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ContabilidadeProf. Ms. Geni Francisca dos Santos Vanzo
Introdução: Contabilidade e Gestão
Universidade Anhembi MorumbiIntrodução: Contabilidade e Gestão2
Introdução: Contabilidade e Gestão
IntroduçãoA origem e a evolução histórica da Contabilidade mostram, com clareza, que a sua
finalidade de controle patrimonial está estritamente ligada à sua utilidade como instrumento
de gestão.
Contabilidade: origem e evolução históricaA Contabilidade, propriamente dita, surge nos primórdios da civilização juntamente com
as primeiras necessidades do homem primitivo em controlar seu “patrimônio” - animais,
ferramentas e outros pertences. Sua evolução está diretamente associada
ao desenvolvimento do homem em sociedade.
Desde os registros rudimentares, passando pelos grandes momentos da evolução humana,
Revolução Agrícola, Revolução Industrial e Revolução Tecnológica, observa-se que a
Contabilidade “acompanhou” o homem na sua trajetória evolutiva.
É fácil constatar que na medida em que as relações comerciais evoluíram da simples
“troca” para as transações on line em bolsas de valores ou de mercadorias e de futuros, a
Contabilidade tem sido a linguagem utilizada para informar e controlar essas relações.
Contabilidade uma Ciência Social AplicadaReconhecida como Ciência Social pela Academia de Ciências da França, em 1834,
a Ciência Contábil é responsável por registrar todas as transações ocorridas em uma
organização, com ou sem fins lucrativos, com a finalidade de gerar informações financeiras
que possibilitem o controle e a gestão do seu patrimônio.
http://www.youtube.com/watch?v=MKHkCUPHXJk&feature=related
Universidade Anhembi MorumbiIntrodução: Contabilidade e Gestão3
Tais registros, realizados por meio da aplicação de técnicas específicas, guardam
os princípios teóricos que lhes asseguram a lógica e a confiabilidade próprias do seu caráter
científico.
As teorias contábeis evoluíram através dos tempos, passando por várias fases, dentro das
“escolas” que as originaram.
Entre as escolas do pensamento contábil, as que mais se destacaram foram: a escola
italiana e a escola americana.
Objeto da Contabilidade
Um dos pressupostos básicos para que uma determinada área de estudos possa ser
considerada uma ciência é que esta possua um objeto próprio para pesquisas
e formulação de teorias embasadas em conhecimentos obtidos por meio da aplicação
de metodologias racionais. A Contabilidade tem como seu objeto de estudos o “patrimônio
das entidades”.
Objetivo da ContabilidadeO objetivo “científico” da Contabilidade é apresentar corretamente o patrimônio das
entidades e apreender e analisar as causas das suas mutações.
A correta apresentação do patrimônio remete ao objetivo “prático” da Contabilidade que
pode ser expresso como sendo o de gerar informações de natureza econômica, financeira
e física sobre o patrimônio das entidades e suas mutações, de forma a suportar as decisões
que seus usuários precisem tomar a respeito desses patrimônios.
Para saber mais consulte:
http://www.nead.unama.br/site/bibdigital/pdf/artigos_revistas/248.pdf
Universidade Anhembi MorumbiIntrodução: Contabilidade e Gestão4
Não se deve confundir o objetivo e o objeto da Contabilidade, por se tratar de coisas
distintas. O objetivo representa a “finalidade” e o objeto é o meio, a origem da informação,
o foco dos estudos da Contabilidade.
Conceitos e Definições
ContabilidadeOs conceitos são abstratos, embora portadores de significado. Partindo-se desse princípio,
pode-se inferir que a Contabilidade deve ser conceituada em função do que ela significa
para as organizações ou, melhor dizendo, para a gestão das organizações.
Trata-se de um instrumento do qual, independentemente do tipo ou porte, nenhuma
organização pode prescindir, pois é a única fonte de informações sobre os respectivos
patrimônios.
