Pede Deferimento
Londrina, 22 de fevereiro de 2016.
*assinado digitalmente*
Deliane Fernandes MarinhoOAB/PR 68.385
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