Como já foi anteriormente abordado, o objetivo da Contabilidade é apresentar informações
sobre o patrimônio das entidades, de forma a que estas sejam úteis ao processo de tomada
de decisões por qualquer dos seus usuários.
Assim, é possível afirmar que o conceito que melhor se aplica à Contabilidade é aquele que
a define como sendo um instrumento gerador de informações úteis à tomada de decisões
por parte dos seus usuários, sejam eles internos ou externos às organizações.
Tais informações são geradas mediante a utilização de um conjunto de técnicas alicerçadas
em princípios gerados pela aplicação prática das teorias contábeis.
Patrimônio A concepção empírica de patrimônio o relaciona às riquezas de propriedade de uma
pessoa. A primeira impressão que se apresenta quando se fala de patrimônio é a de posse
Universidade Anhembi MorumbiIntrodução: Contabilidade e Gestão5
de bens ou riquezas.
Com as organizações ou entidades, a concepção não é diferente, porém, é mais ampla.
O patrimônio de uma entidade pode ser entendido como sendo um conjunto de bens,
direitos e de obrigações para com terceiros, pertencente a qualquer tipo de pessoa natural
ou jurídica, independentemente de sua finalidade incluir ou não a obtenção de lucro.
BensSão diversas as definições para “bens”, dependendo do grau de detalhe que se pretende
abordar. De acordo com Iudícibus, Marion e Pereira (2003, p. 31), “entende-se por bens
as coisas úteis capazes de satisfazer às necessidades das pessoas e empresas”.
Em Contabilidade, também é importante classificar os bens de acordo com o seu grau
de tangibilidade:
• Bens tangíveis: são bens palpáveis, cuja existência física é observável, também chamados
de bens corpóreos. Exemplo: imóveis, veículos, equipamentos, dinheiro em caixa,
estoques de mercadorias etc.
• Bens intangíveis: são bens incorpóreos, não palpáveis, não constituídos de matéria.
Exemplo: marcas, patentes etc.Pode-se, ainda, classificar os bens em:• Móveis: bens que podem ser movidos de lugar (máquinas, móveis etc.).• Imóveis: bens que não podem ser movidos de lugar (edifícios, terrenos etc.). • Semoventes: bens representados por seres vivos (animais em geral, integrantes do Ativo
das entidades).
Universidade Anhembi MorumbiIntrodução: Contabilidade e Gestão6
DireitosAlgumas riquezas que estão em poder de terceiros, mas, sobre as quais se tem direitos de recebimento ou integração, também são consideradas como integrantes do patrimônio. Tais riquezas são denominadas, na Contabilidade, como “Direitos”. Por exemplo: duplicatas e títulos a receber, depósitos em contas bancárias etc.
ObrigaçõesObrigações, como o próprio nome sugere, são compromissos a serem cumpridos com terceiros.
Ao contrário dos direitos que representam riquezas a receber, as obrigações representam pagamentos a efetuar e, portanto, são redutoras da riqueza.
Patrimônio LíquidoO Patrimônio Líquido pode ser definido sob dois enfoques.
a) Investimentos dos sócios: valores entregues/investidos pelos sócios na empresa para que ela os aplique em suas operações e os remunere mediante os resultados obtidos nessas operações, por meio da distribuição de lucros e/ou dividendos.
b) Riqueza líquida ou Situação Líquida: valor do patrimônio/riqueza, líquido das obrigações com terceiros e representado pela seguinte equação: PL = BENS + DIREITOS - OBRIGAÇÕES
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Princípios da ContabilidadeOs Princípios de Contabilidade, de acordo com a Resolução CFC n° 750/93, com a
redação atualizada pela Resolução CFC n° 1282/10, “representam a essência das doutrinas
e teorias relativas à Ciência da Contabilidade, consoante o entendimento predominante nos
universos científico e profissional de nosso País”.
A Resolução CFC n° 750/93 está disponível em:
http://www.cfc.org.br/sisweb/sre/detalhes_sre.aspx?Codigo=1993/000750
Todas as técnicas contábeis, particularmente as utilizadas na Contabilidade Financeira
tomam como premissa básica as disposições dos Princípios de Contabilidade. Para a
Contabilidade Gerencial, entretanto, a observância de tais princípios não é rigorosa, visto
que esta tem objetivos específicos voltados para o auxílio ao processo decisório.
A observância obrigatória dos princípios contábeis para o registro e o controle do
patrimônio das entidades assegura o embasamento científico das informações geradas pela
Contabilidade.
Os Princípios de Contabilidade, de acordo com as normas do CFC retro citadas que
já contemplam a preocupação com a harmonização com as normas internacionais de
Contabilidade, são os seguintes:
• Princípio da Entidade;
• Princípio da Continuidade;
• Princípio da Oportunidade;
• Princípio do Registro pelo Valor Original;
• Princípio da Competência;
• Princípio da Prudência (ou Conservadorismo).
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Princípio da EntidadeO Princípio da Entidade reconhece o Patrimônio como objeto da Contabilidade e afirma a autonomia patrimonial, a necessidade da diferenciação de um Patrimônio particular no universo dos patrimônios existentes, independentemente de pertencer a uma pessoa, um conjunto de pessoas, uma sociedade ou instituição de qualquer natureza ou finalidade, com ou sem fins lucrativos. Por consequência, nesta acepção, o Patrimônio da entidade não se confunde com aqueles dos seus sócios ou proprietários.
Princípio da ContinuidadeO Princípio da Continuidade pressupõe que a Entidade continuará em operação no futuro e, portanto, a mensuração e a apresentação dos componentes do patrimônio levam em conta esta circunstância.
Princípio da OportunidadeO Princípio da Oportunidade refere-se ao processo de mensuração e apresentação dos componentes patrimoniais para produzir informações íntegras e tempestivas.
Princípio do Registro pelo Valor OriginalO Princípio do Registro pelo Valor Original determina que os componentes do patrimônio devem ser inicialmente registrados pelos valores originais das transações, expressos em moeda nacional, observando-se as seguintes base de mensuração, em graus distintos e combinadas:
I – Custo histórico. Os ativos são registrados pelos valores pagos ou a serem pagos em caixa ou equivalentes de caixa ou pelo valor justo dos recursos que são entregues para adquiri-los na data da aquisição. Os passivos são registrados pelos valores dos recursos que foram recebidos em troca da obrigação ou, em algumas circunstâncias, pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa, os quais serão necessários para liquidar o
passivo no curso normal das operações; e
Universidade Anhembi MorumbiIntrodução: Contabilidade e Gestão9
II – Variação do custo histórico. Uma vez integrado ao patrimônio, os componentes
patrimoniais, ativos e passivos, podem sofrer variações decorrentes dos seguintes fatores:
a) Custo corrente. Os ativos são reconhecidos pelos valores em caixa ou equivalentes
de caixa, os quais teriam de ser pagos se esses ativos ou ativos equivalentes fossem
adquiridos na data ou no período das demonstrações contábeis. Os passivos são
reconhecidos pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa, não descontados,
que seriam necessários para liquidar a obrigação na data ou no período das
demonstrações contábeis;
b) Valor realizável. Os ativos são mantidos pelos valores em caixa ou equivalentes
de caixa, os quais poderiam ser obtidos pela venda em uma forma ordenada.
Os passivos são mantidos pelos valores em caixa e equivalentes de caixa, não
descontados, que se espera seriam pagos para liquidar as correspondentes
obrigações no curso normal das operações da Entidade;
c) Valor presente. Os ativos são mantidos pelo valor presente, descontado do fluxo
futuro de entrada líquida de caixa que se espera seja gerado pelo item no curso
normal das operações da Entidade. Os passivos são mantidos pelo valor presente,
descontado do fluxo futuro de saída líquida de caixa que se espera seja necessário
para liquidar o passivo no curso normal das operações da Entidade;
d) Valor justo. É o valor pelo qual um ativo pode ser trocado, ou um passivo liquidado,
entre partes conhecedoras, dispostas a isso, em uma transação sem favorecimentos; e
e) Atualização monetária. Os efeitos da alteração do poder aquisitivo da moeda
nacional devem ser reconhecidos nos registros contábeis mediante o ajustamento da
expressão formal dos valores dos componentes patrimoniais.
Universidade Anhembi MorumbiIntrodução: Contabilidade e Gestão10
Princípio da CompetênciaO Princípio da Competência determina que os efeitos das transações e outros eventos
sejam reconhecidos nos períodos a que se referem, independentemente do recebimento ou
pagamento, além de pressupor a simultaneidade da confrontação de receitas e de despesas
correlatas.
Princípio da Prudência O Princípio da Prudência, também conhecido como Conservadorismo, determina a adoção
do menor valor para os componentes do Ativo e do maior para os do Passivo patrimoniais
que alterem o patrimônio líquido.
Pressupõe, ainda, o emprego de certo grau de precaução no exercício dos julgamentos
necessários às estimativas em certas condições de incerteza, no sentido de que ativos e
receitas não sejam superestimados e que passivos e despesas não sejam subestimados,
atribuindo maior confiabilidade ao processo de mensuração e apresentação dos
componentes patrimoniais.
Técnicas ContábeisAs técnicas contábeis consistem no conjunto de procedimentos a serem adotados para que
as informações contábeis possam ser geradas adequadamente.
As principais técnicas contábeis são:
• Escrituração: consiste no registro sistemático de todas as ocorrências que afetam o
patrimônio das entidades;
• Demonstrações contábeis ou Relatórios contábeis: são quadros técnicos elaborados com
base nos registros escriturados;
Universidade Anhembi MorumbiIntrodução: Contabilidade e Gestão11
• Auditoria: consiste na verificação, por meio de procedimentos específicos, da exatidão
dos dados contidos nas demonstrações contábeis e nos respectivos documentos;
• Análise de balanços: é o exame e a interpretação dos dados contidos nas demonstrações
contábeis de forma a fornecer informações úteis aos respectivos usuários.
• Consolidação de balanços: consiste na junção das demonstrações contábeis de uma
empresa controladora com suas controladas, obedecendo a procedimentos específicos,
com o objetivo de demonstrar a situação econômica e financeira do grupo de empresas.
Além de registrar as transações já ocorridas, as técnicas contábeis permitem, também,
que se realizem análises e projeções importantes no processo decisório dessas organizações.
Usuários das Informações ContábeisSão usuários das informações contábeis todos aqueles que delas necessitam para tomar
qualquer tipo de decisão relacionada com a respectiva organização.
Os usuários das informações contábeis podem ser internos ou externos à organização.
Exemplo:
Universidade Anhembi MorumbiIntrodução: Contabilidade e Gestão12
Os usuários internos, como a própria denominação sugere, são aqueles que utilizam as informações contábeis para tomar decisões internas à organização. Normalmente, tais usuários são gestores de níveis hierárquicos diversos.
Os usuários externos são todos aqueles que não pertencem à organização, mas, que têm interesses diversos em seu desempenho.
Relatórios ContábeisDenomina-se por Relatório Contábil qualquer demonstrativo elaborado de forma ordenada, resumida ou não, com base em dados processados pela Contabilidade. Tais relatórios ou informes têm como objetivo levar a informação contábil, de forma inteligível e útil, aos respectivos usuários.
Os relatórios contábeis podem ser obrigatórios e não obrigatórios. Os relatórios não obrigatórios são todos aqueles elaborados para atender às necessidades específicas de usuários internos ou externos e que não são exigidos por lei comercial ou fiscal.
Os relatórios contábeis obrigatórios são:
• Balanço Patrimonial (BP);• Demonstração do Resultado do Exercício (DRE);• Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPAc) ou Demonstração das
Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL);• Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC);• Demonstração do Valor Adicionado (DVA) – apenas para sociedades anônimas de capital aberto.
Os relatórios contábeis obrigatórios são elaborados com base na escrituração contábil, sendo denominados como Demonstrações Contábeis ou Demonstrações Financeiras.
Universidade Anhembi MorumbiIntrodução: Contabilidade e Gestão13
Algumas Demonstrações Financeiras não obrigatórias são muito importantes no processo decisório das empresas como, por exemplo, a Demonstração de Origens e Aplicações de Recursos – DOAR e as Demonstrações Financeiras Orçamentárias.
Outros relatórios financeiros / contábeis / sociais
Alguns outros relatórios complementam as Demonstrações Contábeis obrigatórias e, embora não exigidas de entidades que não sejam sociedades anônimas ou regidas por legislações especiais, auxiliam o processo de análise e entendimento das informações contábeis de organizações de qualquer porte ou segmento econômico.
São elas:
• Relatório da Diretoria ou Relatório da Administração – fornece informações como dados estatísticos, indicadores de produtividade e outros índices de performance, nível de desenvolvimento tecnológico, planos de expansão, etc., que facilitam o entendimento das ações e planos da organização.
• Notas Explicativas – são informações que têm por objetivo elucidar ou complementar dados não inteiramente transparentes das Demonstrações Contábeis ou, ainda, informar qualquer outro fato que possa ser importante para o entendimento da situação patrimonial da organização.
• Parecer dos auditores – obrigatório para as companhias abertas e empresas de grande
porte, é cada vez mais comum encontrar o parecer dos auditores compondo as
Demonstrações Financeiras de outros tipos de organizações. O parecer de auditoria
atesta que as Demonstrações foram elaboradas de acordo com os Princípios de
Contabilidade e e representam adequadamente a situação patrimonial e financeira da
organização, no período sob exame.
Universidade Anhembi MorumbiIntrodução: Contabilidade e Gestão14
• Balanço Social – Outro relatório não obrigatório, mas que cada vez mais vem sendo
divulgado pelas organizações. Embora a Demonstração do Valor Adicionado, que é uma
demonstração obrigatória para as empresas de capital aberto, faça parte do relatório de
Balanço Social, este relatório, em sua completude, não é exigido pela legislação.
O Balanço Social contém diversas informações de caráter social e, algumas vezes,
ambiental que demonstram a atuação da organização junto à sociedade como,
por exemplo, dados sobre os investimentos em treinamento e outros benefícios aos
empregados, ações de incentivo à cultura, esportes, saúde, educação, etc. junto à
comunidade onde estão inseridas, entre outras.
Estrutura Básica de Publicação das Demonstrações Contábeis
Veja o Balanço Social (Relatório de Sustentabilidade) e as Demonstrações Contábeis da Petrobrás:
http://www.petrobras.com.br/rs2009/downloads/pt/relatorios.zip
Acesse o link das Demonstrações Financeiras do Grupo Gerdau:
http://www.gerdau.com.br/investidores/informacoes-financeiras-Trimestres.aspx?Ano=2009&Trimestre=4
Universidade Anhembi MorumbiIntrodução: Contabilidade e Gestão15
Contabilidade e Gestão
Contabilidade Geral ou Financeira e Contabilidade GerencialA Contabilidade das organizações pode assumir denominações complementares,
de acordo com os diferentes segmentos econômicos ao quais é aplicada ou, ainda,
de acordo com os fins a que se destina. Por exemplo:
• Contabilidade comercial – praticada pelas empresas comerciais;
• Contabilidade industrial – praticada pelas indústrias;
• Contabilidade do terceiro setor – praticada pelas entidades sem fins lucrativos;
• Contabilidade rural ou agrícola – praticada pelas empresas agroindustriais;
• Contabilidade tributária ou fiscal - destinada ao registro e controle dos impostos e
contribuições;
• Contabilidade de custos – destinada ao registro e controle dos custos das
organizações etc.
Apesar das diferentes denominações complementares, a Contabilidade não é diferente
no que se refere aos seus princípios ou técnicas. Ela é essencialmente a mesma, com
peculiaridades específicas a cada segmento ou finalidade.
A Contabilidade que registra as ocorrências diárias da vida das organizações, registros
estes que darão origem às Demonstrações Contábeis, independentemente de segmento
econômico (comercial, industrial, rural etc.), é chamada de Contabilidade Geral ou
Financeira.
A modalidade contábil que se ocupa da elaboração de projeções e geração de informações
para apoio à gestão das organizações é denominada Contabilidade Gerencial.
Universidade Anhembi MorumbiIntrodução: Contabilidade e Gestão16
Destinada a registrar, de maneira ordenada e sistemática, todas as transações da organização, com o propósito de gerar informações sobre as mutações patrimoniais que sejam úteis aos seus diversos usuários, a Contabilidade Geral ou Financeira difere da Contabilidade Gerencial nos seguintes pontos:
Contabilidade Geral ou FinanceiraCondiciona-se aos Princípios de Contabilidade e à normatização legal pertinente; registra os fatos já ocorridos; destina-se, principalmente, aos usuários externos (credores, fornecedores, governo, acionistas etc.), sendo obrigatória para todas as organizações; sua utilização no processo decisório é restrita a analise de fatos “passados”, o que nem sempre é útil ao gestor.
Contabilidade GerencialFaz uso das mesmas técnicas contábeis da Contabilidade Financeira, sem, no entanto subordinar-se aos Princípios de Contabilidade; tem como principal objetivo fornecer informações úteis e em tempo para a tomada de decisões; destina-se ao público interno da organização, tendo em vista o seu caráter gerencial; faz uso, para geração das informações, prioritariamente, de conceitos de “finanças” e de “custos”.
Processo decisório das organizações
As últimas décadas, em decorrência da chamada Revolução Tecnológica, têm registrado a necessidade de decisões rápidas e eficazes de todas as organizações, mesmo aquelas criadas sem a finalidade de obtenção de lucros. É o acirramento da concorrência que leva à constatação de que “quem chega primeiro, leva”.
Nesse contexto, o processo decisório depende, cada vez mais, de informações confiáveis e dentro de tempo hábil. A Contabilidade é o único instrumento capaz de fornecer as informações de caráter econômico e financeiro necessárias a esse processo.
Saiba mais sobre a utilização da Contabilidade como instrumento de gestão: PEDROSA, Carlos José. A contabilidade como instrumento de gestão.
Disponível em: http://www.biblioteca.sebrae.com.br/bds/bds.nsf/ff9af6e19f6bb9fa03256c6b00474272/2a92a94fcb65dfd703256f29004fb6a9/$FILE/NT000A0786.pdf.
Universidade Anhembi MorumbiIntrodução: Contabilidade e Gestão17
Iudícibus e Marion (2009, p. 1) afirmam que a Contabilidade “coleta todos os dados
econômicos, mensurando-os monetariamente, registrando-os e sumarizando-os em forma
de relatórios ou de comunicados, que contribuem sobremaneira para a tomada
de decisões”.
Considerações finaisA Unidade 1 objetivou oferecer uma visão geral da Contabilidade, destacando sua origem
e evolução histórica, seu caráter científico, seus Princípios e técnicas e, sobretudo, a sua
utilização como instrumento de gestão e controle dos patrimônios das entidades.
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Bibliografia
IUDÍCIBUS, Sérgio de; MARION, José Carlos. Curso de contabilidade para não contadores. 6 ed. São Paulo, Atlas, 2009.
IUDÍCIBUS, Sérgio de; MARION, José C.; PEREIRA, Elias. Dicionário de Contabilidade.
2 ed. São Paulo, Atlas, 2003.
PADOVEZE, Clóvis. Manual de contabilidade básica. 5 ed. São Paulo, Atlas, 2007.
Universidade Anhembi MorumbiIntrodução: Contabilidade e Gestão19
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